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- RainStorm – Capítulo 13
Posted by : Zark
22 de ago. de 2016
Olhos
frios que nem o gelo, mas quentes que nem o fogo.
Cidade
de Lumiose, 12 de outubro de 2016.
Era
um bar escuro, com uma coloração toda em vermelho, tanto o chão,
como as paredes, o teto e os objetos possuíam esta cor. Um homem
vestido com um terno vermelho e bem chamativo, usava luvas negras, um
óculos vermelho e um cinto cinza com um símbolo vermelho parecendo
uma chama nele. Seu cabelo possuía a mesma cor que sua roupa e tinha
um corte estranho que fazia seu cabelo parecer uma chama elevada. Ele
estava sozinho dentro do bar, sentado numa mesa, foi então que uma
garota de cabelos cor lilás entro pela porta e se sentou a sua
frente. A garota tinha uma pele pálida e seus olhos eram roxos. Ela
vestia um vestido, que parecia uma camisola, da cor seu cabelo, por
cima dele vestia um casaco preto, com detalhes em roxo, que possuía
um capuz com duas orelhas de coelhinho. Ela também vestia uma meia
longa lilás e sapatilhas negras, por fim usava uma presilha preta e
roxa que combina com seu cinto. Ao sentar-se na frente do homem, a
garota sem expressão nenhuma no rosto, era impossível saber que
sentimento sentia, isto se sentia alguma coisa, perguntou:
– Qual
a minha próxima missão?
– Senhorita
Yuki, aqui estão todas as informações que precisa saber. – Ele
entregou para ela uma pasta de arquivos. – Sua próxima missão
será em Aquacorde, um nobre da família Bleu, intitulado de Ludger
está pedindo pelos seus serviços em troca de uma grande quantia de
dinheiro.
– Estou
vendo que sim, mas aqui nos arquivos está dizendo que ele já
contratou um grupo de mercenários. Por que ele precisaria de minha
ajuda, se já contratou alguém? – indagou Yuki friamente e sem
expressão nenhuma, apenas um rosto calmo e sério.
– Acredito
que ele quer ter certeza que o trabalho será feito, não importando
os custos. Ou talvez, ele apenas queira uma garota bonita que nem
você do lado dele. – brincou o homem.
– Kkkkkk,
você é tão engraçado, estou morrendo de rir por dentro. – disse
ela com o mesmo rosto de sempre, sem esboçar nenhuma expressão.
– O
que foi esse kkkk? As pessoas não riem dessa forma.
– Me
desculpe, eu quis dizer, ha ha ha ha. – A expressão de Yuki
continuava calma e fria.
– Não
consigo dizer se você está sendo sarcástica ou se apenas é fria
demais.
– Eu
achei engraçado de verdade, ha ha. – Yuki dizia uma coisa, mas sua
expressão dizia outra.
– Esqueça
que eu fiz esta piada! Apenas pegue tudo e vá fazer seu trabalho. –
ordenou o homem.
– Você
está me ordenando? – indagou Yuki com a mesma expressão séria,
mas de certa forma tinha sido assustador.
– Claro
que não! Me desculpe, se pareceu isto! – exclamou ele se curvando
desesperado.
– Dá
próxima vez tome mais cuidado. Se você brincar com a neve pode
acabar se queimando. – falou ela enquanto fitava o homem.
O
homem de terno vermelho se curvou várias vezes como se estivesse
concordando. Yuki se levantou da cadeira e caminhou até a porta,
sempre com a mesma expressão calma e sem emoção, parecia um robô,
não um robô mostraria mais emoções.
Rota
3, 14 de outubro de 2016.
Depois
de saírem de Santalune, Katy e seus amigos chegaram na Rota 3. Era
uma rota curta em relação as que eles já tinham passado, mas,
mesmo assim, para atravessar ela seria uma grande caminhada. Esta
rota, possuía um pequeno lago e várias gramas altas onde passavam
diversos pokémon diferentes, algo que deixava Katy encantada.
– Olha
é um Azurill! Vou capturá-lo! – anunciou Katy, mas antes que
pudesse fazer alguma coisa, uma pokébola de longe acertou o pequeno
pokémon azul e o capturou. – Quem foi o maldito que fez isso?
Ao
se virar, o treinador que havia capturado o Azurill era apenas um
menino bem pequeno, uma criança, ele foi até sua pokébola
recém-lançada e pegou rapidamente. Os quatro adolescentes se
surpreenderam em ver uma criança sozinha naquela rota, foi então
que Shiro reconheceu o menino.
– Você
não é um dos alunos daquela escola em Santalune? – indagou ele.
– Sim,
e você é o irmãozão do Budew. – respondeu o garoto.
– Irmãozão
do Budew? Não acredito que as crianças vão me lembrar dessa forma.
– Shiro colocou sua mão no rosto como se estivesse decepcionado.
– O
que você está fazendo aqui? Não é perigoso para uma criança
andar sozinha por esta rota? – indagou Katy.
– Irmãzona
do Bidoof! Eu estava procurando um pokémon.
– Irmãzona
do Bidoof. – repetiu Katy enquanto sorria e ria felizmente com cara
de boba.
– Olha,
eu entendo que você queira capturar pokémons, mas é perigoso,
então é melhor você voltar para sua casa e se quiser sair pelas
rotas pedir o acompanhamento de alguém mais velho. – contou Kuro.
– Mas
eu queria muito pegar este pokémon, irmãozão da espada.
– Irmãozão
da espada! Gostei de você, quer que eu faça uma comida deliciosa
para você.
– Não!
– exclamou Eve, preocupado com qual fim aquele menino teria se
comece a comida do Kuro. – Não há tempo para isso, você tem que
voltar logo para sua casa, seus pais devem estar preocupados.
O
menino virou a cabeça e fitou Eve com um olhar frio e de
desinteresse:
– E
você? Quem é?
Eve
sentiu ter recebido uma flechada na sua espinha.
– Não
se lembra de mim?
– Nunca
vi você na minha vida. – Outra flechada, dessa vez no joelho.
– Acho
que vou ficar depressiva por um bom tempo. – desabafou ela.
– De
qualquer forma, o Kuro está certo… Que coisa mais estranha de se
falar. – comentou Shiro.
– Ei!
– reclamou Kuro.
– Você
tem que voltar para sua casa, está bem? – indagou Shiro ao menino.
– Está
bem.
O
menino se virou para a cidade de Santalune e começou a voltar, mas
antes que ele desaparecesse de vista, Katy resolveu perguntar:
– Só
para saber, qual era o pokémon que você estava procurando?
– O
Bidoof lendário, dizem que por estas rotas, há um Bidoof com a
coloração dourada e brilhante.
Depois
de responder a pergunta, o menino foi embora.
– Vamos
indo. – decidiu Eve.
Evelyne
e os dois irmãos começaram a caminhar, mas Katherine permaneceu
parada.
– O
que foi, Katy? – indagou Eve.
Katy
virou seu rosto para Eve, segurou suas duas mãos e disse
determinada:
– Eu
quero capturar esse Bidoof lendário!
– Mas
é apenas uma lenda, nem sabemos se ele existir de verdade. –
explicou Eve.
– Mesmo
assim, quero encontrar ele, você vai me ajudar?
– E
se ele não for real?
Katy
já tinha largado as mãos de Eve e segurava as mãos de Shiro e
Kuro, ignorando completamente Eve.
– Vocês
dois também vão me ajudar? – indagou Katy, seus olhos mostravam
uma grande determinação.
Os
dois irmãos se deram de ombros, sabiam que quando o assunto era
Bidoof, não dava para tirar isto da cabeça da garota furisode. Eve
ficou triste e um pouco com raiva por ter sido ignorada, mas resolveu
ajudar sua amiga.
Floresta
de Santalune, 14 de outubro de 2016.
Era
uma grande floresta fechada por árvores, não se podia ver a luz do
sol, apenas em lugares específicos onde as árvores não cobriam o
céu. A floresta era normalmente calma e serena, mas por algum motivo
ela estava bem agitada, um morcego azul com asas roxas atravessa a
floresta em alta velocidade, desviando de árvores e pokémons.
Passos podiam ser ouvidos, algumas pessoas estavam perseguindo o
morcego.
– Droga!
Aonde foi que aquela Zubat desgraçada se meteu? – indagou um dos
perseguidores.
– Acho
que não temos mais como encontrá-la, esta floresta fechada e cheia
de árvores, com certeza, dará vantagem a Zubat. Não adianta mais
ficarmos procurando. – respondeu outro.
– Você
tem razão. – concordou o primeiro perseguidor. – Mas que droga!
O chefe vai ficar muito furioso.
Os
homens desistiram de perseguir a Zubat, mas por estar desesperada em
fugir, ela continuou voando em alta velocidade para se distanciar o
máximo que pudesse daqueles dois.
Rota
3, 14 de outubro de 2016.
Os
quatro continuavam na Rota 3, Katy conseguiu convencer a todos a
ajudá-la. Enquanto Katherine estava a frente de seus amigos, os
outros trés estavam alinhados olhando para garota que passava ordens
como se fosse uma capitã de exército ordenando seus soldados.
– Hoje,
temos uma missão muito importante! – disse Katy andando de um lado
para o outro. – Temos que encontrar este Bidoof lendário a
qualquer custo. Não quero desculpas, mesmo que percam seus braços,
pernas ou até mesmo cabeça, vamos continuar procurando.
– Ela
só pode estar brincando. – sussurrou Kuro para seu irmão.
– Pior
que eu acho que ela está falando sério. – sussurrou Shiro.
– O
que vocês estão falando? É para prestar atenção aqui, soldados!
– exclamou Katy.
– Soldados?
Isto está indo um pouco longe demais. – comentou Eve.
– Disse
alguma coisa? – indagou Katy com um tom de voz assustador.
– Não!
– Muito
bem, voltando para o assunto importante. Vamos nos separar e procurar
pelo Bidoof, não quero descanso! Vamos procurar até não
aguentarmos mais! – Katy levantou o braço para o céu e gritou
como se estivesse esperando que os outros gritassem também, mas
ninguém fez nada. – Eu disse, vamos procurar até não aguentarmos
mais!
– Sim!
– gritaram os outros três.
Nos
separamos por áreas e cada um ficou responsável por uma parte da
Rota 3. Nós tínhamos que encontram o Bidoof Lendário a qualquer
custo! Finalmente eu poderia realizar meu sonho de capturar um dessas
fofuras e ainda por cima um especial!
O
garoto de cabelos castanho claros procurava pelo Bidoof lendário
perto da escada onde a rota era dividida entre sua parte alta e parte
baixa.
– Não
estou encontrando nenhum pokémon. Se continuar nesse ritmo só vamos
sair daqui amanha. – pensou Shiro.
Um
arbusto perto do garoto tremeu um pouco. Shiro ficou atento e
caminhou até o local devagorosamente para não assustar o pokémon
que havia aparecido. Ao chegar do lado do arbusto viu o pokémon, ele
era estranho, parecia uma cobra amarela com tons azuis e possuía
duas asas brancas minúsculas.
– Um
Dunsparce?
O
pokémon serpente terrestre encarou Shiro, que o olhava com decepção
nos olhos. Isto assustou o Dunsparce que usou sua calda, que mais
parecia uma furadeira, para cavar para dentro do solo e fugir.
– Acho
que vou desistir e voltarei a ler o meu livro. – comentou Shiro ao
retirar um livro de sua mochila. – Tomara que a Katy não descubra.
Não quero receber uma bronca.
…
O
garoto de cabelos negros procurava pelo Bidoof na parte inferior da
Rota 3, mas nada ele achava foi então que viu uma árvore tremendo e
chegou perto dela.
– Você
está se escondendo ai em cima, não é Bidoof! – Kuro pegou sua
espada, ainda com ela dentro da bainha, começou a bater na árvore a
fazendo tremer e um pokémon caiu do topo e acertou sua cabeça. –
Ai!
Ao
olhar para ver quem tinha o acertado viu um Pidgey. O pokémon
pássaro estava com raiva de Kuro por ter atrapalhado seu sono e voou
para cima do garoto o picando várias vezes na cabeça.
– Ai,
ai! Foi sem querer! Na verdade não foi, mas tá doendo! – reclamou
Kuro enquanto corria de um lado para o outro e Pidgey o continuava
picando na cabeça. – É sério, me desculpa!
…
A
princesa procurava perto do pequeno lago que existia naquela rota.
Encontrava diversos pokémons, mas nenhum era o Bidoof.
– Estou
ficando cansada. Procurar pokémons no mato, com certeza, não é um
trabalho par uma princesa. – Eve sentou no chão de cansaço.
Quando
já tinha perdido as esperanças, um pokémon amarelado correu por
sua frente, ao olhar com atenção Evelyne percebeu que era um
Pikachu. Seus olhos brilharam e ela correu atrás do roedor elétrico.
– Pikachu!
Vem aqui!
O
pokémon roedor parou de correr e encarou Eve que tentou chegar mais
perto, mas recebeu um raio, era um Thunderbolt do
Pikachu que a acertara. Depois, disso enquanto Eve ainda tentava se
recuperar do ataque, o Pikachu fugiu.
– Eu
só queria brincar um pouco. – comentou Eve.
…
Enquanto
seus amigos continuavam procurando o Bidoof em outros locais, Katy o
procurava na parte superior da rota, perto da entrada da Floresta de
Santalune.
– Bidoof!
Vem aqui! Eu sei que você está se escondendo em algum lugar!
Katy
ouviu um barulho de grama se mexendo, ao olhara para o local de onde
o som tinha vindo se deparou com um pokémon castor que possuía um
pelo marrom claro, diferente dos normais que eram marrons normais.
– É
o Bidoof Lendário! – Os olhos de Katy pareciam dois grandes faróis
que emitiam uma imensidão de luz.
Ao
ouvir a voz da garota furisode, o Bidoof se assustou e correu para
dentro da floresta.
– Se
fazendo de difícil. Não tem problema! Bidoof, você será meu! –
Katy seguiu o castor, assim entrando na floresta.
Floresta
de Santalune, 14 de outubro de 2016.
– Bidoof,
Bidoof, Bidoof, Bidoof, a grande família Bidoof! O Bidoof malvado e
desobediente, o Bidoof doce e gentil. Todos se juntam e vira uma
família de cem. – cantava Katy enquanto corria atrás do Bidoof.
A
floresta ficava cada vez mais escura, mas Katherine não desistia de
ir atrás do castor. Ela estava bem próxima de conseguir agarrá-lo,
mas então uma Zubat que voava sem direção se colidiu com a cabeça
de Katy, fazendo as duas caírem no chão e assim deixando o Bidoof
fugir.
– Ai,
ai. – reclamou Katy tocando no galo em sua cabeça. – Quem foi o
idiota que me acertou?
A
garota furisode olhou para os dois lados e viu a Zubat caída no chão
ao seu lado.
– Foi
você! Vou acabar com sua raça.
A
Zubat rapidamente levantou e mordeu a mão de Katy que fritou de dor.
– Seu
Zubat maldito! Primeiro você me atrapalha, agora me mordi. Isso não
vai ficar barato! Saia, Goomy! – Ela liberou Goomy que apareceu em
cima de sua cabeça. – Goomy, vamos acabar com esse Zubat! Use Iron
Tail!
Goomy
pulou para cima, sua calda metalizada foi formada e ele tentou
acertar a Zubat que desviou facilmente.
– Que
rápido! – comentou Katy. – Goomy use Bubble!
Goomy
cuspiu diversas bolhas em cima da Zubat, que conseguiu desviar de
todas.
– Agora
use Iron Tail!
Como
a Zubat ainda desviava das bolhas, não teve tempo de reação e
recebeu o ataque em cheio. Ela foi jogada para longe, mas logo
recobrou o voo. Foi então que ela começou a multiplicar-se,
formando diversos clones suas, era o Double Team.
– Goomy
use Bubble!
Goomy
cuspiu diversas bolhas acertando, os clones da Zubat em procura da
verdadeira. Foi então que as asas da Zubat e seus clones começaram
a brilhar, após isso a Zubat contra-atacou voando em direção ao
Goomy que como não sabia quem era a verdadeira tomou o dano.
– Não
vamos perder! Goomy, Iron Tail!
Goomy
pulou com sua calda metálica e tentou acertar a Zubat que usou
Double Team novamente, se multiplicando. Goomy
continuava com o Iron Tail pulando de um clone para o
outro em busca da verdadeira. Zubat então usa o Wing Attack
mais uma vez, suas asas brilham e ela parte para cima do Goomy junto
com seus clones.
– Goomy
use Protect e depois rebata-o com Iron Tail!
A
Zubat e seus clones acertaram o Goomy, mas o ataque foi ineficaz,
pois uma barreira transparente foi formada ao redor do corpo do
pokémon dragão que contra-atacou usando o Iron Tail,
acertando a verdadeira que voo para longe e acertou seu corpo em uma
árvore, assim quebrando um galho. Apesar de ter recebido bastante
dano a Zubat continuava acorda, ela parecia estar bem cansada,
encarou Katy e voo para longe, saindo da visão da garota.
– Resolveu
fugir? Volte aqui, ainda não te mostrei tudo que tinha para dar! –
gritou Katy, mas não adiantou, o pokémon morcego havia fugido.
Depois
de me acalmar um pouco pelo que acabava de acontecer, percebi que já
estava ficando tarde e que eu estava perdida no meu da floresta.
Fiquei preocupada, mas logo me lembrei do motivo de eu estar ali. O
Bidoof Lendário! Eu não podia desistir ainda, tinha que
encontrá-lo.
Rota
3, 14 de outubro de 2016.
Já
estavam anoitecendo, a lua já começava a aparecer, mas apenas Kuro
e Eve tinham voltado para o local marcado.
– Cade
aqueles dois? Será que estão perdidos? Normalmente sou eu que me
perco. – disse Kuro.
– Estou
começando a ficar preocupada, já está bem tarde. – comentou Eve.
– Vou
tentar ligar para eles! – sugeriu Kuro, mas não adiantou, nenhum
dos dois atendia. – Por que eles não atendem?
–
Isto
é bem estranho.
Floresta
de Santalune, 14 de outubro de 2016.
A
floresta estava bem escura, como as árvores fechavam a visão para o
céu, pouca luz da lua conseguia iluminá-la. Shiro estava lá
caminhando a procura da garota furisode.
– Aquela
Katy, entrou na floresta sem nem pensar duas vezes. Resolvi seguir
ela, mas acabei a perdendo de vista. – Shiro pegou e olhou seu
celular. – E o pior de tudo, aqui nessa floresta não tem sinal,
por que me sinto num deja vu?
…
– Bidoof!
Bidoof! Onde você está? – questionou Katy.
Ela
continuava pela floresta, mesmo estando muito tarde e escuro. Foi
então que Katherine viu o Bidoof de cor dourada ao lado de uma
árvore que estava sendo iluminada pela lua.
– Finalmente
te achei! – Katy pegou uma pokébola em sua mochila. – Não vou
perder essa chance, vou te capturar agora!
Ela
arremessou a pokébola de sua mão mirando no Bidoof, mas antes que
sua pokébola batesse no castor, uma outra pokébola, que veio do
lado oposto, acertou o Bidoof em cheio e o puxou para dentro. A
pokébola tremeu uma, duas, trés vezes e então o barulho de captura
foi ouvido. Enquanto isso a pokébola de Katy acertou o chão e se
quebrou.
– Não
pode ser! – exclamou Katy.
Primeiro
o Azuril, agora o meu Bidoof mais fofo que existe! A vida só pode
ser injusta!
Uma
garota de olhos roxos e cabelos da cor lilas saiu de um dos arbustos,
pegou a pokébola que havia capturado o castor e disse:
– Ebá,
capturei o Bidoof Lendário. – A sua voz não passava nenhuma
emoção, era mais fria que o próprio gelo.
– Esse
Bidoof era meu! Eu estava seguindo ele desde a Rota 3! – reclamou
Katy.
A
garota olhou para Katy e com a mesa voz fria contestou:
– Foi
minha pokébola que capturou ele.
– Mas
eu fiquei o dia todo seguindo ele! Eu mereço esse Bidoof! –
argumentou Katy. – Além do mais, eu duvido que você goste tanto
do Bidoof quanto eu.
– Você
está errada. Eu sou a maior adoradora de Bidoof da fase da terra. Um
dos meus sonhos era capturar um e agora eu consegui, ainda por cima
um especial. Estou tão feliz, não consegue ver meu sorriso? – Sua
expressão continuava sem emoções e sua voz fria.
– Você
não está nem sorrindo! Pare de mentir e me dê esse Bidoof!
– Já
sei, vou chamar o Bidoof de Prateado. – comentou a garota ignorando
completamente Katy.
– Primeiro
ele é dourado! Segundo, preste atenção em mim! – berrou Katy.
– Você
ainda está ai. Por que não vai embora e me deixa a sós com o meu
Prateado. – A inexpressividade da garota chegava assustar.
Katy
estava ficando nervosa, queria muito aquele Bidoof, mas aquela
treinadora tinha o capturado primeiro, foi então que ela teve uma
ideia.
– Por
que não batalhamos? E a vencedora fica com o Bidoof. – sugeriu
Katy.
– Uma
batalha? Faz tempo que me desafiam para uma batalha. Eu aceito, mas
como o Bidoof já é meu vou querer outra coisa se eu vencer.
– E
o que você vai querer? – indagou Katy.
– Eu
não sei. Decido isto, depois de te derrotar. – respondeu ela de
forma calma e fria.
– Está
certo, mas que vai ser derrotada é você!
– Antes
de começarmos, queria me apresentar. Meu pai me ensinou que antes de
se batalhar contra alguém é importante saber o nome do oponente. Eu
me chamo Yuki.
– Muito
bem, Yuki! Eu sou Katherine Fée! Grave bem este nome, pois a pessoa
que o possui te derrotará!
– Não
seja convencida, vamos começar logo com isso. – Yuki pegou uma
pokébola negra com linha amarelada, era uma Ultra Ball. Ela
arremessou e dela saiu um Snorunt.
–
Nunca
vi este pokémon! – Katy pegou a Pokédex
que apitou e uma voz robótica disse: “Snorunt, o Pokémon Chapéu
de Neve. Eles vivem em regiões gélidas. Nas estações sem neve,
como primavera e verão, ele sai para viver entre estalactites e
estalagmites de cavernas congeladas. É dito que ele traz
prosperidade aos lugares que visita.”. – Muito legal! Mas o meu é
melhor ainda, vai Piplup!
A
garota furisode arremessou sua pokébola e liberou o pokémon
pinguim.
– Um
Piplup, que interessante. – Apesar do que disse, sua voz e
expressão parecia desinteressado e distante.
– Piplup,
esta é nossa primeira batalha juntos! Vamos derrotar nossos
oponentes! – O pokémon aquático bateu no próprio peito e repetiu
seu nome como se concordasse.
– Se
já terminou de conversar, eu começarei. Snorunt use Ice
Shard.
– Piplup
use Icy Wind!
Snorunt
assoprou diversas pedras de gelo para cima do Piplup que assoprou uma
ventania forte de gelo, fazendo os ataques se colidirem e destruindo
as pedras.
– Agora,
use Pound! – ordenou Katy.
Piplup
correu em direção ao Snorunt e com sua mão brilhando acertou um
soco em seu rosto.
– Snorunt
use Double Team.
O
Snorunt começou a multiplicar-se, criando diversos clones.
– Já
estou começando a ficar cansada desse movimento. – comentou Katy.
– Piplup use Bubble e em seguida Pound!
Piplup
cuspiu bolhas de água em cima dos Snorunt destruindo alguns clones,
com apenas cinco sobrando o pokémon pinguim correu em direção ao
pokémon de gelo e acertou seu punho no primeiro e depois virou-se
para esquerda, acertando o segundo.
– Interessante,
seu Piplup é bem ágil. Mas não é suficiente. Snorunt use
Headbutt.
Faltava
apenas dois clones e o Snorunt verdadeiro, a cabeça dos trés
começaram a brilhar e então eles dispararam para cima do Piplup.
– Pule
e use Bubble!
Os
Snorunt estavam chegando perto do Piplup, quando um acertaria a
cabeçada nele, o pinguim pulou e cuspiu diversas bolhas que destruiu
dos últimos dois clones, mas então o último Snorunt o verdadeiro
pulou tentando acertar sua cabeçada no Piplup.
– Defenda
com o Pound!
A
mão de Piplup brilhou e então ele socou a cabeça do Snorunt, mas
não foi suficiente a cabeçada do pokémon chapéu de neve era mais
forte e então Piplup recebeu golpe em cheio e voo para longe caindo
de cara no chão.
– Piplup!
– grito Katy, mas o pinguim não desistiu e se levantou. – Você
ainda pode continuar?
Ele
afirmou com a cabeça.
– Então
vamos! Piplup use Bubble!
– Snorunt
use Ice Shard.
Piplup
cuspiu suas bolhas e Snorunt assoprou suas pedras de gelo, que ao se
coliderem com as bolhas, as partiram e atravessaram acertando o
Piplup.
– Agora
use Headbutt.
Snorunt
correu em direção ao Piplup que ainda se recuperava do último
ataque e o acertou em cheio com sua cabeçada, assim o nocauteando.
– Piplup!
– Katy correu até seu pokémon que estava caído no chão e o
pegou no colo. – Você batalhou bem.
Piplup
abriu os olhos e fez um cara feia, como se estive triste por ter
perdido.
– Não
fique assim. As vezes perdemos, as vezes ganhamos. Descanse um pouco.
– Katy retornou o pinguim para pokébola. – Parece que eu perdi.
– Ainda
não. – discordou Yuki.
– Mas
o Piplup foi nocauteado.
– Eu
estou me divertindo, quero batalhar mais com você. Se você tiver
outro Pokémon use e se você derrotar o meu Snorunt com ele, a
vitória será sua. – Yuki continuava com a inexpressividade de
sempre, mas o tom de sua voz parecia um pouco empolgado, tão pouco
que quase ninguém perceberia.
– Está
bem, eu possou mais um pokémon. Mas dessa vez, eu não perderei. –
Katy pegou sua Primer Ball e a jogou. – Goomy vamos vingar o
Piplup!
– Um
Goomy, parece que eu estou na vantagem. – comentou Yuki.
– Não
conte vitória antes do fim. Goomy use Iron Tail!
A
cauda metálica do Goomy se formou e o pokémon dragão pulou para
cima do Snorunt.
– Iron
Tail? – repetiu Yuki.
Apesar
de continuar com sua expressão fria e calma, o Iron Tail
surpreendeu a Yuki e seu Snorunt que não tiveram tempo de reação.
A cauda do Goomy acertou em cheio o Snorunt de cima para baixo, o
colidindo com o chão e fazendo um buraco no solo. O ataque pareceu
fazer muito efeito no pokémon de gelo, mas ele conseguiu se
levantar.
– Devo
admitir que fiquei surpresa com o Iron Tail, mas
continuo na vantagem. Snorunt use Double Team e em
seguida Ice Shard.
O
Snorunt multiplicou-se novamente e então assoprou diversas pedras de
gelo para cima do Goomy.
– Rebata
com Iron Tail e depois acerte os Snorunt!
Goomy
pulou e com sua cauda rebateu todas as pedras de gelo que foram
jogadas em cima dele, depois ele pulou para cima dos Snorunt
acertando cada um com sua cauda, até que sobrou apenas um.
– Snorunt
use Protect.
Quando
a cauda de Goomy estava preste a acertar o Snorunt uma barreira de
energia transparente foi formada ao redor do corpo do pokémon de
gelo, impedindo o ataque.
– Contra-ataque
com Ice Shard.
Snorunt
assoprou as pedras de gelo que acertaram o Goomy o jogando para o
alto.
– Agora
pule e o acerte com Headbutt.
– Goomy
use Tackle!
O
pokémon dragão ainda estava no ar, Snorunt já com sua cabeça
brilhando pulou para acertá-lo, mas Goomy conseguiu virar se corpo e
acertou a cabeça do Snorunt com sua investida. A colisão causou uma
arremessou os dois pokémons, Snorunt para o chão que consegui
pousar tranquilamente e Goomy para o céu.
– Snorunt
use Ice Shard.
– Goomy
use Protect!
Snorunt
assoprou suas pedras de gelo para o alto tentando acertar o Goomy no
ar, mas o Protect foi formado destruindo as pedras com
a barreira.
– Goomy
use Iron Tail!
– Snorunt
use Double Team.
Snorunt
se multiplicou novamente, Goomy criou sua cauda metálica mais uma
vez e acertou um dos clones o destruindo, mas errando o verdadeiro
Snorunt.
– Snorunt
use Ice Shard.
– Goomy,
Protect!
Snorunt
e seus clones soltaram a pedra de gelo para cima do Goomy que não
conseguiu usar o Protect recebendo todo o dano.
– Continue
com Headbutt.
Goomy
mal teve tempo de seu levantar e o Snorunt o acerta com sua cabeçada
o jogando para longe e o fazendo colidir com o pé de uma árvore.
– Goomy!
– exclamou Katy preocupada.
– Ainda
não acabou. Snorunt use Ice Shard e continue até eu
mandar parar.
Snorunt
assoprou as pedras de gelo para cima de Goomy que estava preso na
árvore, assim acetando novamente. Não era possível ver o Goomy por
causa da fumaça que fazia, as pedras de gelo não parravam de o
acertar como se fosse uma metralhadora.
– Goomy!
Por favor, pare!
As
pedras de gelo continuavam até que a árvore que o Goomy estava
preso e onde as pedras de gelo acertaram, desabou fazendo um alto
barulho.
– Assim
está bom, pode para Snorunt. – O pokémon fez com ordenado e parou
de atirar suas pedras de gelo. – Agora sim, você perdeu.
Katy
correu até o dragãozinho e o carregou nos braços, ele estava muito
ferido.
– Me
desculpe, Goomy. Essa derrota foi culpa minha. – Katy retornou seu
Goomy para dentro da pokébola. – Então, Yuki, já sabe o que vai
querer de mim?
– Boa
pergunta. Sabe, eu gostei de você, a batalha foi muito divertida. –
Yuki caminhava até Katy com o rosto calmo e fria de sempre. – Mas,
quando pequena eu aprendi que uma derrota só pode ser paga de uma
forma…
Yuki
chegou ao lado de Katy e encostou sua boca no ouvido da garota
furisode e sussurrou:
– Com
sua vida.
Yuki
deu uma joelhada na barriga de Katy a fazendo cuspir sangue, depois
ela segurou o rosto da garota furisode com uma mão e com a outro
socou o seu queixo a arremessando para cima. Yuki se distanciou de
Katy, que ainda estava em choque tentando se levantar.
– Vamos
acabar logo com isso. Snorunt use Ice Shard!
Katy
ainda tentava se levantar, mas quando olhou para frente viu apenas
uma pedra de gelo enorme vindo em sua direção, suas mãos tremeram,
ela tentou se levantar e desviar, mas não conseguiu e a pedra de
gelo acertou seu busto o congelando e fazendo a garota desmaiar, a
arremessando para longe.
…
Shiro
continuava procurando por Katy na floresta, foi então que ele ouviu
um grande barulho, que parecia uma árvore caindo. Ele correu na
direção de onde tinha ouvido o som e quando chegou lá. Viu Katy no
chão tentando se levantar e uma outra garota de cabelos lilás em pé
ordenando seu Snorunt acertar a garota furisode. Ao ver aquilo Shiro
nem pensou duas vezes e correu em direção a Katy tentando a salvar
do ataque, mas não conseguiu a tempo, a pedra de gelo já havia a
acertado e a arremessado para longe, Shiro correu e conseguiu agarrar
Katy antes que ela batesse com a cabeça no chão.
– Katy!
Katy! Por favor, responda! Katy! – gritou Shiro desesperado com sua
amiga em seus braços. – Ela está congelando, sua respiração
está fraca.
– Que
interessante, não sabia que alguém estava assistindo. – comentou
Yuki sem emoção nenhuma.
– Você!
O que fez com a Katy?
– Não
consegue ver, eu congelei o coração dela. – A naturalidade com
que ela falava aquilo assustava Shiro e o deixava com raiva.
– Sua
desgraçada! Por que você fez isso?
– Quem
sabe? Pode ter sido por ela ter perdido a batalha ou simplesmente
porque me deu vontade.
Shiro
rangia os dentes e apertava sua mão com tanta força que suas unhas
aranharam sua pele, a fazendo sangrar.
– O
que foi? Está me olhando de forma estranha. Isto é raiva? Está
furioso por eu ter machucado sua amiga?
A
respiração de Shiro estava ofegante, seu coração batia mais
rápido, ele estava muito nervoso, sentia seu corpo ficar mais quente
de raiva.
– Esses
seus olhos, são muito interessante. – comentou Yuki.
– O
que você está querendo dizer?
– Nada,
apenas que eles não demonstram nenhuma preocupação, mas apenas
raiva.
– Está
dizendo que eu não estou preocupado com a Katy? – berrou Shiro.
– Não,
claro que não. Eu sei que você está preocupado com ela, mas neste
exato momento a raiva está te consumindo, posso enxergar isto
através de seus olhos.
– Cale-se!
– Sabia
que podemos enxergar a alma das pessoas olhando apenas para seus
olhos. – Yuki se aproximou de Shiro e segurou seu rosto com as duas
mãos. – Seus olhos são muito interessantes, vejo muito
sofrimento, muitos sentimentos ruins, como ódio, tristeza, raiva,
mas, ainda assim, vejo uma grande determinação e esperança, mas
que um dia será consumida pelo ódio que seu coração sente. São
olhos frios que nem o gelo, mas quentes que nem o fogo.
Shiro
continuava segurando Katy com uma de suas mãos e com a outra
empurrou Yuki.
– Tem
outra coisa nos seus olhos que me deixou muito intrigada. Eles não
são olhos comuns, mas são olhos de alguém que já matou e que
pretende matar novamente.
– Não!
Você está errada! – berrou Shiro.
– Estou?
Você está querendo me matar agora, não está? E se eu te desse
essa chance, o que faria?
– Cale-se!
Você não sabe nada sobre mim!
Yuki
se aproximou de Shiro, tirou uma faca de seu casaco e colou na mão
do garoto.
– Vamos
me mate. – Yuki aproximou seu pescoço da faca que estava na mão
de Shiro.
Os
batimentos de Shiro aceleravam, ele estava perdendo a sanidade.
– Me
mate, prove que eu estou certa e que você é um monstro. – Yuki
falava tranquilamente e de forma fria como sempre. – Se você não
me matar agora, eu matarei sua amiga.
Já
com a sanidade esgotada, Shiro empurrou a faca através do pescoço
de Yuki, mas então sua outra mão segurou a mão que segurava a
faca. Assim fazendo apenas um corte pequeno no pescoço de Yuki que
sangrou um pouco, mas nada que pudesse matá-la.
– Eu
não sou mais assim. Eu nunca mais vou matar ninguém! – A mão de
Shiro tremia, mas segurava a faca firmemente, depois de algumas
respirações profundas, ele conseguiu largar a faca, mas sua mão
tremia cada vez mais.
– Parece
que as trevas ainda não dominaram completamente seu coração. Você
continua tentando lutar contra si mesmo, mas algum dia o monstro que
vive dentro de você se libertará e quando esse dia chegar, você
matará novamente e depois disso nunca mais conseguirá voltar a
viver pacificamente. – contou Yuki.
– Não!
Você está errada!
– Você
não pode evitar isto. Afinal está no seu sangue, o sangue de um
assassino.
– Pare!
Pare! Você está errada, errada!
Yuki
olhou para a lua e falou:
– Parece
que perdi muito tempo, já vou indo. Mas antes, queria te dar um
conselho. Se você realmente se importa com esta garota, você deverá
ir embora, caso ao contrário, você trará apenas dor para ela. –
Yuki desapareceu enquanto caminhava para o meio da floresta.
Shiro
ainda com Katy no seu colo, tentava se acalmar e sua sanidade estava
voltando.
– Katy.
Katy. Katy. Eu vou te salvar, eu prometo. – Shiro se levantou
carregando a garota furisode em seus braços.
Ainda
com a respiração acelerada ele correu pela floresta em busca de
alguma saída. O desespero tomava conta de seu corpo, se não achasse
ajuda logo Katherine morreria. Ele corria de um lado para o outro
naquela floresta escura procurando por alguém ou uma rota de fuga,
foi então que viu uma luz, estava se aproximando e viu a saída,
atravessou ela e viu uma placa dizendo “Cidade de Aquacorde” com
uma seta para apontando para frente.
Aquele
dia poderia ter começado como qualquer outro, mas se transformou em
um desastre que era apenas o começo da grande dor e desespero que
eles sentiriam em seus …
… Corações.