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Posted by : Zark
20 de mar. de 2016
Se
roubar, não seja pego.
Vejo
que se interessou pela história de Katherine. É uma pena que nesse
momento a história terá que mudar um pouco a sua direção. Não
fique com raiva. Eu prometo que será um pequeno desvio, só desse
jeito poderemos prosseguir. Já disse para não ficar assim. Se
lembre que o destino sempre nos leva ao lugar certo, isso quando ele
está de bom humor. Quem sou eu? Estou triste. Se esqueceu de mim?
Não tem problema. Eu diria que sou apenas um espectador, mas você
saberia que não é verdade. De qualquer forma, já está na hora de
voltarmos para história.
Cidade de Lumiose, 28 de
setembro de 2016.
Lumiose,
a famosa cidade das luzes, ela é enorme e conhecida por possuir uma
torre gigante chamada de Torre Prisma. Engraçado as pessoas chamaram
de cidade das luzes, afinal, a cidade ilumina apenas alguns lugares,
diversos lugares ficam sem luz ao anoitecer, claro se você é apenas
um turista de passagem deve achar as famosas luzes de Lumiose
iluminam tudo, mas isso esta errado. Não estou dizendo que a cidade
não possui seus méritos, mas sim que não é como todos pensam.
Claro que a escuridão também pode trazer algo de bom, afinal, como
existiriam o sistema de apostas, se não existissem esses locais sem
luz. É isso o que eu faço aqui, jogo, aposto e ganho. Tá, as vezes
eu perco.
Era uma linda noite, as
estrelas brilhavam, mas não no céu e sim na terra, as incríveis
luzes de Lumiose iluminava as ruas principais da cidade, onde
quantidades enormes de turistas vinham visitar. Mas como em toda
noite, sempre havia aqueles locais que ficavam sem luz, e era nesse
local que estava ele, uma garota de aparecia jovem, devia esta por
volta dos 16 anos, vestia uma roupa preta assim como a cor de seus
olhos e fios de cabelo. Na sua roupa era possível perceber algumas
partes brancas e douradas. Ele estava jogando algum jogo de cartas,
estava apostando dinheiro em seu jogo. Várias pessoas ao redor
assistiam o momento, a maioria delas não eram turistas, viviam em
sua maior parte na rua, ou com sua gangue, as vezes conseguam dormir
em um hotel, mas muitos preferiam gastar seu preciso dinheiro com
outras coisas como comida, roupas ou até mesmo joias, só que poucos
conseguiam. O que mais se deseja ali era o dinheiro, isso que
importava naquele momento. O garoto jogava o jogo calmamente,
diferente de seus espectadores que estavam nervosos, pois apesar da
aparência frágil, aquele garoto carregava uma coisa incomum, que
deixava a maioria com medo, uma espada longa completamente preta.
É
verdade que alguns ali poderiam possuir armas, mas era a grande
minoria, armas eram caras, e mesmo assim não ficavam a mostra como a
espada do jovem. Apesar da aflição que ficava no ar, o jogo seguiu
normalmente e acabou.
– Eu ganhei. – Disse o
homem que estava jogando contra o garoto. Ele era bem alto, devia ter
quase dois metros, bem forte e de físico meio quadrado, estava
vestindo uma jaqueta preta com um lenço vermelho pendurado em seu
braço, seu cabelo era bem curto e negro, já seus olhos eram cinzas
escuros.
–
Parabéns Komaba, parece que
eu realmente perdi. – Disse o garoto sem ressentimentos. – Aqui
está seu dinheiro.
O garoto levantou com a sua
mão, uma pequena sacola e deu para o homem.
– O jogo foi bom, mas
infelizmente eu já tenho que ir. – Disse o menino que já estava
praticamente virando a esquina.
– Ei espere! – Gritou
Komaba com raiva. – Esse saco está vazio.
– É mesmo, acho que me
confundir com isso. – Sugeriu o garoto enquanto mostrava uma
carteira em suas mãos.
– Seu pivete dos infernos,
quando foi que pegou a minha carteira. Me devolva isso, agora!
– Na verdade não fui eu que
peguei sua carteira.
Algo se movimentou nas sombras
e derrubou Komaba com uma rasteira. O homem caiu com força no chão
sem entender o que acontecia, mas sabia que sua raiva só aumentara.
Quando conseguiu se levantar o garoto já correra, foi nesse momento
que ele percebeu quem havia pegado sua carteira e quem havia te
derrubado, escondido nas sombras um Pokémon seguia o garoto, um
Sneasel.
–
Não vai ficar assim, seu
maldito! Você mexeu com a pessoa errada. Eu faço parte da gangue
Vermelha, e muitos aqui também, vamos te pegar e te ensinar uma bela
lição!
O garoto sabia daquilo, o
lenço vermelho pendurado em seu braço denunciava o fato, mas ele
não imaginava que tantas pessoas da gangue vermelha fossem ajudar o
Komaba a persegui-lo.
– Droga, droga, droga. De
quem foi essa ideia idiota, Sneasel? – Gritava o garoto para seu
Pokémon enquanto corriam desesperados.
Você
deve estar imaginando que eu sou idiota por tentar roubar um cara de
três metros, que possui diversos companheiros que o ajudariam a me
capturar. É você está certo, eu sou idiota. Devia ter pensado que
escapar de uma das três maiores gangues de Lumiose, não seria
fácil. Alguns podem achar que não, mas gangues são algo bem comuns
em Lumiose. Existe um sistema bem organizados pelos sem luz, na
verdade há diversas gangues, mas a maioria delas estar associada a
uma das três maiores, cada uma das gangues é representado por uma
cor. A Vermelha, que é que nosso amigo Komaba participa. A Verde,
que me parece ser a mais calma. E a Azul, que é a mais misteriosa.
Também existem aqueles que participam da parte sem luz de Lumiose,
mas não possuem nenhuma gangue, ele são conhecidos como No-ones e
não possuem nenhuma cor, eu acredito fazer parte desse grupo. A
maioria dos No-ones trabalham sozinhos, alguns não possuem nenhum
poder, mas outros são bem famosos e conhecidos, alguns até mais
poderosos e temidos do que os lideres das três gangues. Claro que eu
não sou nenhum desses, se fosse, não estaria fugindo de Komaba e
seus companheiros nesse momento.
A perseguição continuava, o
garoto corria por aqueles becos escuros, tentava se chegar em alguma
rua iluminada, mas não conseguia encontrar, ou se perdia no caminho
ou quando achava a saída alguém aparecia, o forçando mudar a
direção. Diversas pessoas estavam naqueles becos, mas nenhuma se
atrevia ajudá-lo. O garoto corria desesperadamente com seu Pokémon,
se esbarrando e tropeçando em pessoas, foi então quando olhou para
trás para ver se o perseguiam se esbarrou com uma garota, a
derrubando e caindo em seu lado. O desespero do menino era tão
grande que nem se incomodou com o fato, se levantou rapidamente e
saiu correndo. A garota tentou reclamar, mas ele já estava correndo
para longe.
O garoto corria, nem sabia
para onde, foi quando entrou numa esquina errada e percebeu-se num
beco sem saída, quando viraria para fugir, ouviu passos. Recuo,
olhou para seu Sneasel e tirou a bainha de sua espada, se preparando
para lutar.
– Não queria ter que usar
isso. – Comentou o menino encarando seu Pokémon.
O Sneasel rosnou, como se
dissesse que aquilo não adiantaria.
– Eu sei que isso não deve
ajudar, afinal eles possuem armas de fogo…. E são muitos.
Mais uma vez o Sneasel rosnou,
dessa vez parecia dizer que era a culpa do seu treinador.
– Eu sei que é minha culpa,
foi uma ideia bem idiota. – Os passos ficaram mais altos. –
Parece que estão chegando.
Ajeitou sua espada, preparando
para atacar quem viessem, mas para sua surpresa, quem aparecera não
era nenhum Vermelho e sim aquela garota que se esbarra. Ele não
tinha percebido antes, mas a garota era linda. Com lindos olhos
vermelhos e cabelos da cor dos vinhos mais caros, estava usando uma
saia preta, com um sinto dourado, onde estava presso um pequeno
bastão branco. Vestia um casaco preto, mas o que chamava mais a
atenção do garoto, era que ele estava aberto, revelando grande
quantidade do corpo da garota, seus seios estavam cobertos por faixas
brancas, algo que chamava bastante atenção, principalmente para
aquele garoto, que tentou evitar encará-los.
–
O que pensa que você está
fazendo? Primeiro me derruba, sai correndo e agora aponta uma espada
para mim! – Reclamou a garota.
– Me desculpe, achava que
era outra pessoa que estava vindo. – Disse o garoto enquanto
guardava a espada.
A garota era bem esperta e
analisou a situação rapidamente.
– Quer disser que alguém
esta te perseguindo, quem?
– Ninguém está me
perseguindo. – Tentou esconder o fato.
Passos e gritos de raivas
foram ouvidos pelos dois.
– Quer dizer, que já que
você não estar sendo perseguido, podemos sair desse beco e
descobrir o que está havendo lá fora. – Chantageou a garota.
– Está certo, estou sendo
perseguido, mas logo chegaram aqui, não tem nada que possa fazer.
– Coloque seu Pokémon na
pokébola! – Ordenou ela.
– Mas por que?
– Coloque!
Ele a obedeceu, chamando seu
Sneasel para sua pokébola. Os passos estavam bastante altos, deviam
virar a esquina a qualquer momento, o garoto já desistira de fugir.
Mas sem que percebesse, a garota o empurrou para uma parede, enrolou
seus braços no pescoço do garoto, juntou seu abdome com o dele,
fazendo seus seios se pressionarem no corpo do rapaz.
– O que você está fazendo.
– Reclamou o garoto enquanto corava.
– Cale a boca. – Mandou a
garota.
Os passos ficaram mais altos,
quando os Vermelhos, já virariam a esquina, a garoto beijou o menino
em sua boca, ajeitando sua cabeça de uma forma que fosse impossível
saber que era quem ela estava beijando. Quando os Vermelhos viraram
no beco e viram a cena, alguns ficaram meio envergonhados e juntos
resolveram dar a meia volta. Quando já não podia mais se ouvir os
passos deles, a menina afastou sua boca da do menino.
– Agora você me deve uma. –
Disse ela.
– Te dever uma? Por que você
fez isso? – Indagou ele.
– Para salvar você.
Funcionou, não foi?
– Sim, mas não pressiva ter
me beijado daquela forma.
O garoto corou.
– Vai dizer que não gostou?
– Perguntou a ela sadicamente.
O garoto ficou mais vermelho
ainda, entregando a resposta.
– Você não devia ter feito
isso, não era assim que eu queria que fosse … – Ele parou de
falar por um momento, mas já era tarde, a garota já tinha
percebido.
Ela riu e disse:
– Quer dizer que esse foi
seu primeiro beijo, que patético.
– Não me chame assim, e o
seu não foi o primeiro também?
A garota corou e começou a
gaguejar:
– Meeeu primeeiro beeiiiijo,
clarrro que não. Assuma a responsabilidade. – A última parte foi
dita extremamente rápida e bem baixo, sem que o garoto conseguisse
entender o que ela havia dito.
Ele riu da menina envergonhada
e resolveu se despedir.
– De qualquer forma
obrigado.
Antes que pudesse sair a
garota segurou sua mão.
– Posso saber o porquê da
Gangue Vermelha esta atrás de você?
– Bem, digamos que eu roubei
de um cara de três metros que não devia ter roubado.
– Você é idiota, por
acaso?
– Infelizmente, acho que
sim. Agora, eu tenho que arranjar um jeito de sair daqui e chegar em
alguma parte iluminada da cidade, só assim para eu estar seguro. Mas
a Gangue Vermelha esta por toda as partes.
A garota sorriu maleficamente.
– Eu posso te ajudar, eu sei
como entrar e sair dos becos escuros sem que ninguém perceba, mas eu
quero um favor em troca e lembre que você já me deve uma.
– Sim isso é verdade, eu
aceito. – Respondeu o garoto rapidamente – Mas antes quero me
apresentar, me chamo Kuro Bretteur, qual seu nome?
– Por que eu diria meu nome
para você?
– Não acha justo eu saber o
nome da garota que tive meu primeiro beijo.
Ela ficou vermelha e começou
a gaguejar novamente:
– É jusssto, me chaammo
Awaki Musujime.
– Muito bem Awaki, se sabe
como sair daqui me ajude, por favor. Que eu prometo que farei seu
favor.
Vocês
devem estar pensando que eu realmente sou bem idiota, em prometer
algo que nem sei o que é para uma garota que acabei de conhecer.
Como já disse, vocês tem razão, sou idiota. Awaki, como prometido,
consegui me levar para fora dos becos sem luz de Lumiose, mas não
imaginava que o preço pudesse ser tão caro.
– Você quer que eu roube?
– Sim, você disse que me
faria um favor.
– Eu não sabia que era
roubar ninguém, principalmente da Gangue Vermelha, que se você
ainda não percebeu estão atrás de mim! – Reclamava Kuro.
– Você me prometeu, agora
vai ter que fazer. Não se preocupe é apenas uma simples joia. –
Disse Awaki.
– Mas como eu vou fazer
isso? Você disse que a joia fica em uma das sedes dos Vermelhos,
como vou conseguir entrar lá e sair vivo!
– Se não quiser fazer, não
faça, mas então terei que te entregar para os Vermelhos.
– Está me chantageando? –
Indagou Kuro.
– Eu prefiro dizer
“negociando”. – Respondeu Awaki.
– Está bem, eu farei isso.
Mas irei precisar de ajuda, não faço a mínima ideia de como
invadir a sede da gangue.
– Kuro, não se preocupe. Eu
já tenho um plano, que vai nos ajudar a entrar e sair sem nenhum
problema. – Disse a garota ao sorrir maleficamente.
…
A sede da gangue ficava
escondida em um dos becos sem luz, era um pequeno prédio
“abandonado” onde viviam alguns integrantes da Gangue Vermelha.
De alguma forma Awaki sabia o local e como entrar pela ventilação
escondidos sem que ninguém soubesse. Os dois conseguiram entra. De
acordo com Awaki, a joia ficava no terceiro andar, em uma pequena
sala localizada no corredor da direita, onde ficavam dois guardas.
Juntos conseguiram derrubar os guardas sem que ninguém percebesse e
entraram na sala, que diferente dos outros cômodos, era limpa e
bem-arrumada, tinha quadros ao seu redor e um tapete enorme no chão
que cobria quase a sala toda. Podia se ver uma cadeira, uma mesa e ao
seu lado uma bancada que ficava coberta por um vidro e dentro dela
estava a joia que buscavam. Não era possível ver a joia, mas sim
uma caixa que Awaki jurava estar guardando ela. Os dois se
aproximarão do vidro que cobria a bancada, sem saber o que fazer o
que fazer Kuro indagou:
– E agora o que fazemos?
Esse vidro deve ativar algum alarme se mexermos nele.
– Tenho tudo planejado. –
Disse Awaki enquanto jogava um pokébola para o alto.
A aparência do Pokémon foi
sendo formada, aos poucos, eram um quadrupede com pelagem branca e
pele azul escura. Quando a forma finalmente foi completada, Awaki
ordenou:
– Absol use Night
Slash.
A lâmina da cabeça do Absol
começou a brilhar ficando roxa, com o golpe já carregado ele
arranhou o vidro, o destruindo completamente. Ao ser destruído, um
alarme foi ativado.
– O que você fez? Agora vão
nos pegar! – Reclamou Kuro.
Awaki
abriu a caixa e conseguiu ver a joia, era colorida e tinha um símbolo
de DNA de dupla hélice nela. Ela sorriu, olhou para Kuro e disse:
– Me desculpe.
Ela deu um soco na barriga
dele, o fazendo cair no chão.
– Agora você não me deve
mais nada.
Quatro homens entraram pela
porta e viram os dois ladrões. Entenderam a situação, e resolveram
cair em cima. Awaki levantou Kuro e o arremessou nos homens, com
todos caídos, ela saiu da sala e quebrou a janela com seu Absol,
pulando do terceiro andar. Depois daquele momento não podia mais
saber o que tinha acontecido com aquela garota. Um dos homens se
levantou rapidamente para ver o que tinha acontecido, mas já era
tarde, Awaki tinha sumido.
– Aquela era Awaki Musujime,
a Gata do Desastre! Uma das No-ones mais famosas de Lumiose. –
Disse um dos homens surpreso. Mas então a preocupação veio – Ela
roubou o tesouro do chefe, estamos ferrados.
– Não tem problema, Komaba,
que é o queridinho do chefe, estava atrás desse garoto, se
entregarmos a ele, talvez nos livramos dessa. – Falou outro homem
que junto com os outros dois prendiam Kuro.
Sim,
eu devia ter prestado mais atenção nas pessoas de Lumiose, Awaki
tinha revelado seu nome, mas eu não sabia que era uma No-one famosa,
fui muito ingênuo. Devia ter fugido enquanto ainda havia tempo, o
que aconteceria comigo agora?
Kuro foi preso em uma cadeira
no térreo daquele prédio, uns 10 homens ficavam ao seu redor o
encarando, foi quando Komaba apareceu.
– Parece que o jogo virou. –
Disse ele.
– Que nada, ainda tenho uma
carta na manga. – Ameaçou Kuro.
– Será mesmo, tiramos sua
espada, pokébolas, celular e pegamos minha carteira de volta. Além
do mais estamos em maior número.
– Pode até ser verdade, mas
o jogo ainda não terminou.
– Vamos ver. Acho que temos
que lhe ensinar algumas maneiras.
Komaba estalou seus punhos,
ajeitou seu corpo e socou Kuro no rosto. Saiu um pouco de sangue da
boca dele, surpreendentemente ele sorriu.
– Essa é a força do grande
Komaba, estou decepcionado.
– Seu pirralho maldito, não
fique tirando uma comigo.
Komaba preparou-se para dar
outro soco, mas foi interrompido por um grande barulho que vinha de
fora.
– O que foi isso? –
Indagou Komaba.
– Eu não disse? Eu ainda
tinha uma carta na manga.
– Pessoal, vão descobrir o
que está acontecendo. – Ordenou Komaba.
Metade dos homens foram olhar
o que era, mas se assustaram. Podia se ver objetos voando e pequenas
explosões. Ninguém que saiu voltou, Komaba ficava cada vez mais
preocupado.
– O que está acontecendo?
Passos ficaram mais alto, e
finalmente aquele que estava causando a confusão apareceu.
– Você demorou. –
Comentou Kuro.
– Você devia me agradecer
por estar limpando essa bagunça para você, irmão. – Respondeu o
garoto que causarão a confusão.
– Eu sei, eu sei, mas me
tire logo daqui, Shiro.
Shiro era um jovem rapaz,
devia ter 16 anos, assim como seu irmão. Mas diferente do seu irmão
que tinha uma aura escura envolta dele, Shiro possuía uma aura
clara, que realçava sua aparência. Ele tinha um cabelo castanho bem
claro, possuía olhos azuis e estava vestindo uma camisa listrada
cinza, com um casaco azul por cima, carregava consigo uma pequena
mochila de ombro.
–
Quem é você? O que fez aos
meus companheiros? – Indagou Komaba.
– Não precisa ficar assim,
não matei ninguém. – Shiro sorriu, foi um sorriso bonito, mas, ao
mesmo tempo, assustador.
– Peguem ele! – Ordenou
Komaba.
Cinco homens correram em
direção a Shiro, se preparando para socá-lo, mas antes que
pudessem perceber, atingiram uns aos outros. Shiro tinha sumido.
– O que aconteceu. –
Indagou um dos homens.
– Estou aqui em cima, seus
retardados. – Respondeu Shiro.
Ele estava voando, ao ver a
cena os homens ficaram com medo e começaram a gritar.
– O que é isso?
– Não pode ser!
Sem paciência para os
comentários, Shiro fez um gesto com a cabeça e levantou a mão.
Vários objetos daquele local começaram a flutuar, assustando ainda
mais os homens.
– Ele só pode ser um
monstro!
– Monstro? Não me chamem
assim, vou ficar ofendido. – Disse Shiro maleficamente.
Ele abaixou sua mão,
ordenando que os objetos fossem arremessados em cima dos homens, três
foram pegos logo de cara, um tentou desviar, mas mesmo conseguindo o
objeto trocou a posição e o acertou. O último por tanto, desviou
dos objetos várias vezes, mas antes que pudesse fazer alguma coisa,
o corpo de um de seus companheiros foi arremessado em cima dele,
assim o derrubando também. Komaba estava assustado, viu que Shiro
estava distraído, pegou uma pistola e atirou nele. Mas antes que a
bala pudesse pegar nele, ela parou no ar.
– Isso foi meio perigoso. –
Disse Shiro sorrindo mais uma vez.
– Saiu daqui, seu monstro! –
Gritou Komaba assustado enquanto preparava para atirar mais uma vez,
mas antes que pudesse atirar, foi acertado por um raio que o
nocauteou.
Quem o acertara era uma
Meowstic, possuía coloração branca, mas alguns detalhes eram azul.
Shiro pousou no chão, pegou os pertences de Kuro que estavam com
Komaba. Com a espada cortou as cordas que amaravam seu irmão mais
novo, por fim entregou os itens ao mesmo.
–
Obrigado Shiro, você me
salvou.
– Não precisa me agradecer,
esse é o trabalho de um irmão mais velho. Mas não se esqueça de
agradecer a Meowstic também, ela que fez o trabalho todo.
– Está certo, obrigado
Meowstic.
A Meowstic sorriu.
– Tenho que admitir usar o
Psychic para fingir ter poderes sobrenaturais e assustá-los
foi genial. – Kuro admirou seu irmão.
– É, mas na próxima vez
tome mais cuidado, se você não tivesse me ligado quando decidiu
invadir aqui, não teria te encontrado. – Disse Shiro.
– Vou tomar, mas olhe o lado
bom, agora temos o dinheiro que precisávamos.
– Isso é verdade, mas da
próxima vez, me obedeça e não faça nada de estúpido.
Os dois revistaram as
carteiras daqueles homens juntando uma boa quantia de dinheiro. Com o
dinheiro em mãos foram embora daquele local que não queriam nunca
mais voltar.
Vocês
devem estar se perguntando, para que tudo isso por causa de dinheiro?
Bem, a verdade é que o dinheiro nunca seria para nos dois e sim para
o No-one mais poderoso de Lumiose, ninguém sabe seu nome verdadeiro,
mas ele é conhecido como Scar, o rei de Lumiose. Dizem que ele é
chamado assim por causa de uma grande cicatriz nas costas, mas não
sei se é verdade. O fato é que com todo o poder que ele possui,
nada acontece na cidade sem ele saber, tem informação de tudo, mas
elas custam muito. Eu e meu irmão queríamos uma informação, por
isso precisávamos de dinheiro.
Os
dois irmãos estavam no local conhecido como Covil de Scar, ficava
numa parte sem luz de Lumiose, mas facilmente se chegava a um local
iluminado, afinal não eram apenas os residentes das terras sombrias
que pediam informação para o No-one. Os dois tinha sidos levados
para dentro por um dos guardas de Scar, onde foram conduzidos a um
escritório onde o líder dali se encontrava. Ele era um homem bem
jovem, loiro com olhos vermelhos como sangue, que mal podiam ser
visto por causa de seu óculos. Vestia uma camisa de botão verde e
por cima uma jaqueta preta. Estava segurando uma flor vermelha que ao
ver os dois colocou em cima de sua mesa.
– Shiro e Kuro, que prazer
revê-los. – Comprimentos Scar.
– Scar, sem enrolação,
você sabe o que nos queremos. – Disse Shiro.
– Sim, eu sei, informações
sobre a localização daquela garota loira, não é?
– Isso mesmo. – Respondeu
Kuro.
– Muito bem eu darei a
informação, mas antes meu dinheiro. – Ordenou Scar.
Shiro abriu sua mochila e
tirou todo o dinheiro que conseguiram de Komaba e dos outros.
– Vocês dois realmente não
decepcionam. – Comentou Scar.
– Agora as informações. –
Disse Shiro.
– Sem pressa. Sobre a
garota, ela estava indo para Laverre. O motivo, eu não sei, mas isso
já faz uns dias, por isso se eu fosse vocês adiantaria o passo e
sairia de Lumiose o mais rápido possível. Não gostariam de perder
o rastro da garota novamente, principalmente depois de todo o
trabalho que vocês tiverem. Não imaginava que se meteriam numa
briga com a Gangue Vermelha.
– Como você sabe disso?
Acabou de acontecer. – Indagou Kuro.
– Não se esqueça que eu
sei de tudo que acontece na minha cidade. – Ele sorriu.
Os dois irmãos saíram do
Covil de Scar, e resolveram arranjar coisas com o dinheiro que sobrou
para suas viagens.
– Shiro, será que dessa vez
finalmente encontraremos ela? – Indagou Kuro.
– Espero que sim, já fazem
anos que nos separamos. Só não entendo o porquê de Laverre. –
Respondeu Shiro.
– É melhor não ficar
pensando muito nisso.
– Você tem razão.
Na manhã seguinte os dois
partiram para Laverre. Essa decisão mudaria a vidas dos dois.
E
mais uma vez, a direção da história muda.