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Posted by : Zark
11 de mar. de 2016
Toda
grande história começa em algum lugar.
Lá
estava eu perto daquela gigantesca árvore, mas não estava só,
tinha um menino também. Ele estava ao meu lado, ficamos olhando para
aquela velha árvore que tinha mais de 1000 anos. O tempo passava em
um silêncio profundo, foi então que aquele menino resolveu
quebrá-lo:
— Uma
vez eu perguntei a minha professora qual era o maior segredo do mundo
e ela me respondeu “Há algo
neste mundo que ninguém viu ainda, é algo gentil e muito doce, e se
você pudesse ver, você desejaria ter, por
isso o mundo a escondeu, para que ninguém colocasse as mãos nela,
mas
alguma hora alguém a encontrará. Será
que a pessoa que deveria
encontrá-la será aquela que encontrará?”. Desde
de então eu tento encontrar e descobrir o que é esse algo, mas
ainda não consegui. O que você acha disso? — indagou
o menino.
— Que
você não é aquele que deve encontrar. — Eu respondi.
— Honesta,
como sempre. — disse o menino meio decepcionado com a resposta.
— Mas
isso não significa que você deve desistir. — Eu tentei
consolá-lo.
— E
não vou. Acho que já achei um jeito de encontrar esse algo. —
contou o menino confiante.
— E
como você faria isso?
— Me
tornando o melhor dos treinadores, assim chegarei no topo do mundo e
finalmente poderei encontrar essa resposta.
— Você
não vai conseguir isso, pois eu seria a melhor treinadora e me
tornarei a campeã de Kalos.
Ele
riu, e logo depois falou:
— Se
isso é verdade, que tal fazermos uma promessa?
— Que
promessa? — respondi com outra pergunta.
— Vamos
prometer que um de nos dois se tornará o campeão ou a
campeã de Kalos, não apenas isso, que um de nos vai se tornar o
melhor de todos. — explicou
o menino.
— Está
certo, eu prometo. — respondi imediatamente.
— Então
é uma promessa. — disse o menino enquanto esticava a mão para
mim.
Eu
levantei minha mão também e ao mesmo tempo cruzamos nosso dedos
mindinhos selando algo que não podia mais ser desfeito, que teríamos
que ir até o fim para
cumprir aquilo. E depois de três segundos com os mindinhos cruzados,
a promessa foi feita.
Seis
anos depois.
Cidade
de Laverre, 3 de outubro de 2016.
Ela
acordava mais uma vez, ao som dos ventos que batiam na janela. Aos
poucos ia abrindo os olhos até que ouviu uma voz chamar seu nome:
— Katy!
Katy! Acorda! A irmã Valerie está batalhando com um desafiante
outra vez.
Aquelas
palavras te trazerem energia novamente, abriu totalmente seus olhos e
viu sua irmã tentando acordá-la.
— Kali,
Valerie já começou a batalha? — indagou a menina que acabara de
acorda.
— Sim,
Katy se arrume rápido ou você vai perder a batalha. — respondeu a
outra menina.
Katy
pulou da cama, escovou os dentes rapidamente e correu para o armário,
abriu ele e pegou suas roupas íntimas e um furisode, uma espécie de
kimono. Começou tirar seu pijama, ao ponto que estava completamente
despida, foi então que lembrou que não estava sozinha no quarto.
Ela corava enquanto expulsava sua irmã do quarto. Vestiu suas roupas
íntimas e seu furisode, que era branco com a gola e cintura preta,
além de detalhes nos braços da mesma cor, vestiu por último uma
meia longa branca e um chinelo preto. Também amarrou seus lindos
cabelos loiros, que faziam contraste com seus olhos dourados, com
duas fitas pretas fazendo uma marinha chiquinha. Toda pronta resolveu
sair do seu quarto, onde sua irmã estava a esperando.
Kali
era uma garota de cabelos negros e olhos meio vermelhos, estava
usando uma marinha chiquinha parecida com a de sua irmã e vestia um
furisode quase idêntico a da mesma, as diferenças ficavam apenas
nas cores enquanto a de Katy eram branco e pretos a de Kali eram
preto e vermelho.
Quando
Kali viu sua irmã, logo comentou:
— Estou
tão feliz.
— O
que foi? — questionou Katy confusa.
— Minha
irmãzinha finalmente está crescendo. — respondeu Kali.
— O
que você quer dizer? — indagou mais uma vez.
— Seus
peitos estão maiores do que na última vez que eu vi. — disse Kali
sadicamente.
— Pare
de ficar falando desses coisas, sua pervertida. — reclamou Katy
toda corada.
Kali
riu e disse:
— Esqueça
isso, vamos ver a batalha, ela já deve estar acabando.
As
duas correram para o andar mais abaixo, a casa delas era enorme,
tinha cinco andares e em cada andar tinha inúmeros quartos, em baixo
no térreo ficava o campo de batalha do ginásio. Além disso
existiam diversos outros campos de batalhas espalhados pela casa para
treinamento e uso pessoal. O quarto das duas ficavam no terceiro
andar, elas já tinham chegado ao primeiro, mas quando chegaram a
arena, a batalha terminara antes. A arena era grande, ficava no meio
de um pequeno lago, para poder entrar no campo precisava passar por
uma das quatro pontes que o levavam lá.
Podia
se ver apenas Valerie em um lado do campo, um garoto do outro e uma
mulher no meio servindo como juizá. Junto de Valerie era possível
ver seu Sylveon sem nenhum dano e do lado do homem se enxergava um
Pidgeot nocauteado.
— Pidgeot
fora de combate, Valerie é a vencedora. — anunciou a juizá.
— Parece
que eu perdi, Pidgeot volte. — disse o garoto enquanto apertava um
botão em sua pokébola.
— Não
se preocupe, você lutou bem. Aposto que se treinar mais conseguirá
me derrotar. — falou Valerie com uma voz meiga.
— Claro,
porque essa não é a terceira vez que eu perco para você. — disse
o garoto sarcasticamente enquanto ia embora do ginásio.
Assim
que ele saiu, Katy e Kali resolveram cumprimentar Valerie e a juizá.
Valerie era uma mulher bem jovem de longos cabelos negros, possui
olhos incomuns, eram completamente roxos e não podiam ver suas
pupilas, estava vestindo um furisode rosa com detalhes roxos e
amarelos bem claros, também vestia uma meia calça completamente
preta e usava uma fita roxa bem grande em seus cabelos que parecia
duas asas pequenas. Já a juizá, possuía cabelos marrons claros,
olhos azuis e estava vestindo também um furisode, que era
completamente azul, exceto pela gola e a fita que amarava a cintura.
— Parabéns
pela vitória, Valerie! — comemorou Kali.
— Você
está ai, Kali? — indagou Valerie.
— Eu
queria ter assistido a batalha. — reclamou Katy.
— Katherine,
também? — indagou novamente.
— Desculpe
Valerie, é que eu estava querendo assistir uma de suas batalhas
novamente. — respondeu Katy.
Valerie
riu e disse:
— Então
na próxima vez, seja mais rápida.
— Sim.
A
mulher que estava sendo a juizá ouviu a conversa e resolveu
intervir:
— Katherine
Fée, eu sei que você está se divertindo, mas você tem aulas.
— Linnea?
Não se preocupe eu já estava indo! — exclamou Katy desesperada.
— Acho
bom mesmo, pode começar indo para aulas de dança. — ordenou
Linnea.
— Certo!
— respondeu Katy enquanto corria para sua aula.
Sou
uma das Garotas Furisode, uma aprendiz na verdade. Todo dia tenho que
ter aulas e treinar bastante. Primeiramente tenho aulas de dança,
Kabuki Buyo, Kamigata-mai e Ryukyu Buyo, para ser mais exata. Não
gosto muito de dançar, mas também não odeio, acho meio
desnecessário. Depois das aulas de dança eu tenho aulas de
conhecimento geral, sendo em maior parte matérias comuns como
matemática, línguas, ciências, dentre outras. Depois temos aula de
modos, que nos ensinam como ser uma dama e como tratar os outros,
essa é a aula que eu menos gosto. Não entendo porque tenho que
tratar bem aqueles que me tratam mal. Seguindo, temos aulas de artes
marciais, Aikido, para ser mais exata, que é uma arte marcial focada
em usar a própria força do adversário contra ele mesmo, essa aula
eu gosto bastante apesar de acabar sempre me machucando. E por
último, temos minhas aulas preferida, aulas de batalhas Pokémon,
gosto muito de aprender cada vez mais sobre os Pokémon e adoro ficar
inventando novas estratégias, pena que poucas vezes temos aulas
praticas. Não entendo muito o motivo de eu ter que aprender isso
tudo, mas minhas irmãs falam que uma Garota Furisode deve reunir
todos os bons aspectos em um, seja beleza, gentileza, inteligência,
força, criatividade dentre outros.
Diferente
do usual, suas aulas acabaram mais cedo, Katy estava exausta, mas
queria aproveitar aquele tempo livre fora de casa. Foi então que ela
foi chamada para uma pequena reunião com a Reine, a mestra do local.
Genkai Fée era seu nome, ela já tinha sido a líder de ginásio de
Laverre bem antes de Valerie, mas agora ela era chamada de Reine.
Katy não queria, mas teve que ir ao seu encontro. Genkai estava em
seu quarto, ela era uma mulher idosa, apesar da idade, seus cabelos
eram rosas, mas ainda era possível ver fios brancos, tinha olhos
castanhos e estava vestindo roupas de lutas marciais de cores
brancas, vermelhas com detalhes verde e roxos. Ao entrar no quarto
Katy se sentou em uma almofada que estava no chão.
— Vovó
Genkai, o que você queria falar comigo? — indagou Katy.
— Não
me chame de vovó e sim de Reine. — reclamou a idosa. —
Respondendo sua pergunta, eu te chamei aqui para dizer que eu quero
que você se torne uma candidata a sucessora de Valerie. O que acha?
A
pergunta pegou Katy de surpresa, ela sabia que treinava para isso,
mas não esperava se torna uma candidata. Diferente das garotas
furisode comuns, uma candidata a sucessora teria um treinamento muito
mais intensificado e passaria a viver em função daquilo. Quando as
candidatas estivessem prontas haveria uma competição em que a líder
de ginásio escolheria a melhor candidata para se torna sua
sucessora. Se torna uma candidata era uma honra, mas não era o que
Katherine queria.
— Bem,
eu não sei, acho que está cedo para isso. — respondeu Katy
sabendo que Genkai não aceitaria um não.
— Eu
acho que já é hora, você já está bem crescida. Ainda me lembro
de quando você chegou aqui, mas agora já tem 16 anos e pode muito
bem assumir essa responsabilidade.
— Vovó,
depois eu me decido, preciso de um tempo antes.
— Tá
bom, darei um tempo para você pensar, mas não demore muito. Tenho
grandes expectativas em você.
Katy
sentia que aquelas palavras eram mais como uma prisão do que um
elogio. Resolveu sair de casa e ir para seu local preferido em
Laverre, o terreno onde ficava a árvore anciã. Quando chegou lá
fez o que fazia de costume, deitava em baixo da árvore, onde ficava
fazendo sombra, e conversava com ela sobre o que não podia conversa
com mais ninguém, seus desejos profundo e sua vontade de deixar sua
casa para explorar o mundo, o fato que ela não queria ser um líder
de ginásio, ela queria batalhar com eles. As conversas duravam
horas.
Aqueles
momentos eram únicos para mim, queria que nunca acabassem, que eu
não tivesse que voltar para casa. Queria ficar ali, apenas eu e
aquela árvore, para sempre. Mas foi então que minha vida mudou.
Enquanto
Katy conversava com a árvore, ela percebeu que alguma coisa se mexia
lá em cima. Não conseguia ver direito, mas identificou, que nos
galhos da árvore, havia um Pokémon.
— Senhor
Pokémon, você está bem? — perguntou ela.
A
expressão do Pokémon parecia de medo.
— Quer
ajuda para descer?
O
Pokémon se mexia, parecia que estava tremendo, isso era algo muito
ruim, pois estava balançando o galho da árvore. Quando Katy
percebeu que em pouco tempo o galho romperia, resolveu escalar a
árvore. Nunca tinha escalado nada antes, mas sempre havia uma
primeira vez para tudo. Ela procurou um galho pendurou-se com suas
mão e subiu nele, foi fazendo esse processo repetidas vezes para
tentar alcançar o Pokémon que estava em um lugar muito alto. O
Pokémon continuava a se mexer e ela já podia ver o galho se
rachando.
— Não
se preocupe, vou te ajudar. — Tentou acalmar o monstro de bolso,
mas não funcionou.
Continuou
subindo e finalmente conseguiu enxerga o Pokémon direito, era
pequeno e roxo, possuía duas antenas e suas bochechas eram verdes.
Finalmente conseguira chegar no galho onde o Pokémon estava.
— Então
o senhor Pokémon é um Goomy. Não precisa ficar com medo, eu vou te
ajudar a descer. — disse Katy gentilmente enquanto sorria.
O
Goomy finalmente se acalmou.
— Está
vendo não precisa ficar com medo. Agora eu vou te tirar daq … —
Katy olhou para baixo e percebeu a burrice que tinha feito. —
Socorro! Eu tenho medo de altura, alguém me tira daqui! Ajuda! Por
favor!
Katy
se mexia bastante enquanto berrava gritos, então o galho que ela e o
Goomy estavam quebrou. Ela abraçou o Goomy, fechou os olhos e
começou a gritar enquanto caia. Pensou que sua vida acabaria naquele
momento, que nunca poderia realizar seus sonhos, mas antes de acertar
o chão, algo os segurou. Quando ela abriu os olhos, viu que um
Charizard era quem a salvara. Ele os levou ate o chão, onde havia um
homem ruivo de olhos vermelhos, ele estava usando um terno preto com
uma camisa vermelha por dentro. Quando o Charizard pousou, o homem o
fez retorna a pokébola.
— Vocês
estão bem? — perguntou o homem.
— Sim,
muito obrigada por nos salvarem. — respondeu Katherine.
— Não
há de que.
O
homem percebe que Goomy estava meio muxo e com uma cara cansada,
então ele pegou uma garfava de água eque estava em sua mochila e
entregou para Katy dizendo:
— Molhe
o Goomy e beba um pouco.
Katy
não entendeu, mas logo lembrou que havia aprendido em suas aulas que
o Goomy pode se curar e melhorar sua condição se estiver molhado,
além disso ele também possui a habilidade Hydration
que o permiti curar dano e condição física quando for molhado. Ela
pegou a garrafa e fez como ordenado. Bem rápido a expressão do
Pokémon mudou e ele lambeou a garota no rosto fazendo cócegas.
— Hahahahah,
Goomy para! Está fazendo cócegas. — Não conseguia parar de rir.
— É
bom ver treinadores se divertindo com seus Pokémons. — comentou o
homem enquanto sorria.
— Obrigada,
mas o Goomy não é meu. Ele estava no topo dessa árvore e resolvi
subir para ajudá-lo, mas me esqueci que tenho medo de altura. Ainda
bem que você estava passando aqui. — contou Katy enquanto brincava
com o Goomy.
— Então
se é um Goomy selvagem, por que você não o captura? Afinal ele
parece gosta de você.
— Capturar
o Goomy? O que você acha? Quer vir comigo? — Katy perguntou ao
Goomy enquanto o fitava.
A
resposta do Goomy foi bem simples, ele começou a lamber o rosto de
Katy novamente.
— Acho
que isso foi um sim. — riu o homem.
— É,
mas acho que vai ser complicado convencer minhas irmãs e a vovó.
— Como
assim?
— Eu
sou uma garota furisode, sou criada de forma que me torne uma garota
“perfeita”. Tenho aulas todos os dias, mas hoje me falaram que
queriam que eu me tornasse uma candidata a sucessora da líder de
ginásio, Valerie. Mas eu não quero isso, mesmo que se por algum
milagre eu conseguisse convencê-las para não me torna uma
candidata, eu duvido que deixariam eu, uma garota furisode, que deve
possuir Pokémon do tipo fada, capturar o Goomy, um pokémon do tipo
dragão, o mais fraco contra fadas.
— E
o que você quer fazer?
— Pode
achar engraçado, mas meu sonho é me torna a campeã de Kalos, não,
na verdade a melhor treinadora do mundo.
— É
uma grande ambição.
— Sim
é mesmo, pena que nunca poderá ser realizada, duvido que eu consiga
convencer elas.
— Não
diga isso! Você deve seguir seus sonhos, não importa quanto eles
parecem impossíveis!
— Mas
o que eu posso fazer?
— Lute!
— gritou ele. — Me prometa que quando voltar para sua casa vai
contar tudo que disse para mim, capturará o Goomy e irá o tratar
bem.
— O
que?
— Me
prometa!
— Está
certo, eu prometo.
— Está
vendo, não foi tão difícil. — riu ele.
Katy
e aquele homem passaram um bom tempo junto, mas quando o sol já
estava desaparecendo, ela percebeu que estava tarde e se despediu do
homem. Segurou o Goomy nos braços e levou ele, mas o Pokémon
resolveu escalar o corpo de Katy e parar em cima de sua cabeça.
— Ei
Goomy, você vai estragar meu cabelo, saia dai.
O
Goomy não deu ouvidos e continuou em cima da cabeça dela. Ela
insistiu mais algumas vezes, mas a resposta foi a mesma.
— Você
venceu, pode ficar ai.
Eles
continuaram no caminho de casa, mas logo Katy percebeu que estava
sendo seguida, não sabia quantos homens eram no total, mas eram
muitos. Ela tentava despistá-los sem que percebessem, apesar dos
esforços não conseguiu. Foi então que um dos homens resolveu sair
das sombras e falar com Katherine:
— Garota,
passa para cá esse Goomy, que eu não te machuco.
— Droga!
Ladrões de Pokémon — pensou Katy.
— Está
ouvindo? Me dê ele!
— Desculpe,
mas eu não posso fazer isso. — disse ela.
— Você
quer que eu te machuque? — indagou o homem.
— Mas
é sério, não posso fazer isso, porque isso não é um Pokémon e
sim um chapéu. — Ela tentou enganar o homem.
— Você
acha que eu sou idiota?
— Para
falar a verdade, acho sim.
— Agora
passou dos limites.
O
homem correu em direção de Katy, que se ajeitou e quando o homem ia
bater nela, ela desviu mexendo as suas mãos no corpo do homem
aplicando um golpe de Aikido, o derrubando no chão. O homem com dor,
tentou levantar, mas Katy já correra.
— Estão
fazendo o que? Peguem eles! — berrou o homem no chão.
Katy
corria e os homens te perseguiam, estavam em toda parte e quando ela
finalmente achou que conseguiria fugir, foi encurralada em um beco
sem saída.
— Agora
você não escapa. — disse o homem enquanto jogava um pokébola no
ar.
Da
pokébola saiu um Machoke que atacou Katy. Por pouco, ela conseguiu
desviar.
— Passe
logo esse Goomy, ou meu Machoke vai acabar com você. — ordenou o
homem.
— Não
sabe escutar? Eu já disse não.
— Machoke
use Karate Chop.
O
Pokémon atacava Katy, que tentava desviar, mas teve um momento que o
golpe do Pokémon foi mais rápido, acertando ela bem na barriga.
Assim ela foi arremessada para longe, se separando do Goomy que
estava em sua cabeça. O pequeno Pokémon estava em uma ponta do
beco, o homem na outra e Katy no meio.
— Saia
logo daqui ou eu vou te machucar mais!
— Já
disse que não!
— Machoke
continue usando Karate Chop.
Katy
já estava cansada, por isso, o Pokémon a acertou facilmente, mas
não apenas uma vez e sim múltiplas vezes, fazendo-a cuspir sangue
pela boca e ter seu corpo arranhado com as pancadas a ponto de
sangrar. Apesar de estar toda machucada Katy se recusava a deixar o
Goomy.
— No
próximo golpe vou te matar, então é melhor sair!
— Não
irei, eu decidi que capturaria esse Goomy, que ele seria meu parceiro
em meu sonho. Por isso não posso desistir, e além do mais, quando
eu decido alguma coisa, EU LEVO ELA ATÉ O FIM!
— Então
morra! Machoke, Focus Punch.
Uma
energia apareceu ao redor da mão do Machoke que foi em cima de Katy
para acertar o ataque. Ela estava machucada demais para desviar, o
Machoke com certeza acertaria, mas foi então que o Goomy se jogou na
frente de Katy levando todo o golpe em seu lugar. O impacto foi tão
forte que ele foi jogado até a parede.
— Goomy!
— gritou Katy.
O
homem riu.
— Já
sei! Já que eu não posso ter esse Goomy, ninguém poderá! Machoke
mate ele usando Focus Punch.
Mais
uma vez uma energia se formou ao redor da mão do Pokémon. Katy que
já não conseguia se mexer, no desespero recuperou as forças e se
jogou em frente do Goomy antes do Machoke acertá-lo. E quando o
ataque finalmente iria acertá-la, palavras puderam ser ouvidas.
— Charizard,
Air Slash!
O
Charizard cruzou os céus com suas asas brilhantes, e antes do
Machoke conseguir acertar alguém, foi completamente nocauteado pelo
ataque do Charizard.
— Impossível!
— berrou o ladrão.
Katy
e Goomy estavam salvos. Quando ela foi virar para ver quem havia os
salvados, descobriu que era o homem ruivo que ela encontrara a pouco
tempo. Ele estava em cima de um dos prédios e desceu fazendo
movimentos de parkour.
— Por
que todas as vezes que eu encontro vocês, vocês estão com
problemas? — indagou o ruivo.
— Acho
que esse é meu charme — respondeu Katy um pouco corada enquanto
sorria.
O
ruivo carregou Katy em seus braços enquanto ela carregava o Goomy. O
ladão aproveitou a chance para sair do beco. O ruivo percebeu e o
seguiu enquanto carregava a menina. Ao sair do beco, era possível
ver 10 homens cada um com um Pokémon.
— Agora
vocês estão perdidos, homens matem eles! — ordenou o ladrão.
Diversos
Pokémons prepararam seus ataque para acertar os dois.
— Acho
melhor sairmos daqui. — pediu Katy.
— Não
se preocupe. — disse o ruivo calmamente. — Charizard use todo seu
poder e derrote todos os oponentes com apenas um ataque, use o Blast
Burn!
O
corpo do Charizard ficou envolto em chamas e o chão ao seu redor
começou a ruir. Então Charizard soltou um gritou e socou o chão
que causou uma explosão de fogo destruindo todo o local em que os
ladrões estavam em pé, nocauteando cada um dos Pokémons, além de
machucar bastante os próprios ladrões.
— Não
pode ser! — exclamou o ladrão sem acreditar no que via. Foi então
que ele lembrou que já tinha visto aquele homem ruivo e voltou a
falar. — Você … Você é Clare Stanfield, um dos integrantes da
Elite dos Quatro, o Cavaleiro Carmesim!
— Que
bom que me conhece, isso facilita as coisas. Vou ligar para a polícia
prender vocês e não pensem em fazer nada estúpido, eu posso muito
bem usar o poder do meu Charizard outra vez. — ameaçou Clare.
— Sim,
não vou fazer nada. — jurou o ladrão.
— Elite
dos Quatro? — questionou Katy.
— Parece
que meu disfarce foi por água abaixo. — confessou Clare.
— Então
essa é a força de alguém da Elite dos Quatro, essa é a força que
eu almejo superar. — pensou Katy, que logo depois, resolveu falar:
— Quer
dizer que você é Clare Stafield, o Cavaleiro Carmesim.
— Isso
mesmo. Pensando direito, você nunca disse seu nome. — indagou
Clare.
— Katherine
Fée, mas pode me chamar de Katy. — respondeu a garota.
— Muito
bem Katy, estarei te esperando para quando você resolver desafiar a
Elite dos Quatro. Vamos fazer uma batalha incrível.
Katy
estendeu a mão e levantou o dedo mindinho. Clare não entendeu
direito.
— Promete?
— perguntou ela.
Clare
entendeu e cruzou seu dedo mindinho no de Katy.
— Prometo.
— respondeu ele.
— E
eu prometo que vou te derrotar — sorriu Katy.
E
depois de três segundos com os mindinhos cruzados, a promessa foi
feita.