- Home>
- RainStorm , RS Capítulos >
- RainStorm – Capítulo 16
Posted by : Zark
25 de set. de 2016
Tique-taque.
Cidade
de Aquacorde, 22 de outubro de 2016.
Chasseur
estava encarando um relógio, observa o ponteiro dos segundos,
enquanto repetia.
– Tique-taque,
tique-taque…
Foi
então que ele ouviu alguém chegar, ele se virou para esta pessoa,
sorriu sadicamente e disse:
– Eu
estava te esperando, por que demorou tanto?
3
dias atrás.
Cidade
de Aquacorde, 19 de outubro de 2016.
A
festa continuou e todos se divertiam bastante, mas então uma visita
inesperada chegou. Alguém estava gritando do lado de fora chamando
pelo nome “Serena Akari”. Todos foram até fora para ver o que
era e se depararam com um homem de cabelos cinzas e olhos azuis
cristalinos.
– Serena
Akari, estava ansioso para te conhecer. – disse ele.
– Quem
é você? – questionou Serena.
– Como
fui rude, esqueci de me apresentar. Eu me chamo Ludger Bleu.
Ao
ouvir o nome “Bleu”, Shiro e Kuro se lembraram de Alice e de seus
passados. Aquele nome, não trazia momentos felizes para os dois
irmãos. Shiro apertava o próprio punho como se estivesse
controlando sua raiva.
– E
o que você quer? – indagou Serena de forma direta.
– Soube
que hoje é seu aniversário e trouxe um presente para demonstrar meu
respeito por você. – respondeu Ludger.
– Obrigada,
mas não preciso de seu presente. – disse Serena.
– Por
favor, aceite, ele custou caro. – Ludger bateu palmas e um outro
homem, provavelmente subordinado do Ludger, apareceu carregando uma
grande caixa e entregando para Serena.
– Vamos
abra! – pediu Ludger sorrindo.
Serena
abriu a caixa por cima e viu uma esfera branca bem grande.
– É
uma pérola! Um bem grande e rara! – contou Ludger.
– Muito
obrigada, mas por que me deu um presente tão caro? Está querendo
alguma coisa? – indagou Serena desconfiada.
– Já
que perguntou, eu gostaria de saber se você poderia me vender a sua
mansão e seu terreno? Vou pagar muito bem.
– Agora,
me lembrei do seu nome, Ludger Bleu! Você é aquele nobre que sempre
fica mandando servos para fazer diversos acordos comerciais comigo e
sempre no meio deles, está querendo a minha mansão. Eu sei que
nunca nos encontramos, então nunca disse isto diretamente para você,
mas como sempre digo aos seus servos, a mansão não está a venda!
– Tem
certeza? Se conversaremos poderíamos chegar a um acordo, o que acha?
– Já
disse, a mansão não está a venda! Se ficou chateado, pode levar
seu presente e ir embora. – pediu Serena.
– Pode
ficar com o presente, mas tenha certeza que está perdendo uma ótima
oportunidade. – disse Ludger ao ir embora.
Depois
de Ludger e seus homens saírem, Serena se virou para todos e disse:
– Eu
preciso contar algo.
Após
dizer isto, Serena nos guiou até um outro lugar da mansão. Deixamos
as crianças com Isabele, uma das empregadas de Serena. E seguimos
ela junto a Calem e William, o médico e mordomo. Serena nos levou
até o local onde eu sempre treinava com Calem, caminhamos pelo
jardim, que parecia mais uma floresta e chegamos a um pequeno lago
quente, onde haviam Pokémons que eu nunca tinha visto, apenas em
fotos. Eles era lindos, eram…
– Lapras!
– exclamou Katy com olhos brilhantes ao ver diversos Lapras nadando
pelo lago. – Eu posso capturá-los? – indagou Katy.
– Eles
não são para serem capturados. – reclamou Serena.
– Mas,
você capturou um, esqueceu, Senhorita Serena? – indagou Calem.
– Você
sabe muito bem, que eu apenas o capturei, porque ele quis. Nunca
capturaria um Lapras do jeito que sua espécie está em perigo de
extinção. – respondeu Serena.
– Extinção?
– indagou Katy.
– Você
não sabe? Acho que já deveria ter me acostumado com isto. – riu
Serena. – Lapras são pokémons bem raros e valem muito no mercado
negro. Como eles são muito doceis, se tornaram alvos fáceis e agora
estão em perigo de extinção, algo que aumentou seu valor e sua
procura.
– Não
estou entendendo algo, achei que Lapras morracem no mar em águas
geladas. Mas aqui, é um lago e as águas são bem quentes. – disse
Shiro tirando a mão do lago.
– As
águas são quentes por causa das fontes termais e estes Lapras se
adaptaram para sobreviverem a temperaturas maiores. Eles não estão
no mar, pois como disse, lá se tornaram alvos fáceis, chegaram aqui
através do rio que formou este lago e desde então, passaram a viver
aqui pacificamente, sem se preocupar com ladrões ou algo do tipo. –
explicou Serena.
– Então,
é disto que Ludger está atrás? Dos Lapras? – indagou Shiro.
– Não
sei as suas reais intenções, mas acredito que de alguma forma ele
sabe dos Lapras e está tentando comprar a mansão para vendê-los. –
respondeu Serena. – Não possuo uma relação muito boa com Ludger,
hoje foi a primeira vez que o vi, mas quando conversava com seus
servos em acordos comercias, com outras empresas e famílias, sempre
acabávamos em desacordo. Além de que ele sempre tentava comprar a
mansão, algo que se tornou um saco. Sei que a família Akari não
tem relações muito boas com famílias nobres, mas com Ludger, isto
parece ser intensificado.
– Isto
é verdade, meu irmão Adol sempre me alertava que a família Akari
atrapalhava bastante nas compras e acordos da família real… –
Evelyne percebeu que havia falado demais.
– Adol?
Família real? – repetiu Serena.
– Aaaa!
Foi sem querer, escapuliu! Eu te avisei que não sou boa em guardar
segredos! – berrou Eve.
– Com
que você está conversando? – indago Kuro.
– É
claro que comigo mesma! Não posso confiar a mim para guardar um
segredo! – Eve fitou Serena e soltou outro grito. – Esqueça o
que você ouviu! Eu não tenho nada a ver com a família real, nem
sou uma princesa… – Eve fez silêncio por alguns segundo e soltou
outro berro.
Serena
riu e perguntou:
– Isto
é sério? Você realmente é uma princesa?
– Sim,
meu nome completo é Evelyne Pourpre Jaune. – disse Eve receosa
envergonhada.
– Uma
princesa de verdade! Desculpe por tratá-la de forma tão rude, vossa
Alteza. – Calem pegou a mão de Eve e a beijou, mas logo recebeu um
muro em sua nuca, o fazendo cair no chão. E como na maioria das
vezes que o socara, era Serena.
– Desculpe-me
por ele, vossa Alteza. – disse Serena.
– Por
favor, não falem assim comigo, prefiro que me chamem pelo meu nome
ou apenas de Eve.
– Está
certo, Eve. – Serena riu. – Você é bem diferente de seu irmão.
Nunca havia conhecido nenhum nobre que nem você.
– Realmente
não há. – concordou Shiro se lembrando do vício de Eve por
doces.
– Com
certeza. – concordou Kuro lembrando da rivalidade de Eve com o
Budew.
– Mas
ela é uma ótima pessoa! – sorriu Katy.
– Vocês
também sabiam? – indagou Serena.
– Eu
já havia contado a eles, mas pedi para não te contarem. –
respondeu Eve. – Ouvi muito da família Akari, principalmente do
meu irmão e soube que os nobres não gostavam muito dela, por causa
da grande quantidade de dinheiro que a família Akari possui, além
de não cooperar com os acordos econômicos. Os nobres e a família
real, possuem muito poder e autoridade em Kalos e até em outras
regiões, mas é o dinheiro que move o mundo e uma família rica que
nem a família Akari, acaba se tornando um incomodo para maioria dos
nobres. Não quis me revelar como uma princesa, porque pensei que se
você soubesse, me rejeitaria, por causa da rivalidade entre nossas
famílias. Me desculpe, por não ter dito antes!
– Não
precisa disso! O que você falou é verdade, mas isto não tem nada a
ver com nós duas, mesmo que nossas famílias possuam rivalidades,
ainda podemos ser amigas. – Serena estendeu a mão para Eve.
– Muito
obrigada! – Eve apertou a mão de Serena.
– Voltando
a falar de Ludger e dos Lapras, o que devemos fazer? – indagou
Shiro.
– Não
se preocupem com isto, se ele pedir para que eu venda a mansão mil
vezes, eu rejeitarei duas mil. – respondeu Serena.
– E
o que faremos agora? – indagou Kuro.
– Vamos
esquecer disto por enquanto e vamos aproveitar a festa enquanto
pudermos! Afinal é seu aniversário Serena e não quero que você
passe ele preocupada com tantas coisas. – sugeriu Katy.
– Você
está mais do que certa. – sorriu Serena.
Voltamos
para o salão onde a festa estava ocorrendo, as crianças ainda
estavam brincando, esperando pela gente. Ao chegar lá Mirai e os
outros nos cumprimentaram e passamos o resto do dia, brincando com
elas e jogando jogos. As crianças pediram para jogarmos Banco
Imobiliário, mas elas queriam apena assistir e ficar torcendo.
Resolvemos jogar em duplas, Calem queria sem o par da Serena, mas
Serena não quis de jeito nenhum e no fim, resolvemos sortear que
seria o parceiro de quem e eu acabei sendo a parceira do Calem.
– Não!!!!
– exclamou Calem profundamente. – Katy, não é porque eu me
tornei seu par, mas eu queria ter sido o par da Serena, espero que me
entenda.
– Eu
entendo… eu acho. – respondeu Katy.
– Parece
que vamos ser nós dois juntos. – disse Serena fitando Kuro que
assentiu.
– Eve,
se ganharmos, vou te dar um chocolate. – disse Shiro fitando
Evelyne.
– Com
certeza, ganharemos! – exclamou Eve ansiosa.
– Sinto
muito, mas sem querer me gabar, sou eu quem resolvo a maior parte dos
assuntos econômicos e comercias da minha família, então Banco
Imobiliário será como tirar o doce de uma criança. – disse
Serena.
– Tirar
um doce de uma criança! Serena, isto é mal e não se deve fazer! –
reclamou Eve. – Tem ideia de quanto doces são importantes para
elas.
– Era
apenas uma metáfora. – explicou Serena. – De qualquer forma, eu
e o Kuro ganharemos.
– E
se eu ganhar? – indagou Calem.
– Se
isto acontecer, farei qualquer coisa que você quiser. Mas como eu
sei que não vai, nem preciso me preocupar. – disse Serena.
– Você
terá que manter as suas palavras até o fim. – alertou Calem.
– Manterei!
E quando eu ganhar, você parará de tentar agarrar meus peitos,
enquanto estou dormindo. Está de acordo? – questionou Serena.
– Pode
vir comigo, monstro! – Entre os olhos de Calem e Serena era
possível ver faíscas e pequenos raios.
O
jogo continuou por um tempo e por fim o vencedor foi…
– Eu
ganhei! – comemorou Calem.
– Nós
ganhamos – consertou Katy.
– Isto
é impossível! Como eu fui perder! – berrou Serena.
– Hehehe,
agora você vai ter que fazer o que eu quiser, hehehe. – riu Calem
pervertidamente.
– Sinto
pena da Serena, agora Calem vai realizar os desejos mais eróticos e
pervertidos que ele possui. – comentou Eve.
– Coitadinha.
– comentou Shiro.
– Ela
perdeu, então a culpa é dela. – disse Kuro.
– Mas,
você era meu parceiro! Eu confiei em você! – berrou Serena.
– Confiou
nada! Eu disse para comprarmos a Avenida Bidoof antes que Katy e
Calem comprássemos, mas você não me ouviu e por isto perdemos. –
contestou Kuro.
– Agora,
senhorita Serena, você terá que fazer o que eu quiser, hehehe! –
ria Calem de forma que parecia um louco. – Eu quero que você se
case comigo!
– Claro
que não, idiota! – Serena socou a cara do Calem que voou para
longe e colidiu-se com o chão.
Ainda
caído no chão, Calem questionou:
– Mas
e o nome acordo?
– Quando
você pedir alguma coisa viável e que não seja pervertida, eu
cumprirei, mas não vou me casar com você!
– Você
quis dizer, “Ainda, não vou me casar com você.” – contestou
Calem.
– Calem,
idiota!
Depois
do jogo, passamos o resto do tempo com as crianças, jantamos e elas
foram dormir. Faríamos o mesmo, mas Serena teve uma ideia.
– Fontes
termais? – indagou Katy.
– Sim,
o dia foi cansativo, a semana toda na verdade. Um banho nas fontes
termais é bem relaxante, do lado do lago onde tem os Lapras, há uma
pequena cabana onde há um pequeno lago que é na verdade as fontes
termais, banhadas pelo grande lago, onde poderemos tomar banho e
relaxar um pouco. – contou Serena.
– Acho,
uma ótima ideia! – opinou Eve.
– Então
vamos! Lembrando que são dois banheiros, um para as garotas e outros
para os garotos! Entendeu Calem! – Serena fitou Calem de forma
assustadora, mas ele pareceu que tinha gostado.
…
As
fontes termais, estavam dentro de uma barraca no lado traseiro, onde
não havia teto e sim um pequeno lago que era dividido por um alto
muro, que separava o banho masculino e o feminino. Katy estava
despida, apenas com uma toalha cobrindo suas partes íntimas, ela
encarava o pequeno lago quente enquanto esperava as outras duas. Logo
Serena chegou e Eve veio atrás pulando em cima da Katy derrubando
sua toalha.
– Eve!
O que pensa que está fazendo! Me solte! – reclamou Katy corada.
– Eu
sabia! Eu sabia que o seu furisode escondia o verdadeiro tamanho de
seus peitos! São maiores do que eu pensava! – comentou Eve,
encarando o corpo da Katy que tentava tapar com os braços.
– Pare
com isto! – Katy empurrou Eve e entrou no lago para esconder suas
partes íntimas. Ela estava completamente vermelha.
– Não
seja tão tímida! – riu Eve. Ela então olhou para Serena. –
Você também, não é qualquer uma, seu corpo tem muitas curvas!
– Obrigada…
Mas, o que você pensa que está dizendo, não é certo você ficar
falando disto! – reclamou Serena.
– Mas
como estamos em fontes termais, temos que conversa sobre peitos,
curvas e tudo do tipo. – contestou Eve.
– Aonde
foi que você aprendeu isto?
– Nos
mangás, é uma cena clássica! As garotas nestes momentos sempre
conversam sobre seus corpos e as vezes tocam os seios uma das outras!
– Que
tipo de mangás é que você anda lendo? Entre logo no lago e
aproveite o banho! – ordenou Serena.
…
Do
outro lado da parede, os três garotos estavam pelados e dentro do
lago, relaxando e conversando sobre algo muito importante.
– Temos
que espiar as garotas! – anunciou Calem.
– Espiar?
Não podemos fazer isto. – contestou Kuro.
– Claro
que podemos e devemos! Afinal, o senso comum diz que nas fontes
termais, os garotos sempre tem que espiar as garotas. – contou
Calem.
– Como
faríamos isto?
– O
muro é bem alto, mas se subirmos nos ombros um dos outros
conseguiremos ver do outro lado. Claro que vamos ter que revezar,
pois apenas o que ficar por cima poderá ver o paraíso!
– Mas
isto é errado!
– Kuro,
pense bem! Você poderá ver o lindo corpo da senhorita Serena,
apenas se lembre que ela é minha, mas deixarei você olhar ela por
hoje. Não apenas da Serena, mas poderá ver o corpo da Katy, que eu
sei que esconde dois melões embaixo daquele furisode. E ainda por
cima poderá ver uma princesa que nem a Eve nua, tenho certeza que
são poucos que poderão dizer que viram o corpo dela, que eu tenho
certeza que valerá a pena. – Calem tentava persuadir Kuro e estava
funcionando.
– Eu
quero…Mas… Eu não sei o que fazer! Shiro, me ajuda! Não é
certo fazermos isto, não é? – indagou Kuro.
Shiro
foi até seu irmão, colocou a sua mão no ombro dele e disse:
– Sinto
muito, Kuro. Mas Calem, já me convenceu.
– Aaaaa!
Tá certo, vamos espionar as garotas! – berrou Kuro.
– Fala
baixo, seu idiota! – reclamou Shiro.
– Está
certo, eu ficarei em cima primeiro. – anunciou Calem.
– Ei!
Isto não é justo, vamos decidir isto com um sorteio. – disse
Shiro.
– Está
bem.
Depois
de sortearem, quem ficaria em cima primeiro era Kuro, depois Shiro e
por último Calem. Os três encostaram no muro, Kuro subiu nos ombros
de Shiro que subiu nos ombros de Calem.
– Consegue
ver o outro lado? – indagou Calem.
Estava
com bastante neblina, mas olhando atentamente, Kuro conseguiu
enxergar as garotas.
– Eu
estou vendo! Eu estou vendo. – repetiu Kuro corado. – É muito
bom, está valendo a pena! Do outro lado, realmente tem o paraíso!
– O
que está acontecendo? – indagou Calem.
– Elas
estão conversando. Eve levantou e… – O nariz de Kuro começou a
sangrar.
– E…
o que? – indagou Calem impaciente.
– Eve
apertou os peitos da Katy e Serena ao mesmo tempo. – completou
Kuro.
– Eu
preciso, ver isto! Saia logo dai! É a minha vez! – disse Calem
impaciente.
– Eu
venho antes de você! – lembrou Shiro.
– E
minha vez ainda não acabou. – reclamou Kuro.
– Eu
preciso ver agora! Não consigo me controlar! – Calem começou a se
debater.
– Pare
com isto se continuar assim, vai nos derrubar! – alertou Shiro.
– Mas
eu quero ver o corpo dessas três beldades! – Calem se debatia cada
vez mais rápido.
– Vamos
cair! – berrou Kuro, ao perceber que Calem se movimentava demais.
Foi
então que o muro em que eles caíram em cima do muro em que se
apoiavam e dividia, o banho dos homens e das mulheres, assim o
derrubando.
– O
que foi isto! – Eve pulou de susto ao ver o muro cair.
A
fumaça formado começava a se dissipar.
– Ai
minha cabeça! – reclamou Calem.
– Da
próxima vez, se controle! – berrou Shiro.
– Você
estragou tudo, Calem. – reclamou Kuro.
– Ainda
não, olhem! – Calem apontou para o lado onde as garotas estavam e
quando a fumaça se dissipou, eles conseguiram enxergar perfeitamente
o corpo nu das três lindas garotas.
Eles
encaravam o corpo delas, pareciam estar hipnotizados.
– O
que vocês pensam que estão fazendo! – gritou Eve corada.
– Não
me olhem com esta cara! – exclamou Katy envergonhada.
– Eu
vou matar vocês! – berrou Serena toda vermelha.
– Quero
que sabiam que não importa o que acontecer agora, isto valeu a pena.
– disse Calem para Shiro e Kuro que concordaram.
– Pervertidos
desgraçados! – berrou Serena, enquanto socou os três para o céu.
– Equipe
Nudes, decolando de nova na velocidade da luz! – berrou Calem
enquanto voava pelo céu com os outros dois.
– Mas
está é a primeira vez que decolamos! – contestou Kuro.
– É
só pela referência! – respondeu Calem.
Depois
de tudo que aconteceu, fui dormir, quer dizer tentei dormir, não
conseguia parar de pensar no que tinha acontecido, estava muito
envergonhada. Virando de um lado para o outro na cama, ouvi um
barulho na janela e quando fui ver, era a Zubat de sempre.
– Você
veio hoje! Devia ter cindo para festa, foi muito divertida. – disse
Katy.
As
duas conversaram por algum tempo.
– As
vezes me pergunto, se você está entendendo o que eu falo.
A
Zubat concordou, com se estivesse dizendo que entende.
– Sempre
falo de mim, mas de onde você veio? Nos encontramos em Santalune,
mas por que passa toda noite por aqui? – indagou Katy.
A
Zubat parecia nervosa e com medo, suas asas batiam mais rápido, ela
voava de um lado para o outro e então voou para longe partindo.
– Espera!
Me desculpe se a ofendi! – Já era tarde a Zubat j´tinha sumido na
escuridão da noite.
…
Shiro
e Kuro estavam num quarto conversando.
– Me
pergunto como o Calem aguenta os socos da Serena, estou dolorido até
agora. – disse Kuro.
– Nunca
imaginei que ela pudesse socar tão forte. – concordou Shiro.
Os
dois riram.
– Sabe,
o por que te chamei aqui? – indagou Shiro.
– É
sobre Ludger Bleu, não é?
– Isto
mesmo, Kuro. Ele faz parte da família Bleu, aquela que levou Alice.
Ele deve ter informações.
– Eu
sei, mas acho que por enquanto não devemos fazer nada, ainda não
sabemos nem um pouco sobre ele. Além disto, já temos uma pista
sobre onde Alice pode estar num certo momento.
– Bem
isto é verdade, mas tinha algumas coisas que queria esclarecer com
ele.
– Que
coisas, Shiro?
– Não
é nada! Esqueça que eu disse isto. – Shiro tentou desviar do
assunto para não falar do casamento de Alice, que ele ainda não
havia contado para Kuro. – Você tem razão, vamos deixar ele de
lado, por enquanto.
Cidade
de Aquacorde, 20 de outubro de 2016.
No
outro dia, terminei treinamento com Calem, que foi bem cansativo, mas
já me acostumei ao ritmo. Então Serena separou tarefas para cada
um, ela pediu para Calem, Kuro e Eve fazerem compras no supermercado,
pois a festa do dia anterior tinha esgotado quase toda a comida. Ela
pediu para Shiro ajudá-la com algo e me pediu para pegar as crianças
na escola junto com Isabele, uma empregada. Fiquei feliz com a minha
tarefa, seria uma surpresa para Mirai e as outras crianças quando eu
aparece na escola.
– Então
é aqui onde as crianças estudam. – Katy fitava uma grande
estrutura, mas não chegava nem perto do tamanho da mansão da
Serena.
– Sim,
logo elas devem sair logo. Tenho certeza que gostaram de ver a
senhorita vindo buscá-las. – disse Isabele.
– Para
falar a verdade, eu que estou ansiosa. – riu Katy.
Um
sino tocou e poucos segundo depois, uma multidão de crianças saíram
da escola, muitas pararam na frente de Isabele que as cumprimentavam,
depois de um tempo, todas as crianças da mansão estavam reunidas.
– Muito
bem crianças, vamos voltar, mas antes têm uma pessoa que veio
buscar vocês hoje. – Isabele revelou Katy para as crianças que
ficaram felizes e foram abraçar a garota furisode.
– Assim
faz cócegas. – ria Katy enquanto era abraçada.
– Katy,
estava com saudades! – disse Mirai a abraçando.
– Mirai!
Mas só não nos vemos desde manhã.
– É
que eu gosto de ficar perto de você. – Mirai sorriu. – E onde
está o Shiro, quero vê-lo! Claro que os outros também.
– Na
mansão encontraremos todo mundo! De noite, poderemos conversar
bastante e cantaremos muito a música da família Bidoof!
– Sim,
vai ser muito divertido!
– Outra
coisa, quero agradecer de novo pelo chaveiro do Bidoof. Sei que é
muito especial para você e se tornou muito especial para mim.
– O
chaveiro é muito especial, por isto dei para uma pessoa que também
é muito especial. – sorriu Mirai.
– Mirai.
– Katy a abraçou mais uma vez.
– Eu
também quero um abraço! – exclamou Jean.
– Ninguém
quer te abraçar, Jean idiota! – reclamou Keiko.
– Você
só diz isto porque está com ciúmes. – contou Jean.
– Jean
idiota! Idiota! Idiota! – berrou Keiko.
– Crianças,
já está na hora de voltarmos, em casa vocês podem brincar mais. –
alertou Isabele.
…
No
supermercado, Calem, Kuro e Eve estavam fazendo as compras. Calem
levava uma lista com tudo que Serena tinha pedido.
– Acho
que logo completaremos tudo. Falta apenas algumas coisas. – Calem
lia a lista. – “Ração para Calem, aquele pervertido desgraçado”
Por que ela escreveu isto?
– Talvez,
porque ontem vocês invadiram nosso banho. – reclamou Eve.
– A
culpa não foi nossa que o murro caiu… Até foi, mas não era a
nossa intenção. – disse Kuro.
– Sim,
mas a intenção de vocês era nos espiar! Deviam procurar outra
mangá clichê para tentar imitar! – gritou Eve.
– Olha
quem fala! Pelo que me lembro, era você que apertava os peitos das
outras garotas. – contou Kuro.
– Você
viu? Esqueça disso! Nada aconteceu ontem! – berrou Eve.
– Mas
foi você que puxou este assunto. – contestou Kuro.
– Apenas
esqueça! Você também Calem! – ordenou Eve.
Os
dois assentiram.
– Puxa
vida. E pensar que eu, uma princesa, me deixaria ser vista por três
pervertidos. – reclamou Eve, mas então ela viu uma parte do
supermercado só para doces. – É um paraíso!
Ela
correu em direção a seção doçura, onde havia diversos tipos de
chocolates e outros doces.
– Vamos
comprar! – pediu Eve com olhos brilhantes.
– Não!
– discordaram os dois ao mesmo tempo.
…
Serena
e Shiro estavam no lago dos Lapras, junto a William que cuidava de um
que parecia doente. Shiro acariciava a cabeça de outro.
– Os
Lapras, são criaturas incríveis! São bem mansos e gentis. –
comentou Shiro.
– São
sim. – Serena se aproximou e acariciou a cabeça do mesmo Lapras.
– Ele
está doente? – indagou Shiro fitando William, passando algum tipo
de remédio no pescoço de outro Lapras.
– Na
está exatamente doente e sim com uma alergia, mas não é nada
demais, este remédio, vai parar a irritação em seu pescoço. –
respondeu William.
– Você
é um médico incrível! Acho que ainda não me agradeci o suficiente
por ter cuidado da Katy antes. – disse Shiro.
– William
é incrível! Já foi um médico muito conhecido e além disso já
fez parte da polícia internacional. – revelou Serena.
– Mas
isto é passado, sair da policial internacional a muitos anos e
resolver aprimorar minhas habilidades como médico em Sinnoh onde
conheci uma jovem doutora com habilidades inimagináveis. Se havia
alguma cirurgia que parecia impossível, ela conseguia resolver. –
contou William.
– E
qual era o nome desta doutora? – indagou Shiro interessado.
– Irisviel
Hambart Misaka. – sorriu William. – Queria revê-la, assim como o
seu marido loiro.
Eles
continuaram naquele lago, mas tinha algo que Shiro queria perguntar:
– Serena,
as crianças sabem dos Lapras?
– Não,
achei que seria mais seguro se elas não soubessem. Mas como de
alguma forma Ludger parece saber sobre a existência deles, não
precisava ter escondido dela. – respondeu Serena.
– Então,
por que não mostramos para as crianças? Tenho certeza que elas vão
adoram, principalmente a Mirai. – sugeriu Shiro.
– É
uma boa ideia, mas hoje não poderá ser feito. É melhor que os
Lapras descansem bastante, tenho certeza que as crianças vão
esgotar a energia deles. – riu Serena.
– Então,
pode ser amanhã?
– Claro!
…
Katy
voltava para mansão com Isabela e as crianças, mas em um momento de
distração a garota furisode se esbarrou num homem alto e caiu.
– Me
desculpe, minha jovem. – O homem ajudou Katy a se levantar.
– Não
se preocupe a culpa foi minha. – disse Katy.
O
homem era alto com longos cabelos negros e um grande bigode da mesma
cor, ele fitou Katy e sorriu.
– Você
por acaso é uma garota furisode? – indagou ele.
– Sim,
as minhas roupas me entregam. – riu Katy. – Me chamo Katherine
Fée.
– Meu
nome é Chasseur. – sorriu ele de forma sádica. – Sabe como
Valerie está?
– Conhece
a Valerie? Que legal! – sorriu Katy. – Tem um tempo que não a
vejo, mas ela, com certeza, está muito bem.
– Que
ótimo saber.
– Tenho
que ir! Te vejo outra vez! – despediu-se Katy.
– Tenho
certeza que nos encontraremos novamente. – disse Chasseur.
Katy
já estava longe o suficiente para não ouvi-lo, foi então que ele
soltou uma gargalhada descontrolada.
– Quem
diria que eu encontraria uma garota furisode por aqui! Eu tenho
bastante sorte! Sinto muito Katherine, mas por causa da Valerie, a
minha vingança cairá sobre você. – gargalhava Chasseur.
A
Zubat observava Chasseur de longe de forma que estivesse escondida.
…
A
noite logo chegou e como normalmente, fui para a biblioteca estudar
junto de Shiro e Mirai. Conversamos bastante e Shiro disse que amanhã
mostraria um Lapras para Mirai, algo que deixou ela muito feliz.
Começava a sentir que se Mirai sorria, eu também sorria. Terminei
de estudar, mas então Ludger apareceu novamente, tentando comprar a
mansão e como ontem, Serena o rejeitou. Depois disto fui para meu
quarto dormir, onde encontrei a Zubat.
– Zubat!
Me desculpe, por ontem, não queria ter te magoado.
A
Zubat mexia a cabeça com se estivesse querendo trocar de assunto.
– O
que foi?
Ela
voava de um lado para o outro, parecia com medo.
– Zubat,
você está bem?
As
asas delas batiam bem rápido e ela tentava puxar Katy, como
estivesse tentando avisá-la de algo.
– Desculpe,
Zubat. Mas não estou entendendo. Amanhã você tenta me explicar
melhor, hoje estou com bastante sono e preciso dormir. Nos vemos
amanhã.
…
Já
estava bem tarde da noite, Shiro estava saindo da mansão escondido
para que ninguém o visse.
– Me
desculpe, Kuro. Sei que concordamos, eu não fazer nada por enquanto,
mas eu preciso saber mais sobre o casamento da Alice, só assim
conseguiremos pará-lo. – pensou Shiro.
Saindo
da mansão, ele tomou o caminhou por onde Ludger vinha e depois de
perguntar a algumas pessoas, chegou em uma mansão, não tão grande
quanto a da Serena, mas tinha um tamanho considerável. Era lá, onde
Ludger morava, pelo menos enquanto ele estava em Aquacorde.
– Parece
que não tem muitos guardas, nem câmeras. Será fácil de entrar. –
pensou Shiro olhando de longo com um binóculo.
Shiro
caminhou até o lado da mansão de forma que não fosse notado. Ele
viu uma janela aberta, observou para ver se estava seguro e entrou.
– Agora
a parte difícil, vai ser encontrá-lo. – pensou Shiro ao colocar
uma mascará preta.
Ele
havia entrado num quarto cheio de gavetas e prateleiras, havia também
uma mesa com uma grande folha de papel, parecia ser a planta de algo.
– O
que é isso? – indagou Shiro para se próprio. Ele aproximou da
folha e era um mapa da Floresta de Santalune com, algumas máquinas
desenhadas em diversos locais da floresta. – O que será que isto
significa?
De
repente, Shiro ouviu algo, alguém estava vindo, se embaixo da mesa.
Dois homens entraram, Shiro não reconhecia as vozes deles.
– Aqui
esta! – disse um homem ao pegar o mapa da Floresta de Santalune em
cima da mesa que Shiro se escondia. – Vamos levar para Mauser.
– Tem
alguma ideia de quando o plano será posto em prática? – indagou o
outro homem.
– Ouvi
dizer que assim que ocorrer uma explosão.
– Não
entendi.
– Te
explico melhor depois, agora temos que levar isto para Mauser.
– Tem
razão.
Os
dois homens saíram do quarto e Shiro que prendia a respiração para
não fazer nenhum barulho, voltou a respirar normalmente. Saiu
debaixo da mesa e viu que o mapa tinha sido levado.
– Explosão?
Isto está ficando cada vez mais suspeito. – pensou Shiro.
Ele
saiu do quarto e foi andando pelos corredores, sempre se escondendo
se ouvisse alguém, chegava na frente das portas e olhava através da
fechadura para ver se encontrava Ludger. Depois de muito tempo
procurando, encontrou o quarto onde Ludger estava, por sorte o nobre
estava sozinho. Shiro bateu na porta e espero a resposta.
– Quem
está me incomodando a esta hora da noite? – Ludger abriu a porta e
não viu ninguém.
Shiro
se escondia do lado da porta para que não pudesse ser visto e assim
que Ludger fecharia a porta, Shiro revelou-se dando um soco na cara
de Ludger e fechando a porta. Ludger caiu no chão e olhou para Shiro
com uma expressão de raiva.
– O
que você quer? Seu desgraçado! – berrou Ludger.
– Estou
surpreso, achei que a sua primeira reação seria chamar seus
guardas. – contou Shiro.
– Isto
seria idiotice, assim não saberia o porquê de um maluco de máscara
preta estar invadindo minha casa. – disse Ludger.
– Interessante
a forma que você pensa, mas quem faz as perguntas sou eu. –
contestou Shiro.
– E
o que você quer me perguntar. – Ludger parecia calma, apesar de
ter acabado de receber um soco e ter um estranho na sua casa o
interrogando.
– Qual
seu objetivo?
– Acho
que o mesmo da maioria das pessoas. Morrer bem velho, rico, numa cama
luxuosa ao lado de duas lindas e jovens mulheres nuas.
– Você
é bem engraçado, mas não estou com o clima para piadinhas! Eu
quero saber qual seu objetivo vindo para Aquacorde?
– Sinto
muito, mas não posso te dizer isto, eu prometi guardar segredo e
promessas não devem ser quebradas. – debochou Ludger.
– Não
se preocupe, eu quebro essas promessas para você! – Shiro socou a
cara de Ludger mais uma vez.
– Esta
doeu. Sabe, você deveria ficar mais calmo, se ficar nervoso, não
conseguirá nenhuma resposta.
– Por
que ainda não revidou?
– Se
revidasse, provavelmente ficaria sem saber o que você realmente
quer. Não posso te responder a pergunta anterior, tem alguma outra?
Shiro
engoliu seco e finalmente perguntou:
– Alice
Bleu e seu casamento. Como posso encontrá-la antes?
– Você
está procurando aquela vagabunda desgraçada!
Shiro
o socou novamente.
– Não
fale assim da Alice. – alertou Shiro.
Ludger
cuspiu sangue e levantou-se.
– Por
acaso é apaixonada por ela? – indagou Ludger, mas não houve
resposta. – Bem, eu a odeio. Eu vivia minha vida de forma boa,
mesmo não sendo o favorito de meu pai, ainda assim ele parecia se
importar comigo. Mas assim que aquela garota apareceu, se tornou a
favorita da família, tudo por causa da habilidade especial dela.
Depois eu fui jogado de lado como se fosse lixo e me pai nunca me
olhou como olhava para aquela vadia! – berrou Ludger.
Outro
soco foi sentido por Ludger, o fazendo cuspir mais sangue.
– Já
disse para não falar assim dela! Me responda, como posso encontrá-la
antes do casamento?
– Se
você sabe sobre o casamento, já deve ter pesquisado bastante. Mas
sabe, eu estou pouco me ferrando por ela, não me importo se vai se
casar com um deus ou um demônio, eu quero mais é que ela vai para o
inferno e queime até a morte de forma dolorosa!
Shiro
não conseguia mais conter a sua raiva e pulou em cima de Ludger
começando a socá-lo sem parar. Ludger que não revidava até então,
chutou a barriga de Shiro, o tirando de cima dele e o jogando para o
outro lado. Ludger foi até Shiro e chutou a sua cara.
– Acho
que o seu tempo para perguntas acabou. – disse Ludger ao puxar a
mascará de Shiro. – Você até que é bonito, vai ser uma pena
quebrar a sua cara.
Ludger
tentou socá-lo no rosto, mas Shiro acertou a sua barriga primeiro e
depois chutou o seu rosto o derrubando no chão perto de uma
prateleira.
– O
que você disse mesmo? Quebrar a minha cara? – ironizou Shiro.
Ludger
riu.
– Você
é bem durão moleque, pena que esta luta, não será feita apenas
com os punhos. – Ludger pegou uma espada na prateleira ao seu lado,
tirou da bainha e tentou cortar Shiro ao meio que por pouco desviou.
– Tem
bons reflexo e parece ser ágil. Posso saber quem te treinou? –
indagou Ludger.
– E
porque acha que fui treinado por alguém?
– Eu
não sou idiota garoto. Acha mesmo que um garoto normal conseguiria
invadir esta mansão sem que ninguém percebesse, além disto sinto
que algo diferente em você.
– Você
pode estar certo, fui treinado por alguém. Mas eu me recuso a
repetir o nome daquele desgraçado, outra vez! – berrou Shiro.
– Se
é assim, vamos terminar logo com isto. – Ludger correu na direção
de Shiro e tentou o cortar com a espada, Shiro conseguiu desviar da
maioria dos golpes, mas Ludger conseguiu fazer um grande corte em seu
braço esquerdo e sangue começou a vazar.
Shiro
tentava parar o sangramento, mas não conseguia, o corte tinha sido
mais profundo do que esperava. A dor era muita, sem outras opções,
Shiro correu para fora do quarto e tentou fugir, apenas ouviu Ludger
gritando:
– Homens
tem um fugitivo! Peguem ele!
Shiro
correu e na primeira janela que viu, pulou nela, como estava fechada
a quebrou e caiu fora da mansão, continuou a correr até despistar
aqueles que o seguiam.
Dentro
da mansão, Ludger limpava sua espada do sangue de Shiro. Foi então
que Yuki apareceu.
– Você
estava vendo tudo? – indagou Ludger.
– Sim.
– respondeu Yuki friamente.
– Por
que não matou ele?
– Se
eu matasse, não teria graça. – Sua expressão continuava vazio
como se não sentisse nada.
– Achou
algo interessante nele?
– Sim.
Fiz algumas pesquisas sobre ele e sinto que ele pode me divertir
muito no futuro.
– Se
ele não atrapalhar a missão, pode fazer o que quiser com ele. –
prometeu Ludger.
– Muito
obrigada, estou muito feliz. – Apesar do que falava, seu rosto
continuava imóvel.
– Já
fez o que havia pedido?
– Sim.
– disse Yuki. – Bem, acho que esta será a última vez que nos
encontraremos. Meu tempo está acabando.
– Como
assim? – perguntou Ludger.
– Na
próxima vez que nos encontrarmos, provavelmente não serei a mesma
Yuki.
– Então
os boatos sobre sua personalidade são verdadeiros. – Ludger
sorriu. – Ficarei ansioso para conhecer a outra Yuki.
…
Shiro
conseguiu chegar na mansão da Serena, mas estava com um grande corte
no braço e o pior estava sangrando, tentou entrar de forma que não
fosse percebido, mas ao abrir a porta, Serena estava lá sentada numa
cadeira o esperando. Ao ver Shiro, ela não disse nada, apenas olhou
o seu braço e tocou no seu braço.
– Está
doendo? – indagou ela.
– Um
pouco. – respondeu ele.
– Mentiroso,
sei que está doendo muito. – disse Serena. – Me siga, vou parar
este sangramento e fechar a ferida.
Serena
levou Shiro até um quarto onde havia diversos remédios e coisa do
tipo. Ela limpou o braço de Shiro e começou a costurar a ferida.
– Isto
vai doer um pouco. – disse Serena assim que enfiou a agulha na
ferida de Shiro.
Shiro
não entendia, o que estava acontecendo.
– Como
e por quê? – indagou ele.
– Eu
vi você saindo mais cedo, então resolvi esperar até que você
voltasse, estava preocupada, afinal você também é meu amigo. –
explicou Serena.
– Por
que não pergunta nada?
– Você
teve suas razões, além disso, sei que você foi até o Ludger e era
por causa de sua antiga amiga, Alice, não era? – Serena continuava
a costurar o braço de Shiro.
Milhares
de perguntas passavam pela cabeça de Shiro.
– Se
quer saber como sei de tudo isto, é porque eu pesquisei sobre vocês.
Shiro
focou supresso nunca havia imaginado que Serena teria feito isto.
– Não
me olhe com esta cara de bobo. Acha mesmo que eu deixaria vocês
passaram as noites aqui sem que eu soubesse se poderia confiar em
vocês? – questionou Serena de forma retórica.
– Faz
sentido. – comentou Shiro.
– Através
do sobrenome de vocês descobri que Bretteur, era um orfanato onde
você e o Kuro moravam, descobrir também sobre uma garota que andava
muito com vocês, mas foi levada pela família Bleu, não sei dos
detalhes do que aconteceu, apenas que desde então vocês estão
procurando por ela. Sobre Katy, as roupas delas e o nome Fée já a
entregavam, além de que ela é um livro aberto. – riu Serena.
– Então
você já sabia que a Eve era uma princesa?
– Na
verdade, tinhas minhas suspeitas, como ela omitiu o sobrenome não
tinha certeza, mas por causa de seus cabelos lilas e amarelos, foi
fácil descobrir sua identidade, afinal não existem muitas garotas
que nem ela. Quando ela revelou ser uma princesa, fingi ter ficado
surpresa, apesar de ter ficado um pouco, não por ela ser uma
princesa e sim por ela ser como é. – Serena riu novamente. –
Quero te alertar que sinto que ela esconde algo, claro que não sou a
melhor pessoa para dizer isto afinal também tenho meus segredos, mas
é bem estranho uma princesa andar sozinha pela região, todos os
nobres que conheci antes, sempre andavam com diversos servos.
– Talvez,
ela só seja diferente. – riu Shiro. – E se ela estiver
escondendo algo, ela tem o direito disto, afinal ela não é a única.
Serena
terminou de costurar o corte do braço de Shiro e pegou ataduras para
entolar seu braço.
– Como
você sabe fazer tudo isto? – indagou Shiro.
– Não
é muito difícil, William me ensinou tudo, ele acha que devo saber,
pelo menos, um pouco de medicina. – respondeu Serena.
– Eu
não sei muito, mas quando era pequeno tive que aprender um pouco
sobre primeiros socorros. – contou Shiro.
– Bem,
agora está tudo pronto. – Serena terminou de enfaixar o braço de
Shiro. – E não se preocupe não vou falar para ninguém sobre o
que aconteceu hoje, mas você vai ter que arranjar um jeito de
explicar esta atadura.
– Muito
obrigado, Serena.
Cidade
de Aquacorde, 21 de outubro de 2016.
No
outro dia, treinei novamente com Calem, ele estava pegando mais
pesado que de costume, mas só assim para eu continuar melhorando.
Depois disto, eu me ofereci para ir buscar as crianças com Isabele,
Shiro também quis ir, pois no dia anterior ele havia prometido a
Mirai que iria buscá-la. Quando vi Shiro pela primeira vez no dia me
assustei, ele estava com uma atadura enorme no braço, ele disse que
apenas tinha caído da cama e se cortou com a madeira que estava
solta no chão, pode ter certeza que foi um corte bem feio. Quando
chegamos na escola, encontramos as crianças, mas duas haviam
desaparecidos.
– Cadê
a Mirai? – indagou Shiro preocupado.
– E
não é só ela, o Jean sumiu também. – completou Katy.
As
crianças pareciam agitadas, queriam saber onde estavam seus amigos.
– Tenham
calma, logo os dois devem aparecer. – disse Isabele tentando
acamá-los.
– O
Jean disse que iria no banheiro e não voltou, já a Mirai
desapareceu assim que o sino tocou. – contou Keiko tremendo de
preocupação.
Katy
abaixou-se e disse:
– Vai
ficar tudo bem, não se preocupe.
– Se
vocês não fazerem nada, não vai não. – disse uma voz familiar.
Era uma voz gelada, fria e sem emoções, Katy e Shiro nunca
esqueceriam está voz. Ela vinha de trás e quando eles se viraram
viram Yuki.
Katherine
começou a tremer e Shiro apertava os punhos.
– O
que você quer? – indagou ele.
– Não
se preocupem, não vou fazer nada com vocês hoje. Eu vim
pacificamente, estou até sorrindo, não percebe? – O rosto de Yuki
continuava sem expressões.
– Você
quase mata a Katy e depois vem com essa conversa! – berrou Shiro.
– Exatamente
quase, além disto, ela me parece muito bem, tirando o fato que está
tremendo. – A expressão de Yuki não mudava. – Por que você
está tremendo, Katherine Fée?
Katy
tentou responder, mas nenhuma palavra saia de sua boca, ela apenas
apertava o próprio seu como se estivesse sentindo dor.
– Não
vou deixar você machucar a Katy outra vez! Se o que diz é verdade,
diga logo o que ver e vá embora! – exclamou Shiro.
– Duas
crianças desaparecerem, não foi? Continuar aqui não vai ajudar
nada, a melhor coisa que podem fazer é voltarem para a mansão de
Serena Akari, lá devem receber algumas respostas. Dito isto me
despeço, afinal meu tempo está acabando. Na próxima vez que nos
encontrarmos, eu não serei a mesma Yuki. Até mais. – Todas as
palavras foram ditas no mesmo tom, sem que demostrasse nenhuma
emoção, logo depois partiu.
A
ver Yuki sumir, a tremedeira de Katy passou.
– Você
está bem? – indagou Shiro.
– Sim.
– Devemos
voltar para a mansão como ela disse, Serena precisa saber disto.
Voltamos
para a mansão, contamos tudo para Serena e os outros, estava
bastante preocupa, segurava meu chaveiro do Bidoof que Mirai tinha me
dado e apertava com força, rezando para que ela estivesse bem. Logo
depois, Serena recebeu uma ligação.
– Alô.
– disse ela.
– Você
deve ser Serena Akari, é um prazer falar com você, mas antes
poderia colocar no viva voz, gostaria que todos ouvissem. – Serena
fez como pedido. – Vocês já devem ter percebido que duas adoradas
crianças sumiram, um menino chamado Jean e uma adorável menina
chamada Mirai.
A
voz do homem do outro lado, Katy a reconheceu de algum lugar, mas não
se lembrava de onde.
– Se
você fizer qualquer coisa com elas, pode ter certeza que eu… –
Serena foi interrompida pela voz do homem.
– Você
não está entendendo, quem faz as ameaças aqui sou eu ou você quer
que algo aconteça com estas crianças.
Serena
engoliu seco e ficou calado.
– A
jovem Katherine, está ai? Se ainda não percebeu, nos conhecemos
ontem. Sou eu Chasseur, aquele homem alto de bigode. Devo agradecer
muito a você, escolhi as crianças que raptaria por sua causa, tenho
certeza que deve ter gostado das escolhas.
Katherine
sentia raiva e medo.
– O
que você quer? – indagou Katy.
– Vou
direto ao assunto, eu quero que a Serena venda a mansão dela para
Ludger Bleu nas próximas 24 horas, quando ela fazer isto devorei as
crianças, e se mais de 24 horas passarem, ainda devolverei elas, mas
não vivas. É só isso mesmo, tchau! – Chasseur desligou.
– Ludger,
aquele desgraçado está por trás disso! – gritou Serena.
– O
que vamos fazer? – indagou Katy.
– Não
podemos vender a mansão. – disse Serena.
– Mas
também, não podemos deixar aquele desgraçado matar a Mirai e o
Jean. – falou Calem.
– Talvez
vender a mansão seja a melhor opção. Podemos capturar os Lapras e
libertá-los no mar depois. – sugeriu Shiro.
– Eu
não recomendaria isto, os Lapras já se adaptaram ao ambiente daqui
e uma troca bruta como essa pode afetá-los. Além disto, já ouvi
falar desse tal de Chasseur, ele é o chefe de um grupo de
mercenários chamado de “Os Caçadores”, as histórias sobre eles
não são muito boas, e posso dizer, com certeza, que ele não vai
cumprir a parte do trato. – contou William.
– O
que faremos, então? – indagou Kuro.
– Vamos
contar a polícia. – respondeu Serena. – Eles rastreiam o número
pelo qual Chasseur me ligou e vão atrás dele, assim salvando as
crianças.
– Vale
a pena tentar. – concordou Calem.
Assim
como Serena sugeriu ligaram para a polícia, Serena contou tudo, mas
não receberem a resposta que esperavam:
– Sinto
muito, mas não podemos fazer nada por sua situação.
– Vocês
não estão entendendo, duas crianças foram sequestradas, vocês tem
que ajudá-las.
– Isto
está fora de nosso alcance, não ligue mais. – O policial da outra
linha desligou.
– Por
que ele fez isto? – indagou Eve.
– Ele
foi subornado, falando a verdade, a polícia toda já deve ter sido
subornada. Aquele Ludger desgraçado, pensou em tudo! – berrou
Serena.
Sem
saber o que fazer pareciam desesperados, foi então que o celular da
Serena tocou outra vez, e era Chasseur novamente.
– Vocês
não deviam ter ligado para polícia. Eu não gostei nem um pouco
disso. Este assunto é para ser resolvido apenas entre a gente. Para
mostrar que estou falando sério, quero que ouçam uma coisa.
O
telefone ficou mudo por um tempo, depois ouviram as vozes de Jean e
Mirai.
– Não
faça isso, por favor! – berrava Mirai enquanto chorava. – Deixe
o Jean em paz!
– Por
favor, não, não! – Depois de um barulho de algo quebrado, Jean
soltou um alto grito de dor.
– O
braço do Jean! Por que estão fazendo isto? – chorava Mirai.
– Agora,
quebrem o dela. – disse Chasseur.
– Não,
por favor! – Crack, foi o que ouviram, antes de berros e choros de
dor.
Tanto
Mirai quanto Jean gritavam e choravam, por causa da dor que sentiam.
Todos no outro lado do telefone se sentiam incomodados com o som,
sentia uma grande mistura de sentimentos ruins.
– Tirem
eles daqui! – disse Chasseur.
O
telefone ficou mudo por mais um tempo e então, Chasseur voltou a
falar:
– Se
falarem de novo com mais alguém sobre isto, quebrarei as pernas
deles. Não demorem muito de decidir, o tempo está passando.
Tique-taque, tique-taque. – Chasseur desligou.
– Aquele
desgraçado! Não acredito que fez algo tão terrível! – berrou
Serena.
Todos
pareciam tristes, desesperados e sem nenhuma esperança. Katy sentia
o mesmo, mas ainda assim não queria desistir.
– Não
podemos ficar assim! É exatamente isto que ele quer, nos deixar,
perdidos e desesperados. Se não podemos contar com ajuda da polícia,
nos vamos resgatar a Mirai e o Jean como nossas próprias mãos. –
disse Katy.
– Como
acha que conseguiremos fazer? – indagou Serena.
– Chasseur
nos deu 24 horas, vamos pensar num plano para salvarmos as crianças.
– respondeu Katy.
– E
você acha que será assim tão fácil? Tenho certeza que Chasseur e
Ludger já devem ter pensado em tudo, conseguir salvar as crianças
será algo quase impossível. – contou Serena.
– Eu
nunca disse que seria fácil…Mas não podemos perder a esperança,
não podemos desistir! Temos que fazer algo! – Katy segurava o
chaveiro do Bidoof com força. – Eu quero brincar com a Mirai e o
Jean, outra vez, por isso não vou desistir!
– Você
não leva jeito mesmo. – disse Serena. – Estou de acordo, vamos
salvá-los.
– Se
a senhorita Serena diz, eu também estou dentro. – justificou
Calem.
– Eu
prometi que mostraria os Lapras para a Mirai e não vou voltar atrás
de mim promessa. – contou Shiro.
– Com
certeza, vamos salvar as crianças. – falou Kuro.
– Vamos
chutar a bunda de Ludger, Chasseur e de qualquer outro cara mal! –
exclamou Eve.
Tudo
parecia estar se desmoronando, mas não podíamos desistir, tínhamos
que continuar, tínhamos que salvar a Mirai e o Jean. Mesmo com tanto
desespero, lutaríamos e mostraríamos para Ludger e Chasseur que
ainda há esperança.
Cidade
de Aquacorde, 22 de outubro de 2016.
Chasseur
estava sentado em uma cadeira fitando um relógio.
– Metade
do tempo, já se esgotou. É bom que vocês se decidam logo. Afinal,
o tempo está acabando. – disse Chasseur para ninguém. –
Tique-taque, tique-taque, tique-taque, tique-taque…
…Tique-taque.