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- RainStorm – Capítulo 12
Posted by : Zark
31 de jul. de 2016
Siga
seus hobbies como se isso fosse um hobby.
Cidade
de Santalune, 13 de outubro de 2016.
Santalune
era uma pequena cidade comparada a Lumiose, mas era linda. Katy se
impressionou com a arquitetura da cidade onde as casas eram feitas de
pedras lembrando uma temática medieval entre as casas e edifícios
haviam caminhos feitos de tijolos, algo que deixava a cidade ainda
mais bela.
– Santalune
é muito bonita! É bem diferente de qualquer cidade que eu já tenha
visto. – comentou Katy. – Se bem que eu só vi Laverre e Lumiose.
– Realmente
é uma cidade bem bonita. – concordou Shiro.
– Gente,
olha para aquela fonte. – Eve apontou para um fonte semelhante a
fonte da Rota 4, mas esta tinha o formato de uma Roselia.
– É
muito linda! Vamos ver de mais perto. – Katy correu em direção a
fonte.
Ao
se aproximarem conseguiam ver a ponte de uma forma melhor, ela estava
localizada no centro da cidade. A estátua da Roselia, que ficava na
fonte, liberava água de suas mãos que pareciam rosas.
– É
enorme! – exclamou Kuro.
– Sim.
– Katy se lembrou de algo. – Shiro, Roselia é a forma evoluída
do Budew, não é?
Shiro
concordou com a cabeça.
– Então
mostra a estátua para o Budew, tenho certeza que ele vai gostar. –
sugeriu Katy.
– Eu
não acho que seja uma boa ideia. – sussurrou Eve.
– Não
se preocupe, não tem mais nenhum doce para ele te roubar. – disse
Shiro ao liberar Budew.
O
pokémon broto saiu de sua pokébola e ao ver a fonte pulou dentro
dela molhando todos os quatro que estavam ao redor. Budew ficou rindo
deles.
– Eu
disse que não era uma boa ideia. – reclamou Eve.
– Mas
olhe pelo lado bom, o Budew está se divertindo. – Shiro se
aproximou do Budew. – Está vendo este pokémon da estátua é um
Roselia, sua forma evoluída, quem sabe algum dia você não cresça
e se torne bonito como ele.
Budew
parecia interessado no que Shiro tinha acabado de falar, mas ele não
quis perder a oportunidade e usou o Water Sport para
molhar seu treinador mais uma vez. Todos riram e continuaram na fonte
conversando por um tempo, mas então Kuro viu que aos seus arredores
havia uma loja de espadas antigas e artesanais. Seus olhos brilharam,
ele chegou ao lado de Shiro e puxou sua camisa para chamar atenção.
– Vamos
naquela loja! – Kuro apontava para loja de espadas.
– Você
e esse seu hobby. Tudo bem, vamos lá.
Ao
chegarem na frente da loja, Kuro estava quase babando, eram diversas
espadas que ele via da vitrine, ele via Katanas, Rapiers, Longsword,
Backswords, dentre outros tipos de espadas.
– Vamos
entrar! – exclamou ele.
– Kuro,
não acha que você vai demorar demais ai dentro? – indagou Shiro.
– Não
se preocupe, se quiser podem me esperar na fonte Roselia. Eu até
prefiro para falar a verdade, não gosto que me atrapalhem enquanto
olho novas relíquias. – respondeu Kuro.
– Se
você diz nos estaremos do lado da fonte Roselia, não tem como você
se perder. Se sair da loja é só olhar para frente que nos verá.
– Shiro,
não se preocupe, eu posso me perder com facilidade, mas eu não sou
tão idiota a ponto de não achar a fonte Roselia.
Shiro
concordou e Kuro entrou na loja todo animado. Enquanto isso os outros
três voltaram para fonte onde Budew se divertia. O tempo passava e
Kuro continuava lá dentro da loja.
– Ele
está demorando. – reclamou Eve.
– Deixe
ele, não é sempre que encontramos uma loja de espadas tão grande.
– disse Shiro.
– Mas
está demorando demais! Nem eu demoro tanto para escolher a minha
roupa!
– Só
espere mais um pouco. – Shiro pegou o Budew e o levou até Eve. –
Se está tão entediada, por que não brinca com o Budew.
Eve
olhou para o pequeno ladrão de doces, ele estava fazendo um cara
fofa. Eve não queria mais machucar o pokémon broto, mas ainda
sentia um pouco de raiva por ele ter comido seu doce. A cara que o
Budew fazia, deixava o coração de Eve, mas relaxado em relação a
ele e ela talvez estivesse pronta para perdoá-lo. Mas então a
expressão do rosto do Budew mudou, ela estava sorrindo maleficamente
para Eve, naquele momento Eve sentiu que o Budew estivesse dizendo
“Vou roubar todos seus doces, sua princesinha de bosta!”
– Não!
– gritou Eve de desespero e raiva.
Budew
mudou de expressão mais uma vez, estava com uma cara triste
parecendo que queria chorar.
– Se
não quer brincar com o Budew não precisava gritar. Assim você vai
ferir os sentimentos dele. – reclamou Shiro.
– Me
desculpa. – disse Eve.
– Não
me desculpe, peça desculpas ao Budew.
Eve
fitou o pokémon broto que estava com um olhar bem triste, ela se
sensibilizou um pouco e pediu desculpas, Budew ficou com uma
expressão mais feliz se aproximou de Eve e a empurrou na fonte
Roselia fazendo ela cair dentro e se molhar completamente. Em meio a
raiva, Eve se levantou de dentro da fonte e viu a face do Budew
sorridente querendo dizer “Não existe lugar neste mundo para dos
comedores de doces! Você já era! Hehehehe”.
Eve
já estava preparada para atacar o Budew, mas então umas crianças
que passavam por perto se aproximaram e agaram o pokémon broto.
– Olha!
É um Budew, a pré-revolução do Roselia! – exclamou um menino
que segurou o Budew.
– É
mesmo! Que legal! – disse uma menina. – Deixa eu tocar.
– Eu
também quero! – pediu outro menino.
As
crianças começaram a tocar no Budew, algo que chateou o broto que
usou seu Water Sport para molhar a todos. Budew achou
que aquilo o faria se livrar das crianças, mas ele estava errado,
apenas deixou elas mais eufóricas.
– Ele
solta água! Que legal! – disse o menino que segurava o Budew.
– Você
se molhou todo. – comentou uma menina.
– Você
também. – comentou outra. Elas então começaram a rir.
A
criança que segurava o Budew se aproximou de Shiro, que já não
fazia ideia do que acontecia, e indagou:
– Você
é o treinador do Budew?
– Sim,
quer alguma coisa?
– Ebá!
Vamos para escola! – comemorou a criança.
– O
que? Não estou entendendo. – disse Shiro.
– Estamos
indo para escola, quero que você e o Budew nos sigam para podermos
brincar mais! – pediu o menino.
Shiro
tentou recusar, mas as crianças começaram a puxar e levar e o o
Budew para escola. Katy e Eve sem entender o que acontecia os
seguiram.
…
A
loja de espadas era enorme, diversas antiguidades e raridades se
encontravam ali, mas como tudo era caro demais Kuro não poderia
comprar nada, ele apenas chegava de fininho do lado de uma espada que
gostava muito e tirava uma selfie com ela pelo celular, de forma que
os vendedores da loja não percebessem e reclamassem.
– Com
esta, temos 107 fotos. – comentou Kuro depois de tirar outra
selfie. Ele olhou o celular e viu que já havia passado mais de uma
hora que ele estava ali.
Resolvi
sair da loja e voltar para seus amigos. Ao ver a fonte Roselia seguiu
até ela, mas ao chegar lá nenhum dos outros estavam o esperando.
– Não
pode ser eles me abandonaram! – exclamou Kuro. – Ou será que
errei o caminho? Claro que não, a fonte Roselia só pode ser esta. O
que eu faço? O que eu faço?
Não
conseguia acreditar que eles tinham me deixado, fiquei nervoso e
comecei a andar de um lado para o outro por um tempo até ter uma
ideia. Resolvi ligar para Shiro que não atendeu e depois para as
meninas que também não atenderam. Isto não podia estar acontecendo
eles me abandonaram, agora me ignoravam. Tudo bem que eu demorei um
pouquinho olhando a loja, mas não atender as minhas ligações era
uma coisa muito má. Pensei em procurar eles, mas não seria uma boa
ideia, provavelmente me perderia, por isso acabei-me sentando num
banco ao lado da fonte Roselia para esperar eles voltarem.
Algum
tempo se passou e ninguém voltava, foi então que ele pode perceber
um flash em seu rosto. Ao olhar para ver o que era, uma jovem mulher
cabelos loiros presos e olhos verdes chegou ao lado de Kuro. Ela
vestia uma camiseta regata branca que deixava parte de sua barriga e
umbigo a mostra, ela usava uma calça jeans cheio de bolsos enorme e
calçava botas pretas. O que mais chamava a atenção de Kuro era a
máquina fotográfica que ela carregava e provavelmente o objeto que
tinha emitido o flash de antes. Antes que pudesse dizer alguma coisa
a jovem mulher sentou ao seu lado e mostrou para ela a foto que tinha
acabado de tirar na tela touch de trás da máquina.
– Está
vendo, este é você. Seu rosto está muito triste, assim as fotos
não ficam boas. – contou ela. – Você está triste com algo?
Está parecendo preocupado.
– Na
verdade um pouco, meus amigos disseram que me esperariam aqui e
sumiram. Estou esperando eles, mas está demorando. – desabafou
Kuro ao fazer um triste expressão.
– Não,
não, não! Não faça esta expressão, assim vai ficar feio nas
fotos. Sorria, assim está vendo. – A mulher sorriu lindamente para
Kuro que corou um pouco. – Está vendo sua expressão já melhorou.
Isto merece uma foto.
Outro
flash saiu da câmera e acertou Kuro.
– Aqui.
– A mulher mostrou para Kuro a foto que tinha acabado de tirar. –
Esta foto ficou mais bonita.
– Por
que está tirando foto de mim? – indagou Kuro que já não
compreendia nada.
– Porque
eu amo tirar fotos! Além disso, você é até bem bonitinho. –
Kuro corou de vergonha. – Essa sua expressão me dá mais vontade
de tirar fotos!
Ela
tirou mais uma foto.
– Você
gosta mesmo de tirar fotos. – comentou Kuro.
– Eu
adoro! É um dos meus principais hobbies! Adoro tirar foto de
pessoas, de pokémons, de paisagens, de tudo!
– Que
coisa legal. – sorriu Kuro.
– Diga
xis!
Outra
foto foi tirada.
– E
você, tem algum hobby? – indagou a jovem mulher enquanto olhava
para as fotos, tiradas na câmera, pela tela touch.
– Tenho,
eu adoro espadas! Gosto de pesquisar, olhar e colecionar elas, apesar
que eu só possuo esta. – Kuro tirou sua espada, que sempre
carregava, da bainha e mostrou para a mulher.
– Ela
é muito linda. – elogiou a mulher.
– É
sim, existem muitos estilos e tipos de espadas cada uma representa
uma cultura e época onde cada espada tinha sua função, umas
serviam para cortar, outras perfurar, já outra para resistir a
ataques. – explicou Kuro.
– Nossa,
que interessante. E a sua espada é de que tipo?
– A
minha espada é um Katana, ela possui um formato mais curvado e é
ótima para perfurar e cortar, mas está Katana aqui é cega, a
lâmina não é afiada, ou seja, é muito difícil cortar alguém com
ela, mas se bater com força vai doer bastante. Você pode ver que
ela possui uma lâmina completamente negra e por causa dessa cor ela
se chama Kuronotsurugi.
– Você
parece gostar muito dela. Como foi que você encontrou a
Kuronotsurugi? Que nome difícil.
– Eu
ganhei de uma pessoa. – Kuro cerrou as mão, sua expressão havia
mudado e ele parecia mais triste.
– Me
desculpe, se falei algo de errado. Não fique triste, sorria! – A
mulher sorriu para Kuro e mostrou a língua de uma forma fofa, algo
que deixou ele mais feliz. – E seus amigos possuem algum hobby?
– Bem,
o Shiro certamente adora ler e me abusar também. A Eve adora doces e
a Katy gosta de batalhar e Bidoofs.
– Bidoofs?
– Deixa
para lá! Me responda agora, o que gosta tanto nas fotos que tira?
Tem alguma favorita? – indagou Kuro.
– Eu
simplesmente adoro poder recolher os momentos felizes das pessoas e
pokémons! Adoro tirar fotos de pessoas sorrindo. Acredito que com as
fotos eu possa guardar tudo de forma que eu possa sempre me lembrar.
Algumas tribos acreditavam que ao tirar uma foto se roubava uma parte
da alma da pessoa, por isto evitavam tirar fotos, mas eu acredito que
as fotos não roubam as almas das pessoas, eu acredito que elas
reforçam as personalidades delas. Cada foto tem uma história e cada
pessoa em cada foto tem outra história, tudo é algo muito grande,
vasto e bonito! Eu não teria como escolher uma foto favorita, eu amo
muitas, seria como escolher um filho favorito, acho impossível!
Aquela
mulher sempre sorria e parecia alegre, isto de certa forma de deixava
mais tranquilo e sereno. Eu não me sentia mais agoniado em esperar
os outros, estava me divertindo ouvindo ela falar, a personalidade
levantava meu astral.
– Eu
tive uma ideia! Eu tenho outro hobby além de tirar fotos, eu adoro
batalhar. – disse a jovem mulher ao se levantar do banco
entusiasmada. – Você tem algum pokémon?
– Eu
tenho dois. – respondeu Kuro.
– Que
ótimo! Então já que você está esperando seus amigos, por que não
batalhamos enquanto nos esperamos eles voltarem?
– Está
certo, mas não nos apresentamos ainda. Eu me chamo Kuro.
– Kuro,
acho que este nome combina com você. – sorriu a jovem mulher. –
Eu sou Viola, a líder de ginásio da cidade de Santalune.
Líder
de Ginásio? Mas o que?
…
Era
uma pequena escola de dois andares, Katy, Eve e Shiro foram levados
para lá pelas crianças, a professora deixou todos entrarem, depois
de um tempo a hora do recreio chegou. Eles estavam em uma pequena
sala com diversas cadeiras, um grande quadro branco e uma TV onde
passava programas diversos. As crianças brincavam com Shiro e Budew,
fazendo diversas perguntas e tocando nos dois. Katy e Eve apenas
observavam de longe, enquanto Shiro olhava para as duas meninas com
um olhar de desespero como se estivesse pedindo ajuda para sair
daquela situação. As crianças pulavam em cima dele, pegavam as
coisas da mochila dele, seguravam e tocavam o Budew, Shiro se sentia
num verdadeiro inferno.
Ao
olhar de longe Katy parecia agoniada, ficava enrolando os seus fios
de cabelos loiros. Eve percebeu que algo tinha errado com a menina e
indagou:
– Katy,
o que foi?
A
garota furisode nada respondeu, apenas apontou para Shiro e Budew.
– Já
sei, você está com ciúmes. Quer brincar com as crianças também.
– disse Eve.
Katy
concordou mexendo a cabeça de cima para baixo.
– Só
precisamos chamar a atenção das crianças que elas vão brincar com
você rapidinho. Além disso, parece que o Shiro está suplicando por
ajuda, o Budew também parece estar muito agoniado com aquelas
crianças hehehe Talvez seja melhor deixa da forma que está.
– Eve,
por favor me ajude! – pediu Katy ao segurar aos mãos de Eve. –
Eu quero muito brincar com essas crianças fofas.
– Está
bem. – Eve se virou para as crianças e gritou para chamar a
atenção delas. – Esta aqui é a irmãzona Katy, ela quer muito
brincar com você. Tenho certeza que vai ser muito divertido.
As
crianças ouviram as palavras de Eve a ignoraram e voltaram a
“brincar” com Shiro e Budew. Ao ver esta reação, Eve se sentiu
acabada, ela tinha sido ignorada por crianças, isto doía no orgulho
dela.
– Não
funcionou. – comentou Katy.
– Não
precisa jogar na cara! – reclamou Eve.
– Tenha
calma, tenho certeza que arranjaremos outro jeito de chamar atenção.
O
programa que estava passando na TV daquela sala havia acabado e outro
estava preste a começar, um Bidoof apareceu na tela da TV e acenou
para aqueles que assistiam. Ao ver aquilo, Katy correu em sua direção
e colou seus olhos no Bidoof.
– Eve,
vem cá!
– O
que foi?
– Esta
é A Grande Família Bidoof! – exclamou Katy.
Eve
não entendia nada.
– Este
é um programa que passava na TV e eu sempre assistia, ela tem uma
música muito boa.
– E
que música seria essa? – indagou Eve.
– Já
vai começar!
Na
tela apareceu vários Bidoof e um grande letreiro escrito “A Grande
Família Bidoof”, depois de alguns segundos a música de abertura
começou a tocar e Katy resolveu cantá-la.
– Bidoof,
Bidoof, Bidoof, Bidoof, a grande família Bidoof! O Bidoof malvado e
desobediente, o Bidoof doce e gentil. Todos se juntam e vira uma
família de cem. O bebê Bidoof está sempre sendo envolvido por
felicidade, o velho Bidoof tem olhos apertados. Os Bidoof amigáveis
seguram suas mãos e fazem um grande e redondo circulo. Eles
constroem uma cidade no planeta Bidoof e todo mundo ri juntos. O
Buneary está tentando acenar do céu, a grande lua está envolvendo
tudo, coisas ruins e tristes também.
Sem
que Katy percebesse, as crianças estavam ao seu lado.
– Nossa,
você canta muito bem. – elogiou uma menina.
– Obrigada.
– Mana,
você tem algum pokémon? – indagou um menino.
– Tenho
um Goomy e um Piplup.
– Mostra
para gente, vai. – Várias crianças pediram.
– Eu
mostrarei. – sorriu Katy.
Shiro
se via finalmente livre das crianças, como Katy estava ocupada
demais com elas e caminhou até Eve e avisou:
– Eu
vou até a fonte Roselia, ver se encontro o Kuro. Agradeça a Katy
por ter me salvo dessas crianças, acho que dessa forma vou
desenvolver uma fobia.
Shiro
olhou para seu pokémon.
– Vamos
indo, Budew! Ou preferi ficar aqui “brincando” com essas
crianças?
Budew
balançou a cabeça para o lado e para o outro de forma desesperada,
não queria ficar junto daquelas crianças nem mais um segundo.
…
Na
fonte Roselia, Viola e Kuro estavam se preparando para começar a
batalhar.
– Então
você é mesmo a líder de ginásio dessa cidade?
– Sim,
é tão difícil de acreditar? – indagou Viola.
– Não,
é que é muita coisa para raciocinar ao mesmo tempo. – respondeu
Kuro.
– Não
precisa raciocinar nem nada, apenas vamos batalhar! – exclamou
Viola pulando de entusiasmo.
– Acho
que vai ser um pouco injusto, você é uma líder de ginásio e eu
nem sou um treinador que está atrás de insígnias. – reclamou
Kuro.
– Não
seja assim! Vai ser uma batalha divertida de qualquer forma, ou você
está desistindo?
– Eu
não! Vamos batalhar.
– Ótimo!
– Viola levantou aos mãos para o alto. – Será uma batalha de um
contra um, o vencedor será aquele que nocautear o pokémon do
adversário. Fácil, não é?
– As
regras são simples, mas tenho certeza que não será uma batalha
fácil.
– Vamos
começar! Vivillon, mostre suas asas!
Foi
liberado da pokébola de Viola, um pokémon borboleta, suas asas
possuíam a coloração rosa.
– Um
Vivilion, então você é uma líder do tipo inseto. – comentou
Kuro.
– Muito
bem observado. Então, qual será sua escolha?
– Infelizmente
meus dois pokémons estão em desvantagens, mas não desistirei tão
fácil. Sneasel, apareça. – Kuro liberou o pokémon noturno.
– Muito
bem, então vamos começar. Vivillon use Buz Buzz!
As
asas do Vivillon começaram a se movimentar rapidamente em uma alta
frequência, algo que gerou um som desfortalecível para Sneasel e
até mesmo Kuro que não consegui dizer nada. Vivilion então com
suas asas mudou seus movimentos jogando a onda sonora em cima do
Sneasel que recebeu todos os danos, mas se levantou.
– Sneasel
use Metal Claw!
As
garras dos Sneasel ficaram metalizadas, ele correu em direção ao
Vivilion, ao chegar ao se lado pulou tentando acertá-lo.
– Vivillon
desvie e use Draining Kiss.
O
pokémon inseto era muito rápido e conseguiu desviar do ataque de
Sneasel facilmente, contra-atacando com o Draining
Kiss, onde ele arremessou diversos beijos no Sneasel que
acertaram em cheio, o jogando no chão.
– Sneasel!
– gritou Kuro preocupado, mas seu pokémon se levantou mais uma
vez. – Está sendo bem difícil, afinal eu não esperava menos de
uma líder de ginásio. Vamos continuar com a batalha Sneasel! Se
prepare e use…
Kuro
foi interrompido pelos múrmuros que ouvia, foi então que ele
percebeu que estava rodeado por uma multidão. Diversas pessoas
estavam assistindo sua batalha contra Viola, provavelmente estavam
interessados em ver uma batalha da líder de ginásio.
– Não
sabia que teria publico. – comentou Kuro.
– Apenas
ignore eles, vamos continuar batalhando. – disse Viola.
– Você
está certa. Sneasel use Quick Attack.
Sneasel
correu em direção a Vivillon de forma rápida, seu corpo brilhava
em branco.
– Seu
Vivillon pode ser rápido, mas não conseguirá desviar do Quick
Attack.
– Vivilion
voe para o alto.
Sneasel
estava preparado para acerta o pokémon borboleta, mas ele bateu as
asas e voou bem alto, onde Sneasel não consegui acertá-lo.
– Não
tem problema, Sneasel escale a estátua do Roselia e acerte o
Vivilion com Feint Attack.
Sneasel
pulou na fonte Roselia e começou a escalar a estátua com suas caras
ao chegar lá em cima, sua mão brilho com uma aura negra e ele pulou
em cima do Vivillon.
– Vivillon
desvie!
A
ordem de Viola não adiantou, e as garras de Sneasel acertaram
Vivillon em cheio, mas o ataque não foi suficiente para derrubá-lo,
assim continuando no ar.
Shiro
havia acabado de chegar a fonte Roselia e se assustou com a multidão.
– O
que o Kuro fez dessa vez? – pensou Shiro.
O
garoto de cabelos castanhos entrou na multidão tentando ver o que
estava acontecendo e quando finalmente viu, seu irmão estava
batalhando contra uma mulher.
– Sneasel
não pare, use Quick Attack!
– Vivilion
use Bug Buzz!
…
Na
escola, Katy e seus pokémons continuavam brincando com as crianças,
Goomy gostava e lambuzava todas as crianças com o seu corpo viscoso,
já Piplup não estava gostando muito, mas aguentava. Foi então que
o intervalo acabou e a professora das crianças voltou.
– Muito
obrigada por cuidarem delas por esse tempo. – agradeceu a
professora.
– Não
foi nada, me diverti bastante. – admitiu Katy.
– Você
é uma treinadora atrás, não é? – indagou a professora.
– Sim,
meu sonho é me tornar a Campeã de Kalos. – revelou Katy.
– Então
vai desafiar a líder da cidade?
– Aqui
tem uma líder de ginásio?
– Você
não sabia? Achei que tivesse vindo aqui para desafiar a líder
Viola.
– Na
verdade estávamos indo para Aquacorde, aqui era caminho.
– Se
você quiser conhecer Viola, eu vi que ela está batalhando contra um
treinador na fonte Roselia, se você correr deve encontrar ela.
– Muito
obrigada. – agradeceu Katy. – Eve, vamos para a fonte Roselia
antes que a batalha acabe.
As
duas se despediram rapidamente e saíram da escola indo em direção
a fonte Roselia, ao chegarem lá viram a multidão enorme ao redor,
tentaram se aproximar e viram Shiro.
– Shiro,
o que está acontecendo aqui? – indagou Eve.
– Kuro
está batalhando contra Viola, a líder de ginásio da cidade. –
respondeu Shiro.
– Serio?
Por que o Kuro? Agora estou com ciúme, eu que devia batalhar no
lugar dele. – reclamou Katy.
– Olhe
o lado bom, está é uma boa oportunidade para você ver Viola
batalhando. – disse Shiro.
– Você
tem razão.
A
batalha continuava, Sneasel estavam bem machucado, mas Vivilion
parecia não ter levado quase nenhum dano.
– Devo
admitir, essa borboleta é dura na queda. – comentou Kuro.
– É
como dizem não julgue um livro pela capa. – aconselhou Viola.
– Vamos
continuar! Sneasel use Icy Wind!
– Vivilion
desvie e use Sleep Powder!
Sneasel
soprou uma ventania congelante em cima do Vivilion que com sua alta
rapidez desviu do ataque e preparou para atacar.
– Sneasel
desvie!
Sneasel
tentou fugir do Vivilion, mas sal velocidade não foi suficiente e
ele foi acertado pelos esporos do Vivilion assim adormecendo.
– Que
rápido. – comentou Katy.
– Sneasel,
vamos acorde! – gritou Kuro.
– Agora
você está acabado, Vivilion use Draining Kiss!
Vivilion
soltou beijos no ar que acertaram Sneasel facilmente. Depois do
movimento os machucados do Sneasel intensificaram e ele continuava
dormindo.
– Mais
uma vez Draining Kiss! – ordenou Viola.
– Sneasel,
acorda! Vamos acorda que eu te deixo brincar com a minha espada!
Os
súplicos de Kuro não adiantaram e o ataque acertou Sneasel mais uma
vez que continuou dormindo.
– Agora
vamos finalizar com Draining Kiss!
– Sneasel
acorda es desvia! Eu sei que você consegue.
Sneasel
estavam em sono profundo, mas então ouviu a voz de seu treinador de
longe e seguiu até ela, assim acordando. Ao abrir os olhos os beijos
lançados do Villion estavam prestes a acertá-lo, mas Sneasel foi
rápido e conseguiu desviar.
– Muito
bem! Agora use Icy Wind. – ordenou Kuro.
Sneasel
soprou gelado em cima do Vivilion que como estava surpreso pelo
ataque anterior não ter funcionado, foi acertado.
– Vamos
continuar, Sneasel use Quick Attack para pegar
velocidade e quando chegar perto use Icy Wind!
Sneasel
correu em direção ao Vivilion com o Quick Attack, o
pokémon borboleta tentou fugir, mas não teve tempo, Sneasel estava
o encarando e preparando para soprar o seu sopro gelado, mas então…
– Vivilion,
Hurricane!
… As
asas de Vivilion bateram de forma mais rápidas que antes e com elas
Vivilion criou um furacão ao redor do Sneasel o prendendo.
– Eu
não acredito que ela usou isso aqui. – comentou um homem que
assitia a batalha.
O
furacão estava puxando as pessoas para perto fazendo um grande
alvoroço, sacolas plásticas voavam e objetos pequenos também.
– Sneasel,
tente usar o Metal Claw para sair dai de dentro!
As
guarras do Sneasel ficaram metálicas e ele tentou cortar o furacão,
mas não funcionou e ele foi arremessado para o meu dele.
– Nada
disso vai funcionar. Kuro, foi uma ótima batalha, mas agora está na
hora de finalizar. Vivilion esmague. – Viola abriu e fechou as mãos
com força.
O
pokémon borboleta bateu as asas de uma forma extremamente forte que
fez o furacão fechar e explodir assim acertando Sneasel diversas
vezes dentro e o jogando para longe com a explosão. Kuro correu até
seu pokémon e ao chegar ao seu lado, ele estava nocauteado.
– Você
batalhou bem. – Kuro retornou seu pokémon para dentro da pokébola.
Viola
chegou ao lado do garoto de cabelos negros, estendeu a sua mão. Kuro
retribuiu e apertou a mão da líder de ginásio.
Foi
uma batalha bem legal, pena que perdi, afinal Viola era muito forte,
digna de uma líder de ginásio. Depois disso, apresentei Viola aos
meus amigos e ela ofereceu a casa dela para passarmos a noite. Ela
disse que tinha muitos quartos vazios, já que a irmã dela, Alexa,
não estava na cidade. Primeiramente achamos que seriamos um
incomodo, mas ela insistiu tanto que aceitamos. No jantar, Viola
pediu pizza para todo mundo, eu me ofereci para cozinhar, mas ela
disse que não poderia deixar os convidados delas fazerem isso. Não
sei porquê, mas senti que Katy, Shiro e Eve ficaram aliviados com
isso. Estranho.
Todos
estavam sentados na mesa de jantar.
– Então,
Katy, vai me desafiar para uma batalha? – indagou Viola.
– Futuramente,
mas não agora. Vendo sua batalha com Kuro, eu pude perceber que
ainda estou em um nível completamente diferente dos líderes de
ginásio. Não é apenas você, mas Meyer e Valerie também estão em
um nível muito superior ao meu. – respondeu Katy.
– Você
conhece Meyer e Valerie? Batalhou contra eles?
– Batalhei
contra Meyer uma vez e perdi feio, já Valerie, eu nunca batalhei
contra ela, mas já a via batalhando muitas vezes e ela já me deu
diversos conselhos, considero ela como uma irmã mais velha.
– Meyer
certamente é bem forte, mas soube que ele se aposentará em breve e
passará seu ginásio para seu filho, Clemont. E sobre Valerie, ela é
incrível! Já vi batalhas dela e mal pode acreditar que ela era
cega. Você parece conhecer muito bem ela.
– É
que eu morava com ela, treinava para poder suceder o ginásio, mas eu
não queria isso, eu queria batalhar contra os líderes e alcançar o
topo. Mas essa tarefa se provou bem mais difícil do que pensei, por
isso estamos indo para Aquacorde, para encontrarmos a Valquíria das
Chamas e pedir para ela me treinar. – revelou Katy.
– A
Valquíria das Chamas? Me lembro muito bem dela. A primeira batalha
de ginásio dela foi comigo, ela perdeu, mas não desistiu e na vez
seguinte que batalhei contra ela, parecia ser outra pessoa. Foi uma
batalha bem divertida, ela me derrotou de uma forma absurda. Aposto
que se treinar com ela, vai ficar muito forte. – contou Viola.
– Vou
me esforça ao máximo!
…
Já
estava bem tarde e todos dormindo, mas então Katherine acorda de seu
sonho. Ela estava eufórica, por causa da batalha de mais cedo,
estava ansiosa para ficar mais forte e enfrentar Viola, Meyer e até
Valerie. Como não conseguia voltar a dormir, se levantou da cama e
foi até a varanda que ficava ao lado da sala. Ao chegar lá se
encontrou com Kuro com um olhar pensativo.
– Não
está conseguindo dormir? – indagou Katy.
– Sim,
eu apenas estou tentando ingerir tudo que aconteceu. Viola é uma
treinadora muito forte, tenho certeza que se usasse o Carnivine
também, eu perderia da mesma forma. Aquele Hurricane
era bem assustador. – respondeu Kuro.
– Era
mesmo. – riu Katy.
– Katy,
você certamente se tornaria uma ótima líder de ginásio. Por que
preferiu ir atrás das insígnias?
– Eu
nunca quis ficar presa para sempre naquele ginásio, sei que é uma
profissão muito honrada e respeito muito ela, mas eu sempre quis
sair para conhecer o mundo, conhecer os pokémons e as pessoas.
Sempre tive essa vontade de ir atrás de insígnias, além do mais
quando era bem pequena eu fiz uma promessa que me tornaria a campeã
de Kalos. Sei que era apenas uma promessa boba de infância, acho que
a pessoa para quem eu fiz nem se lembra de mim, mas esse é o meu
sonho e vou seguir ele até o fim.
– Também
fiz uma promessa quando era pequeno, na verdade fiz várias e quebrei
muitas também. Mas a promessa mais importante que eu fiz foi com o
Shiro e com outra amiga nossa, nos prometemos que nada sobre nossos
passados importavam antes de nos conhecermos no orfanato Bretteur e
que seguiríamos para o futuro sem arrependimentos.
– Bretteur?
Esse não era o sobrenome de vocês?
– Não,
na verdade, eu possuo outro sobrenome, assim como o Shiro, mas desde
que fizemos aquela promessa adotamos o nome do orfanato como
sobrenome para esquecermos nossos passados.
– Então
é que nem o meu Fée. Como eu fui deixada na porta da casa da vovó
Genkai, eu nunca soube meu sobrenome de verdade, mas como muitas
outras garotas furisodes adotei o sobrenome da vovó e por causa
disso, hoje me chamo Katherine Fée.
– Interessante.
– disse Kuro. Katy, por favor não diga ao Shiro que te disse sobre
a nossa promessa, isto pode trazer memórias ruins para ela. Para
falar a verdade eu não sei o que aconteceu com ele antes de chegar
ao orfanato Bretteur, mas a primeira vez que o vi, Shiro parecia
acabado, seus olhos possuíam um completo vazio, tenho certeza que
ele sofreu muito no passado, felizmente agora ele está se divertindo
de estar com vocês! Não via ele sorrir assim a muito tempo.
Eu
estava falando do Shiro para Katy, mas, ao mesmo tempo, falava de
mim. Quando conheci Shiro ele não era o único de olhos vazios, eu
também era assim, mas de alguma forma sentia uma aura sombria ao
redor de Shiro, meus olhos eram vazios, mas os deles eram como se
fossem buracos negros. Felizmente Alice mudou isso e nos tirou da
solidão, tenho certeza que devemos muito a ela, por isso temos que
trazer ela de volta.
Cidade
de Santalune, 14 de outubro de 2016.
O
sol nasceu mais uma vez. Nos arrumamos e nos despedimos de Viola,
estávamos chegando próximos a Aquacorde, mas o que não sabíamos é
que a partir daquele dia, tudo começaria a se desmoronar novamente.
Mais uma vez sentiríamos…
… O
desespero.