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Posted by : Zark
10 de jul. de 2016
Quando
eu era pequeno vivia com meus pais em uma pequena casa, minha família
não era rica nem pobre também, vivíamos tranquilamente com nossas
condições. Eu ia para escola de manhã cedo e voltava de tarde, meu
pai e minha mãe trabalhavam o dia todo e voltavam apenas a noite. Eu
passava a maior parte do meu tempo sozinho, pois não tinha nenhum
amigo e como meus pais só voltavam de noite não havia muito o que
fazer. A escola era a pior parte do meu dia, como eu era baixinho,
gorducho e fraco sofria bullying dos meus colegas, minha mãe sempre
preparava um lanche para eu levar para escola, mas meus colegas
roubavam o lanche de mim e acabava que eu não comia nada, eles me
batiam e insultavam, mas eu era fraco demais e não podia revidar e
quando eu tentava eles eram desiguais e chamavam uns outros dez para
bater em mim. Falei para meus pais o que ocorria na escola, mas
quando eles foram falar com a diretoria, nada puderam fazer, pois as
outras crianças viam de famílias mais ricas e poderosas, por isso a
escola não fez nada. Depois disso o meu sofrimento só piorou, ao
descobrirem que contei tudo aos meus pais, virei o maior alvo
daquelas crianças imundas que eu chamava de colegas. Felizmente um
certo dia, encontrei um Gastly que parecia perdido, levei ele para
casa e nos tornamos amigos. Quando as outras crianças faziam
bullying comigo, Gastly tentava me defender, mas algumas daquelas
crianças possuíam pokémons ainda mais fortes e machucavam meu
amigo junto também. Ainda pequeno eu aprendi que o mundo não é
justo e apenas aqueles que possuem dinheiro e poder podem fazer o que
bem entendem.
Quando
tudo parecia perdido, já estava aceitando a minha mísera vida de
plebeu, uma oportunidade bateu à porta de minha casa, um homem que
usavam um brasão vermelho surgiu, ele de alguma forma tinha se
tornado amigo de meus pais e com isso eles conseguiram fazer um Pacto
de Sangue, isto é quando uma família plebeu se submete a uma
família nobre em troca do mesmo título de nobreza. Foi ai que eu
parei de ser chamado de Raji Shenazard e passei a me chamar de Raji
Rogue. Com este nome, eu poderia fazer o que eu quisesse e com ele
pude ordenar que a escola fosse fechada, com o poder que ganhei
passei a ter muitos seguidores e com eles ataquei aquelas crianças
imundas que me insultaram, fiz elas sentirem o que eu senti. Fazendo
isso eu me senti bem e a partir desse momento comecei a fazer de tudo
que poderia com o meu poder, mas com o tempo fui ficando cada vez
mais entediado, então resolvi que brincar com aqueles inferiores a
mim seria divertido, fiz atrocidades e machuquei muitas pessoas,
estava me tornando um monstro psicopata, mas … Algo mudou.
Rota
14, 7 de outubro de 2016.
– Mas
para eu te perdoar tem uma condição. – comentou Katy.
Raji
continuava atento as palavras da menina furisode.
Katy
se soltou de Evelyne por um tempo e chegou perto de Raji, usando o
pouco da força que ainda tinha.
– Seja
uma pessoa melhor. – Ela sorriu, mas para surpresa de todos socou
Raji com todas as forças. – Isso foi por todos que você fez mal.
Como
é que eu, Raji Rogue, pude deixar chegar nesse ponto onde eu tenho
que me submeter a uma simples plebeia … Mas mesmo depois de tudo
ela me perdoou, como alguém poderia fazer isso depois de tudo que eu
fiz … Uma condição? Como essa mísera plebeu ousa colocar uma
condição … Mas mesmo assim ela me perdoará … Uma pessoa
melhor? Que condição mais idiota é essa? Eu faço o que eu quero,
quando eu quero … Mas mesmo assim, por quê eu continuou pesando
nas palavras dela. O soco que ela me deu doeu bastante, mas por quê
essas palavras parecem ser mais dolorosas e pesadas. Perdoar … Ser
alguém melhor … O que eu estou pensando? Por que isto continua
pesando em minha cabeça!
Cidade
de Lumiose, 12 de outubro de 2016.
Depois
do ocorrido na Rota 14, pedi para que meus homens fossem embora, não
havia mais o porquê deles estarem ao meu lado enquanto eu apenas
passava meus dias entediantes em Lumiose num apartamento que eu
possuía. Por algum motivo depois daquele infeliz incidente, não
sentia mais vontade nem prazer em brincar e machucar os mais fracos.
Estava em Lumiose desde que parti da Rota 14 e passava meus dias sem
fazer nada, apenas pensando em como entendiante minha vida havia se
tornado.
Já
era noite e Raji estava retornando do supermercado e indo para seu
apartamento. Seus olhos eram vazios, nada mais importava para ele,
continuava vivendo sua vida como se fosse qualquer um. Enquanto
atravessa aquelas pacatas ruas, ele viu uma garotinha sendo atacada
por dois grandes homens num beco escuro.
– Você
vai nos seguir e fazer como ordenarmos! Entendeu sua piveta fedida! –
gritou um dos homens para a menina.
– Mas
eu não quero ir com vocês! – reclamou a menina.
– Se
você não vier conosco vamos ter que te força e se chegar a esse
ponto vai doer muito! – exclamou o outro homem irritado.
Raji
assistia a situação por algum motivo ele se sentia desconfortável
com aquilo.
– Eu
não vou! – gritou a menina.
Os
homens a pegaram pelos braços e pernas, a menina reagia chutando e
socando os dois, mas eles revidavam batendo nela.
Por
quê? Por que eu me sinto tão enjoado, por que estou tão
desconfortável assistindo isto? Quem sensação horrível é essa?
“Seja uma pessoa melhor” Por que essas palavras não me deixam em
paz!
Raji
correu em direção da menina e dos dois homens gritando como se
estivesse sentindo dor.
– Por
que eu estou fazendo isso? – indagou Raji ao chutar o saco de um
dos homens que segurava a garota.
Com
a dor o homem não aguentou e caiu no chão, o outro tentou revidar,
mas Raji desviou.
– Por
que eu estou ajudando uma plebeia? – Raji socou o queixo do outro
homem, assim o derrubando.
Com
os dois caídos no chão, Raji segurou a mão da menina e saiu
correndo com ela até um local mais seguro. Ao parar de correr Raji
soltou a mão da menina e se assustou com o que tinha acabado de
fazer.
O
que foi isso? Não entendo, por que eu fiz isso?
Ao
olhar com mais cuidado Raji percebeu que a menina tinha longos
cabelos castanhos claros e olhos verdes, ela vestia apenas uma pano
sujo e cinza como se fosse um vestido. Ela fitava Raji com um tom de
agradecimento e admiração.
– Vai
ficar me olhando o dia todo, pode ir embora. – comentou Raji.
Ela
continuava encarando Raji fixamente.
– Seus
pais nunca te ensinou que é feio ficar encarando os outros. –
ironizou Raji.
– Eu…
eu… não tenho pais. Nasci e desde que eu me lembre vivo sozinha
nas partes escuras de Lumiose. – respondeu a menina com um tom
triste.
– Não
queria te chatear, mas eu preciso ir embora. – disse Raji desviando
o assunto e caminhando para longe.
Raji
estava indo para seu apartamento, mas a menina o seguia fixando seu
olhar em Raji, algo que irritou ele.
– Por
que está me seguindo? Pode ir embora. – indagou Raji.
– Eu
ainda não me agradeci por você ter me salvado. – respondeu a
menina.
– Você
não precisa fazer isso, para falar a verdade, eu nem sei o porquê
eu te salvei. Então, adeus!
– Não,
eu tenho que te agradecer!
– Se
vai ficar insistindo, fale logo.
– Está
certo … Obrigada, onii-chan! (Uma forma carinhosa de chamar o irmão
mais velho no japão, mas há casos que alguém pode chamar outra
pessoa assim sem ter laços sanguíneos)
Raji
parecia ter recebido uma flechada no joelho.
– Onii-chan?
Quem … te deu a per…per…permissão para falar isso comigo? –
gaguejou Raji.
– Mas
você me salvou, então é meu onii-chan. – retrucou a menina.
– Cale-se,
plebeia. Eu não sou onii-chan de ninguém, então para me chamar
desse jeito e não me siga mais. – ordenou Raji enquanto gaguejava.
A
menina nada respondeu apenas continuou encarando Raji. Ele desistiu
de tentar conversar com ela e voltou a seu curso para casa, mas a
menina continuava o seguindo. Ao chegar em seu apartamento a menina
ainda o seguia e quando Raji entraria em sua casa, ele se virou para
ela e disse:
– Não
sei o motivo de você ter me seguido até aqui, mas agora chega. Eu
vou entrar e você vai embora para sua casa ou seja lá onde você
mora.
Raji
entrou em sua casa e fechou a porta deixando a pobre menina do lado
de fora. Dentro dela Raji resolveu preparar seu jantar, mas percebeu
que a menina continuava lá fora e havia começado a chover. Raji
tentou não ligar, mas algo apertava seu peito.
Por
que estou sentindo isso? Que dor horrível é esta? Eu não aguento
mais isto.
Raji
saiu de sua casa e disse para a menina entrar que ao receber o
convite brilhou os olhos e entrou. Ao entrar no apartamento de Raji a
pequena garota se encantou, apesar de não ser um lugar enorme era o
lugar mais aconchegante que ela já tinha visto, sofá, cama,
televisão, nada disto ela tinha tido na vida dela. Ela correu até a
cama e começou a pular em cima dela.
– Que
divertido! Muito obrigada por me deixar entrar, onii-chan!
– Saia
dai agora! Você está toda molhada, vai acabar sujando a cama! –
reclamou Raji.
A
menina fez com ordenado, saiu de cima e indagou a Raji:
– Qual
seu nome, onii-chan?
– É
falta de educação perguntar o nome das outras pessoas sem se
apresentar primeiro. – contou Raji.
– Eu
não tenho nome, mas tenho oito anos– revelou a menina.
– Assim
fica difícil, vou te chamar de Sujinha. O que acha?
A
menina fez uma cara emburrada para Raji.
– Que
tal Fedida? Chatinha? – Raji olhava para os lados e viu uma revista
sobre palmeiras, não fazia ideia o que uma revista de palmeiras
fazia ali, mas uma delas tinha um nome e Raji o pronunciou. – Airi?
Os
olhos da menina brilharam.
– Esse,
eu gostei!
– Então
a partir de hoje, você se chamará Airi.
– Onii-chan,
você ainda não me disse o seu nome.
– Eu
sou o mais nobre dos nobres eu me chamo Raji Rogue! – exclamou ele
orgulhoso.
– Seu
nome é estranho. Vou te chamar de onii-chan mesmo.
– Quanto
insolência! Você não faz ideia com quem você está falando, não
é mesmo?
– Eu
estou falando com o meu salvador e onii-chan.
– Você
não tem jeito. – Raji sentia um odor ruim vindo da menina. –
Nossa você está fedendo demais!
Airi
pareceu envergonhado com o comentário e parecia querer chorar.
– É
que não tem como eu tomar banho nas ruas de Lumiose.
– Mas
aqui você pode tomar banho, então direto para a banheira! –
ordenou Raji.
– Certo!
– Airi se dirigiu para o banheiro onde Raji apontava.
Airi
entrou no banheiro e tirou o pano que vestia, mas algo a incomodava.
– Onii-chan!
Você pode me ajudar? Eu não sei tomar banho sozinha! – pediu
Airi.
– Como
assim? Meninas de oito anos já deviriam saber tomar banho sozinhas.
– reclamou Raji do lado de fora do banheiro.
– Por
favor! – insistiu Airi.
– Está
bom, eu estou indo.
Por
que eu estou fazendo isso? Por que estou seguindo os pedidos de uma
garotinha plebeia?
Raji
deu banho em Airi e depois deu uma camiseta sua para ela vestir.
– Isso,
com certeza não está certo. – comentou Raji ao ver como a sua
camisa ficava grande demais em Airi. – Já sei.
Raji
pegou sua pokébola e liberou seu único pokémon, um Haunter. Ao ver
o pokémon fantasma Airi ficou alegre e com os olhos brilhando.
– Haunter
cuide dessa menina, enquanto eu vou sair para comprar umas roupas
para elas.
…
Raji
voltou para seu apartamento depois de comprar as roupas da Airi.
– Haunter,
Airi, eu cheguei. – anunciou ele.
Ao
ver os dois, eles estavam brincando de pega-pega. Ao ver aquilo Raji
se assustou, mas por algum motivo sentia um calor acolhedor em seu
coração. Ele entregou as roupas para Airi que vestiu, ela vestiu
uma camisa de manga longa bege listrada verticalmente, um short curto
da mesma coloração, um casaco vermelho claro com detalhes em
dourado e uma fita verde que amarava seu pescoço como uma gravata.
– Agora
está bonitinha e cheirosa. – sorriu Raji.
O
que eu acabei de dizer? Essas palavras realmente saíram de minha
boca?
Ao
ouvir aquele comentário Airi ficou muito feliz e deu um beijo na
bochecha de Raji.
– Obrigada,
onii-chan.
Por
motivos que ele não entendia, ele sentia algo bom com aquilo.
– Agora,
vamos comer que eu estou morrendo de fome. – gaguejou Raji tentando
mudar de assunto.
Ao
chegar do lado da geladeira e dos armários da cozinha, toda comida
tinha sido aberta e comida por alguém.
– O
que aconteceu aqui?
– É
que eu estava com fome e comi tudo com o Haunter-oniichan. –
explicou Airi.
Raji
já esperava isto de Airi, mas não do Haunter, ele fitou seu Pokémon
como se estivesse perguntando “Você também?”. O pokémon nada
responder apenas ficou calado como se tivesse consentindo com a
pergunta.
– Não
adianta agora, as lojas já devem estar fechadas. Eu vou dormir. –
Raji caminhou e deitou em sua cama.
Airi
seguiu Raji e deitou ao seu lado.
– O
que você está fazendo? – indagou Raji.
– Você
disse que já vai dormir, então já deve ser a hora de dormir. –
respondeu Airi.
– Não
era isso que eu estava perguntando. Eu quero saber qual o motivo de
você estar deitada na minha cama! – reclamou Raji.
– A
cama não é o lugar certo para se dormir? – questionou Airi.
– Sim,
mas essa é a minha cama! Se quer dormir, vai dormir lá no sofá!
– Mas
eu não quero dormir no sofá.
– Se
é por que acha que ele não é confortável, não precisa se
preocupar, pois ele é tão confortável que nem esta cama. Então
vai dormir lá!
– Mas
eu queria dormir ao lado do onii-chan. – desabafou Airi.
– Eu
não me importo, a cama é pequena demais para nos dois. – Raji
empurrou Airi para fora da cama, que foi para o sofá de cara
emburrada.
Raji
e Haunter adormeceram facilmente, mas Airi não conseguia. Ela se
levantou do sofá caminhou até a cama de Raji e deitou do lado dele,
assim ela conseguiu dormir tranquilamente e confortavelmente como
nunca dormira antes.
Cidade
de Lumiose, 13 de outubro de 2016.
Raji
abriu os olhos e viu Airi ao seu lado dormindo na mesma cama que ele
e o abraçando. De início ele tomou um susto e gritou. O grito foi
tão alto que acordou Airi.
– Bom
dia, onii-chan!
– Bom
dia uma ova! Por que você está deitada na minha cama e ainda por
cima me abraçando? – perguntou Raji.
– Eu
não estava conseguido dormir, então resolvi vir para seu lado. E o
onii-chan é tão fofinho que eu queria abraçar.
– Fofinho?
Eu, Raji Rogue, não sou fofinho!
– Para
mim você é! Onii-chan. – Sorriu Airi.
Depois
de se arrumarem, Raji resolveu levar Airi para tomar café da manhã.
Eles foram para um lugar conhecido como Casa dos Sucos, lá vendiam
diversos sucos feitos com berries, além disso ofereciam opção de
café da manhã, mas sua especialidade como o nome diz é sucos. Ao
entrarem os dois foram antedidos por um homem alto chamado Hideki,
ele os levou até a mesa e anotou os pedidos dos dois. Depois de um
curto tempo de espera, o pedido dos dois chegou. Airi resolveu provar
um dos sucos da loja.
– Que
delicia! É muito gostoso! – admirou Airi.
– Muito
obrigada, minha jovenzinha! – disse Hideki ao ir atender outras
pessoas.
Raji
e Airi continuaram tomando seu café da manhã, Airi dizia muitas
coisas e pareciam entusiasmada, aquele lugar era como se fosse um
mundo novo para ela, um lugar fora dos becos sem luzes de Lumiose.
Ela estava se divertindo e por algum motivo Raji sorria ao ver ela
feliz.
– Onii-chan,
por que você sorri tão pouco? – indagou Airi. – Seu sorriso é
tão bonito.
Eu
estava sorrindo e nem percebi? O que está acontecendo comigo?
– Eu
sorriu sempre quando eu quero, não está vendo, afinal eu sou Raji
Rogue! – Raji forçou um sorriso de falso orgulho.
– Não
esse sorriso falso que você faz o tempo todo e sim quele que faz de
vez em quando. Este que é o sorriso bonito. – disse Airi.
– Sorriso
falso? Meu sorriso nunca é falso! Ele que é assim mesmo, afinal eu
sou Raji … – Raji continuaria a falar, mas foi interrompido por
Airi.
– Se
você realmente acha que esse seu sorriso falso é o verdadeiro, eu
tenho que te mostrar o de verdade para você entender. – Airi
sorriu para Raji. – Está vendo esse é um sorriso verdadeiro que
demonstrando quando estamos felizes.
Sorriso?
Felicidade? Era isso que eu estava sentindo?
– Airi,
você está feliz comigo? – indagou Raji.
– Muito
feliz! O onii-chan é o melhor.
– Obrigado,
Airi. – Raji sorriu, mas dessa vez de verdade.
Passei
a cuidar da Airi, como ela não sabia ler, resolvi ensinar ela. Eu e
Haunter ensinávamos diversas coisas para ela, os dias se passavam e
cada vez mais eu gostava de estar com a Airi. Todo dia levava ela
para conhecer novos lugares em Lumiose e apresentava ela a diversas
coisas que ela não sabia ou conhecia. Airi era muito comilona e seus
olhos sempre brilhavam quando eu dava para ela algo de novo para ela
comer. Por algum motivo eu não estava ficando mais entendiado e
aquele vazio estava se cobrindo em meu coração. Eu ainda não
entendia o porquê de eu cuidar de uma plebeia que nem a Airi, mas eu
estava me divertindo. “Seja uma pessoa melhor” essas palavras
ainda pesavam na minha mente, será que era por elas de eu estar
mudando tanto e estar cuidando da Airi. Muitas perguntas passavam em
minha cabeça e nenhuma delas com respontas, eu nem me reconhecia
mais, afinal o que estava acontecendo comigo? De qualquer forma,
mesmo sem essas respostas, eu estava gostando de viver com a Airi e
então sem que eu percebesse, duas semanas se passaram.
Cidade
de Lumiose, 27 de outubro de 2016.
Como
de costume Raji e Airi estavam tomando café da manhã na Casa dos
Sucos. Raji já havia terminado de comer e estava esperando Airi
enquanto lia uma revista. Airi terminou de comer sua última bolacha
e beber o resto do suco, logo depois ela viu na capa da revista, que
Raji estava lendo, uma construção de cristais rosas com anéis
dourados.
– Que
lindo! – Airi admirou a construção.
Raji
percebeu que ela falava da capa e começou a falar:
– Esse
aqui é o Sundial da cidade de Anistar, também conhecido como
relógio de sol.
– Relógio
de sol? Incrível, então quer dizer que ele marca as horas? –
indagou Airi.
– Apesar
dele servir para isso também, mas muitos acreditam que essa não
seja sua função principal ainda não descoberta. Essa é uma
construção muito misteriosa, alguns dizem que ela veio do espaço,
mas não há como saber. – respondeu Raji.
– Espaço?
Eu quero ir para o espaço, onii-chan! Me leva, me leva!
– Quem
você pensa que é para me dar ordens, afinal eu sou Raji… – Raji
foi interrompido por Airi.
– Rogue,
eu sei, eu sei. Você sempre fala isso onii-chan, mas eu quero muito
ir pro espaço.
– Mesmo
se eu quisesse seria complicado, então eu não vou poder te levar
pro espaço.
Airi
fez uma cara triste e deprimida.
– Não
fique assim Airi! Já sei, porque não visitamos a cidade de Anistar
algum dia, lá tem um observatório bem grande onde você vai poder
ver o espaço e as estrelas. – Raji tentou consolá-la.
A
feição de Airi ficou mais feliz.
– Então
vamos para uma viajem! – falou ela.
O
homem alto chamado Hideki que sempre os atendia ouvia a conversa e
disse:
– Gosto
de ver isso! Vocês são bem próximos!
– Próximos,
não me junte com uma plebeia. – reclamou Raji.
– Mas
parece que você não é fiel aos seus sentimentos. – disse Hideki.
– Quem
você pensa que é para falar assim comigo! Plebe! – exclamou Raji.
– Certo,
certo. – disse Hideki tentando acalmar Raji. – Eu pude perceber
que vocês sempre vem aqui juntos, fiquei curioso e queria saber qual
era o relacionamento de vocês.
Relacionamento?
Não me diga que eles está achando que eu sou um pedófilo ou algo
do tipo!
– Eu
sou o pai dela hahaha. – disse Raji desesperado assim como sua
risada.
– Pai?
Quantos anos vocês têm?
– Eu
tenho 20 anos! – gritou Raji como se estivesse sendo interrogado.
– Eu
tenho 8. – respondeu Airi.
– Então
você tinha apenas 12 anos quando teve ela.
Fu…
– Eu
estava apenas brincando não somos pai e filha! – explicou Raji
quase perdendo o juízo.
– Bem,
não precisa ficar preocupado. Não me importo qual a sua relação
com ela contando que ela esteja feliz. Apenas não posso permitir
casos ilegais.
– Nos
não temos esse tipo de relação!
Hideki
riu da reação de Raji.
– Apesar
de não serem pai e filha, posso ver que tem um sentimento paterno
pela garota. Aproveite bem, pois quando ela crescer e ir embora, você
vai sentir falta. Não tive filhos, mas cuidei de um moleque por um
bom tempo, só que ele cresceu bastante e partiu numa jornada, nunca
pensei que fosse sentir tanta saudade dele.
Airi
indo embora? Por que eu estou pensando nisso, não me importo com uma
simples plebeia! Afinal eu sou Raji Rogue! … Airi …
Depois
de tomarem seu café da manhã na Casa dos sucos, Raji e Airi estavam
passeando pela cidade como costumavam fazer. Foi então que Raji viu
alguém que não queria ter visto, era um homem negro bem alto com
cabelos pretos longos e olhos vermelhos. Ele estava usando uma caça
social e um blazer preto com detalhas vermelhos, além da gravata e
luvas da mesma cor. Raji rezou para Arceus para que aquele sujeito o
não vise, mas suas preces não foram atendidas.
– Veja
se não é Raji! Tem muito tempo que eu não te vejo. – o homem
negro comprimento Raji.
– Olá
Gaius. – disse Raji tentando desviar o olhar.
– É
assim que vai tratar um membro da sua família. Esqueceu que ambos
somos Rogues.
– Sim,
mas ambos fizemos pactos de sangue com a família Rogue, então não
temos nenhuma relação sanguínea.
– Você
deveria pelo menos olhar para mim. Acha que eu gosto de olhar para
seu rosto também?
– Desculpe
por ser bonito demais para esses seus olhos aguentarem. – insultou
Raji.
– Você
não devia me tratar assim! Podemos ambos não fazermos partes de
verdade da família Rogue, mas Aurion com certeza preferi mim a você.
– contestou Gaius.
– Isso
porque você é um pau-mandado dele.
– Não
ouse falar assim! Você sabe muito bem que se tivesse mais respeito
por Aurion teria mais privilégios.
– Muito
obrigado, mas não. Estou bem como estou. Então adeus. – Raji
tentou caminhar para longe, mas foi segurado pelo seu pulso por
Gaius.
– Quem
é essa garotinha que está andando com você? – indagou Gaius.
– Isso
não é da sua conta!
– Talvez
não da minha conta e sim da Ordem dos Cavaleiros de Cyasill.
Ao
ouvir o nome daquela ordem, o coração de Raji congelou e suas mãos
começaram a tremer.
– Você
também faz parte da ordem então deveria saber que as necessidades
dela sempre vem primeiro. E de acordo com minhas informações uma
garota muito parecida com esta que lhe segui pode ser útil para os
experimentos. – alertou Gaius.
– Não
minha venha com essas besteiras! Esta garota não tem nada a ver com
a que você está procurando deve ser apenas coincidência. – disse
Raji desesperado tentando fugir daquela situação. – Você está
desperdiçando o meu tempo! Vou embora.
Raji
agarrou a mão de Airi, que assistiu a conversa toda sem entender
nada, e caminhou para longe de Gaius. Quando já não podia ver o
outro nobre começou a correr de volta para seu apartamento. Ao
chegar lá, pegou uma mala a abriu e começou a colocar roupas e
suprimentos dentro dela. Airi estava confusa e resolveu perguntar:
– Para
que a mala? Por que tanta presa?
– Você
queria viajar, não era? Agora vamos viajar e ir para Anistar! –
respondeu Raji.
– Serio?
Estou muito feliz! Obrigada, onii-chan!
– Antes
eu preciso fazer uma coisa. – Raji liberou seu Haunter da pokébola.
– Haunter fique aqui e proteja a Airi, eu preciso fazer uma coisa
antes de partir. Depois eu te explico a situação.
Haunter
concordou, Raji caminhou até Airi se agachou para ficar de cara a
cara com ela e disse:
– Eu
prometo que quando voltar, vamos viajar muito e que você vai adorar.
…
Lá
estava ele sentado em sua cadeira como de costume em seu “covil”
pelo menos era assim como a maioria o chamava. Foi então que Raji
entrou nesse escritório e se deparou com Scar.
– Você
é aquele conhecido como o Rei de Lumiose? Todos dizem que você sabe
tudo que ocorre na cidade. Eu preciso de informações. – pediu
Raji.
– Raji
Rogue veio pedir ajuda a um simples plebeu! Batam palmas! Então me
diga, como está indo com a Airi? – indagou Scar.
– O
que? Mas como você sabe sobre ela?
– Você
mesmo que disse, eu sei de tudo que ocorre na minha cidade.
– Não
me enrolhe mais e me diga, Gaius está mesmo atrás da Airi? O que a
Ordem quer? Como eu posso sair da cidade sem que ele perceba?
– Calma
ai! Toda informação precisa de um pagamento. – argumentou Scar.
– Dinheiro
não é problema, eu posso pagar. – ofereceu Raji.
– Eu
não quero dinheiro! Há coisas mais valiosas que isto, mas como eu
sou um cara legal te darei uma informação de graça. Se Gaius
realmente está atrás da Airi, você não acha que não deveria ter
deixado a menina sozinha?
– Você
não está dizendo que …
– Bem,
se você correr talvez consiga salvar a menina, mas se demorar vai
ser tarde demais. – comentou Scar.
Raji
não pensou duas vezes e saiu correndo como nunca para seu
apartamento. Tinha que chegar lá antes que Airi fosse levada.
Airi!
Não ouse me deixar!
Ao
chegar no seu apartamento tudo estava destruído, o sofá rasgado,
vidros quebrados, Haunter estava nocauteado ao lado da geladeira que
estava caída no chão. Raji chegou perto de seu Pokémon e o fez
engolir uma berry que estava guardada na geladeira caída.
– Haunter,
você está bem?
O
pokémon fantasma começou a despertar, mas ele fez uma expressão
triste para seu treinador como se tivesse pedindo desculpas.
Raji
fechou seu rosto, estava sentindo uma tristeza profunda.
– Você
está brincando não é? Airi está escondida em algum lugar da casa
para me dar um susto, não é? – indagou Raji, mas o Haunter apenas
permaneceu de cabeça baixa. – Por favor me responda.
Nada
pode ser ouvido.
– Se
não vai me ajudar eu procuro ela sozinho pela casa! – Raji deu um
passo para atrás e pisou na revista que estava lendo nessa manhã, a
mesma que tinha uma capa do Sundial de Alistar.
Ele
então se agachou e pegou a revista do chão e fitou ela, seus olhos
começaram a encher de lágrimas.
Por
que estou me sentindo assim? Nunca senti uma dor tão angustiante
quando esta antes. Ela era um apenas simples plebeia pobre e imunda
que … que … eu … eu não posso deixar ser tirada de mim assim!
– Vamos
atrás dela, Haunter!
…
Ele
estava mais uma vez encarando Scar a procura de novas informações.
– Sabia
que viria aqui de novo. – comentou Scar.
– Eu
te pago o que quiser, mas me diga para aonde Gaius levou a Airi! –
implorou Raji
– Sem
tempo para apresentações? Que chatice. Falando a verdade não quero
que você me pague nada, digamos apenas que você ficará me devendo
um favor, aceita a proposta?
– Já
disse que sim. Não me importo que seja um favor ou dois, apenas me
diga para onde Airi foi levada! – ordenou Raji.
– Você
realmente se apegou à garotinha. Bem, aqui está o endereço. –
Scar entregou uma folha de papel para Raji. – Foi um prazer fazer
negócios com você, sei que nos veremos em breve! Até mais!
…
Era
um prédio enorme, assim como a maioria de Lumiose, Raji estava em
sua frente. Sentia hesitação em entrar, mas não podia ficar com
esses pensamentos, ele tinha que salvar Airi. Respirou profundamente
e deu um passo para frente entrando pela porta automática que se
abrira sozinha.
Aquele
andar de baixo servia como lobby para os visitantes, ao entrar Raji
se deparou com Gaius que o fitava.
– Sabia
que viria atrás de mim. – disse Gaius.
– Então
você sabe muito bem o que eu quero. – informou Raji.
– A
garota, mas infelizmente eu não te dar ela.
– Eu
já disse que ela não tem nada a ver com a Ordem!
– Você
não poderia estar mais errado, Raji. Ela é compatível com os
experimentos e você sabe que isto é algo muito raro, não
poderíamos deixar esta chance escapar. Na verdade até atrasamos um
pouco os experimentos que planejávamos na garota, era para termos
trazido ela para cá a duas semanas, mas aparentemente quando dois de
meus homens tentavam levar ela, você os atrapalhou e levou a menina
com você. Devo dizer que fiquei surpreso, nunca imaginei que um
pedaço de bosta que nem você se importaria com outra pessoa, ainda
mais uma estranha e imunda plebeia.
– Me
devolva a Airi, seu desgraçado! – Raji correu em direção a Gaius
para socá-lo, mas antes que pudesse perceber foi acertado na barriga
por uma bola de fogo, algo que queimou sua pele e o fez cair no chão
de tanta dor.
– Hahahahah,
gostou disto? Este foi o Flame Burst do meu Lampent.
Desista! Não a nada que você possa fazer. Afinal você é apenas um
nobre no nome, todos da família, inclusive aqueles que fizeram um
pacto de sangue, sabem que você não passa de um plebeu imundo que
achou ter se tornado poderoso por receber este nome, mas você é
apenas uma escória da sociedade. Você não tem o direito de usar o
nome Rogue.
Airi…
Raji
como a boca cheia de sangue em meio a sua dor conseguiu se levantar e
gritou:
– Cale
essa sua boca de merda! Você não sabe nada sobre mim! Eu posso ser
a escória da sociedade, mas você não é diferente! Fica se
escondendo atrás deste nome que você nem possui apenas tomou
emprestado!
– E
por acaso, você não faz o mesmo! Você adora ficar dizendo o seu
nome para os outros e se vangloria por tudo que faz, usando como
desculpa o nome Rogue para fazer o que bem entende!
Não…
Não … Não …
– A
única diferença entre nos dois, é que eu mereço esse nome
diferente de você! – exclamou Gaius.
Ele
está certo. Eu apenas fiquei usando o nome Rogue como desculpa para
as atrocidades que eu fazia. Mas eu nunca tive orgulho de verdade por
esse nome, eu apenas o gostava de usar para me sentir superior aos
outros.
Raji
desistiu de argumentar e apenas ficou calado com um olhar de
perdedor.
– Vejo
que entendeu qual é o seu lugar. Não precisa ficar preocupado
comigo te importunando mais, sairei hoje da cidade e levarei a menina
comigo, tenho certeza que ela será uma ótima cobaia para os
experimentos. Tenho que ir logo, tem um helicóptero me esperando lá
no terraço. – Gaius caminhou até um elevador entrou e apertou o
botão para o andar mais alto, por fim a porta se fechou.
Eu
não posso fazer nada… Afinal por que eu estou me sentindo assim?
Tristeza? Não, eu não posso me sentir triste por uma simples
plebeia. Airi não significava nada para mim, era apenas um brinquedo
que foi usado para eu passar meu tempo. Não me importo com o que
acontecerá com ela. Ela nunca foi alguém importante para mim, ela
era apenas uma plebeia descartável. Não há nada que eu posso
fazer, não posso me opor a Ordem dos cavaleiros de Cyasill mas isto
não é problema. Afinal eu nunca fui uma boa pessoa, apenas me
escondi atrás do meu nome falso. É melhor eu voltar para casa e
desistir disto tudo… “Seja uma pessoa melhor”
Raji
levantou e correu em direção a escada. Ele começou a subir os
degraus em uma velocidade absurda.
Por
que eu estou subindo? Eu não tinha desistido, mas meu corpo se move
sozinho, não consigo para de subir as escadas. Eu não me importo
com Airi, então por que continuo subindo as escadas e indo atrás
dela? “Seja uma pessoa melhor” Pare de mentir para si mesmo, eu …
eu me importo que Airi e não posso desistir dela! “Seja uma pessoa
melhor” Katherine se responsabilize por isso! Você não está me
transformando em uma pessoa melhor e sim num idiota que não sabe o
seu lugar. Mas quer saber a verdade, eu não me importo em me tornar
um idiota que nem você, afinal foi essa sua idiotice que me salvou e
agora eu tenho que proteger algo!
Raji
já havia subido mais de vintes andares, normalmente sentiria fadiga
já no sétimo andar, mas seu ritmo não diminuía e em apenas alguns
segundos alcançaria o terraço. Lá estava ela, a porta que levaria
para o terraço, Raji correu até ela e a abriu revelando o enorme
terraço. Onde estava Gaius segurando Airi e se preparando para
levá-la para o helicóptero. Airi viu Raji e exclamou de felicidade:
– Onii-chan!
– Airi,
eu vim te salvar! – gritou Raji do fundo do coração.
Gaius
viu Raji e sentiu raiva.
– Era
para você ter desistido e ido embora! Achei que você já tinha
entendido sua posição!
– Desculpe-me,
mas eu me tornei em um idiota que não sabe o seu lugar. E este
idiota aqui, vai te dar uma surra e tirar a Airi de você! –
ameaçou Raji.
– Você
não está entendendo nada. Se você for contra Ordem, ela não vai
parar até te encontrar e acabar com você. – alertou Gaius.
– Então
deixe a Ordem tentar! Para falar a verdade nunca me importei com este
negócio de Cavaleiro de Cyasill mesmo.
– Você
não merece usar o nome da família Rogue, seu maldito de merda!
Lampent use Flame Burst!
O
pokémon lâmpada soltou uma rajada de fogo para cima de Raji.
– Se
lembre que você não é o único a ter um pokémon, Haunter use
Shadow Punch! – Raji arremessou sua pokébola.
Haunter
socou a rajada de foco e conseguiu desfazer o ataque.
– Você
acha que só por ter um pokémon vai conseguir me derrotar? Não me
faça rir! Lampent use Shadow Ball!
Lampent
lançou uma bola negra de energia em cima de Haunter, que tentou
desviar, mas não foi rápido suficiente. Recebendo o golpe em cheio
e voando para longe.
– Haunter!
– Você
e seu Pokémon são dois pedaços de bostas que não entendem nada!
– Você
que não entende nada, nos dois temos o mesmo objetivo e ele é a
nossa amiga Airi!
– Cale-se!
Lampent use Shadow Ball em cima deste imundo! –
ordenou Gaius apontando para Raji.
Lampent
lançou sua bola negra em cima de Raji, mas Haunter se jogou na
frente para receber o ataque.
– Vejo
que seu pokémon pelo menos é leal ao seu mestre! Mais isto não
adianta, Lampent use Shadow Ball.
– Haunter
use Shadow Punch!
Os
dois ataques se colidiram, a vantagem estava claramente com o Lampent
que estava preste a derrotar o Haunter, mas então o Haunter começou
a brilhar e seu corpo começou a se transformando virando um Gengar,
assim conseguindo mais força e empurrando a Shadow Ball
de volta para o Lampent.
– Haunter,
você evoluiu! – Raji estava admirando seu pokémon que tanto
amava.
Gengar
olhou para se treinador e assentiu com a cabeça.
– O
que? Mas isto é impossível! Um Haunter deveria poder evoluir apenas
quando trocasse de treinador! – exclamou Gaius.
– Impossível
ou não, está é a realidade! Gengar, vamos acabar com ele!
– Lampent
destrua ele com Shadow Ball!
Lampent
lanço sua bola negra de energia mais uma vez, Gengar rapidamente
contra atacou lançando um raio feito de circunferências negras e
roxas, era o Dark Pulse. O raio acertou a bola negra e
junto com ela voltou para cima de Lampent o nocauteando.
– Não
acredito. Eu perdi para este ser imundo! – trovejou Gaius furioso.
Ele correu em direção a Raji para acertar um soco, Raji conseguiu
desviar contra atacando com um chute na parte íntimas de Gaius que
não aguentou e caiu.
– Fique
ai e não levante! – ordenou Raji.
– Você
está se achando apenas porque me derrotou, mas não se esqueça que
você desafiou Cyasill! Com certeza, quando descobrirem perderá seu
nome nobre e será caçado para sempre! A menina nunca estará segura
junta de você! – ameaçou Gaius.
Raji
sabia que as palavras de Gaius eram verdades, mas ele não queria
acreditar. Foi então que passos puderam ser ouvidos e mais alguém
chegou ao terraço, era um homem de altura media que possuía cabelos
vermelhos e olhos verdes.
– Gaius,
se eu fosse você não ficaria tanto confiante. – disse o nome.
– Príncipe
Adol! Está vendo o que este desgraçado do Raji fez, ele está
desafiando a Ordem, temos que punir ele! – berrou Gaius.
Adol
chegou próximo a Gaius e o chutou no rosto, o fazendo cuspir sangue.
– Você
não tem o direito de fazer o que quiser! Nem sabemos se a menina que
ele está protegendo tem a capacidade ser uma cobaia. O único que
está agindo errado aqui é você. – disse Adol.
– Mas
príncipe Adol, ele está desafiando a Ordem, não podemos deixar
isto assim … – Gaius foi interrompido por outro chute de Adol.
– Ele
não está desafiando ninguém apenas protegendo aqueles que ele ama.
Então pare de usar a Ordem como desculpar e se ponha no seu lugar! –
ordenou Adol. – Se continuar desta forma quem perderá o título de
nobreza será você!
Faltou
coragem em Gaius para continuar a falar por isto ele se calou. Adol
caminhou até Raji e se reverenciou em sua frente.
– Raji,
minhas desculpas pelo que este imbecil fez!
– Não
precisa disto, eu só tenho que agradecer por ter me defendido.
– Fiz
apenas o que devia fazer, agora vá falar com quem você estava
procurando.
Raji
olhou para Airi e correu até ela a abraçando, este tinha sido o
abraço mais sincero que Raji tinha dado na vida dele.
– Airi,
me desculpe por ter te deixado sozinha e ter sido uma pessoa má com
você as vezes.
– Você,
não é uma pessoa má onii-chan! Você é uma ótima pessoa que
sempre cuida da Airi, não importa quantas vezes ela faça bagunça.
– disse a menina.
– Obrigado
Airi, nunca mais vou te deixar sozinha.
– Onii-chan,
eu te amo!
Lagrimas
escorreram pelos olhos de Raji, ele não sabia se merecia ouvir
aquelas palavras, mas ele estava muito feliz em ouvi-las.
– Airi,
eu também te amo! Eu te prometo que cuidarei de você e te criarei
para se tornar uma mulher muito bonita, forte e gentil que nem aquela
garota que mudou minha vida com as suas palavras. – Raji chorava
enquanto falava em meio ao seu abraço com Airi.
Talvez
eu nunca merecesse sentir isto, mas agora finalmente eu tinha alguém
para proteger e tudo graças a você …
…Obrigado
Katherine