• Posted by : Zark 22 de ago. de 2016

    Olhos frios que nem o gelo, mas quentes que nem o fogo.

    Cidade de Lumiose, 12 de outubro de 2016.

    Era um bar escuro, com uma coloração toda em vermelho, tanto o chão, como as paredes, o teto e os objetos possuíam esta cor. Um homem vestido com um terno vermelho e bem chamativo, usava luvas negras, um óculos vermelho e um cinto cinza com um símbolo vermelho parecendo uma chama nele. Seu cabelo possuía a mesma cor que sua roupa e tinha um corte estranho que fazia seu cabelo parecer uma chama elevada. Ele estava sozinho dentro do bar, sentado numa mesa, foi então que uma garota de cabelos cor lilás entro pela porta e se sentou a sua frente. A garota tinha uma pele pálida e seus olhos eram roxos. Ela vestia um vestido, que parecia uma camisola, da cor seu cabelo, por cima dele vestia um casaco preto, com detalhes em roxo, que possuía um capuz com duas orelhas de coelhinho. Ela também vestia uma meia longa lilás e sapatilhas negras, por fim usava uma presilha preta e roxa que combina com seu cinto. Ao sentar-se na frente do homem, a garota sem expressão nenhuma no rosto, era impossível saber que sentimento sentia, isto se sentia alguma coisa, perguntou:
    Qual a minha próxima missão?
    Senhorita Yuki, aqui estão todas as informações que precisa saber. – Ele entregou para ela uma pasta de arquivos. – Sua próxima missão será em Aquacorde, um nobre da família Bleu, intitulado de Ludger está pedindo pelos seus serviços em troca de uma grande quantia de dinheiro.
    Estou vendo que sim, mas aqui nos arquivos está dizendo que ele já contratou um grupo de mercenários. Por que ele precisaria de minha ajuda, se já contratou alguém? – indagou Yuki friamente e sem expressão nenhuma, apenas um rosto calmo e sério.
    Acredito que ele quer ter certeza que o trabalho será feito, não importando os custos. Ou talvez, ele apenas queira uma garota bonita que nem você do lado dele. – brincou o homem.
    Kkkkkk, você é tão engraçado, estou morrendo de rir por dentro. – disse ela com o mesmo rosto de sempre, sem esboçar nenhuma expressão.
    O que foi esse kkkk? As pessoas não riem dessa forma.
    Me desculpe, eu quis dizer, ha ha ha ha. – A expressão de Yuki continuava calma e fria.
    Não consigo dizer se você está sendo sarcástica ou se apenas é fria demais.
    Eu achei engraçado de verdade, ha ha. – Yuki dizia uma coisa, mas sua expressão dizia outra.
    Esqueça que eu fiz esta piada! Apenas pegue tudo e vá fazer seu trabalho. – ordenou o homem.
    Você está me ordenando? – indagou Yuki com a mesma expressão séria, mas de certa forma tinha sido assustador.
    Claro que não! Me desculpe, se pareceu isto! – exclamou ele se curvando desesperado.
    Dá próxima vez tome mais cuidado. Se você brincar com a neve pode acabar se queimando. – falou ela enquanto fitava o homem.
    O homem de terno vermelho se curvou várias vezes como se estivesse concordando. Yuki se levantou da cadeira e caminhou até a porta, sempre com a mesma expressão calma e sem emoção, parecia um robô, não um robô mostraria mais emoções.

    Rota 3, 14 de outubro de 2016.

    Depois de saírem de Santalune, Katy e seus amigos chegaram na Rota 3. Era uma rota curta em relação as que eles já tinham passado, mas, mesmo assim, para atravessar ela seria uma grande caminhada. Esta rota, possuía um pequeno lago e várias gramas altas onde passavam diversos pokémon diferentes, algo que deixava Katy encantada.
    Olha é um Azurill! Vou capturá-lo! – anunciou Katy, mas antes que pudesse fazer alguma coisa, uma pokébola de longe acertou o pequeno pokémon azul e o capturou. – Quem foi o maldito que fez isso?
    Ao se virar, o treinador que havia capturado o Azurill era apenas um menino bem pequeno, uma criança, ele foi até sua pokébola recém-lançada e pegou rapidamente. Os quatro adolescentes se surpreenderam em ver uma criança sozinha naquela rota, foi então que Shiro reconheceu o menino.
    Você não é um dos alunos daquela escola em Santalune? – indagou ele.
    Sim, e você é o irmãozão do Budew. – respondeu o garoto.
    Irmãozão do Budew? Não acredito que as crianças vão me lembrar dessa forma. – Shiro colocou sua mão no rosto como se estivesse decepcionado.
    O que você está fazendo aqui? Não é perigoso para uma criança andar sozinha por esta rota? – indagou Katy.
    Irmãzona do Bidoof! Eu estava procurando um pokémon.
    Irmãzona do Bidoof. – repetiu Katy enquanto sorria e ria felizmente com cara de boba.
    Olha, eu entendo que você queira capturar pokémons, mas é perigoso, então é melhor você voltar para sua casa e se quiser sair pelas rotas pedir o acompanhamento de alguém mais velho. – contou Kuro.
    Mas eu queria muito pegar este pokémon, irmãozão da espada.
    Irmãozão da espada! Gostei de você, quer que eu faça uma comida deliciosa para você.
    Não! – exclamou Eve, preocupado com qual fim aquele menino teria se comece a comida do Kuro. – Não há tempo para isso, você tem que voltar logo para sua casa, seus pais devem estar preocupados.
    O menino virou a cabeça e fitou Eve com um olhar frio e de desinteresse:
    E você? Quem é?
    Eve sentiu ter recebido uma flechada na sua espinha.
    Não se lembra de mim?
    Nunca vi você na minha vida. – Outra flechada, dessa vez no joelho.
    Acho que vou ficar depressiva por um bom tempo. – desabafou ela.
    De qualquer forma, o Kuro está certo… Que coisa mais estranha de se falar. – comentou Shiro.
    Ei! – reclamou Kuro.
    Você tem que voltar para sua casa, está bem? – indagou Shiro ao menino.
    Está bem.
    O menino se virou para a cidade de Santalune e começou a voltar, mas antes que ele desaparecesse de vista, Katy resolveu perguntar:
    Só para saber, qual era o pokémon que você estava procurando?
    O Bidoof lendário, dizem que por estas rotas, há um Bidoof com a coloração dourada e brilhante.
    Depois de responder a pergunta, o menino foi embora.
    Vamos indo. – decidiu Eve.
    Evelyne e os dois irmãos começaram a caminhar, mas Katherine permaneceu parada.
    O que foi, Katy? – indagou Eve.
    Katy virou seu rosto para Eve, segurou suas duas mãos e disse determinada:
    Eu quero capturar esse Bidoof lendário!
    Mas é apenas uma lenda, nem sabemos se ele existir de verdade. – explicou Eve.
    Mesmo assim, quero encontrar ele, você vai me ajudar?
    E se ele não for real?
    Katy já tinha largado as mãos de Eve e segurava as mãos de Shiro e Kuro, ignorando completamente Eve.
    Vocês dois também vão me ajudar? – indagou Katy, seus olhos mostravam uma grande determinação.
    Os dois irmãos se deram de ombros, sabiam que quando o assunto era Bidoof, não dava para tirar isto da cabeça da garota furisode. Eve ficou triste e um pouco com raiva por ter sido ignorada, mas resolveu ajudar sua amiga.

    Floresta de Santalune, 14 de outubro de 2016.

    Era uma grande floresta fechada por árvores, não se podia ver a luz do sol, apenas em lugares específicos onde as árvores não cobriam o céu. A floresta era normalmente calma e serena, mas por algum motivo ela estava bem agitada, um morcego azul com asas roxas atravessa a floresta em alta velocidade, desviando de árvores e pokémons. Passos podiam ser ouvidos, algumas pessoas estavam perseguindo o morcego.
    Droga! Aonde foi que aquela Zubat desgraçada se meteu? – indagou um dos perseguidores.
    Acho que não temos mais como encontrá-la, esta floresta fechada e cheia de árvores, com certeza, dará vantagem a Zubat. Não adianta mais ficarmos procurando. – respondeu outro.
    Você tem razão. – concordou o primeiro perseguidor. – Mas que droga! O chefe vai ficar muito furioso.
    Os homens desistiram de perseguir a Zubat, mas por estar desesperada em fugir, ela continuou voando em alta velocidade para se distanciar o máximo que pudesse daqueles dois.

    Rota 3, 14 de outubro de 2016.

    Os quatro continuavam na Rota 3, Katy conseguiu convencer a todos a ajudá-la. Enquanto Katherine estava a frente de seus amigos, os outros trés estavam alinhados olhando para garota que passava ordens como se fosse uma capitã de exército ordenando seus soldados.
    Hoje, temos uma missão muito importante! – disse Katy andando de um lado para o outro. – Temos que encontrar este Bidoof lendário a qualquer custo. Não quero desculpas, mesmo que percam seus braços, pernas ou até mesmo cabeça, vamos continuar procurando.
    Ela só pode estar brincando. – sussurrou Kuro para seu irmão.
    Pior que eu acho que ela está falando sério. – sussurrou Shiro.
    O que vocês estão falando? É para prestar atenção aqui, soldados! – exclamou Katy.
    Soldados? Isto está indo um pouco longe demais. – comentou Eve.
    Disse alguma coisa? – indagou Katy com um tom de voz assustador.
    Não!
    Muito bem, voltando para o assunto importante. Vamos nos separar e procurar pelo Bidoof, não quero descanso! Vamos procurar até não aguentarmos mais! – Katy levantou o braço para o céu e gritou como se estivesse esperando que os outros gritassem também, mas ninguém fez nada. – Eu disse, vamos procurar até não aguentarmos mais!
    Sim! – gritaram os outros três.

    Nos separamos por áreas e cada um ficou responsável por uma parte da Rota 3. Nós tínhamos que encontram o Bidoof Lendário a qualquer custo! Finalmente eu poderia realizar meu sonho de capturar um dessas fofuras e ainda por cima um especial!

    O garoto de cabelos castanho claros procurava pelo Bidoof lendário perto da escada onde a rota era dividida entre sua parte alta e parte baixa.
    Não estou encontrando nenhum pokémon. Se continuar nesse ritmo só vamos sair daqui amanha. – pensou Shiro.
    Um arbusto perto do garoto tremeu um pouco. Shiro ficou atento e caminhou até o local devagorosamente para não assustar o pokémon que havia aparecido. Ao chegar do lado do arbusto viu o pokémon, ele era estranho, parecia uma cobra amarela com tons azuis e possuía duas asas brancas minúsculas.
    Um Dunsparce?
    O pokémon serpente terrestre encarou Shiro, que o olhava com decepção nos olhos. Isto assustou o Dunsparce que usou sua calda, que mais parecia uma furadeira, para cavar para dentro do solo e fugir.
    Acho que vou desistir e voltarei a ler o meu livro. – comentou Shiro ao retirar um livro de sua mochila. – Tomara que a Katy não descubra. Não quero receber uma bronca.


    O garoto de cabelos negros procurava pelo Bidoof na parte inferior da Rota 3, mas nada ele achava foi então que viu uma árvore tremendo e chegou perto dela.
    Você está se escondendo ai em cima, não é Bidoof! – Kuro pegou sua espada, ainda com ela dentro da bainha, começou a bater na árvore a fazendo tremer e um pokémon caiu do topo e acertou sua cabeça. – Ai!
    Ao olhar para ver quem tinha o acertado viu um Pidgey. O pokémon pássaro estava com raiva de Kuro por ter atrapalhado seu sono e voou para cima do garoto o picando várias vezes na cabeça.
    Ai, ai! Foi sem querer! Na verdade não foi, mas tá doendo! – reclamou Kuro enquanto corria de um lado para o outro e Pidgey o continuava picando na cabeça. – É sério, me desculpa!


    A princesa procurava perto do pequeno lago que existia naquela rota. Encontrava diversos pokémons, mas nenhum era o Bidoof.
    Estou ficando cansada. Procurar pokémons no mato, com certeza, não é um trabalho par uma princesa. – Eve sentou no chão de cansaço.
    Quando já tinha perdido as esperanças, um pokémon amarelado correu por sua frente, ao olhar com atenção Evelyne percebeu que era um Pikachu. Seus olhos brilharam e ela correu atrás do roedor elétrico.
    Pikachu! Vem aqui!
    O pokémon roedor parou de correr e encarou Eve que tentou chegar mais perto, mas recebeu um raio, era um Thunderbolt do Pikachu que a acertara. Depois, disso enquanto Eve ainda tentava se recuperar do ataque, o Pikachu fugiu.
    Eu só queria brincar um pouco. – comentou Eve.


    Enquanto seus amigos continuavam procurando o Bidoof em outros locais, Katy o procurava na parte superior da rota, perto da entrada da Floresta de Santalune.
    Bidoof! Vem aqui! Eu sei que você está se escondendo em algum lugar!
    Katy ouviu um barulho de grama se mexendo, ao olhara para o local de onde o som tinha vindo se deparou com um pokémon castor que possuía um pelo marrom claro, diferente dos normais que eram marrons normais.
    É o Bidoof Lendário! – Os olhos de Katy pareciam dois grandes faróis que emitiam uma imensidão de luz.
    Ao ouvir a voz da garota furisode, o Bidoof se assustou e correu para dentro da floresta.
    Se fazendo de difícil. Não tem problema! Bidoof, você será meu! – Katy seguiu o castor, assim entrando na floresta.

    Floresta de Santalune, 14 de outubro de 2016.

    Bidoof, Bidoof, Bidoof, Bidoof, a grande família Bidoof! O Bidoof malvado e desobediente, o Bidoof doce e gentil. Todos se juntam e vira uma família de cem. – cantava Katy enquanto corria atrás do Bidoof.
    A floresta ficava cada vez mais escura, mas Katherine não desistia de ir atrás do castor. Ela estava bem próxima de conseguir agarrá-lo, mas então uma Zubat que voava sem direção se colidiu com a cabeça de Katy, fazendo as duas caírem no chão e assim deixando o Bidoof fugir.
    Ai, ai. – reclamou Katy tocando no galo em sua cabeça. – Quem foi o idiota que me acertou?
    A garota furisode olhou para os dois lados e viu a Zubat caída no chão ao seu lado.
    Foi você! Vou acabar com sua raça.
    A Zubat rapidamente levantou e mordeu a mão de Katy que fritou de dor.
    Seu Zubat maldito! Primeiro você me atrapalha, agora me mordi. Isso não vai ficar barato! Saia, Goomy! – Ela liberou Goomy que apareceu em cima de sua cabeça. – Goomy, vamos acabar com esse Zubat! Use Iron Tail!
    Goomy pulou para cima, sua calda metalizada foi formada e ele tentou acertar a Zubat que desviou facilmente.
    Que rápido! – comentou Katy. – Goomy use Bubble!
    Goomy cuspiu diversas bolhas em cima da Zubat, que conseguiu desviar de todas.
    Agora use Iron Tail!
    Como a Zubat ainda desviava das bolhas, não teve tempo de reação e recebeu o ataque em cheio. Ela foi jogada para longe, mas logo recobrou o voo. Foi então que ela começou a multiplicar-se, formando diversos clones suas, era o Double Team.
    Goomy use Bubble!
    Goomy cuspiu diversas bolhas acertando, os clones da Zubat em procura da verdadeira. Foi então que as asas da Zubat e seus clones começaram a brilhar, após isso a Zubat contra-atacou voando em direção ao Goomy que como não sabia quem era a verdadeira tomou o dano.
    Não vamos perder! Goomy, Iron Tail!
    Goomy pulou com sua calda metálica e tentou acertar a Zubat que usou Double Team novamente, se multiplicando. Goomy continuava com o Iron Tail pulando de um clone para o outro em busca da verdadeira. Zubat então usa o Wing Attack mais uma vez, suas asas brilham e ela parte para cima do Goomy junto com seus clones.
    Goomy use Protect e depois rebata-o com Iron Tail!
    A Zubat e seus clones acertaram o Goomy, mas o ataque foi ineficaz, pois uma barreira transparente foi formada ao redor do corpo do pokémon dragão que contra-atacou usando o Iron Tail, acertando a verdadeira que voo para longe e acertou seu corpo em uma árvore, assim quebrando um galho. Apesar de ter recebido bastante dano a Zubat continuava acorda, ela parecia estar bem cansada, encarou Katy e voo para longe, saindo da visão da garota.
    Resolveu fugir? Volte aqui, ainda não te mostrei tudo que tinha para dar! – gritou Katy, mas não adiantou, o pokémon morcego havia fugido.

    Depois de me acalmar um pouco pelo que acabava de acontecer, percebi que já estava ficando tarde e que eu estava perdida no meu da floresta. Fiquei preocupada, mas logo me lembrei do motivo de eu estar ali. O Bidoof Lendário! Eu não podia desistir ainda, tinha que encontrá-lo.

    Rota 3, 14 de outubro de 2016.

    Já estavam anoitecendo, a lua já começava a aparecer, mas apenas Kuro e Eve tinham voltado para o local marcado.
    Cade aqueles dois? Será que estão perdidos? Normalmente sou eu que me perco. – disse Kuro.
    Estou começando a ficar preocupada, já está bem tarde. – comentou Eve.
    Vou tentar ligar para eles! – sugeriu Kuro, mas não adiantou, nenhum dos dois atendia. – Por que eles não atendem?
    Isto é bem estranho.

    Floresta de Santalune, 14 de outubro de 2016.

    A floresta estava bem escura, como as árvores fechavam a visão para o céu, pouca luz da lua conseguia iluminá-la. Shiro estava lá caminhando a procura da garota furisode.
    Aquela Katy, entrou na floresta sem nem pensar duas vezes. Resolvi seguir ela, mas acabei a perdendo de vista. – Shiro pegou e olhou seu celular. – E o pior de tudo, aqui nessa floresta não tem sinal, por que me sinto num deja vu?


    Bidoof! Bidoof! Onde você está? – questionou Katy.
    Ela continuava pela floresta, mesmo estando muito tarde e escuro. Foi então que Katherine viu o Bidoof de cor dourada ao lado de uma árvore que estava sendo iluminada pela lua.
    Finalmente te achei! – Katy pegou uma pokébola em sua mochila. – Não vou perder essa chance, vou te capturar agora!
    Ela arremessou a pokébola de sua mão mirando no Bidoof, mas antes que sua pokébola batesse no castor, uma outra pokébola, que veio do lado oposto, acertou o Bidoof em cheio e o puxou para dentro. A pokébola tremeu uma, duas, trés vezes e então o barulho de captura foi ouvido. Enquanto isso a pokébola de Katy acertou o chão e se quebrou.
    Não pode ser! – exclamou Katy.

    Primeiro o Azuril, agora o meu Bidoof mais fofo que existe! A vida só pode ser injusta!

    Uma garota de olhos roxos e cabelos da cor lilas saiu de um dos arbustos, pegou a pokébola que havia capturado o castor e disse:
    Ebá, capturei o Bidoof Lendário. – A sua voz não passava nenhuma emoção, era mais fria que o próprio gelo.
    Esse Bidoof era meu! Eu estava seguindo ele desde a Rota 3! – reclamou Katy.
    A garota olhou para Katy e com a mesa voz fria contestou:
    Foi minha pokébola que capturou ele.
    Mas eu fiquei o dia todo seguindo ele! Eu mereço esse Bidoof! – argumentou Katy. – Além do mais, eu duvido que você goste tanto do Bidoof quanto eu.
    Você está errada. Eu sou a maior adoradora de Bidoof da fase da terra. Um dos meus sonhos era capturar um e agora eu consegui, ainda por cima um especial. Estou tão feliz, não consegue ver meu sorriso? – Sua expressão continuava sem emoções e sua voz fria.
    Você não está nem sorrindo! Pare de mentir e me dê esse Bidoof!
    Já sei, vou chamar o Bidoof de Prateado. – comentou a garota ignorando completamente Katy.
    Primeiro ele é dourado! Segundo, preste atenção em mim! – berrou Katy.
    Você ainda está ai. Por que não vai embora e me deixa a sós com o meu Prateado. – A inexpressividade da garota chegava assustar.
    Katy estava ficando nervosa, queria muito aquele Bidoof, mas aquela treinadora tinha o capturado primeiro, foi então que ela teve uma ideia.
    Por que não batalhamos? E a vencedora fica com o Bidoof. – sugeriu Katy.
    Uma batalha? Faz tempo que me desafiam para uma batalha. Eu aceito, mas como o Bidoof já é meu vou querer outra coisa se eu vencer.
    E o que você vai querer? – indagou Katy.
    Eu não sei. Decido isto, depois de te derrotar. – respondeu ela de forma calma e fria.
    Está certo, mas que vai ser derrotada é você!
    Antes de começarmos, queria me apresentar. Meu pai me ensinou que antes de se batalhar contra alguém é importante saber o nome do oponente. Eu me chamo Yuki.
    Muito bem, Yuki! Eu sou Katherine Fée! Grave bem este nome, pois a pessoa que o possui te derrotará!
    Não seja convencida, vamos começar logo com isso. – Yuki pegou uma pokébola negra com linha amarelada, era uma Ultra Ball. Ela arremessou e dela saiu um Snorunt.
    Nunca vi este pokémon! – Katy pegou a Pokédex que apitou e uma voz robótica disse: “Snorunt, o Pokémon Chapéu de Neve. Eles vivem em regiões gélidas. Nas estações sem neve, como primavera e verão, ele sai para viver entre estalactites e estalagmites de cavernas congeladas. É dito que ele traz prosperidade aos lugares que visita.”. – Muito legal! Mas o meu é melhor ainda, vai Piplup!
    A garota furisode arremessou sua pokébola e liberou o pokémon pinguim.
    Um Piplup, que interessante. – Apesar do que disse, sua voz e expressão parecia desinteressado e distante.
    Piplup, esta é nossa primeira batalha juntos! Vamos derrotar nossos oponentes! – O pokémon aquático bateu no próprio peito e repetiu seu nome como se concordasse.
    Se já terminou de conversar, eu começarei. Snorunt use Ice Shard.
    Piplup use Icy Wind!
    Snorunt assoprou diversas pedras de gelo para cima do Piplup que assoprou uma ventania forte de gelo, fazendo os ataques se colidirem e destruindo as pedras.
    Agora, use Pound! – ordenou Katy.
    Piplup correu em direção ao Snorunt e com sua mão brilhando acertou um soco em seu rosto.
    Snorunt use Double Team.
    O Snorunt começou a multiplicar-se, criando diversos clones.
    Já estou começando a ficar cansada desse movimento. – comentou Katy. – Piplup use Bubble e em seguida Pound!
    Piplup cuspiu bolhas de água em cima dos Snorunt destruindo alguns clones, com apenas cinco sobrando o pokémon pinguim correu em direção ao pokémon de gelo e acertou seu punho no primeiro e depois virou-se para esquerda, acertando o segundo.
    Interessante, seu Piplup é bem ágil. Mas não é suficiente. Snorunt use Headbutt.
    Faltava apenas dois clones e o Snorunt verdadeiro, a cabeça dos trés começaram a brilhar e então eles dispararam para cima do Piplup.
    Pule e use Bubble!
    Os Snorunt estavam chegando perto do Piplup, quando um acertaria a cabeçada nele, o pinguim pulou e cuspiu diversas bolhas que destruiu dos últimos dois clones, mas então o último Snorunt o verdadeiro pulou tentando acertar sua cabeçada no Piplup.
    Defenda com o Pound!
    A mão de Piplup brilhou e então ele socou a cabeça do Snorunt, mas não foi suficiente a cabeçada do pokémon chapéu de neve era mais forte e então Piplup recebeu golpe em cheio e voo para longe caindo de cara no chão.
    Piplup! – grito Katy, mas o pinguim não desistiu e se levantou. – Você ainda pode continuar?
    Ele afirmou com a cabeça.
    Então vamos! Piplup use Bubble!
    Snorunt use Ice Shard.
    Piplup cuspiu suas bolhas e Snorunt assoprou suas pedras de gelo, que ao se coliderem com as bolhas, as partiram e atravessaram acertando o Piplup.
    Agora use Headbutt.
    Snorunt correu em direção ao Piplup que ainda se recuperava do último ataque e o acertou em cheio com sua cabeçada, assim o nocauteando.
    Piplup! – Katy correu até seu pokémon que estava caído no chão e o pegou no colo. – Você batalhou bem.
    Piplup abriu os olhos e fez um cara feia, como se estive triste por ter perdido.
    Não fique assim. As vezes perdemos, as vezes ganhamos. Descanse um pouco. – Katy retornou o pinguim para pokébola. – Parece que eu perdi.
    Ainda não. – discordou Yuki.
    Mas o Piplup foi nocauteado.
    Eu estou me divertindo, quero batalhar mais com você. Se você tiver outro Pokémon use e se você derrotar o meu Snorunt com ele, a vitória será sua. – Yuki continuava com a inexpressividade de sempre, mas o tom de sua voz parecia um pouco empolgado, tão pouco que quase ninguém perceberia.
    Está bem, eu possou mais um pokémon. Mas dessa vez, eu não perderei. – Katy pegou sua Primer Ball e a jogou. – Goomy vamos vingar o Piplup!
    Um Goomy, parece que eu estou na vantagem. – comentou Yuki.
    Não conte vitória antes do fim. Goomy use Iron Tail!
    A cauda metálica do Goomy se formou e o pokémon dragão pulou para cima do Snorunt.
    Iron Tail? – repetiu Yuki.
    Apesar de continuar com sua expressão fria e calma, o Iron Tail surpreendeu a Yuki e seu Snorunt que não tiveram tempo de reação. A cauda do Goomy acertou em cheio o Snorunt de cima para baixo, o colidindo com o chão e fazendo um buraco no solo. O ataque pareceu fazer muito efeito no pokémon de gelo, mas ele conseguiu se levantar.
    Devo admitir que fiquei surpresa com o Iron Tail, mas continuo na vantagem. Snorunt use Double Team e em seguida Ice Shard.
    O Snorunt multiplicou-se novamente e então assoprou diversas pedras de gelo para cima do Goomy.
    Rebata com Iron Tail e depois acerte os Snorunt!
    Goomy pulou e com sua cauda rebateu todas as pedras de gelo que foram jogadas em cima dele, depois ele pulou para cima dos Snorunt acertando cada um com sua cauda, até que sobrou apenas um.
    Snorunt use Protect.
    Quando a cauda de Goomy estava preste a acertar o Snorunt uma barreira de energia transparente foi formada ao redor do corpo do pokémon de gelo, impedindo o ataque.
    Contra-ataque com Ice Shard.
    Snorunt assoprou as pedras de gelo que acertaram o Goomy o jogando para o alto.
    Agora pule e o acerte com Headbutt.
    Goomy use Tackle!
    O pokémon dragão ainda estava no ar, Snorunt já com sua cabeça brilhando pulou para acertá-lo, mas Goomy conseguiu virar se corpo e acertou a cabeça do Snorunt com sua investida. A colisão causou uma arremessou os dois pokémons, Snorunt para o chão que consegui pousar tranquilamente e Goomy para o céu.
    Snorunt use Ice Shard.
    Goomy use Protect!
    Snorunt assoprou suas pedras de gelo para o alto tentando acertar o Goomy no ar, mas o Protect foi formado destruindo as pedras com a barreira.
    Goomy use Iron Tail!
    Snorunt use Double Team.
    Snorunt se multiplicou novamente, Goomy criou sua cauda metálica mais uma vez e acertou um dos clones o destruindo, mas errando o verdadeiro Snorunt.
    Snorunt use Ice Shard.
    Goomy, Protect!
    Snorunt e seus clones soltaram a pedra de gelo para cima do Goomy que não conseguiu usar o Protect recebendo todo o dano.
    Continue com Headbutt.
    Goomy mal teve tempo de seu levantar e o Snorunt o acerta com sua cabeçada o jogando para longe e o fazendo colidir com o pé de uma árvore.
    Goomy! – exclamou Katy preocupada.
    Ainda não acabou. Snorunt use Ice Shard e continue até eu mandar parar.
    Snorunt assoprou as pedras de gelo para cima de Goomy que estava preso na árvore, assim acetando novamente. Não era possível ver o Goomy por causa da fumaça que fazia, as pedras de gelo não parravam de o acertar como se fosse uma metralhadora.
    Goomy! Por favor, pare!
    As pedras de gelo continuavam até que a árvore que o Goomy estava preso e onde as pedras de gelo acertaram, desabou fazendo um alto barulho.
    Assim está bom, pode para Snorunt. – O pokémon fez com ordenado e parou de atirar suas pedras de gelo. – Agora sim, você perdeu.
    Katy correu até o dragãozinho e o carregou nos braços, ele estava muito ferido.
    Me desculpe, Goomy. Essa derrota foi culpa minha. – Katy retornou seu Goomy para dentro da pokébola. – Então, Yuki, já sabe o que vai querer de mim?
    Boa pergunta. Sabe, eu gostei de você, a batalha foi muito divertida. – Yuki caminhava até Katy com o rosto calmo e fria de sempre. – Mas, quando pequena eu aprendi que uma derrota só pode ser paga de uma forma…
    Yuki chegou ao lado de Katy e encostou sua boca no ouvido da garota furisode e sussurrou:
    Com sua vida.
    Yuki deu uma joelhada na barriga de Katy a fazendo cuspir sangue, depois ela segurou o rosto da garota furisode com uma mão e com a outro socou o seu queixo a arremessando para cima. Yuki se distanciou de Katy, que ainda estava em choque tentando se levantar.
    Vamos acabar logo com isso. Snorunt use Ice Shard!
    Katy ainda tentava se levantar, mas quando olhou para frente viu apenas uma pedra de gelo enorme vindo em sua direção, suas mãos tremeram, ela tentou se levantar e desviar, mas não conseguiu e a pedra de gelo acertou seu busto o congelando e fazendo a garota desmaiar, a arremessando para longe.


    Shiro continuava procurando por Katy na floresta, foi então que ele ouviu um grande barulho, que parecia uma árvore caindo. Ele correu na direção de onde tinha ouvido o som e quando chegou lá. Viu Katy no chão tentando se levantar e uma outra garota de cabelos lilás em pé ordenando seu Snorunt acertar a garota furisode. Ao ver aquilo Shiro nem pensou duas vezes e correu em direção a Katy tentando a salvar do ataque, mas não conseguiu a tempo, a pedra de gelo já havia a acertado e a arremessado para longe, Shiro correu e conseguiu agarrar Katy antes que ela batesse com a cabeça no chão.
    Katy! Katy! Por favor, responda! Katy! – gritou Shiro desesperado com sua amiga em seus braços. – Ela está congelando, sua respiração está fraca.
    Que interessante, não sabia que alguém estava assistindo. – comentou Yuki sem emoção nenhuma.
    Você! O que fez com a Katy?
    Não consegue ver, eu congelei o coração dela. – A naturalidade com que ela falava aquilo assustava Shiro e o deixava com raiva.
    Sua desgraçada! Por que você fez isso?
    Quem sabe? Pode ter sido por ela ter perdido a batalha ou simplesmente porque me deu vontade.
    Shiro rangia os dentes e apertava sua mão com tanta força que suas unhas aranharam sua pele, a fazendo sangrar.
    O que foi? Está me olhando de forma estranha. Isto é raiva? Está furioso por eu ter machucado sua amiga?
    A respiração de Shiro estava ofegante, seu coração batia mais rápido, ele estava muito nervoso, sentia seu corpo ficar mais quente de raiva.
    Esses seus olhos, são muito interessante. – comentou Yuki.
    O que você está querendo dizer?
    Nada, apenas que eles não demonstram nenhuma preocupação, mas apenas raiva.
    Está dizendo que eu não estou preocupado com a Katy? – berrou Shiro.
    Não, claro que não. Eu sei que você está preocupado com ela, mas neste exato momento a raiva está te consumindo, posso enxergar isto através de seus olhos.
    Cale-se!
    Sabia que podemos enxergar a alma das pessoas olhando apenas para seus olhos. – Yuki se aproximou de Shiro e segurou seu rosto com as duas mãos. – Seus olhos são muito interessantes, vejo muito sofrimento, muitos sentimentos ruins, como ódio, tristeza, raiva, mas, ainda assim, vejo uma grande determinação e esperança, mas que um dia será consumida pelo ódio que seu coração sente. São olhos frios que nem o gelo, mas quentes que nem o fogo.
    Shiro continuava segurando Katy com uma de suas mãos e com a outra empurrou Yuki.
    Tem outra coisa nos seus olhos que me deixou muito intrigada. Eles não são olhos comuns, mas são olhos de alguém que já matou e que pretende matar novamente.
    Não! Você está errada! – berrou Shiro.
    Estou? Você está querendo me matar agora, não está? E se eu te desse essa chance, o que faria?
    Cale-se! Você não sabe nada sobre mim!
    Yuki se aproximou de Shiro, tirou uma faca de seu casaco e colou na mão do garoto.
    Vamos me mate. – Yuki aproximou seu pescoço da faca que estava na mão de Shiro.
    Os batimentos de Shiro aceleravam, ele estava perdendo a sanidade.
    Me mate, prove que eu estou certa e que você é um monstro. – Yuki falava tranquilamente e de forma fria como sempre. – Se você não me matar agora, eu matarei sua amiga.
    Já com a sanidade esgotada, Shiro empurrou a faca através do pescoço de Yuki, mas então sua outra mão segurou a mão que segurava a faca. Assim fazendo apenas um corte pequeno no pescoço de Yuki que sangrou um pouco, mas nada que pudesse matá-la.
    Eu não sou mais assim. Eu nunca mais vou matar ninguém! – A mão de Shiro tremia, mas segurava a faca firmemente, depois de algumas respirações profundas, ele conseguiu largar a faca, mas sua mão tremia cada vez mais.
    Parece que as trevas ainda não dominaram completamente seu coração. Você continua tentando lutar contra si mesmo, mas algum dia o monstro que vive dentro de você se libertará e quando esse dia chegar, você matará novamente e depois disso nunca mais conseguirá voltar a viver pacificamente. – contou Yuki.
    Não! Você está errada!
    Você não pode evitar isto. Afinal está no seu sangue, o sangue de um assassino.
    Pare! Pare! Você está errada, errada!
    Yuki olhou para a lua e falou:
    Parece que perdi muito tempo, já vou indo. Mas antes, queria te dar um conselho. Se você realmente se importa com esta garota, você deverá ir embora, caso ao contrário, você trará apenas dor para ela. – Yuki desapareceu enquanto caminhava para o meio da floresta.
    Shiro ainda com Katy no seu colo, tentava se acalmar e sua sanidade estava voltando.
    Katy. Katy. Katy. Eu vou te salvar, eu prometo. – Shiro se levantou carregando a garota furisode em seus braços.
    Ainda com a respiração acelerada ele correu pela floresta em busca de alguma saída. O desespero tomava conta de seu corpo, se não achasse ajuda logo Katherine morreria. Ele corria de um lado para o outro naquela floresta escura procurando por alguém ou uma rota de fuga, foi então que viu uma luz, estava se aproximando e viu a saída, atravessou ela e viu uma placa dizendo “Cidade de Aquacorde” com uma seta para apontando para frente.
    Aquele dia poderia ter começado como qualquer outro, mas se transformou em um desastre que era apenas o começo da grande dor e desespero que eles sentiriam em seus …

    Corações.

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