• Posted by : Zark 22 de mai. de 2016

    Shohei tinha cabelos negros meio azulados e olhos cinzas claros, estava vestindo uma camisa listrada azul e branca, uma bermuda cinza escura com detalhes em vermelho e um boné preto por fora e azul por dentro. Ele estava em um navio, se sentia eufórico para a chegar ao destino. O barulho das ondas e os cantos dos pokémons voadores o deixavam mais ansioso, a viajem demorou várias horas, mas não conseguiu relaxar por nenhum segundo, ficava pensando o que faria ao chegar no seu destino, queria se tornar um treinador Pokémon, algo que não havia conseguido na sua região natal, pois era considerado muito novo. Agora já mais velho e maduro, estava se mudando para uma nova região onde finalmente poderia realizar seu sonho. Ele estava no convés do navio perto da proa olhando para o horizonte tentando enxergar o seu destino, finalmente depois de muitas horas, ela conseguiu ver a região para a qual ele estava indo, euforicamente fez um comentário sobre a região:
    – Finalmente! Ela é mais linda pessoalmente do que nas fotos que Kukui mandou!
    Shohei via uma enorme ilha com montanhas, cachoeiras, pequenas aldeias, grandes cidades, prais, mas o que mais chamava sua atenção era o enorme vulcão que devia cobrir um sexto da ilha.
    – Que enorme! – exclamou Shohei admirado.
    Normalmente Shohei teria medo de vulcões, mas como seu primo Kukui, sempre o lembrava que aquele vulcão estava extinto a anos, não precisava ter medo. Ao navio chegar mais perto da ilha, Shohei viu um porto, o local onde faria a sua parada.
    Depois do navio chegar ao porto e todos os passageiros serem liberados, Shohei havia finalmente chegado a sua nova casa.
    – Aloha, Alola! – gritou ele eufórico.
    Algumas pessoas olharam para ele com cara de espanto, algo que deixou Shohei um pouco envergonhado, mas não era tempo para isso. Shohei precisava encontrar Kukui que havia prometido dar uma surpresa para ele. O garoto estrangeiro pegou um mapa daquela ilha e procurou o ponto de encontro, que havia combinado com seu primo, depois de marcá-lo no mapa, Shohei partiu para o local.
    No caminho do local combinado, Shohei avistou uma linda garota de cabelos negros, um pouco curtos, e olhos cinzas, ela vestia uma camisa beje com bolinhas amarelas e rosas, onde estava feito um nó na cintura, vestia um short verde bem curto e usava um toca que parecia uma flor. O garoto que acabara de chegar, percebeu que a garota estava segurando um pokébola e tentando capturar um pokémon coruja, bem pequeno e com formato oval.
    – Você não vai escapar, Rowlet! Eu vou te capturar! – gritou a menina ao jogar a pokébola no pokémon.
    Ao ver a pokébola se aproximando Rowlet abriu as asas e lançou uma de suas penas afiadas que acertou a pokébola a derrubando. A garota parecia esperar isso e aproveitou a oportunidade para correr para atrás do Rowlet e jogar outra pokébola enquanto ele acertava a primeira.
    – Seu Leafage não vai funcionar dessa vez! Rowlet você é meu!
    Antes que pudesse ser acertado, Rowlet girou sua cabeça em 180 graus e viu a trajetória da pokébola, conseguindo desviar dela. A garota parecia esperar isso também e preparou par jogar uma nova pokébola de outra posição onde acertaria o Rowlet. Shohei ao assistir aquilo ficou emprisionado com o pokémon coruja, principalmente o fato dele girar a sua cabeça em 180 graus, e gritou eufórico:
    – Que pokémon legal!
    Ao ouvir o grito de Shohei, a garota tomou um susto e derrubou a última pokébola no chão, antes que pudesse pegá-la no chão e jogá-la novamente, Rowlet já havia ido embora. Ela virou o rosto para Shohei e o encarou com um olhar de raiva.
    – Seu idiota! Tem ideia do que fez! Acabou de estragar a minha chance de conseguir me tornar uma treinadora de verdade! – reclamava a garota.
    – Me desculpe, não era a minha intenção. – disse Shohei.
    – Isso não importa! – contestou ela.
    – Foi mal mesmo … – Shohei continuava tentando se desculpar, mas a garota parecia não ouvi-lo.
    – Oh droga! Sem ter nenhum pokémon não vou poder começar a minha jornada e ganhar a liga de Alola! – choramingou a garota para si mesma.
    – Liga de Alola? Eu também quero ganhar a liga de Alola! Coincidência, não? – indagou Shohei.
    – Não. – respondeu ela friamente. – Diversos estrangeiros, que nem você, viajam para Alola com esse desejo de desafiar a liga, na verdade isso é uma coisa bem comum.
    – Como descobriu que não sou de Alola? – indagou o rapaz surpreso.
    – Está brincando comigo, isso está estampado na sua cara! – disse a garota.
    – Serio?
    – Assim como a palavra idiota. – comentou a menina baixinho.
    – Disse algo?
    – Nada que te interesse. Agora, me dê licença, pois não tenho tempo para ficar gastando com pessoas como você.
    A garota deu as costas para Shohei e começou a ir embora, mas depois de alguns passos dados sentiu-se sendo puxada pela sua mão.
    – Espere! – gritou Shohei ao puxar a mão da garota que se desequilibro e caiu por cima dele.
    – Ai!
    A garota tentou se levantar ainda de olhos fechados, apoiou suas mãos no chão e começou a levantar, mas ao abrir os olhos, viu Shohei em baixo dela, entre seus braços, estavam muito próximos, principalmente seus rostos.
    – Pode sair de cima de mim, por favor. – pediu Shohei.
    Ao perceber na cena em que estava, a menina corou, ficou toda vermelha da cabeça aos pês.
    – Saia de baixo de mim! Seu pervertido! – gritava ela enquanto batia em Shohei para ela sair debaixo dela.
    Shohei estava sendo sufocado pelas batidas da garota, mas com um pouco de esforço, conseguiu sair da situação constrangedora e tentou explicar-se:
    – Não era para isso ter acontecido! Foi sem querer!
    – Pare de mentir, seu idiota pervertido! – As palavras da garota eram faladas de forma alta, rápida e embolada.
    – Estou falando a verdade, eu apenas queria saber seu nome!
    – Por que eu diria meu nome para você? Além disso você nem me disse o seu.
    – Se é esse o problema, eu me chamo Shohei.
    – Claro que esse não é o problema. O problema foi você ter feito eu perder minha chance de capturar o Rowlet e ter me feito cair em cima de você!
    – Eu já disse que essas duas coisas não foram intenções minhas! Eu apenas queria saber seu nome, porque você foi a primeira pessoa que eu conheci em Alola, além disso você pareceu ser bem legal e tem o mesmo desejo que eu.
    A garota continuava corada e vermelha.
    – Lana. – disse ela bem baixinho.
    – O que disse? – indagou Shohei.
    – Eu disse que meu nome é Lana. – gritou ela.
    – Lana, me desculpe por essas coisas ruins que eu fiz a você. – Ele sorriu.
    Lana que continuava vermelha, corou ainda mais com o sorriso do garoto.
    – Não precisa se desculpar, foi sem querer, não foi? De qualquer forma, eu tenho que ir embora Até a próxima, Shohei. – Lana falava rápido e embolado.
    Ela correu para longe de Shohei e distanciou-se a ponto que não adiantava ele seguir ela.
    – Queria conversar mais com ela, mas agora tenho que me encontrar com Kukui. – pensou Shohei.
    Depois de andar um pouco pela ilha em que estava Shohei alcançou o lugar onde estava marcado para encontrar Kukui. Era um pequeno vilarejo com algumas casas de madeira, no centro do vilarejo havia um pequeno palco, local onde Shohei havia combinado de se encontrar com seu primo. Ao chegar lá, Shohei viu Kukui que acenou para ele e o cumprimentou:
    – Bem-vindo ao paraíso, primo! Essa é a região de Alola!
    Kukui era um homem alto, usava óculos e um boné branco com um arco-íris pintado. Ele estava vestindo um jaleco, que deixava desabotoado revelando seu abdome, e uma bermuda cinza com cintura verde. Kukui possui um rabo de cavalo pequeno no cabelo e um cavanhaque no rosto ambos de cor cinza, assim como seus olhos.
    – A quanto tempo, Kukui! – cumprimentou Shohei.
    Os dois conversaram um pouco e deixaram os assuntos em dia. Foi quando um velho homem de cabelos brancos e bigode caminhou em direção deles. Seus olhos estavam quase fechados, ele era gordo e vestia uma camisa azul com um jaleco amarelo por cima e uma calça branca que ela amarada em sua cintura por uma corda da mesma cor. No exato momento Shohei não percebeu, mas Lana estava acompanhando o senhor que parou bem na frente dele e Kukui que disse:
    – Shohei, esse é Hala, um professor pokémon da região de Alola e essa é a neta dele …
    – Lana! – exclamou Shohei.
    – Shohei, o que você faz aqui? – questionou Lana.
    – Eu vim ver meu primo que disse ter preparado uma surpresa para mim.
    – Meu avó disse que tinha uma surpresa para mim, também.
    Kukui ouviu a conversa dos dois e os interrompeu:
    – Já se conheceram?
    – No meu caminho para cá aconteceram algumas coisas. – Shohei olhou para Lana que desviu o olhar tentando não lembrar daquela cena que ela ficou envergonhada.
    – Isto facilita as coisas, Hala, mostre para eles. – pediu Kukui.
    – Aposto que vocês vão gostar! – falou Hala ao pegar três pokébolas e jogá-las no ar.
    Três pokémons diferentes saíram delas, um gato preto, um leão marinho, que parceia mais uma foca, e uma coruja que Shohei percebeu ser um Rowlet.
    – Esses é Litten, um pokémon gato de fogo. Esse é Popplio, um pokémon leão marinho. E esse é Rowlet, um pokémon pena de grama. – disse Hala.
    – Incrível! – exclamaram Shohei e Lana ao mesmo tempo.
    Enquanto os dois admiravam os três pequenos pokémons, Kukui resolver explicar a situação:
    – Vocês dois sempre quiseram começar uma jornada pokémon, por isso eu e Hala decidimos que deixaremos cada um escolher algum desses três pokémons. Assim poderão finamente partir e seguir novos rumos!
    – Isso é sério? – indagou Shohei sem acreditar que a verdade poderia ser tão maravilhosa.
    – É claro que sim! Podem escolher! – respondeu Hala.
    Shohei e Lana se fitaram, deviam estar pensando em qual pokémon escolher e qual o outro escolheria. Como se fosse mágica, pararam de se olhar na mesma hora e gritaram ao mesmo tempo:
    – Rowlet, eu escolho você!
    Os dois haviam escolhido o mesmo pokémon.
    – Isso é um problema. – comentou Hala. – Temos apenas um de cada dos três pokémons, vocês terão que decidir entre si.
    Os dois aspirantes a treinadores se encararam e começaram a discutir.
    – É obvio que o Rowlet deve ser meu! Se esqueceu que eu não conseguir capturar aquele último por sua culpa, idiota! – resmungou Lana.
    – Uma coisa não tem nada a ver com a outra! Eu achei o Rowlet o mais legal dos três, afinal ele vira sua cabeça em 180 graus! 180 graus! – enfatizou Shohei.
    – Vai me dizer que quer o Rowlet, apenas por isso? – indagou Lana
    – E qual o problema? Não importa o meu motivo, o que importa é que eu quero o Rowlet e ele será meu! – gritou Shohei.
    Os dois continuavam a discutir, Kukui que percebeu que aquela discussão não levaria a nada teve uma ideia e resolveu contá-la:
    – Temo três pokémons para dois treinadores. Que tal se deixarmos o Rowlet de lado por um momento, cada um escolherá um dos pokémons restantes e depois disso os dois se enfrentaram numa batalha e o vencedor ganhará o Rowlet. Assim cada um manterá seu pokémon escolhido e o vencedor levará o Rowlet, ficando com dois pokémons logo no incio da jornada. O que acham?
    O rosto de Shohei e Lana demonstravam que estavam pensando sobre o assunto. Como se fossem robôs sincronizados, responderam na mesma hora:
    – Está certo!
    – Se é assim, sobrou o Litten e Popplio. Antes quero avisar que como o Popplio é do tipo água, ele terá a vantagem contra o Litten que é do tipo fogo. – alertou Hala.
    Lana e Shohei mexendo a cabeça demonstrando que tinham ouvido.
    – O que devemos fazer? Dizer qual pokémon queremos na mesma hora? – sugeriu Lana.
    – Acho uma boa ideia. – concordou Shohei. – Nos falamos no 3.
    1 … 2 … 3
    – Popplio – disse Shohei.
    – Litten – disse Lana.
    – Então está decidido. – comentou Hala.
    Os dois treinadores se aproximaram de seus Pokémons. Shohei segurou Popplio e o levantou olhando para o céu, Lana fez o mesmo com o Litten. Agora eles haviam se tornados rivais. Shohei e Lana se encaram, estava na hora de começar a batalha. Kukui e Hala contaram os golpes dos pokémons inicias para os dois. Cada um se pôs de um lado e a batalha finalmente começara.
    – Popplio use Water Gun! – ordenou Shohei.
    – Litten desvie e use Scratch! – ordenou Lana.
    Popplio cuspiu um jato de água em cima de Litten que foi rápido o suficiente para desviar e acertar o Popplio com um arranhão.
    – Popplio, parta para cima e use Pound!
    – Isso não vai funcionar! Litten use Ember!
    Litten que estava lambendo seu pelo oleoso parou por um momento e cuspiu uma bola de fogo que na verdade era seu pelo pegando fogo. Popplio tentou desviar, mas não conseguiu, recebendo o golpe em cheio.
    – Isso! – comemorou Lana.
    – Nos não vamos perder! Popplio, Water Gun!
    – Litten, já sabe o que fazer! Desvie e use o Scratch!
    Mais uma vez, Popplio cuspiu um jato de água, Litten desviou e preparou para acertar seu arranhão, mas Popplio virou seu nariz para o pokémon gato e assoprou uma bolha gigante que prendeu Litten dentro dela. Com Litten preso e Lana chocada, Shohei ordenou:
    – Agora, use Water Gun!
    O jato da água foi certeiro, Litten foi jogado para longe, havia recebido muitos danos, mas ainda podia lutar.
    – Se a batalha fosse fácil, não teria graça. – comentou Lana. – Litten use Scratch!
    – Popplio use Pound! – ordenou Shohei.
    Os dois pokémons correram em direção um do outro se aproximando, quando estavam próximos suficientes para aplicar o golpe Litten acertou seu arranhão em Popplio e Popplio acertou seu soco em Litten. Assim os dois pokémons foram nocauteados. Ao ver o resultado da batalha, Kukui percebeu que aquilo causaria mais problemas:
    – Oh bosta.
    – Empate? Como assim? – resmungou Lana.
    – E o que acontece agora? Quem fica com o Rowlet? – indagou Shohei.
    – Claro que eu, afinal eu estava na desvantagem e consegui o empate. – respondeu Lana.
    – Uma coisa não tem nada a ver com a outra! – exclamou Shohei.
    Os dois voltaram a discutir. Hala que já estava impaciente resolveu para a briga e sugeriu:
    – Já sei o que fazer, os dois dividirão o Rowlet. Como ambos possuem o mesmo sonho, passarão pelas mesmas cidades, então vocês podem viajar e treinar o Rowlet juntos.
    – Claro que não! – gritaram os dois ao mesmo tempo.
    – Se é assim, ninguém ficará com o Rowlet! – ameaçou Hala.
    Lana e Shohei se entreolharam e deram de ombros. Hala sorriu e comentou:
    – Parabéns! Agora vocês podem começar suas jornadas pokémon em Alola!
    Shohei e Lana passaram o dia brincando com seus pokémons e os conhecendo, Hala e Kukui resolveram deixar os dois sozinhos. Shohei e Lana batalharam algumas vezes e se divertiram bastante, eles e seus pokémons estavam cansados e acabaram adormecendo sob uma palmeira.
    Shohei com Poplio no colo e Lana com Liten, que era o único ainda acordado, no colo também. Os dois treinadores apoiavam suas cabeças um na outra e em cima delas Rowlet dormia profundamente. Aqueles dois sob aquela palmeira sonhavam no futuro, nas pessoas que conheceriam, nos pokémons que capturariam, nas batalhas que enfrentariam, nos rivais e amigos que fariam, nas dificuldades que superariam e na incrível aventura que os esperavam assim que abririam seus olhos. Nesse novo mundo de aventuras chamado de Alola …
    O sol e a lua não eram o limite.

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