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- RainStorm – Capítulo 15
Posted by : Zark
11 de set. de 2016
Mesmo
sendo fraca, eu posso ficar mais forte se me esforçar.
Cidade
de Aquacorde, 16 de outubro de 2016.
Já
havia amanhecido, mas ainda estava bem cedo, a maioria das pessoas
ainda estavam em suas camas dormindo, mas Katherine estava eufórica
com o treinamento e acordou bem cedo. Ela estava no mesmo cômodo
aonde havia batalhado contra Calem no dia anterior, treinava sozinha
com seus pokémons. Foi então que as crianças do dia anterior
entraram e começaram a assistir.
– Goomy
e Piplup usem Bubble! – ordenou Katy.
Os
dois pokémons cuspiram diversas bolhas de frente de um para o outro,
assim fazendo elas se chocarem e estourarem.
– Uau!
– comentou uma das crianças.
Até
então Katy achou que estivesse sozinha, mas quando ouviu as vozes
das crianças percebeu que estava errada. Eram três crianças, duas
meninas e um menino de cabelos negros, uma menina era ruiva e a outra
era Mirai, a garota que possuía um chaveiro do Bidoof. Katy parou de
batalhar e foi até as crianças.
– Bom
dia! Estão gostando de assistir? – indagou ela com um belo sorriso
no rosto.
– Sim,
seus pokémons são bem legais. – respondeu a garota ruiva.
– Digo
o mesmo. – disse o menino.
– Muito
obrigada… Keiko e Jean, certo?
– Ela
lembrou de mim, tenho certeza que ela se apaixonou. – comentou
Jean.
– Cale-se
Jean, você sabe que ninguém se apaixonaria por você. – contestou
Keiko.
– Está
com ciúmes, Keiko? – Jean sorria maliciosamente.
– Jean,
idiota! – berrou Keiko.
As
duas crianças começaram a discutir, mas Katy tentou pará-las:
– Parem
com isto. Vocês já são bem crescidinhos para ficar discutindo por
besteiras.
As
crianças pararam e olhando para o chão se desculparam.
– E
você, Mirai, gosta de batalhas? – indagou Katy.
Mirai
estava encolhida no canto, lendo um livro, ao ouvir Katy fechou o
livro.
– Eu
amo batalhas! Um dia quero ser uma treinadora bem forte. – sorriu
Mirai.
– Não
acredito que a Mirai falou com alguém tão fácil assim. –
comentou Keiko.
– Não
sabia que a Mirai ficava tão bonita sorrindo, será que tenho alguma
chance com ela. – comentou Jean que sentiu uma cotovelada na
barriga, era Keiko que não gostou do que seu amigo disse.
– Tenho
certeza que se você treinar bastante e se esforçar vai conseguir. –
Katy respondeu Mirai.
– Eu
espero. – sussurrou Mirai para si mesma.
– O
que você disse? – indagou Katy.
– Não
foi nada. – respondeu Mirai encarando o chão.
Neste
momento, mais uma pessoa entrou naquele cômodo, era Serena. Ela viu
Katy conversando com as crianças e sorriu.
– Jean,
Keiko e Mirai, está na hora de vocês se arrumarem para escola.
– Droga,
achei que conseguiria filar aula hoje. – reclamou Jean. Foi então
que recebeu outra cotovelada na barriga.
– Já
estamos indo. – anunciou Keiko. – Até mais! – Ela e Keiko
saíram do cômodo.
Mirai
também caminhou para saída e em frente da porta disse:
– Tchau,
Katy! – Ela então saiu.
Naquele
cômodo, havia sobrado apenas Serena e Katy.
– Treinando
desde cedo, isto é bom. Mas eu recomendaria, que não gaste tanta
energia pela manhã, se não vai se cansar bastante. – sugeriu
Serena.
– É
que eu estava muito ansiosa. – disse Katy sem jeito.
– Eu
te entendo. – sorriu Serena. – Mas, as vezes, é melhor controlar
esta ansiedade, se não pode acabar se machucando.
Katy
assentiu.
– Já
que acordamos cedo, do que acha se eu te dar alguns conselhos sobre a
liga e os ginásios?
– Por
favor, me ensine. – Katy a reverenciou.
– Não
precisa dessa formalidade, se levante e vamos para outro lugar, onde
podemos sentar e tomar algo.
…
Serena
levou Katy para um grande salão onde havia várias mesas, ela sentou
em uma e a garota furisode sentou na mesma mesa. Lá havia xícaras
de café, Serena frequente tomava goles.
– Aqui,
será um lugar melhor para conversarmos. – disse Serena. – Me
diga, o que sabe sobre a liga de Kalos?
– Eu
sei que você precisa de oito insígnias para poder participar dela,
e depois poderá enfrentar a atual campeã batalhando pelo seu posto.
– respondeu Katy. – Só sei sobre isto.
– Apenas
isso! – Serena quase cuspiu o café que bebia. – Você não me
disse que morou muito tempo no ginásio de Laverre, achei que
soubesse mais.
– É
que eu não sou muito estudiosa. – Katy riu de forma sem graça.
– Teremos
que mudar isto. – Serena aposentou a xícara na mesa. – Acho que
vou ter que explicar tudo. O que você disse está certo, mas com
algumas ressalvas. A Liga de Kalos é uma liga diferenciada e
reconhecida em vários lugares no mundo, uma das suas principais
diferenças é o tempo em que ela ocorre, a maioria das ligas pokémon
ao redor do mundo ocorrem todo ano, ou a cada 2 anos, mas a liga de
Kalos acontece apenas a cada quatro anos.
– Isso
tudo!
– Sim,
a última liga ocorreu em 2015, no ano passado, a próxima ocorrerá
em 2019, daqui 3 anos.
– Mas
isto é muito tempo.
– Pode
ser, mas é isto que transforma a liga de Kalos numa das maiores do
mundo, como ela acontece apenas uma vez a cada 4 anos, é muito comum
ter diversos treinadores poderosos de todas as regiões. Mas não
ache que 4 anos é um tempo longo para recolher oito insígnias,
muitos treinadores não conseguem este feito, afinal os ginásios de
Kalos acabam sendo bem rigorosos, principalmente na reta final.
Katherine, já ouviu falar da mega evolução?
– Sim,
são uma forma de evolução momentânea que supera a evolução dar
muita força ao pokémon mega evoluído. Para ela ocorrer é
necessário uma MegaStone e uma KeyStone, além de um forte vínculo
entre o treinador e o pokémon.
– Exatamente,
mas a mega evolução não é algo tão comum de se ver, mesmo
fazendo parte do conhecimento geral são pouco treinadores que
alcançam este nível de força. Kalos é uma das regiões onde mais
se pesquisa e encontram as megastones e as keystones, por causa disto
é mais comum encontrar este tipo de evolução aqui, mesmo ainda
sendo raro. De qualquer forma em Kalos, a maioria dos lideres de
ginásio possuem mega evoluções e são permitidos ao usar se
acharem necessário. Claro que os líderes nunca usaram uma mega
evolução contra um desafiante sem ou com poucas insigniais, o maior
problema fica para o final.
– Como
assim?
– Os
ginásios se adaptam ao número de insígnias do treinador, se ele
não tiver nenhuma o desafio será mais fácil e com menos pokémons,
se ele estiver batalhando pela última insígnia, será uma batalha
brutal. É por isto que é muito importante ter ideia de em que ordem
enfrentará os ginásios. Por exemplo, você batalhou contra Meyer
numa batalha 2x2 num certo nível de força e quer uma revanche, mas
você também está querendo desafiar Viola. Se você enfrentar Viola
primeiramente será uma batalha 2x2, mas a batalha contra Meyer será
um 3x3 num nível de força superior ao que você enfrentou antes, se
você fizer ao contrário e enfrentar Meyer primeiro, ele te
enfrentará numa batalha 2x2 e Viola numa batalha 3x3 num nível
superior ao que se você enfrentasse ela primeiro. Mas se você já
tiver sete insígnias e está conquistando a oitava a batalha será
de 6x6 e é bem provável que o líder de ginásio use uma mega
evolução. Por isto é muito comum diversos treinadores tentarem
derrotar os ginásios mais fortes no começo, onde terão uma batalha
mais fácil, o problema é que se você ainda não tiver certa
experiência não conseguirá nem ganhar a primeira insígnia.
– Conseguir
as insígnias é uma tarefa mais difícil do que eu esperava.
– Muitas
pessoas acham que é algo simples e que qualquer um pode ter, mas não
é bem assim, conquistar as insígnias é bem difícil. Além disto
tudo, é importante considerar que os campos dos líderes de ginásios
são feitos para testar os treinadores de diversas formas e da
vantagem ao próprio líder. Mas você deve ter reparado isto
batalhando contra Meyer e assistindo as batalhas da Valerie.
– Contra
Meyer, haviam os pilares elétricos, mas não me lembro de ver nada
diferente no campo de batalha da Valerie.
– Mesmo
morando com ela e assistindo diversas batalhas você não percebeu! –
surpreendeu-se Serena. – Não vou te culpar, afinal é uma mudança
bem sutil, não batalhei ainda com ela, mas já estudei bastante
sobre ela. Voltando ao assunto, para entrar na liga é necessário
oito das dez insígnias…
– Espera
ai! Oito das dez? Achei que existissem apenas oito ginásios.
– Nem
isto você sabia. Acho que não me surpreendo mais com nada. – riu
Serena. – Depois de conseguir as oito insígnias, o treinador terá
o direito de participar da liga de Kalos, onde será realizado um
grande torneio onde todos os treinadores que conseguiram este feito
nesses quatro anos se enfrentarão. Há também outras formas de
entrar na liga, mas isto não te interessa. No final da liga sobrará
apenas um, e este será o vencedor, com isto ele terá o direito de
enfrentar a Elite dos Quatro e depois a atual campeã para batalhar
pelo seu posto.
– Se
tornar a campeã de Kalos, parece ser bem mais difícil do que
pensei.
– Ficou
desanimada? – indagou Serena.
– Nem
um pouco! Se fosse fácil, não teria graça! – sorriu Katy.
Serena
riu.
– Com
está determinação, tenho certeza que se tornará uma ótima
treinadora. – disse Serena. – Por enquanto as lições acabaram,
os outros já devem estar acordando. Espero que tenha anotado tudo.
…
Todos
acordaram e tomamos café juntos, depois disso Serena separou tarefas
para cada um, ela disse que se queríamos ficar na casa dela,
teríamos que trabalhar, isto com minha exceção, pois estarei
treinando. Todos se separaram e Serena me levou até Calem, para
minha surpresa ele que me treinará, aparentemente Serena continua
ocupada com as tarefas da família Akari.
Katy
caminhava ao lado de Calem pela mansão, ele a levava ao local de
treinamento.
– Calem,
na batalha de ontem pude perceber a diferença entre nossos níveis
de força. Você é muito forte! É uma curiosidade minha, mas você
já enfrentou a Serena?
– Muitas
vezes, que eu nem me lembro mais quantas. O problema é que eu nunca
consegui derrotar ela nem uma única vez. – respondeu Calem.
– Serena
é tão forte assim!
– Ela
é sim, mas ela ainda está na metade do caminho, ainda faltam quatro
insígnias para ela. Apesar de ter muito tempo que eu a vi perdendo
uma batalha para alguém, existem treinadores bem mais fortes que
nós, por isso temos que continuar treinando e se superando cada vez
mais.
– Mais
uma coisa, Serena foi quem te treinou, mas quem treinou a Serena? Ou
ela treinou sozinha?
– Na
verdade tem sim alguém que treinou ela, mas o resto é segredo.
– Poxa!
– reclamou Katy.
– Não
fique chateada, já estamos chegando.
Calem
e Katy haviam andado bastante, eles foram para um local onde ela
ainda não tinha sido apresentada, estavam num grande corredor com
uma porta no fundo, ao abri-la Calem revelou onde treinariam.
– Este
é o jardim traseiro da mansão. – anunciou Calem.
O
local era imenso, cheio de árvores, com um rio passando, montanhas
podiam ser vistas de longe, mas o que mais chamou a atenção foi
outra coisa.
– Uma
cachoeira! – exclamou Katy. – Como é vocês tem uma cachoeira no
jardim? Isto é incrível!
– Digamos
que a geografia da cidade, colaborou para isto. Aqui em Aquacorde
temos diversas montanhas e rios ao redor da cidade, então como o
terreno desta mansão é enorme, a família Akari ficou com parte do
ecossistema. – explicou Calem. – Já podemos começar seu
treinamento?
Katy
assentiu euforicamente.
– Libere
seus pokémons, primeiro treinaremos a velocidade deles.
Katy
fez como ordenado e liberou Goomy e Piplup de suas pokébolas.
– O
treinamento será simples, está vendo está floresta? – indagou
Calem e logo Katy afirmou. – Vocês terão que correr através dela
e dar uma volta por cima da cachoeira. – Calem mostrava todo
trajeto para Katy. – Verei quanto será o tempo de cada um e
marcarei.
– Mas,
este caminho é muito grande, como vou conseguir ver o Goomy e o
Piplup?
– Você
vai correr junto deles.
– Como
é que é?
– Você
pensou que ficaria sentada, vendo seus pokémons fazendo o trabalho
duro?
– Claro
que não, mas eu não esperava ter que correr tudo isto. – contou
Katy.
– Não
é tanto são apenas 5 quilômetros, uma maratona tem 42, então você
está no lucro. – disse Calem. – Vai querer continuar treinando
ou não vai?
– Claro
que vou!
– Então
no meu apito vocês trés começam a correr.
– Certo.
Katy
se preparou para correr para dentro da floresta ao lado de seus dois
pokémons e ao som do apito, ela disparou, corria tão rápido que
nem olhava para frente.
– Vou
chegar ao fim do percusso rapidamente e mostrarei do que eu sou
feita. – pensou Katy.
Foi
então que ela se tombou com uma árvore, caindo no chão.
– Ai,
está doeu bastante. – reclamou Katy esfregando a mão na testa
onde havia batido. – Tomara que não forme um galo.
– Olhe
para frente e tome mais cuidado. – disse Calem, mas sua voz vinha
de cima.
Quando
Katy olhou para cima viu, que Fletchinder voava por cima, a
observando com uma câmera presa em seu corpo, assim como um
microfone e caixas de som, era por elas que a voz do Calem saia. O
Fletchinder voava por cima das árvores para acompanhar Katy e seus
pokémons e Calem poder ver tudo, assim como passar conselhos.
Katy
se levantou e começou a correr de novo, mas dessa vez olhando para
frente. Piplup a acompanhava correndo ao seu lado, mas as vezes ele
caia sozinho e levantava novamente. Já Goomy ficava muito atrás,
por causa de sua baixa velocidade. Depois de muito tempo correndo
Katy terminou o percurso, junto aos seus dois pokémons.
– Estou
morta de cansaço. – reclamou Katy deitando no chão.
Calem
segurava um marcador de tempo e pareceu não satisfeito com o
resultado.
– Você
está muito lenta!
– Como
você queria que eu fosse rápida tendo que acompanhar o Goomy e o
Piplup? Não estou culpando eles, mas, em geral, eles não são
pokémons rápidos.
– Você
está certa, mas isto não significa que eles não possam ficar
rápidos. Pokémon são que nem pessoas, eles possuem atributos
físicos diferentes entres si, mas treinando eles podem melhorar e
aprimorar suas habilidades. Tenho certeza que com o treinamento
certo, qualquer pokémon pode ficar bem rápido e poderoso. Além
disto, velocidade é algo importantíssimo em batalhas, afinal se
você não conseguir desviar ou acertar o adversário não ganhará
de jeito nenhum.
– Certo,
nos esforçaremos para ficar mais rápidos amanhã.
– Amanhã?
Katherine, você confundiu as coisas. Está foi só a primeira volta,
vocês continuaram correndo ao redor da cachoeira até que eu ache
que tenha melhorado significantemente em suas velocidades.
– Você
só pode estar brincando.
Corri
tanto que perdi a noção de quantas vezes eu corri atravessando
aquela floresta, com o tempo Piplup conseguiu ficar mais rápido e
cair menos, me acompanhando, mas o Goomy, continuava atrás e bem
lento, sempre rastejando atrás de nós, assim diminuindo nossa
velocidade. Depois de não sei quanto tempo, estava sentindo que
realmente morreria de cansaço, mas Calem insistia que eu corre-se
outra volta.
– Não
tem mais como eu dar outra volta! Assim eu vou morrer. – reclamou
Katy.
– Eu
disse que você correria até que tivesse um resultado satisfatório.
– lembrou Calem.
– Mas
com o Goomy não vai dar, ele é um pokémon que rasteja, não tem
como ele correr tão rápido. – disse Katy ofegante.
– Se
rastejar não está dando certo, descobra um jeito dele ficar mais
rápido. – sugeriu Calem. – Sem mais enrolação, quero outra
volta!
– Dessa
vez, eu vou morrer. – comentou Katy.
Mais
uma vez ela começava a correr do lado de seus pokémons, desviando
de árvores e correndo o mais rápido que conseguia, mas Goomy
continuava para trás, apenas rastejando de forma devagar.
– Assim
nunca vamos conseguir e o Calem vai nos botar para correr até eu
morrer. – pensou Katy. – Tem que haver um jeito do Goomy ficar
mais rápido, pense, pense, pense. – Katy se lembrou de como Goomy
ataca e desviava da maioria dos ataques. – É claro, ele não
precisa correr, só precisa pular!
Katy
parou de correr, se virou para Goomy e gritou:
– Goomy,
rasteja não vai adiantar, é melhor você começar a pular! Como tem
muitas árvores, você pode pular de uma até a outra!
Goomy
ouviu a sua treinadora e pulou para uma árvore e dela pulou para
outra, sempre se encostando nas laterais dela e impulsionado elas
como se fossem o chão para ter força para pular novamente. E foi
assim que Goomy continuou fazendo, estava sendo uma forma bem mais
rápida que as outras vezes e depois de muito sufoco, os três
finalmente chegaram na linha de chegada. Ao atravessar a linha de
chegada, Katy novamente se jogou no chão e berrou:
– Daqui
eu não saio! Daqui ninguém me tira!
Calem
olhou para o marcador de tempo e ficou feliz.
– Dessa
vez vocês conseguiram um bom resultado.
– Então
não precisaremos mais correr? – indagou Katy.
– Por
hoje não, mas o treinamento está longe de acabar. Darei 30 minutos
de intervalo, para descansarem.
O
tempo de descanso passou e Calem se preparava para dar outra lição
a Katy.
– Dessa
vez treinaremos o poder de ataque dos seus pokémons. Quanto mais um
pokémon usa um movimento, mais ele vai ficando forte, então
treiná-los é bem importante. – falou Calem. – Dessa vez quero
que vocês ataquem a cachoeira no sentido de baixo para cima, o
objetivo de vocês será fazer a cachoeira subir.
– Mas
isto é contra as leis da física! – contestou Katy.
– Talvez
possa ser, mas… – Calem liberou seu Frogadier. – … Se este é
o problema, é só quebrar estas leis! Frogadier use Water
Pulse!
Frogadier
formou uma esfera de água na palma de sua mão.
– Intensifique
o poder. – A esfera foi ficando cada vez maior, até que ficou do
tamanho do braço do Frogadier. – Agora, libere!
O
pokémon sapo jogou a esfera debaixo da cachoeira para cima,
atravessando ela completamente e fazendo o curso da água mudar por
alguns segundos e fazer ela subir. Ao ver está cena Katy ficou de
boca aberta.
– Pode
retorna, Frogadier. – Calem retornou seu pokémon. – Agora é sua
vez. – Ele sorriu. – Claro que não espero que você consiga
fazer isto hoje, mas quero que tente. Outra coisa, você também vai
atacar a cachoeira, seja com socos, chutes ou qualquer outra coisa.
Não deixarei ficar apenas assistindo seus pokémons.
– Calem,
você é muito cruel!
– Só
estou assim, porque a Senhorita Serena pediu para te ensinar
direitinho, então trate de aprender.
Depois
de muito tempo socando aquela maldita cachoeira, finalmente
terminamos esta parte do treino. Já estava cansada demais e os meus
pokémons estavam ficando exaustos sem conseguirem lançar outros
movimentos. Sabia que o treinamento não seria fácil, mas isto
estava sendo coisa de louco.
– Agora
que já atacou demais a cachoeira é hora dela revidar. – anunciou
Calem.
Katy
não entendia o que aquilo significava.
– Comigo
o seu treinamento está acabando por hoje. Agora, treinaremos defesa
e resistência. Para isto vocês três ficaram horas debaixo da
cachoeira resistindo.
– Você
só pode estar louco, já viu como está cachoeira é forte? Não tem
como ficar muito tempo embaixo dela, vamos ser esmagados. –
reclamou Katy.
– Ou
você fica embaixo da cachoeira ou vai embora e não volta mais. –
ameaçou Calem.
– Vai
ter vingança! – disse Katy com um cara emburrada.
Dor!
Foi isto que eu senti, ficando em baixo daquela cachoeira, a água
parecia concreto que me acertava pela cabeça e costas. Fiquei muito
preocupada que o Piplup ou o Goomy desmaiassem com a força da
cachoeira, mas eles são bem durões, era mais provável que eu
desmaiasse no lugar.
– Só
falta mais uma parte do meu treinamento. Por favor me siga! – pediu
Calem.
– E
o que será o treinamento de agora? – indagou Katy.
– Te
conto quando chegarmos lá.
Katy
seguiu Calem, que subiu até o topo da cachoeira, onde tinha um rio.
– O
treinamento consiste em sobreviver! – Calem empurrou Katy e seus
pokémons para o rio.
– O
que você pensa que está fazendo! Vai nos matar! – berrou Katy
tentando nadar contra a correnteza do rio que puxava para a
cachoeira, onde se caíssem morreriam. – Calem, seu desgraçado!
Katy
e seus pokémons nadavam o mais rápido que conseguiam, mas não
adiantou e foram puxados até a cachoeira, caindo nela.
– Aqui
é muito alto! Se eu não morrer da queda! Vou morrer de infarto com
todo o medo que estou sentindo! – berrou Katy ao cair pela
cachoeira. – Meu Arceus do céu, me proteja!
Antes
que Katy pudesse colidir com o chão, ela sentiu que uma espuma
branca havia prendido ela, assim como seus pokémons, era o Frogadier
do Calem que usou sua espuma para prender os três e salvá-los.
Depois de todo o desespero Frogadier os puxou para cima, ao ficar são
e salva, Katy pulou em cima de Calem para bater nele.
– Você
quase me matou do coração, eu vou te matar!
Calem
ria da situação e da reação de Katy.
– Tenha
calma! Apenas fiz o que a senhorita Serena pediu. – contou Calem.
– E
porque ela te mandou me jogar pela cachoeira?
– Era
para treinar tudo que aprendeu ao mesmo tempo, tanto força como
velocidade e resistência. Nadar contra está correnteza, com
certeza, vai te ajudar bastante a ficar mais forte.
– Vocês
dois são loucos. – comentou Katy.
– Podemos
até ser loucos, mas isto seria ótimo, pois eu e a senhorita Serena
teríamos algo a mais em comum e seriamos um casal de dois louquinhos
apaixonados. Calem e Serena Akari. – fantasiava Calem. – De
qualquer forma, o seu treinamento comigo acabou por hoje e já está
na hora do almoço. Mas antes de ir, é bom você tomar um banho.
…
Todos
estavam na mesa almoçando e discutindo o que cada um achava
importante numa batalha.
– Ataque
cortantes! Tenho certeza que eles são os mais fortes! Tipo o Slash!
– comentou Kuro.
– Claro
que ataque físicos são bem importantes, mas ataques de longo
alcance são mais eficazes, já que não é necessário alcançar o
oponente. – disse Shiro.
– Ainda
prefiro ataques cortantes.
– Mas
e se misturarmos ataque cortantes com de longos alcance.
– Assim
teríamos a combinação perfeita.
– Air
Slash! – exclamaram os dois irmãos juntos.
– Acho
que ataques fofos são os melhores. – disse Eve.
– Ataques
fofos? – indagaram os irmãos.
– Sim,
fofura é a maior força que alguém pode ter. – respondeu Eve.
– Eu
concordo! E por causa disso, Bidoof é o melhor pokémon de todos! –
gritou Katy levantando a mão.
Depois
do comentário de Katy, a mesa ficou em silêncio por vários
segundos.
– Se
não concordam, podem dizer. – Katy resolveu quebrar o silêncio.
Todos
discordaram de Katy em relação aos Bidoofs.
– Vocês
não sabem o que é fofura! – reclamou Katy e depois disse de forma
deprimida – A única pessoa nesta casa com bom gosto é a Mirai.
Todos
riram da garota furisode e continuaram conversando.
…
Depois
do almoço, Serena pediu para Kuro que ele tivesse uma batalha contra
a Katy.
– Por
que eu? Não poderia ser o Shiro ou o Calem? Eu trabalhei bastante
esta manhã limpando a mansão. – reclamou Kuro.
– O
Calem já passou a manhã inteira treinando com a Katherine, ele tem
outras coisas que precisa fazer, assim como eu e sobre o Shiro, eu
tenho algo um trabalho para ele mais tarde. – respondeu Serena.
– Está
certo, batalharei contra a Katy para ajudá-la a ficar mais forte.
Serena
os levou até o cômodo onde havia uma arena de batalha, Eve e Shiro
ficaram na arquibancada assistindo, enquanto Kuro e Katy batalhariam,
William, o mordomo e médico da Serena, seria o juiz da batalha.
Seria uma batalha de 2x2 ao mesmo tempo, ou seja, dois pokémons de
cada lado no campo. Depois de explicar tudo Serena teve que ir
resolver mais assuntos da família Akari e deixou os dois batalhando.
– Vocês
ouviram as regras da senhorita Serena, podem começar! – anunciou
William.
De
um lado estava Katy com Piplup e Goomy, de outro estava Kuro com
Sneasel e Carnivine.
– Carnivine
use Vine Whip no Piplup!
Do
pescoço do Carnivine saíram dos cipos que foram em direção ao
Piplup.
– Goomy
proteja o Piplup com Iron Tail!
Goomy
formou sua calda metalizada e acertou os cipos do Carnivine, o
fazendo errar o ataque.
– Agora,
Piplup use Icy Wind no Carnivine!
Piplup
assoprou um vento gelado que acertou o Carnivine em cheio.
– Sneasel
use Quick Attack no Goomy!
Sneasel
começou a correr em rapidamente em direção ao Goomy.
– Goomy
pule! Piplup acerte o Sneasel com Peck!
Sneasel
estava preste a acertar Goomy que pulou, já do outro lado Piplup
preparava para acertá-lo com seu bico que estava alongado e
brilhante.
– Carnivine
use Vine Whip!
Os
cipos do Carnivine acertaram o Piplup antes que pudesse acertar o
Sneasel.
– Goomy
use Tackle no Carnivine.
O
dragãozinho ainda estava no ar e se jogou em cima do Carnivine
acertando sua investida.
– Sneasel
use Icy Wind no Goomy!
– Piplup
use Bubble no Sneasel!
Piplup
cuspiu diversas bolhas no Sneasel que preparava para assoprar seu
movimento, antes que conseguisse usar o Icy Wind por
completo as bolhas do Piplup o acertaram, mas o vento frio foi
assoprado. Diferente do ordenado, por causa de ter recebido as
bolhas, Sneasel assoprou para o lugar errado e o ataque colidiu com
Katy.
– Katy!
– gritou Kuro preocupado.
– Katy!
– gritaram Eve e Shiro ao verem que a garota tinha sido acertada.
Ao
correrem até ela, perceberam que o ataque do Sneasel acertou a perna
esquerda da garota.
– Katy,
você está bem? – indagou Kuro. – Me desculpe, não era para te
acertar.
A
perna de Katherine estava muito fria.
– Está
tudo bem e a culpa não foi sua. – disse Katy ao apertar o próprio
peito. Ela tentou-se levantar, mas caiu. A garota furisode começou a
respirar de forma ofegante, se lembrou da batalha contra a Yuki e do
ataque que recebera, aquilo tinha doido muito e a dor na perna,
apenas a lembrava disso.
Katy
ficava cada vez mais ofegante, parecia entrar em desespero.
– Katy,
tenha calma! – disse Eve ao segurar sua mão. A respiração de
Katy parava de piorar. – Muito bem agora, inspire e expire.
Aos
poucos a respiração de Katy voltava ao normal. William caminhou até
a garota furisode e disse:
– Vamos
ter que tratar desde ferimento, mas não se preocupe, não é nada
demais. Amanhã, você já estará 100% novamente. – Ele então
carregou Katy e a levou para cuidar de sua perna.
Eu
estava com medo, senti medo que tivesse que sentir aquela sensação
de novo. Não foi só o Shiro que ficou preocupado com a volta da
Yuki, eu também, mas diferente dele achei que tinha superado isto.
Só que com o incidente desta tarde, percebi que ainda sinto bastante
medo dela.
Todos
já haviam jantado, já estava ficando tarde, mas ainda tinha uma
parte do treinamento que Katy ainda não tinha feito. Serena pediu
para Shiro e Katy a acompanharem e os levou até um cômodo a qual
eles nunca tinham entrado.
– É
aqui que será a última parte de seu treinamento por hoje. –
anunciou Serena ao abrir a porta.
Do
outro lado da porta, se podia ver diversas e enormes estantes cheias
de livros, era um lugar gigante, a maior biblioteca que Katy e Shiro
já haviam visto.
– Treinar
o físico e a prática é bem importante, mas não é bom esquecer de
treinar a mente também. Aqui você treinará, ou melhor dizendo,
estudará para saber mais sobre os pokémons, suas habilidades,
movimento, fraquezas e não apenas isto. Quero que você estude
também outras matérias científicas, não relacionadas diretamente
aos pokémons. – disse Serena.
– Que?
Mas para quer isto tudo? – indagou Katy que parecia estar
totalmente desesperada em ter que estudar.
– É
impossível saber em que batalhamos teremos que enfrentar e como elas
se desenvolverão. Estudar tudo isto ajudará você a bolhar mais
estratégias e se adaptar a qualquer situação.
– Mas,
mas…
– Nada
de mas, vou pegar todos os livros que você terá que ler e já
volto. – Serena saiu por pouco tempo e quando voltou, trouxe 5
livros enormes. – Aqui está apenas uma parte, mas por hoje, este
cinco bastaram.
Katherine
parecia estar desesperada querendo chorar.
– Você
e o Calem são muito cruéis.
Shiro
estava ali, observando tudo, mas ainda tinha uma dúvida em sua
mente.
– Serena,
por que me trouxe para aqui? – indagou ele.
– Eu
te disse mais cedo, tinha algo que eu queria que você fizesse.
Observando você nestes dias percebi que gosta de ler, estou certa?
– Sim,
mas ainda não entendi o propósito disto.
– Como
Katherine, não parece ser a garota mais estudiosa, tenho medo que
ela vai ficar enrolando e não vai ler os livros. Quero que você
vigie ela, enquanto isto pode ler qualquer coisa por aqui.
– Bem,
pode ser que seja uma tarefa difícil, mas… – Shiro olhou em sua
volta e viu um mundo gigante onde ele poderia ler o que quisesse.
Seus olhos brilharam e ele completou. – Mas pode deixar comigo. –
Terminou mandando um joinha para Serena.
Serena
assentiu e foi embora.
…
Katy
estava sentada no chão encarando as capas dos livros, sem nem
tocá-los. Parecia estar com medo daquelas diversas páginas grandes
e suas letras pequenas. Foi então, que sentiu uma batida em sua
cabeça, ao olhar, viu Shiro batendo em sua cabeça com um livro.
– Ai!
Por que fez isso? – reclamou ela.
– Você
parecia estar no mundo da lua. Comece estudar logo, Serena me deu
este trabalho e vou garantir que você estude. – respondeu ele.
– Mas
é muita coisa.
– Se
não quiser estudar, não estude. Mas Serena não ficará nada feliz
em saber disto, talvez, ela desista de te treinar.
– Shiro,
você não contaria para ela.
– Pode
apostar que eu contaria. – Shiro sorriu maliciosamente. – Outra
coisa, se lembre, que nesta sala, estou em uma posição superior a
sua. Então, quero que me chame de Mestre Shiro.
– Mas,
mas…
– Nada
de mais e comece a estudar.
– Você
é muito malvado, Shiro.
– Mestre
Shiro. – consertou ele, olhando para ela, como se estivesse
querendo mandando que ela repetisse.
– Mestre
Shiro. – disse ela de forma envergonhada.
Ao
ouvir as palavras de Katy, Shiro começou a gargalhar.
– Não
imagina que você realmente falaria isto, eu estava apenas te
perturbando. – disse Shiro entre risadas. – Mas isto valeu a
pena. Agora eu tenho isto. – Shiro retirou seu celular do bolso e
apertou um botão, que acionou algo e uma voz saiu dele dizendo
“Mestre Shiro” repetidas vezes.
– Não
acredito que você gravou isto! Me der seu celular para eu apagar! –
Katy tentou puxar o celular da mão de Shiro, mas ele levantou se
braço a impedindo. Shiro morria de rir da garota furisode.
– Acho
que vou mostrar esta gravação para todo mundo amanhã. – ameaçou
ele.
– Não
faça isso! Apague logo esta gravação! – berrou Katy.
Com
os berros da Katy e a risada de Shiro, uma pessoa que estava na
biblioteca, antes mesmo deles entrarem, os ouviu e foi até os dois.
Quando chegou lá ela exclamou:
– Katy!
A
garota furisode olhou para ver quem era e viu…
– Mirai!
Ela
segurava um livro embaixo de seus braços e não estava usando seu
uniforme escolar como nas últimas vezes que Katy a tinha encontrado.
Vestia um vestido branco com detalhes em dourado.
– O
que está fazendo aqui? Achei que a biblioteca estivesse. – indagou
Katy.
– Estou
lendo, adoro ler histórias de diferentes tipos. – respondeu Mirai.
– Só
para saber, você ouviu alguma coisa antes de nos ver? Tipo algo
constrangedor que eu disse?– indagou Katy preocupada.
Mirai
negou, mas então Shiro colocou o gravador para tocar outra vez e
“Mestre Shiro” se repetiu várias vezes.
– Shiro,
o que você pensa que está fazendo? – berrou Katy.
– Mostrando
para Mirai o que você disse, achei que ela gostaria de ouvir. –
respondeu Shiro rindo
– Seu
idiota!
Ao
assistir toda aquela cena Mirai começou a rir.
– Está
vendo, ela achou engraçado. – riu Shiro.
– Você
ainda me paga! – prometeu Katy.
– Está
certo, te dou um doce mais tarde.
– Eu
não sou a Eve.
Shiro
riu, foi até Mirai e disse:
– Acho
que ainda não nos apresentamos, eu me chamo Shiro, você se chama
Mirai, certo?
Ela
assentiu.
– Você
gosta de ler? Que tipo de livro você gosta?
– Amo
ler tanto quanto amo Bidoofs. Os livros que eu mais gostam são de
contos de fada, mas adoro também livros de fantasia, aqueles com
pessoas superpoderosas lutando ao lado de seus pokémons. Eu acredito
que essas pessoas com poderes existem e você, acredita?
Shiro
se lembrou de algo que não queria, ficou paralisado.
– Shiro?
– Desculpe,
me perdi nos meus pensamentos. – Shiro havia voltado ao presente. –
O que importa não é se eu acredito ou não, e sim no que você
acredita. De qualquer forma, eu acredito sim.
Mirai
pegou na mão de Shiro e indagou com os olhos brilhantes:
– Isto
é sério? Achei que eu fosse a única que acreditasse.
– Estou
falando a verdade e pode ter certeza que existem mais pessoas que
pensam o mesmo.
Os
pequenos olhos da Mirai brilhavam cada vez mais, ela se aproximou de
Shiro e o abraçou.
– Mirai,
o que está fazendo? – indagou Shiro sem entender o motivo.
Ainda
abraçada com ele, Mirai olhou para cima, viu o rosto de Shiro e
indagou ao sorrir:
– Quer
ser meu amigo?
Shiro
riu e disse:
– Não
estava esperando por isto, mas eu aceito.
Ela
soltou Shiro e pulou de felicidade.
– Ebá!
Fiz meu primeiro amigo!
– Primeiro
amigo? Mirai, você não tem outros amigos? – indagou Shiro
preocupado.
– Não
tenho nenhum, todos me acham estranha por estar sempre lendo ou
falando de Bidoofs e batalhas. – respondeu ela com uma voz triste.
– Mas
e eu? – indagou Katy. – Achei que fossemos amigas.
– Não
é que eu não queira ser sua amiga, na verdade quero muito, mas me
esqueci de perguntar. Katy, quer ser minha amiga? – indagou Mirai.
– Sua
boba, nos já somos amigas. – respondeu Katy.
Os
olhos de Mirai parecia duas grandes estrelas.
– Estou
muito feliz! Agora tenho dois amigos!
Passamos
um bom tempo conversando e brincando com Mirai, ela podia ser bem
mais nova que nós dois, mas era uma garota muito experta e o melhor
de tudo amava Bidoofs tanto quanto eu. Foi bem divertido estas horas
que passamos juntos, mas como já estava ficando tarde, Mirai teve
que ir embora para dormir. Fiquei bem feliz de conversar com ela,
mas, ao mesmo tempo, fiquei triste ao saber que ela não se dava
muito bem com as outras crianças, quando não estou com ela, Mirai
parece ser bem tímida e não deve conseguir conversar direito com os
outros, principalmente com as outras crianças chamando ela de
estranha. Fiquei bem surpresa ao ver ela conversar com Shiro tão
facilmente, nem comigo ela se abriu tão rápido. Depois dela sair da
biblioteca, sobraram apenas a mim e Shiro. Mesmo estando tarde ele me
obrigou a estudar, as vezes, Shiro pode ser tão assustador quando a
Yuki. Horas foram passando, li centenas de páginas, com o tempo
fiquei com sono Shiro disse que deveríamos dormir, pois já estava
bem tarde, mas eu tinha pegado o ritmo e resolvi continuar estudando…
mas eu adormeci.
A
garota furisode dormia com a cabeça em cima do livro que estava
lendo. Shiro a viu e pensou:
– Eu
sabia que isto aconteceria.
Ele
foi até ela e tentou acordá-la, mas ela não saia de seu sono.
Shiro olhou para o rosto de Katy e pensou:
– Quando
ela está dormindo, até que é fofa.
Ele
a pegou e a colocou em suas costas, a carregando.
– Se
não consigo acordá-lo, levarei até a sua cama. – pensou Shiro.
O
garoto saiu da biblioteca carregando Katy em suas costas e a levou
até o quarto dela, a deitando em sua cama.
– Entrega
feita. – pensou Shiro, mas então ele sentiu um arrepio em suas
costas.
Sentiu
como se alguém com a intenção de matar estivesse o atacando pelas
costas, ele virou rapidamente, mas não viu ninguém. Olhou para
janela e ela estava aberta, foi até ela e a fechou.
– Está
sensação de agora… Deve ter sido coisa da minha cabeça. –
pensou Shiro ao retirar-se do quarto.
Do
lado de fora, nem Shiro nem Katy sabia, mas Yuki observava a mansão
com seu olhar gelado.
– Parece
que minha intuição estava certa. Shiro Bretteur, se bem que este
não é seu verdadeiro nome, você será uma presa interessante e
divertida. – pensou Yuki
Perto
da Yuki, mas em um lugar que ela vesse, uma Zubat também observava a
mansão, especialmente a Katy.
…
Na
floresta de Santalune, Chasseur estava com outros integrantes do seu
grupo de mercenário, chamado de os Caçadores. Eles estavam
trabalhando em alguma máquina.
– Mauser,
quando isto ficará pronto? – indagou Chasseur a um homem de
cabelos grisalhos e barca branca.
– Demorará
alguns dias. – respondeu Mauser.
– Vocês
são muito lentos! – reclamou Chasseur.
– Quer
tentar fazer? – indagou Mauser.
– Engraçadinho,
você sabe que esta não é minha área. – respondeu Chasseur.
– E
qual é a sua área? Ficar mandando nos outros enquanto não faz
nada?
– Exatamente
e isto é muito cansativo. Vocês são um bando de idiotas que se não
estiverem na minha supervisão não sabem fazer o trabalho de forma
certa. – reclamou Chasseur. – Não é mesmo, Weatherby e Stutzen?
Weatherby
era um homem baixo e jovem, possui longos cabelos ruivos e olhos
negros. Já Stutzen era demasiado alto, tinha um corte curto e era
loiro, já seus olhos azuis.
– Vocês
dois, deixaram a Zubat escapar! Tinham noção de quanto o empregador
pagaria por ela!
– Me
desculpe senhor! Mas ela era muito rápida! – disse Weatherby.
– Além
disto ela vou para dentro da floresta, com todas estas árvores é
difícil de enxergar. – completou Stutzen.
– Eu
estou pouco me importando para isto! Quando eu encarreguei os dois de
cuidar dela, era porque vocês são dois dos meus melhores
mercenários. Resolver as merdas relacionadas aquela desgraçada do
Zubat era trabalho e vocês dois e vocês me decepcionaram! –
berrou Chasseur.
– Sentimos
muito! Não vamos mais decepcionar o senhor. – disseram os dois.
– Acho
bom, seria uma pena se tivesse que cegar um olho de cada.
Cidade
de Aquacorde, 17 de outubro de 2016.
Mais
um dia amanheceu e tive que passar por todo aquele treinamento de
novo. Foi um sufoco, principalmente ter que nada contra a correnteza,
tenho certeza que se o Frogadier não conseguir nos pegar alguma vez,
morrerei de medo antes da queda. Ontem, não entendia muito, o motivo
de eu fazer o treinamento junto dos meus pokémons, mas acho que já
estou entendo, estou me sentindo mais próxima dos meus pokémons.
Depois disto tudo, tive outras batalhas em dupla com Kuro, batalhar
com os dois pokémons ao mesmo tempo é mais difícil, mas isto está
fortalecendo o nosso trabalho em grupo e estou começando a pensar de
forma mais ágil. Por fim a noite chegou e Serena me colocou para
estudar novamente na biblioteca com Shiro e assim como ontem Mirai
estava lá.
– Eu
estava pensando em algo. – disse Mirai.
– E
o que seria? – indagou Katy.
– O
aniversário da Serena está chegando e eu gostaria que ela tivesse
uma festa. – respondeu Mirai.
– O
aniversário dela está próximo? Quando será? – indagou Shiro.
– É
daqui dois dias, no dia 19. – respondeu Mirai.
– Tão
perto assim! – exclamou Katy.
– Serena
não gosta de preocupar as outras pessoas, por isto nunca comemora
seu aniversário, muitas vezes ela de tanto trabalhar, esquece do
próprio aniversário. Eu gosto muita da Serena, ela é uma pessoa
muito boa e gentil! Eu sempre quis mostrar minha gratidão a ela, mas
a vejo muito pouco, por isto gostaria de dar uma festa para ela no
dia. – explicou Mirai. – Mas eu nunca tive coragem de pedir a
ninguém que me ajudassem, e eu sozinha não consigo fazer isto, por
isto, peço que vocês me ajudem, por favor!
– Está
muito próximo, mas pedindo mais ajuda, talvez conseguiremos. O que
acha, Katy? – falou Shiro.
– Claro
que vamos te ajudar, Mirai. Além disso, estou devendo muito a Serena
também. – disse Katy.
– Muito
obrigada, Katy e Shiro!
– Tem
mais alguma coisa, que quer que façamos? – indagou Shiro.
– Não.
– respondeu Mirai.
– Certeza?
Você tem algum sonho, Mirai? – perguntou Katy.
– Tenho,
mas ele é impossível.
– Não
diga isto, se você se esforçar nada é impossível.
– Mas
este meu sonho é sim.
– Qual
o seu sonho?
– Antes
eu disse que queria ser uma treinadora bem forte, mas não quero ser
uma treinadora qualquer, eu quero me tornar a campeã de Kalos. Mas
sou bem fraca para conseguir isto, existem treinadores muitos fortes
como a Serena, eu não teria nenhuma chance contra eles. Afinal os
fortes sempre derrotam os mais fracos. – respondeu Mirai.
– Não
diga isto! Você ainda é bem nova, mas se, se empenhar nisto, com
certeza se tornará um ótima treinadora.
– Mas
nunca ficarei tão forte quanto os outros.
– Mirai,
se você pensar assim nunca ficará mesmo. Não podemos desistir de
nossos sonhos quando temos dificuldades, eu quase fiz isto, mas fico
feliz que encontrei o que precisava para continuar. Não há nenhum
problema em ser fraco, o que importa não é ser mais forte, mas sim
sempre se levantar quando cairmos. Eu sou fraca e mesmo não tendo a
visto batalhar, só de saber que o Calem nunca a derrotou, sei que a
Serena é bem forte, se eu batalhasse com ela agora, perderia feio.
Mas nós duas, com certeza, nos enfrentaremos na liga, nós duas
queremos alcançar o topo. Infelizmente apenas uma conseguirá, mas
eu não desistirei até o fim. Se eu conseguir derrotar a Serena na
liga, provarei que as pessoas fracas podem derrotar as fortes, com
isto você não terá mais desculpas para não seguir o seu sonho.
– Mas
a Serena é muito forte.
– Eu
sei que é, mas mesmo sendo fraca, eu posso ficar mais forte e
superá-la. – Katy estendeu sua mão para Mirai e levantou o dedo
mindinho. – Se você ainda está na dúvida, eu te prometerei
derrotar a Serena e ganhar a liga, assim você seguirá seu sonho e
nós batalharemos no futuro.
Mirai
fitou os olhos de Katy e estendeu a mão levantou o mindinho.
– É
uma promessa. – disse Mirai ao apertar o dedo mindinho de Katy.
Depois
de três segundos com os mindinhos cruzados, a promessa foi feita.
– Katy
VS Mirai, tenho certeza que será uma batalha incrível! – disse
Shiro. – Mas eu tenho certeza que Mirai ganharia.
– Ei!
– reclamou Katy.
Mirai
e Shiro riram.
Depois
que Mirai foi embora, eu voltei a estudar, passei algumas horas
lendo, as vezes, estava achando entediante, mas Shiro ficava pegando
no pé para eu continuar a estudar. Mesmo, não gostando muito,
estava me acostumando a esta rotina, sentia que estava me tornando
uma treinadora melhor. Depois de algum tempo, Shiro disse que
deveríamos ir dormir e dessa vez o ouvi e fui para meu quarto, não
queria causar problemas como ontem, o fazendo me carregar até minha
cama. Ao chegar no meu quarto, tomei um banho e vesti meu pijama. Já
pronta para dormir, percebi que minha janela tinha se aberto sozinha
ao ir até ela para fechar encontrei algo.
– É
um Zubat! – exclamou Katy. – O que você está fazendo aqui na
minha janela?
A
Zubat observava Katherine pela janela e não esperava que fosse ser
encontrada. Ao ver que seus planos de observá-la escondida tinham
falhados, ficou desesperada voando de um lado para o outro.
– Tenha
calma não farei nada com você.
A
Zubat parecia se acalmar.
– Você
é um Zubat bem nervosinho.
A
Zubat mexeu a cabeça como se estivesse negando algo.
– O
que foi?
A
Zubat voava fazendo acrobacias como se fossem um jogo de mímica.
– A
entendi, você não é um Zubat e sim uma Zubat.
A
Zubat mexeu a cabeça de cima para baixo concordando.
– Quer
dizer que somos duas garotas. Queria saber, o porquê de esta voando
pela minha janela, esta é a primeira vez que nos conhecemos, não é?
A
Zubat negava.
– Já
nos conhecemos?
Ela
mexeu a cabeça de forma positiva e depois usou Double Team
para se multiplicar.
– Você
é aquela Zubat que me atrapalhou de capturar o Bidoof lendário e
depois fugiu.
A
Zubat sorriu colocando a língua para fora como se estivesse dizendo
“Você me pegou”.
– Eu
deveria estar furiosa com você, mas me diga. Na floresta você
parecia preocupada com algo, o que era?
A
Zubat ouvia algo um pouco longe e voou para longe de Katy, como se
estivesse se despindo.
– Tem
quer ir embora?
A
Zubat assentiu.
– Então
vamos conversar depois.
A
Zubat mexeu a cabeça rapidamente concordando.
– É
uma promessa!
A
Zubat concordou e vou para longe.
Cidade
de Aquacorde, 18 de outubro de 2016.
Tive
outro dia intenso de treinamento, ele passou rapidamente, já estava
me acostumando a esta rotina. Contei a todos sem segredo sobre o
aniversário da Serena e que Mirai queria fazer uma festa, todos
concordaram em ajudar. Quando a noite chegou e Serena me deixou com
Shiro na biblioteca para estudar, todos nós reunimos para preparar
as coisas para o dia seguinte.
– Acho
que com isto, tudo estará pronto e perfeito para a festa de amanhã.
– comentou Katy. – Vai dar tudo certo, Mirai.
– Sim.
– sorriu Mirai.
– Adoro
festas, principalmente os doces. – disse Eve.
– Todo
mundo gosta, mas o mais importante vai ser ver a senhorita Serena
assoprando uma vela, isto me deixa exitado. Ai, meu Arceus, estou
muito ansioso! – exclamou Calem.
– A
sua perversão chega a ser esquisita as vezes. – disse Kuro.
– Diz
isto, apenas porque nunca viu a senhorita Serena nua. – contestou
Calem.
– Você
já viu? – indagou Kuro.
– Não,
mas quando ela finalmente perceber que está apaixonada por mim,
tenho certeza que … – Calem sentiu um soco em sua nuca, era muita
dor que ele chegou a gritar. – Quem fez isso?
Ao
olhar Calem viu Eve, ela que o havia socado.
– Não
me importo que seja tão pervertido em relação a Serena, mas se
controle tem crianças aqui. – reclamou Eve.
– Minhas
sinceras desculpas, eu me emocionei um pouco.
– Mudando
de assunto, para não haver mais surpresas de descobrirmos o
aniversário de alguém um dia antes, por que não compartilhamos
nossos aniversários. – sugeriu Eve.
– É
uma boa ideia, eu começo! Nasci no dia 07 de fevereiro do ano 2000,
pelo menos, foi isto que me disseram nas ruas, se quiserem me dar um
presente, eu aceitaria fotos da senhorita Serena. – disse Calem.
– Isto
seria nojento. – comentou Eve. – Bem, eu nasci no dia 02 de maio
do ano 2000.
– Meu
aniversário é no dia 21 de agosto, nasci no ano 2000, também. –
disse Kuro.
– 01
de abril de 1999. – falou Shiro.
– Eu
nasci em 17 de dezembro de 1999. – disse Katy.
– Eu
não sei quando nasci. – disse Mirai. – Na me lembro de nada
antes de ser adota pela Serena.
– Não
se preocupe Mirai, mesmo não sabendo quando você nasceu, seu
aniversário é o dia em que chegou na mansão, se lembra da data? –
indagou Calem.
– Sim,
foi no dia 11 de novembro de 2006.
– Agora
sabemos o aniversário de todos aqui, isto nos deixa mais próximos.
– comentou Eve.
Por
algum motivo, Shiro começou a rir sozinho.
– O
que foi, irmão? – indagou Kuro.
– Eu
sou o mais velho daqui, estou no topo da hierarquia! – exclamou
Shiro.
– Isto
não tem nada a ver, se formos olhar numa hierarquia, eu seria a
superior, pois… – Eve foi interrompida.
– Cale-se!
Depois da Mirai, que não conta por ainda ser uma criança e a minha
protegida, você é a última na hierarquia!
– O
Kuro é mais novo do que eu! – contestou Eve.
– Mas
ele já é meu escravo, então não conta. – disse Shiro.
– Ei!
Não sou seu escravo! – contestou Kuro.
– Você
é meu irmão mais novo, ou seja, sinônimo de escravo.
– De
onde você tira estas logicas? – questiono Kuro.
– Deixem
isto de lado, como estou no topo vocês devem me tratar como Mestre
Shiro.
Ao
ouvir aquilo, os olhos da Katy arregalaram.
– Claro
que não! – berraram Eve e Kuro juntos.
– É!
Claro que não! Eu nunca, já te chamei, assim! – disse Katy
tentando desfaçar o fato.
– É
mesmo, eu tenho algo que prove ao contrário. – ameaçou Shiro ao
retirar seu celular do bolso.
– Você
não faria isto.
– Mas
eu já fiz. – Shiro apertou o botão do gravador e a gravação
começou a repetir “Mestre Shiro” várias vezes com a voz da
Katy.
Todos
se assustaram e surpreenderam com a gravação.
– Ele
me enganou e me fez dizer isto! Eu não queria falar, mas ele me
induziu! – Katy tentava se explicar.
– Oh
Mestre Shiro, me diga como posso fazer a senhorita Serena me chamar
de Mestre Calem? – indagou Calem.
– Ele
acabou de dizer Mestre Shiro! – exclamou Kuro.
– Agora
tenho mais duas pessoas para minha coleção. – Shiro riu.
– Oh
droga! – reclamou Kuro.
– Só
falta você Eve, me chame de Mestre Shiro.
– Nunca!
– Eu
te dou cinco doces se você fizer.
– Oh
Mestre Shiro, protetor dos doces!
– Tão
rápido assim. – surpreendeu-se Katy.
– Agora
tenho a gravação de todos vocês, só falta a da Serena. – disse
Shiro.
– O
que você disse? Nunca deixarei a senhorita Serena dizer isto! –
Calem segurou Shiro pela camisa enquanto berrava.
– Calma,
eu estava só brincando tudo, isto é apenas uma brincadeira. –
explicou Shiro, Calem então o soltou. – Agora ouçam! – Shiro
apertou um botão no seu celular e um som remixado parecendo uma
música com as vozes de todos repetindo “Mestre Shiro. – Esta é
Mestre Shiro song.
Ele
caiu na gargalhada. Mirai que via tudo, ria bastante também.
– Na
próxima vez, vamos fazer a Campeã Mirai song. – disse Shiro para
a garota.
– Sim!
– sorriu Mirai.
Foi
uma noite bem divertida, tenho certeza que guardarei muitas memórias
delas. Eu também estava bastante ansiosa para o dia seguinte, todos
os aniversários que eu estive foram na minha casa em Laverre com
minhas irmãs, era a primeira vez que eu comemorava o aniversario de
algum amigo. Depois de tudo, voltamos para os quartos, quando cheguei
no meu, a janela estava aberta e a Zubat voava pelo lado de fora. Fui
até ela e começarmos a conversar
– Você
realmente voltou! – sorriu Katy. – Amanhã eu e meus amigos vamos
dar uma festa de aniversário para nossa amiga, você já esteve em
alguma festa de aniversário?
A
Zubat mexeu a cabeça descordando.
– Quer
vir para festa amanhã? Tenho certeza que vai gosta.
A
Zubat negou.
– Não
quer vir?
Ela
negou novamente.
– Não
pode vir?
A
Zubat confirmou com a cabeça.
– Por
quê?
A
Zubat tentou, mas não conseguiu explicar.
– Não
tem problema, vamos conversar sobre outras coisas.
A
Zubat parecia eufórica, batia as asas cada vez mais rápidas.
– Você
é bem apresadinha. – Katy riu.
Cidade
de Aquacorde, 19 de outubro de 2016.
Finalmente
o dia da festa havia chegado. Na hora do almoço, todos arrumaram a
mesa com diversos doces, salvados e um bolo. Arrumaram tudo enquanto
Serena trabalhava, quando ele voltava para almoçar, foi recebido com
uma surpresa por todos.
– Feliz
aniversário! – disseram todos quando Serena entrou pela porta.
Katy,
Eve, Calem, Kuro, Shiro, William, todos os empregados da mansão e as
crianças estavam lá parabenizando Serena. Ela sentiu um calor no
peito, estava emocionada, ninguém tinha feito nada para ela como
naquele dia. Seus olhos se encheram de água, mas ela não chorou.
Limpou os olhos e sorriu.
– Muito
obrigada a vocês!
– Sabia
que você gostaria, meu presente é um beijo! – Calem pulou em cima
da Serena que o chutou na barriga o fazendo cair. – Era apenas
brincadeira. – disse contorcendo de dor.
– Serena,
este presente é para você. – disse Mirai entregando um caixa.
Serena
agradeceu e abriu a caixa, ao ver por dentro, viu um colar prateado
com um pingente em formato de coração numa coloração alaranjada
lembrando o fogo.
– Todos
juntamos um pouco para poder comprar para você, espero que tenha
gostado. – disse Katy.
– Eu
amei. – sorriu Serena. – Muito obrigada! Vocês são incríveis!
– Agora
está na hora de cantar parabéns, tenho pouco tempo aqui e quero
tirar muitas fotos. – disse uma mulher de cabelos loiros e olhos
verdes, vestindo uma camisa regata branca e segurando uma câmera nas
suas mãos.
– Viola!
– exclamou Serena surpresa.
– Já
faz um tempo que não nos vemos, não é mesmo.
– Como
sabia que hoje era meu aniversário? – indagou Serena.
– Eu
chamei ela. – respondeu William.
– E
eu tive que aparecer! Suas doações ajudam bastante as escolas e
creches em Santalune, além disso nunca me esquecerei da nossa
batalha, tive que reforma o ginásio depois dela. Como não posso
ficar pro muito tempo, vamos cantar logo os parabéns e tirar muitas
fotos. – completou Viola.
– Obrigada,
William. Obrigada, Viola. – sorriu Serena.
– Este
sorriso merece uma foto!
– Vamos
logo cantar este parabéns! Quero comer o bolo! – exclamou Jean,
uma das crianças.
– Está
certo, vamos cantar. – disse Eve.
Todos
cantaram os parabéns e Serena assoprou as velas do bolo, estava
completando 17 anos. Depois disto, tiraram muitas fotos, Viola pediu
para todos se juntarem e tirou uma foto de todos juntos, Katy e os
outros, assim como as crianças.
– Esta
foto ficou linda. – comentou Viola, mas então seu celular tocou e
ela atendeu. – Aló? Alexa! Desculpe, eu sei que temos um
compromisso, mas tinha que vir para o aniversário da Serena. Está
bom, já estou indo para ai. – Viola desligou o celular. – Tenho
que ir, minha irmã está precisando de mim. Foi muito bom rever
vocês! Depois eu mando as fotos.
– Até
mais, Viola! – despedi-se Serena, assim como os outros.
Antes
de ir, a líder de ginásio foi até Katy e disse:
– Katherine,
eu esperarei ansiosamente a nossa batalha. Tenho grandes esperanças
em você, não me decepcione.
– Não
vou, até mais.
– Até
a próxima, pessoal!
Viola
saiu da mansão e foi embora de volta para Santalune. Os outros
continuaram lá comemorando o aniversário da Serena, conversando e
se divertindo. Mirai puxou o furisode de Katy e a camisa de Shiro
queria conversar com os dois.
– Katy
e Shiro, muito obrigada por terem me ajudado a fazer esta festa!
Tenho certeza que Serena gostou. – sorriu Mirai. – Tem algo que
eu queria dar para cada um de vocês por serem meus amigos e me
ajudarem.
Mirai
entregou o chaveiro do Bidoof que ela tinha para Katy.
– Katy,
você ama Bidoof tanto quanto eu. Este chaveiro é muito especial
para mim, quero que guarde com muito carinho.
– Mirai,
eu não posso aceitar.
– Mas
eu quero que ele fique com você, é meu presente para você. –
Mirai sorriu.
– Está
certo, vou guarda com muito cuidado e carinho. – disse Katy.
– Shiro,
para você, eu não achei o que te dar…
– Não
precisa me dar nada, você é uma ótima garota, isto já é
suficiente.
– Mas
você foi meu primeiro amigo, por isto quero te dar um presente. Não
conseguir achar nada, então pensei apenas em uma coisa. Por favor
feche os olhos. – Shiro fez como pedido e Mirai beijou a sua
bochecha. – É a primeira vez que beijo alguém, então se lembre
com carinho. – disse Mirai vermelhinha.
Shiro
sorriu e retribui o beijo, beijando a bochecha de Mirai.
– Pode
apostar que lembrarei.
– Eu
queria um beijo. – comentou Jean, uma das crianças, observando de
longe. – Quer me dar um beijo, Keiko.
– Como
se alguém quisesse te beijar, seu idiota! – reclamou a garota.
A
festa continuou e todos se divertiam bastante, mas então uma visita
inesperada chegou. Alguém estava gritando do lado de fora chamando
pelo nome “Serena Akari”. Todos foram até fora para ver o que
era e se depararam com um homem de cabelos cinzas e olhos azuis
cristalinos.
– Serena
Akari, estava ansioso para te conhecer. – disse ele.
– Quem
é você? – questionou Serena.
– Como
fui rude, esqueci de me apresentar. Eu me chamo Ludger Bleu.
Naquele
momento não poderíamos saber, mas aquele fatídico encontro mudaria
tudo e os dias felizes…
… Acabariam.