• Posted by : Zark 17 de jun. de 2016


    21 anos atrás…

    Cidade de Viridian (Kanto), 2 de novembro de 1995.

    O tempo estava fechado, uma escuridão total, a única coisa que podia se ver era o brilho dos trovões, onde por um segundo, tudo se iluminava. Num quarto de alguma casa, estava sentado um homem, numa poltrona de couro preta. Ele segurava um Persian em suas mãos o acariciando. O homem era alto, possuía cabelos castanhos escuros, e olhos tão escuros que chegavam a passar a ideia de uma profunda solidão e vazio. Ele estava usando um terno azul-escuro, e possuía um rosário prata, com uma cruz dorada e bem chamativa. Ele olhou ao redor do quarto, possuía paredes cinzas, o chão erá feito de madeira de carvalho. No quarto também havia uma lareira, que estava apagada. Em cima da lareira encontrava-se um quadro do mesmo homem sentado na cadeira, após olhar ao seu redor o homem soltou um suspiro.
    Segundos depois o homem escutou passos de alguém vindo em sua direção. Os passos pararam de ser ouvidos e algo bateu na porta:
    – Senhor Kotomine! Fazemos o que o senhor pediu, posso abrir a porta? – indagou a voz por trás da porta.
    – Sim. – As palavras foram vazias e, ao mesmo tempo, fortes, o tom de voz foi baixo, mas foi falado com firmeza.
    Um homem abriu a porta, ele possuía cabelos negros, mas no meio de seus fios ele possuía uma mecha cinza, seus olhos eram negros também, assim como sua barba. Ele usava óculos e um terno branco.
    – Sebastian, fizeram tudo o que eu mandei? – questionou Kotomine.
    – Sim, as enterramos aonde o senhor pediu.
    – Muito bem.
    O clima ficou quieto, ninguém dizia nada até o momento em que uma trovoada ocorreu. Kotomine virou seu rosto para Sebastian fazendo uma pergunta:
    – Que dia é hoje?
    – 02 de novembro, senhor.
    – Então hoje é o dia dos mortos. – Kotomine parou por um segundo olhou para cima e soltou um suspiro. - Como estão os preparativos?
    – Já estamos terminando, de noite tudo estará pronto.
    – Perfeito. Já está na hora de devolver o favor que o mundo me deu. – ele olhou para o Persian e soltou outro suspiro. – Sebastian, você sabe por que uso facas?
    – Não, porque?
    – Armas são muito rápidas. – respondeu Kotomine ao olhar para Sebastian e soltar um sorriso que assustaria qualquer um.
    Um trovão é ouvido e tudo se silencia.

    21 anos depois…

    Cidade de Sunyshore (Sinnoh), 7 de Junho de 2016.

    O jovem loiro estava na delegacia mais uma vez, seu trabalho acabara em poucos instantes, estava se arrumando para voltar para casa. Normalmente, o vestiário estaria cheio nessa hora, mas como Volkner estava lá, ninguém tinha a coragem para permanecer no mesmo cômodo daquele ser considerado odiado por muitos. Há algum tempo atrás esse fato até incomodava Volkner, mas hoje não mais, ele se sentia mais confortável em estar sozinho do que rodeado daqueles que os xingam pelas costas.
    Havia acabado de se arrumar e estava preste a sair do vestiário, mas para sua supressa um grupo de três jovens entrou e barrou a porta. Volkner não disse nada, apenas encarrou os três.
    – Você deve ser aquele conhecido como Justiceiro Dourado. Não parece ser grande coisa para mim, deve ter tido alguma sorte e ganhou esse título legal. – disse um dos jovens.
    Ao ouvir aquelas palavras Volkner soltou uma gargalhada.
    – Do que está rindo, seu velhote de bosta! Nos viemos aqui para pegar o seu título de Justiceiro Dourado!
    Volkner não aguentou e soltou outra gargalhada, algo que deixou aqueles três jovens mais furiosos com ele.
    – Você só pode estar querendo levar uma surra! – exclamou um dos jovens ao puxar Volkner pela gola da camisa. – Está gostando de tirar sarro da gente?
    – Não é nada disso, eu apenas achei engraçado o fato de vocês quererem pegar esse apelido horrível. Acreditem em mim seu eu pudesse eu passaria para vocês. – respondeu Volkner.
    – E por que você não pode?
    – Vocês trabalham aqui a pouco tempo, não é? Devem ter escutado de forma errada em relação a expressão “Justiceiro Dourado”. Isso não é um título que para se orgulha e para querer possuir. Acredito que em algum tempo alguém vai explicar para vocês o verdadeiro significado por trás desse apelido. De qualquer forma não adiantaria eu passar esse apelido, aposto que continuariam me chamando assim e chamando vocês de … Qual eram mesmo os seus nomes? Quer saber não importa, nunca mais vou falar com vocês mesmo, afinal são apenas figurantes inúteis.
    – Está zoando com nossas caras? – trovejou um dos jovens. – Se você não quer nos dar o título de Justiceiro Dourado, vamos pegar a força!
    O jovem que segurava Volkner pela camisa preparou para socá-lo com seu braço livre, mas Volkner foi rápido e segurou o punho do rapaz que se assustou com os reflexos do loiro.
    – Vocês não deviam ter feito isso, agora vou ter que ensinar uma lição para esses jovens incompetentes. – prometeu Volkner ao sorrir.
    O loiro entortou a mão do jovem que o segurava e chutou sua bariga, o fazendo cair no chão. Os outros dois tentaram o acertar com socos, mas Volkner desviou com facilidade e se agarrou ao braço de um dos dois, girando seu corpo e arremessando em cima do outro jovem, Volkner continuou e chutou as costas do jovem arremessado para pegar mais impulso e provocar um impacto maior, aos dois jovens colidiram bateram suas cabeças e caíram no chão com muita dor e sem ter forças para levantar.
    – Acho que a lição acabou por hoje! – exclamou Volkner ao se preparar para sair do vestiário, mas então um dois jovens segurou a sua perna.
    – Ainda não, se eu ganhar de você em uma batalha Pokémon, você me dará esse título. – disse o jovem ao liberar um Electabuzz de uma pokébola.
    – Vocês são mesmos persistentes. – Volkner jogou sua pokébola e dela foi liberada o Luxray. – Pode começar.
    – Electabuzz use Thunder Punch. – O punho do pokémon brilhou e raios de energia elétrica começaram a rodear sua mão. Electabuzz, então preparou para acertar seu soco em Luxray.
    – Luxray use Crunch. – Os dentes do Luxray cresceram e começaram a brilhar.
    Electabuzz tentou acertar seu golpe no Luxray, mas sua mão que o socaria foi mordida pelo pokémon quadrupede. Electabuzz soltou um gemido de dor, tentava tirar sua mão da boca do Luxray, mas o seu oponente não fraquejava e apenas deixava a mordida mais forte.
    – Electabuzz usar o Thunder Punch nele com sua outra mão!
    – Luxray não solte a mão do Electabuzz e use Flash para parar o ataque dele e em seguida use Crunch em sua outra mão.
    Electabuzz preparava para socar o Luxray que foi mais rápido e soltou um raio luminoso que acertaram seus olhos o atordoando um pouco, antes que pudesse ter sua noção de volta, Luxray já mordera seu outro punho causando mais dor em Electabuzz.
    – Vamos finalizar Hyper Beam! – ordenou Volkner.
    Luxray soltou a mão do Electabuzz deu um saltou e liberou uma energia explosiva de sua boca no rosto do Electabuzz, o impacto foi tão forte que ele foi arremessado até a outro ponto do vestiário se colidindo com os armários dali.
    O jovem que ordenava o Electabuzz estava boquiaberto, não entendia porque mas passara a sentir medo daquele que todos chamavam de Justiceiro Dourado. Volkner percebeu a reação assustada do jovem e se agachou o fitando nos olhos, por fim enquanto o encarava contou:
    – O “Justiceiro Dourado” não é aquele que é aclamado pelo publico ou aquele que recebe méritos, ele é aquele que é um monstro temido e odiado por todos, é aquele que não possui amigos, apenas inimigos. Então lhe pergunto pela última vez, você realmente quer ser quele conhecido como Justiceiro Dourado?
    O olhar de Volkner assustava aquele jovem, ele tentara responder, mas nenhuma palavra saiu de sua boca. Volkner assentiu com a cabeça e resolveu caminhar para fora do vestiário enquanto dizia:
    – Está era a resposta que eu imaginava.


    Cidade de Saffron (Kanto), 7 de Junho de 2016.


    Grumman estava em seu escritório havia papéis jogados para todos os lados, tudo estava uma bagunça. Ele estava sentado na sua cadeira cochilando, quando a porta do seu escritório abriu e uma jovem mulher de cabelos negros e olhos de cor marrom entrou, ela vestia uma camisa preta e sua calça também era preta.
    – Grumman, eu trouxe os arquivos que o senhor pediu – anunciou a mulher ao entrar no escritório.
    Ninguém respondeu, ela viu Grumman sentado na sua cadeira dormindo e gritou com ele:
    – Acorda seu preguiçoso maldito!
    Grumman acordou assustado:
    – Ai meu Arceus!!! O que foi?
    – Eu trouxe os arquivos que o senhor pediu. – respondeu a mulher.
    – É só você Maiya, não me assuste desse jeito. - disse Grumman aliviado.
    – Da próxima vez não durma no trabalho! – reclamou Maiya.
    – Mas eu sou velho e preciso descansar, então dormi faz parte do meu trabalho de vida.
    – Você me dá uns nervos.
    – Deixe isso para lá Maiya. Trouxe o que pedi?
    – Sim, mas eu tenho uma pergunta.
    Maiya entregou as pastas com os papéis que ela tinha trazido e voltou a falar.
    – Quando eu fui procurar os arquivos de Volkner, eu não o encontrei, e resolvi a perguntar a uns agentes, mas todos pareciam estar com medo ficavam dizendo para não procurar nada sobre ele. Depois de um tempo eu finalmente encontrei os arquivos dele, mas eles estavam todos riscados, veja. – Ela então entregou uma última pasta.
    A pasta tinha uma foto de Volkner. Além disso na pasta estava escrito:
    Nome: Volkner Misaka
    Nascimento: 25/12/84
    Cidade Natal: Sunyshore
    Cidade Atual: Sunyshore
    Mas a pasta estava riscada alguém tinha feito uma linha no nome de Volkner e escrito “Justiceiro Dourado” no lugar, além disso tinham feito um grande X na cabeça de Volkner e tinha escrito a palavra “Assassino” e a frase “Não Cheguem Perto” com setas apontando para foto de Volkner.
    – Hhahahhahaaa. – riu Grumman – Não acredito que fizeram isso, parece que as pessoas têm mesmo medo de Volkner.
    – Por que está rindo? – indagou Maiya.
    – Não é nada, apenas achei engraçado o pavor que essas pessoas têm de Volkner.
    – É exatamente isso que eu quero saber. Por que tantas pessoas que trabalham aqui tem medo de Volkner?
    – Maiya, você começou trabalhar aqui as uns dois meses, por isso você o não conhece. Deixa eu explicar o motivo dessa infâmia que Volkner possui. A mais ou menos nove anos atrás, Hoenn estava numa fase complicada e nos da Polícia Internacional tivemos que mandar várias equipes para resolver esse problema, Volkner estava entre uma dessas equipes, era a sua primeira missão na PI (Polícia Internacional). Só que Volkner não teve nenhuma sorte de principiante para ajudá-lo. Então algo aconteceu. - explicou Grumman com um clima bem mais sério do que o normal. Ele fez um pausa para respirar profundamente.
    – Então o que aconteceu?
    – Mortes. Foi isso que aconteceu. Volkner estava em um grupo de cinco pessoas, mas ele foi o único sobrevivente. O problema em Hoenn foi resolvido e Volkner foi mandado para casa, mas a notícia começou a se espalhar, afinal o grupo em que Volkner estava, era formado por apenas agentes renomados e todos morrerem, exceto o novato, isso foi algo que acabou transformando essa notícia em um rumor que Volkner teria traído e matado todos eles. Desde então ninguém mais quis fazer parte de uma equipe com ele e todos passaram a temê-lo. Depois de Hoenn, Volkner se fechou para os outros e começou a trabalhar sozinho foi então que depois de um tempo trabalhando sozinho, que ele ganhou o apelido, que tantos temem, o Justiceiro Dourado.
    Maiya estava perplexa não esperava que o motivo fosse algo desse nível, mas o que a incomodava mesmo era a injustiça que cometiam com Volkner.
    – Mas isso esta errado! Ele passou, por uma coisa horrível dessas e as pessoas o excluem e criam rumores para abalá-lo mais! Isso é uma injustiça! – gritou Maiya indignada.
    – A vida é injusta, apenas aceite. Volkner já aceitou esse fato há muito tempo e continua vivendo com o fardo que foi criado em cima de suas costas.
    Maiya se sentia revoltada, mas não sabia o que dizer. O único som que saiu de sua boca foi um ruido de desgosto e incompreensão.
    – Não se preocupe Maiya. Volkner é forte e tem pessoas que cuidam dele muito bem. – informou Grumman tentando acalmá-la.
    – O problema é que ele já deve ter recebido a notícia sobre Hiroshi e deve estar passando por momentos difíceis. – pensou Grumman.


    Cidade de Sunyshore (Sinnoh), 7 de Junho de 2016.


    Volkner havia saído da delegacia, após tomar uma bronca de seu chefe por ter brigado no vestiário. Ele já estava em casa e almoçava com sua família. Todos estavam na mesa, Volkner, Irisviel, as filhas dos dois e Aloutte, a empregada da família Misaka.
    – Não quero comer os legumes! – reclamou Illya.
    – Mas você precisa que comer para poder ficar forte. – insistiu Irisviel.
    – Mas legumes têm gosto ruim.
    – Vamos Illya você tem que comer, sua irmã também está comendo. – disse Volkner.
    – Não me meta nessa briga. – contestou Elesa.
    – Eu não vou comer! – exclamou Illya de cara emburrada.
    – Vocês duas as vezes me dão uns nervos. Vamos Illya coma logo os legumes, eles são bem gostosos. – pediu Volkner.
    Illya nada respondeu apenas virou o rosto com negação.
    – Por favor pelo seu pai.
    – Ta eu como mas só se você comer também. – exigiu Illya.
    A expressão de Volkner mudou, ele parecia estar desesperado. Ao ver a reação do loiro, Irisviel e Elesa começaram a rir.
    – Do que vocês estão rindo? – indagou Volkner irritado.
    – Vamos papai coma os legumes para Illya comer também. – comentou Elesa.
    – Você não disse que os legumes eram bem gostosos, por que está hesitando? – questionou Irisviel.
    – Malditas traidores, vocês sabem que eu não suporto legumes. – pensou Volkner.
    – Então Volks, vai comer para poder ajudar a nossa filha?
    – Desculpe, mas não, eu não vou comer.
    – Que decepção, queria ver o papai comendo legumes. – contou Elesa.
    – Se o papai não vai comer, eu também não vou. – concluiu Illya.
    – Vamos filha, não seja que nem o seu pai e coma os legumes. – disse Irisviel.
    Illya virou o rosto novamente fazendo uma expressão de negação.
    – Que pena, Aloutte fez esses legumes com tanto carinho e você vai jogá-los fora. Aposto que ela vai ficar triste, não é verdade Al? – indagou Irisviel.
    Aloutte estava comendo enquanto eles discutiam, mas ao ouvir o seu nome logo respondeu:
    – O que? Quer dizer, sim vou ficar um pouco triste.
    Illya se sentiu comovida e disse.
    – Se Al vai ficar triste se eu não comer, eu comerei.
    Illya enfiou o garfo em alguns legumes que estavam em seu prato e o levou para boca, assim mordendo e engolindo os legumes.
    – Muito bem Illya, você comeu os legumes! – comemorou Irisviel.
    – Parabéns mana!
    – Ta vendo filha nem doeu. – comentou Volkner.
    Apos terminar de engolir, Illya olhou para o seu pai e disse:
    – Papai você não vai comer os deliciosos legumes que Al fez para você?
    Volkner não esperava por essa, havia acabado de ser pego de surpresa. Ele tentou começar a responder, mas gaguejou e parou, respirou profundamente e respondeu:
    – Não filha sabe é que eu estou passando mal e é melhor eu não co… – Volkner foi interrompido por Irisviel que colocou um garfo cheio de legumes em sua boba.
    Depois de engolir tudo Volkner gritou com Irisviel:
    – Por que você fez isso?
    – Você é o pai dela então deve ser um bom exemplo, não acha? – perguntou Irisviel.
    – Isso é verdade, mas pergunte da próxima vez que for botar um garfo na minha boca.
    – Ta certo Volks, mas agora coma o resto dos legumes.
    – OK, eu vou comer.
    O almoço continuava e todas naquela mesa faziam parte de uma família feliz. Foi então que o telefone da casa tocou.
    – Que estranho dificilmente alguém nos liga essa hora. - comentou Volkner.
    – Quer que eu atenda o telefone? - indagou Aloutte.
    – Não precisa eu vou atender. - respondeu Volkner.
    Ele não sabia o porque, mas estava com um mal pressentimento. Volkner levantou da mesa e foi atender o telefone, mas antes de pegá-lo hesitou, ele não entendia o porque dessa sensação, mas resolveu atender mesmo assim.
    – Alô?
    – É da casa da família Misaka? – perguntou uma voz pelo telefone.
    – Sim, o que foi?
    Quem estava na outra linha era um agente da funerária, ele resolveu contar para Volkner o motivo que havia ligado. Ao terminar de ouvir as palavras do homem da outra linha, o coração de Volkner apertou, ele estava doendo muito, a dor era tanta que Volkner não aguentou e soltou o telefone que acertou o chão quebrando. Ao ouvir o som, Irisviel caminhou até Volkner e indagou:
    – Amor, o que foi?
    As mãos de Volkner tremiam, não conseguia pensar direito, apenas sentia uma dor, mas não física e sim sentimental. Volkner então caiu de joelhos, Irisviel preocupada o segurou e com os olho cheio de lágrimas o loiro retornou seu olhar para esposa e disse:
    – Hiroshi foi assassinado.
    Lagrimas começaram escorrer pelos olhos de Volkner, Irisviel chegou perto dele e o abraçou.
    – Eu não queria mais ter que sentir essa dor. – desabafou Volkner. – Está doendo muito.
    Irisviel estava querendo chorar também, mas ela precisava ser o pilar de Volkner nesse momento. Ela precisava aguentar aquilo pelo seu marido. Irisviel não disse nada, sabia que não teria palavras que conseguissem retirar a dor do seu marido, ela apenas o abraçava fortemente e calorosamente.

    Cidade de Saffron, 7 de Junho de 2016.

    Maiya e Grumman continuavam no escritório conversando.
    – Tirando Volkner, eu dei uma olhada nos arquivos dos outros agentes e realmente não posso concordar com suas decisões. Como é que você quer chamar para uma missão importante, uma apresentadora de Maid Café, um professor Pokémon que já foi preso por assédio a menores, um NEET viciado em jogos e um arqueólogo com sérios problemas mentais relacionados a pedras. – reclamou Maiya.
    – Eu escolhi a todos por suas habilidades e qualidades, pode confiar em mim que sei o que estou fazendo. – disse Grumman.
    – Ainda não concordo com suas escolhas.
    – Isso não importa, eu que mando aqui! E você não pode fazer nada para mudar isso! Lixo!
    – Vocês está parecendo uma criança. – disse Maiya com raiva.
    – Me respeite, além de ter idade para ser seu pai ou até mesmo avô, eu sou seu chefe e você tem que me obedecer, Maiya lixo! Lixo!
    – Vou embora, não quero ficar discutindo com um velho com mentalidade de criança que nem você!
    Maiya caminhava para a porta, mas parou no meio do caminho e se virou para Grumman.
    – Antes de eu ir, poderia me explicar o motivo de tudo isso, chamar pessoas de outras regiões para trabalhar em apenas um caso. Me diga o que está acontecendo? – pediu Maiya.
    – Para falar a verdade, eu estou com um mal pressentimento em relação a esses homicídios. Olhando superficialmente poderia parecer algum caso de serial killer que poderia ser resolvido pela polícia de Kanto, mas eu sinto que uma organização criminosa pode estar voltando.
    – Organização Criminosa?
    – Estou falando daquela organização que começou a Guerra dos Foguetes a 21 anos atrás, estou falando da tão temida Equipe Rocket.


    21 anos atrás…

    Cidade de Saffron (Kanto), 2 de novembro de 1995.


    – Boas noites cidadãos de Kanto, aqui quem fala é Kurumi, sua repórter favorita da PPC. Hoje nossa equipe está aqui em Saffron para cobrir a festa anual do Dia dos mortos. Para quem não sabe esse é o dia que as pessoas mais ricas e poderosas de Kanto se encontram, em Saffron, usando máscaras e tem um grande festa. Boates, bares, casinos, há de tudo aqui nesse dia onde celebramos e rezamos para os mortos…
    Kotomine desligou a televisão e se levantou, ele estava dentro de um pequeno jato de luxo, no quarto em que estava, havia duas cadeiras de couro preto, uma mesa branca e uma televisão. Havia duas portas por onde ele poderia sair, a de trás aonde era o banheiro e a da frente aonde era a cabine do piloto. Ele andou para a porta da frente, a abriu e entrou. Lá ele viu o piloto, que estava usando uma roupa preta com um R vermelho no meio, a sala possuía diversos botões coloridos e uma cadeira vazia. Kotomine sentou na cadeira vazia e perguntou:
    – Já estamos chegando?
    – Sim, já vai dar para pousar daqui a pouco.
    – Perfeito, quero que tudo ocorra bem.
    O jato começou a descer, passou pelas nuvens e logo o piloto e Kotomine puderam ver a Cidade de Saffron toda iluminada com prédios altos e milhares de pessoas com máscaras nas ruas.
    – Senhor Kotomine, prepare-se já pousaremos – avisou o jovem piloto.
    – Certo – respondeu Kotomine colocando uma máscara branca com partes pretas no seu rosto.


    A rua estava lotada cheia de pessoas e carros. Haviam prédios altos por todos os redores, mas um se destacava era o Casino Emiya, era muito alto com grandes luzes de diversas cores, que iluminavam a rua inteira.
    Dentro dele havia muitas pessoas, todas estavam usando máscaras. Havia diversos jogos de azar para todo lado, pessoas estavam jogando poker, garçons servindo bebidas, era uma grande festa.
    Havia uma mesa com uma roleta na ponta onde as pessoas estavam apostando seus dinheiros. A roleta era um jogo de apostas onde se jogava uma pequena bola enquanto uma roleta, que era dividida em diversos pedaços com core diferentes, girava. O jogo era simples as pessoas tinham que aposta que cor a bola pararia. Kotomine estava sentando perto dessa mesa observando o jogo e percebeu que havia um jovem homem que ficava se vangloriando por apostar muito e ganhar. Kotomine se levantou e foi falar com o sujeito:
    – Esta a fim de uma aposta? – indagou Kotomine com uma voz assustadora.
    – Claro que sim, mas saiba que eu não tenho medo de perder e vou apostar alto. Então vai mesmo querer fazer uma aposta? – falou o homem com um falso orgulho.
    – Sim, mas como você disse que não tem medo de apostar alto posso escolher a aposta?
    – Pode, eu não tenho medo de perder, mas se você for escolher, escolha um alto valor.
    – Não se preocupe, eu escolherei, mas se lembre que você não vai poder desistir depois de ouvir o que apostaremos e você não pode apostar na mesma cor do que eu. – explicou Kotomine calmamente.
    O homem concordou com a cabeça e concluiu:
    – Não volto atrás de minhas palavras, a aposta já está valendo e se perder pagarei.
    Kotomine apenas sorriu, chegou ao lado da roleta, a segurou a roleta e girou.
    – Então nos apostaremos nossas vidas! – exclamou Kotomine com um olhar psicótico ao soltar a bola na roleta.
    Todos ao redor se assustaram principalmente o homem em que estava apostando com Kotomine.
    – O que? Está maluco, eu não vou apostar minha vida num jogo! – berrou o homem morrendo de medo.
    Kotomine nem prestou atenção no homem e ouvia a bola da roleta gira e disse:
    – Eu aposto no vermelho, então você aposta no preto.
    – Você está me ouvindo, já disse, essa aposta não vale! Não estou apostando nada!
    – Não. A aposta está valendo, você não pode voltar atrás, você mesmo disse.
    – Você só pode ser um louco!
    – A loucura nada mais é do que a verdadeira face de cada um. É exatamente por isso que usamos máscaras, não é? Para disfarçar a loucura e insanidade que não queremos aceitar. Só que diferente dos loucos que vocês conhecem, eu não aceitei a loucura, a loucura que me aceitou. – Kotomine sorria friamente, a roletava estava parando de girar. – Vamos, chegue perto a roleta já vai parar.
    O homem tentou ir embora, mas Kotomine segurou o seu braço e o puxou para perto da roleta. Ela estava fraca e a pequena bolinha finalmente caiu e parou.
    – Vermelho, parece que eu ganhei. – comemorou Kotomine ao sorrir friamente.
    O rapaz se desesperou começou a gritar e tentou correr, mas tropeçou, caiu e sua mascará saiu do seu rosto. Estava com uma expressão de terror e ao mesmo tempo arrependimento. Kotomine o seguiu e o olhou para o chão, então tirou uma faca do seu bolso e começou a chegar perto do homem.
    – Saia daqui! – berrou o homem arrependido e se arrastando para longe de Kotomine.
    As pessoas ao redor estavam horrorizadas e com medo. Kotomine começou a rir, segurou o pé do homem e sentou por cima do rapaz segurando a faca em seu pescoço.
    – Alguém me ajude! - Exclamava por ajuda o rapaz enquanto chorava, mas ninguém o ajudava pois estavam com medo.
    Então o homem fechou os olhos e esperou morrer. Kotomine escondeu a faca no bolso, levantou o rapaz e limpou as lágrimas do rosto dele e disse:
    – Não se preocupe não vou te matar por causa de uma aposta boba.
    Os olhos do rapaz se abriram e ele esqueceu o medo que sentira a pouco tempo e ficou aliviado sabendo que poderia seguir sua vida. Ele começou a chorar de felicidade e lembrou de seus sonhos, queria voltar para Johto onde estava sua família que se separou para ir trabalhar, queria abraçar sua mulher e sua filha. Ele sentiu algo que nunca tinha sentido antes, ele sentiu que tinha renascido e que a partir daquele momento seria outra pessoa, então ele sorriu.
    – Eu vou te matar, apenas porque eu quero, afinal como você mesmo disse, eu sou louco. – falou Kotomine friamente sem demonstrar nenhuma expressão no seu rosto, ao pegar a faca do bolso e enfiá-la no coração do homem.
    Kotomine então puxou a faca para o lado esquerdo até sair de dentro do homem. Assim que a faca saiu, o corpo, onde já não havia mais vida, começou a jorrar sangue para diversos lados formando uma poça de sangue. As pessoas ao lado que assistiam horrorizadas, começaram a gritar e sair correndo, tudo estava um caos. Os seguranças foram atrás do Kotomine quando houve um black out e várias pessoas usando roupas negras com um R em vermelho no meio, entraram no casino e trancaram todas as saídas. As luzes voltaram e as pessoas com o R seguravam armas e começaram a atirar nas pessoas. O caos ficava cada vez maior, as pessoas ainda tentavam sair, mas as pessoas com R impediam. Os seguranças eram poucos para tanto caos, eles tentavam parar as pessoas com o R, mas eram mortos rapidamente.
    Em meio ao caos Kotomine tirou sua máscara e limpou o sangue do homem que matara de seu rosto. Começou a caminhar para o elevador que estava bloqueado por um homem com o R na roupa. Kotomine chegou perto e perguntou para o homem:
    – Bom trabalho, mate todas as pessoas aqui, eu vou subir, as coisas já estão prontas lá em cima?
    – Sim, já está tudo pronto.
    – Quanto tempo até as bombas chegarem?
    – 30 minutos, senhor.
    – É tempo suficiente. – Kotomine fez uma pausa e continuo – Matem todo mundo e saiam daqui no máximo em 15 minutos.
    – Sim senhor.
    Kotomine entrou no elevador e apertou o botão do último andar. A porta e fechou e o elevador começou a subir. Ao fechar da porta Kotomine fechou os olhos e começou a escutar os gritos das pessoas, ele apreciava aquele momento como se estivesse em uma opera, os gritos e desespero das pessoas eram música para seus ouvidos. Quanto mais o elevador subia, mais os gritos ficavam baixos até que em certo momento ele só pode ouvir a sua própria respiração e o barulho do elevador. Quando eleador parou, Kotomine saiu dele, ele estava em um corredor chique com grandes lustres e com um enorme tapete vermelho que percorria todo o corredor.
    Kotomine olhou para o lado esquerdo e viu uma porta cinza com uma placa de vidro nela simbolizando que eram as escadas de emergência, ele andou até ela e a abriu, entrou e começou a subir as escadas a caminho do terraço. Depois de algum tempo não havia mais escadas para ele subir, havia apenas uma porta de metal, ele então tentou abri-la, mas ela estava trancada. Então ele pegou um pequeno objeto de metal, que parecia metade de uma bola com uma pequena tela e um botão nele, de seu bolso, ele apertou o botão e na tela apareceu um contador que aparecia 10 segundos, Kotomine colocou o objeto na fechadura da porta e apertou o botão outra vez. O contador começou a diminuir e Kotomine se afastou, depois de passar-se os 10 segundos, o pequeno objeto explodiu fazendo um grande barulho e arrebentando a porta. Ao ver a explosão Kotomine sorriu e foi andando para o terraço, quase não se via estrelas, mas havia muitas luzes artificias.
    Um helicóptero possou no prédio onde Kotomine estava e uma pessoa com a mesma roupa com um R no meio saiu dele e entregou um rádio para Kotomine e disse:
    – Já está tudo pronto, o senhor já pode começar a transmissão.
    Kotomine assentiu com a cabeça e respirou profundamente. Ele ligou o rádio, segurou o microfone e começou a falar:
    – Povo de Kanto, eu sou Kirei Kotomine, e estou aqui no terraço do Casino Emiya para lhes darem um aviso!
    A voz de Kotomine podia ser ouvida em toda Saffron, as pessoas pararam de festejavam e olharam para Kotomine. Kurumi, a repórter de televisão, estava na rua perto do prédio e começou a ouvir a transmissão. Ela então resolveu filmar o que ocorria:
    – Boas noites cidadãos de Kanto, aqui quem fala é Kurumi, sua repórter favorita da PPC. Estamos de volta, hoje para mostrar para vocês algo que está acontecendo aqui em Saffron. Parece que um sujeito chamado Kirei Kotomine subiu até o terraço do Casino Emiya e está fazendo um pronunciamento! Ed filma ele lá em cima!
    O cameraman virou sua câmera para o alto e começou a filmar Kotomine.
    – A festa hoje está boa! Não esta? – indagou Kotomine com um sorriso no rosto. – Achou tão engraçado que nessa querida data, o dia dos mortos, as pessoas vivas que festejam, afinal hoje é o dia dos mortos e não os dos vivos! Isso só pode ser uma loucura, não acham? Mas não se preocupem se querem tanto festejar eu possou ajudar… - Ele parou por uma estante suspirou e completou – Matando todos vocês!
    As pessoas na cidade não entenderam o que ele quis dizer, acharam que era apenas uma brincadeira, e começaram a questionar podia se ouvir pessoas da cidade inteira gritando. Ao ouvir tanto barulho Kotomine perdeu a paciência e gritou:
    – Silêncio!
    A sua voz ecou por toda Saffron, as pessoas pararam de gritar e ficaram apavorados pelo tom de sua voz. Ao ver a cena Kotomine começou a gargalhar:
    – Vocês são mesmos engraçados, acham que estão seguros e podem fazer qualquer coisa, mas é engraçado como apenas um grito foi o suficiente para assustá-los! Bem, se acham que é apenas uma brincadeira olhem para o Casino Emiya!
    As portas do casino se abriam lentamente, ao conforme abria as pessoas sentiam mais medo. Quando a porta já abrira o suficiente para poder ver o que tinha dentro, as pessoas entraram e choque e começaram a correr causando o maior caos:
    – Não pode ser! – exclamou Kurumi ao ver o que tinha dentro do prédio, ela estava perdendo o juízo – O que é isso! Não pode ser verdade, não pode!
    A porta finalmente tinha aberto completamente, e lá dentro tinha apenas corpos mortos cheios de sangue. Dentro do Casino não havia nenhuma pessoa viva.
    – Não adianta correr, porque logo todos vocês morreram! Daqui 10 minutos serão jogadas bombas por toda Saffron! Eu vou mostrar para Kanto, o que ela fez comigo! Sintam a dor que eu sentir! Porque a partir de agora, eu Kirei Kotomine, fundador da Equipe Rocket, anuncio que nós da Equipe Rocket proclamamos guerra contra o Governo de Kanto! – gritou Kotomine satisfeito com o que via.
    A cidade inteira entrou em pânico as pessoas corriam, gritavam, elas já não sabiam mais o que fazer. Kotomine via o desespero das pessoas, se sentia satisfeito e fez um último pronunciamento:
    – Era isso que eu queria ver, esse caos é música para meus ouvidos, esse pânico! Esse sentimento que tudo acabou e não há mais esperanças! Tudo o que restou foi as suas próprias insanidades! Por isso, abracem sua loucura!
    Por fim Kotomine desligou o rádio e se direcionou para o homem que havia lhe entregue o rádio.
    – Vamos embora, logo esse lugar estará cheio de policiais. Isso se as bombas não explodirem primeiro.
    – Sim, senhor!
    Os dois entraram no helicóptero, e depois de todo preparado ele alçou voo:
    – Invadiram o prédio da Energitrom e fizeram o que eu pedi? – indagou Kotomine.
    – Sim, fizemos tudo como nos foi mandado. – respondeu o homem.
    – Perfeito, tudo está de acordo com o planejado. – Um sorriso assustador pode ser visto no rosto de Kotomine.

    21 anos depois…

    Cidade Rustboro (Hoenn), 8 de Junho de 2016.

    O corpo de Hiroshi estava no caixão já fechado dentro da cova. Ele estava sendo enterrado, os coveiros jogavam terra em cima de seu caixão. Todos naquele cemitério estavam vestindo preto e com olhares tristes, Volkner estava lá, estava triste por ter perdido seu amigo, mas o que mais o deixava triste era ver o filho de Hiroshi, Cheren, chorando enquanto via o pai ser enterrado. Ele ficava berrando “Mamãe, por que esses homens estão enterrando o papai? Assim como ele vai voltar para casa? Mamãe” e chorava e chorava, era algo muito triste. Volkner via o momento, que passava devagar, eram segundos, mas parecia décadas, suas mãos estavam se apertando com bastante força, ele sabia que tinha que fazer algo. Depois de enterrado, o filho de Hiroshi finalmente tinha parado de chorar e todos já saiam do cemitério, mas Volkner, ao lado de Irisviel, parou a esposa de Hiroshi para falar com ela:
    – Aiko, sinto muito pelo que aconteceu.
    – Volkner, obrigada, mas não é sua culpa. Como vocês estão? Como vai as filhas de vocês – perguntou Aiko
    – Elas vão bem. Você e Cheren vão continuar vivendo aqui em Hoenn? Se precisar de qualquer ajuda, pode me avisar que arranjamos um espaço para vocês em Sinnoh. – ofereceu Irisviel.
    – Muito obrigada Irisviel, mas não precisa. Realmente vamos ter que nos mudar, mas meu irmão que mora em Unova conseguiu uma ajuda, assim vamos morar em Nuvema.
    – Entendo, mas se precisar de qualquer coisa é só avisar. – disse Irisviel.
    Aiko concordou com a cabeça.
    – Aiko, temos que ir senão vamos nos atrasar para o voo. – contou Volkner.
    – Volkner, antes de ir, queria lhe entregar algo. No testamento de Hiro, ele pediu para te entregar isso. – Aiko tirou um livro de sua bolsa e entregou para Volkner.
    Volkner segurou o livro com suas mãos e viu o nome na capa “Estudando os Pokémon: Tudo que precisa saber para ser um bom treinador. (Rascunho)”.
    – Aiko, esse é … – Volkner foi interrompido por Aiko.
    – Sim, o livro que Hiro estava escrevendo, ele queria abrir uma escola para os alunos estudarem os Pokémon. Esse é um dos rascunhos dele, ele queria que ficasse com você.
    – Muito obrigado, Aiko. Vou guardar com muito carinho.
    – Eu sei que vai.


    Irisviel e Volkner estavam retornando para Sinnoh de avião. Eles estavam sentados um do lado do outro, Irisviel tirava um cochilo e Volkner admirava a sua esposa, sempre achou ela linda, mas dormindo ficava mais bonita ainda. Como Volkner não conseguia dormir e ainda faltava um bom tempo de viajem, ele resolveu olhar o livro de Hiroshi que tinha recebido de Aiko. Ao abri-lo, tinha um bilhete na primeira página.
    “Olá Volkner, como vai? Espero que esteja bem. Se você está lendo isso, bem, é porque eu já devo ter batido as botas. Será que eu consegui me tornar professor? Se a resposta for não, é um pouco triste, mas não se preocupe com isso, eu vivi uma vida boa. Me casei com Aiko e tive o Cheren, forma ótimos momentos.
    Sei que deve estar sendo um momento difícil, assim como foi em Hoenn. Mas eu lhe peço para não ficar muito triste, sei que é um pedido egoísta, mas eu não gostaria que Irisviel te visse daquela forma de novo, isso poderia machucá-la.
    Sinto que não devo ter sido o amigo que você queria, mas você foi um amigo muito importante para mim. Não sou muito bom com despedidas, então apenas quero dizer para que você continuar sendo essa pessoa incrível que eu conheci um dia. Desejo que você possa conquistar tudo o que quer e viver uma vida feliz com sua esposa e filhas.
    Sei que normalmente mando beijos e abraços apenas para mulheres, mas acho que essa vez eu posso deixar passar.
    Volkner, um grande abraço!
    As vezes tudo pode parecem estar envolto a uma escuridão, mas são aquelas pequenas luzes que nos dão esperança para continuar, por isso mesmo que o mundo se vire contra você, siga em frente e não olhe para trás. Sei que pode ser difícil, mas se toda vez que for se lembrar de mim te machucar, por favor, me esqueça e continue andando para frente.
    Seu grande amigo Hiroshi Shiro.”
    Lagrimas caíram no bilhete de Hiroshi, foi nesse momento que Volkner, percebeu que estava chorando.
    – Olha o que você fez, agora estou chorando. E que pedido mais absurdo é esse, é claro que eu não vou esquecer de você, Hiroshi seu idiota.
    Naquele momento Volkner não poderia saber, mas sua vida mudaria completamente nos próximos dias. Uma tempesteada estava chegando e no centro dela estaria …
    O Justiceiro Dourado




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