• Posted by : Zark 10 de jul. de 2016


    Quando eu era pequeno vivia com meus pais em uma pequena casa, minha família não era rica nem pobre também, vivíamos tranquilamente com nossas condições. Eu ia para escola de manhã cedo e voltava de tarde, meu pai e minha mãe trabalhavam o dia todo e voltavam apenas a noite. Eu passava a maior parte do meu tempo sozinho, pois não tinha nenhum amigo e como meus pais só voltavam de noite não havia muito o que fazer. A escola era a pior parte do meu dia, como eu era baixinho, gorducho e fraco sofria bullying dos meus colegas, minha mãe sempre preparava um lanche para eu levar para escola, mas meus colegas roubavam o lanche de mim e acabava que eu não comia nada, eles me batiam e insultavam, mas eu era fraco demais e não podia revidar e quando eu tentava eles eram desiguais e chamavam uns outros dez para bater em mim. Falei para meus pais o que ocorria na escola, mas quando eles foram falar com a diretoria, nada puderam fazer, pois as outras crianças viam de famílias mais ricas e poderosas, por isso a escola não fez nada. Depois disso o meu sofrimento só piorou, ao descobrirem que contei tudo aos meus pais, virei o maior alvo daquelas crianças imundas que eu chamava de colegas. Felizmente um certo dia, encontrei um Gastly que parecia perdido, levei ele para casa e nos tornamos amigos. Quando as outras crianças faziam bullying comigo, Gastly tentava me defender, mas algumas daquelas crianças possuíam pokémons ainda mais fortes e machucavam meu amigo junto também. Ainda pequeno eu aprendi que o mundo não é justo e apenas aqueles que possuem dinheiro e poder podem fazer o que bem entendem.
    Quando tudo parecia perdido, já estava aceitando a minha mísera vida de plebeu, uma oportunidade bateu à porta de minha casa, um homem que usavam um brasão vermelho surgiu, ele de alguma forma tinha se tornado amigo de meus pais e com isso eles conseguiram fazer um Pacto de Sangue, isto é quando uma família plebeu se submete a uma família nobre em troca do mesmo título de nobreza. Foi ai que eu parei de ser chamado de Raji Shenazard e passei a me chamar de Raji Rogue. Com este nome, eu poderia fazer o que eu quisesse e com ele pude ordenar que a escola fosse fechada, com o poder que ganhei passei a ter muitos seguidores e com eles ataquei aquelas crianças imundas que me insultaram, fiz elas sentirem o que eu senti. Fazendo isso eu me senti bem e a partir desse momento comecei a fazer de tudo que poderia com o meu poder, mas com o tempo fui ficando cada vez mais entediado, então resolvi que brincar com aqueles inferiores a mim seria divertido, fiz atrocidades e machuquei muitas pessoas, estava me tornando um monstro psicopata, mas … Algo mudou.



    Rota 14, 7 de outubro de 2016.

    Mas para eu te perdoar tem uma condição. – comentou Katy.
    Raji continuava atento as palavras da menina furisode.
    Katy se soltou de Evelyne por um tempo e chegou perto de Raji, usando o pouco da força que ainda tinha.
    Seja uma pessoa melhor. – Ela sorriu, mas para surpresa de todos socou Raji com todas as forças. – Isso foi por todos que você fez mal.

    Como é que eu, Raji Rogue, pude deixar chegar nesse ponto onde eu tenho que me submeter a uma simples plebeia … Mas mesmo depois de tudo ela me perdoou, como alguém poderia fazer isso depois de tudo que eu fiz … Uma condição? Como essa mísera plebeu ousa colocar uma condição … Mas mesmo assim ela me perdoará … Uma pessoa melhor? Que condição mais idiota é essa? Eu faço o que eu quero, quando eu quero … Mas mesmo assim, por quê eu continuou pesando nas palavras dela. O soco que ela me deu doeu bastante, mas por quê essas palavras parecem ser mais dolorosas e pesadas. Perdoar … Ser alguém melhor … O que eu estou pensando? Por que isto continua pesando em minha cabeça!

    Cidade de Lumiose, 12 de outubro de 2016.

    Depois do ocorrido na Rota 14, pedi para que meus homens fossem embora, não havia mais o porquê deles estarem ao meu lado enquanto eu apenas passava meus dias entediantes em Lumiose num apartamento que eu possuía. Por algum motivo depois daquele infeliz incidente, não sentia mais vontade nem prazer em brincar e machucar os mais fracos. Estava em Lumiose desde que parti da Rota 14 e passava meus dias sem fazer nada, apenas pensando em como entendiante minha vida havia se tornado.

    Já era noite e Raji estava retornando do supermercado e indo para seu apartamento. Seus olhos eram vazios, nada mais importava para ele, continuava vivendo sua vida como se fosse qualquer um. Enquanto atravessa aquelas pacatas ruas, ele viu uma garotinha sendo atacada por dois grandes homens num beco escuro.
    Você vai nos seguir e fazer como ordenarmos! Entendeu sua piveta fedida! – gritou um dos homens para a menina.
    Mas eu não quero ir com vocês! – reclamou a menina.
    Se você não vier conosco vamos ter que te força e se chegar a esse ponto vai doer muito! – exclamou o outro homem irritado.
    Raji assistia a situação por algum motivo ele se sentia desconfortável com aquilo.
    Eu não vou! – gritou a menina.
    Os homens a pegaram pelos braços e pernas, a menina reagia chutando e socando os dois, mas eles revidavam batendo nela.

    Por quê? Por que eu me sinto tão enjoado, por que estou tão desconfortável assistindo isto? Quem sensação horrível é essa? “Seja uma pessoa melhor” Por que essas palavras não me deixam em paz!

    Raji correu em direção da menina e dos dois homens gritando como se estivesse sentindo dor.
    Por que eu estou fazendo isso? – indagou Raji ao chutar o saco de um dos homens que segurava a garota.
    Com a dor o homem não aguentou e caiu no chão, o outro tentou revidar, mas Raji desviou.
    Por que eu estou ajudando uma plebeia? – Raji socou o queixo do outro homem, assim o derrubando.
    Com os dois caídos no chão, Raji segurou a mão da menina e saiu correndo com ela até um local mais seguro. Ao parar de correr Raji soltou a mão da menina e se assustou com o que tinha acabado de fazer.

    O que foi isso? Não entendo, por que eu fiz isso?

    Ao olhar com mais cuidado Raji percebeu que a menina tinha longos cabelos castanhos claros e olhos verdes, ela vestia apenas uma pano sujo e cinza como se fosse um vestido. Ela fitava Raji com um tom de agradecimento e admiração.
    Vai ficar me olhando o dia todo, pode ir embora. – comentou Raji.
    Ela continuava encarando Raji fixamente.
    Seus pais nunca te ensinou que é feio ficar encarando os outros. – ironizou Raji.
    Eu… eu… não tenho pais. Nasci e desde que eu me lembre vivo sozinha nas partes escuras de Lumiose. – respondeu a menina com um tom triste.
    Não queria te chatear, mas eu preciso ir embora. – disse Raji desviando o assunto e caminhando para longe.
    Raji estava indo para seu apartamento, mas a menina o seguia fixando seu olhar em Raji, algo que irritou ele.
    Por que está me seguindo? Pode ir embora. – indagou Raji.
    Eu ainda não me agradeci por você ter me salvado. – respondeu a menina.
    Você não precisa fazer isso, para falar a verdade, eu nem sei o porquê eu te salvei. Então, adeus!
    Não, eu tenho que te agradecer!
    Se vai ficar insistindo, fale logo.
    Está certo … Obrigada, onii-chan! (Uma forma carinhosa de chamar o irmão mais velho no japão, mas há casos que alguém pode chamar outra pessoa assim sem ter laços sanguíneos)
    Raji parecia ter recebido uma flechada no joelho.
    Onii-chan? Quem … te deu a per…per…permissão para falar isso comigo? – gaguejou Raji.
    Mas você me salvou, então é meu onii-chan. – retrucou a menina.
    Cale-se, plebeia. Eu não sou onii-chan de ninguém, então para me chamar desse jeito e não me siga mais. – ordenou Raji enquanto gaguejava.
    A menina nada respondeu apenas continuou encarando Raji. Ele desistiu de tentar conversar com ela e voltou a seu curso para casa, mas a menina continuava o seguindo. Ao chegar em seu apartamento a menina ainda o seguia e quando Raji entraria em sua casa, ele se virou para ela e disse:
    Não sei o motivo de você ter me seguido até aqui, mas agora chega. Eu vou entrar e você vai embora para sua casa ou seja lá onde você mora.
    Raji entrou em sua casa e fechou a porta deixando a pobre menina do lado de fora. Dentro dela Raji resolveu preparar seu jantar, mas percebeu que a menina continuava lá fora e havia começado a chover. Raji tentou não ligar, mas algo apertava seu peito.

    Por que estou sentindo isso? Que dor horrível é esta? Eu não aguento mais isto.

    Raji saiu de sua casa e disse para a menina entrar que ao receber o convite brilhou os olhos e entrou. Ao entrar no apartamento de Raji a pequena garota se encantou, apesar de não ser um lugar enorme era o lugar mais aconchegante que ela já tinha visto, sofá, cama, televisão, nada disto ela tinha tido na vida dela. Ela correu até a cama e começou a pular em cima dela.
    Que divertido! Muito obrigada por me deixar entrar, onii-chan!
    Saia dai agora! Você está toda molhada, vai acabar sujando a cama! – reclamou Raji.
    A menina fez com ordenado, saiu de cima e indagou a Raji:
    Qual seu nome, onii-chan?
    É falta de educação perguntar o nome das outras pessoas sem se apresentar primeiro. – contou Raji.
    Eu não tenho nome, mas tenho oito anos– revelou a menina.
    Assim fica difícil, vou te chamar de Sujinha. O que acha?
    A menina fez uma cara emburrada para Raji.
    Que tal Fedida? Chatinha? – Raji olhava para os lados e viu uma revista sobre palmeiras, não fazia ideia o que uma revista de palmeiras fazia ali, mas uma delas tinha um nome e Raji o pronunciou. – Airi?
    Os olhos da menina brilharam.
    Esse, eu gostei!
    Então a partir de hoje, você se chamará Airi.
    Onii-chan, você ainda não me disse o seu nome.
    Eu sou o mais nobre dos nobres eu me chamo Raji Rogue! – exclamou ele orgulhoso.
    Seu nome é estranho. Vou te chamar de onii-chan mesmo.
    Quanto insolência! Você não faz ideia com quem você está falando, não é mesmo?
    Eu estou falando com o meu salvador e onii-chan.
    Você não tem jeito. – Raji sentia um odor ruim vindo da menina. – Nossa você está fedendo demais!
    Airi pareceu envergonhado com o comentário e parecia querer chorar.
    É que não tem como eu tomar banho nas ruas de Lumiose.
    Mas aqui você pode tomar banho, então direto para a banheira! – ordenou Raji.
    Certo! – Airi se dirigiu para o banheiro onde Raji apontava.
    Airi entrou no banheiro e tirou o pano que vestia, mas algo a incomodava.
    Onii-chan! Você pode me ajudar? Eu não sei tomar banho sozinha! – pediu Airi.
    Como assim? Meninas de oito anos já deviriam saber tomar banho sozinhas. – reclamou Raji do lado de fora do banheiro.
    Por favor! – insistiu Airi.
    Está bom, eu estou indo.

    Por que eu estou fazendo isso? Por que estou seguindo os pedidos de uma garotinha plebeia?

    Raji deu banho em Airi e depois deu uma camiseta sua para ela vestir.
    Isso, com certeza não está certo. – comentou Raji ao ver como a sua camisa ficava grande demais em Airi. – Já sei.
    Raji pegou sua pokébola e liberou seu único pokémon, um Haunter. Ao ver o pokémon fantasma Airi ficou alegre e com os olhos brilhando.
    Haunter cuide dessa menina, enquanto eu vou sair para comprar umas roupas para elas.


    Raji voltou para seu apartamento depois de comprar as roupas da Airi.
    Haunter, Airi, eu cheguei. – anunciou ele.
    Ao ver os dois, eles estavam brincando de pega-pega. Ao ver aquilo Raji se assustou, mas por algum motivo sentia um calor acolhedor em seu coração. Ele entregou as roupas para Airi que vestiu, ela vestiu uma camisa de manga longa bege listrada verticalmente, um short curto da mesma coloração, um casaco vermelho claro com detalhes em dourado e uma fita verde que amarava seu pescoço como uma gravata.
    Agora está bonitinha e cheirosa. – sorriu Raji.

    O que eu acabei de dizer? Essas palavras realmente saíram de minha boca?

    Ao ouvir aquele comentário Airi ficou muito feliz e deu um beijo na bochecha de Raji.
    Obrigada, onii-chan.
    Por motivos que ele não entendia, ele sentia algo bom com aquilo.
    Agora, vamos comer que eu estou morrendo de fome. – gaguejou Raji tentando mudar de assunto.
    Ao chegar do lado da geladeira e dos armários da cozinha, toda comida tinha sido aberta e comida por alguém.
    O que aconteceu aqui?
    É que eu estava com fome e comi tudo com o Haunter-oniichan. – explicou Airi.
    Raji já esperava isto de Airi, mas não do Haunter, ele fitou seu Pokémon como se estivesse perguntando “Você também?”. O pokémon nada responder apenas ficou calado como se tivesse consentindo com a pergunta.
    Não adianta agora, as lojas já devem estar fechadas. Eu vou dormir. – Raji caminhou e deitou em sua cama.
    Airi seguiu Raji e deitou ao seu lado.
    O que você está fazendo? – indagou Raji.
    Você disse que já vai dormir, então já deve ser a hora de dormir. – respondeu Airi.
    Não era isso que eu estava perguntando. Eu quero saber qual o motivo de você estar deitada na minha cama! – reclamou Raji.
    A cama não é o lugar certo para se dormir? – questionou Airi.
    Sim, mas essa é a minha cama! Se quer dormir, vai dormir lá no sofá!
    Mas eu não quero dormir no sofá.
    Se é por que acha que ele não é confortável, não precisa se preocupar, pois ele é tão confortável que nem esta cama. Então vai dormir lá!
    Mas eu queria dormir ao lado do onii-chan. – desabafou Airi.
    Eu não me importo, a cama é pequena demais para nos dois. – Raji empurrou Airi para fora da cama, que foi para o sofá de cara emburrada.
    Raji e Haunter adormeceram facilmente, mas Airi não conseguia. Ela se levantou do sofá caminhou até a cama de Raji e deitou do lado dele, assim ela conseguiu dormir tranquilamente e confortavelmente como nunca dormira antes.

    Cidade de Lumiose, 13 de outubro de 2016.

    Raji abriu os olhos e viu Airi ao seu lado dormindo na mesma cama que ele e o abraçando. De início ele tomou um susto e gritou. O grito foi tão alto que acordou Airi.
    Bom dia, onii-chan!
    Bom dia uma ova! Por que você está deitada na minha cama e ainda por cima me abraçando? – perguntou Raji.
    Eu não estava conseguido dormir, então resolvi vir para seu lado. E o onii-chan é tão fofinho que eu queria abraçar.
    Fofinho? Eu, Raji Rogue, não sou fofinho!
    Para mim você é! Onii-chan. – Sorriu Airi.
    Depois de se arrumarem, Raji resolveu levar Airi para tomar café da manhã. Eles foram para um lugar conhecido como Casa dos Sucos, lá vendiam diversos sucos feitos com berries, além disso ofereciam opção de café da manhã, mas sua especialidade como o nome diz é sucos. Ao entrarem os dois foram antedidos por um homem alto chamado Hideki, ele os levou até a mesa e anotou os pedidos dos dois. Depois de um curto tempo de espera, o pedido dos dois chegou. Airi resolveu provar um dos sucos da loja.
    Que delicia! É muito gostoso! – admirou Airi.
    Muito obrigada, minha jovenzinha! – disse Hideki ao ir atender outras pessoas.
    Raji e Airi continuaram tomando seu café da manhã, Airi dizia muitas coisas e pareciam entusiasmada, aquele lugar era como se fosse um mundo novo para ela, um lugar fora dos becos sem luzes de Lumiose. Ela estava se divertindo e por algum motivo Raji sorria ao ver ela feliz.
    Onii-chan, por que você sorri tão pouco? – indagou Airi. – Seu sorriso é tão bonito.

    Eu estava sorrindo e nem percebi? O que está acontecendo comigo?

    Eu sorriu sempre quando eu quero, não está vendo, afinal eu sou Raji Rogue! – Raji forçou um sorriso de falso orgulho.
    Não esse sorriso falso que você faz o tempo todo e sim quele que faz de vez em quando. Este que é o sorriso bonito. – disse Airi.
    Sorriso falso? Meu sorriso nunca é falso! Ele que é assim mesmo, afinal eu sou Raji … – Raji continuaria a falar, mas foi interrompido por Airi.
    Se você realmente acha que esse seu sorriso falso é o verdadeiro, eu tenho que te mostrar o de verdade para você entender. – Airi sorriu para Raji. – Está vendo esse é um sorriso verdadeiro que demonstrando quando estamos felizes.

    Sorriso? Felicidade? Era isso que eu estava sentindo?

    Airi, você está feliz comigo? – indagou Raji.
    Muito feliz! O onii-chan é o melhor.
    Obrigado, Airi. – Raji sorriu, mas dessa vez de verdade.

    Passei a cuidar da Airi, como ela não sabia ler, resolvi ensinar ela. Eu e Haunter ensinávamos diversas coisas para ela, os dias se passavam e cada vez mais eu gostava de estar com a Airi. Todo dia levava ela para conhecer novos lugares em Lumiose e apresentava ela a diversas coisas que ela não sabia ou conhecia. Airi era muito comilona e seus olhos sempre brilhavam quando eu dava para ela algo de novo para ela comer. Por algum motivo eu não estava ficando mais entendiado e aquele vazio estava se cobrindo em meu coração. Eu ainda não entendia o porquê de eu cuidar de uma plebeia que nem a Airi, mas eu estava me divertindo. “Seja uma pessoa melhor” essas palavras ainda pesavam na minha mente, será que era por elas de eu estar mudando tanto e estar cuidando da Airi. Muitas perguntas passavam em minha cabeça e nenhuma delas com respontas, eu nem me reconhecia mais, afinal o que estava acontecendo comigo? De qualquer forma, mesmo sem essas respostas, eu estava gostando de viver com a Airi e então sem que eu percebesse, duas semanas se passaram.

    Cidade de Lumiose, 27 de outubro de 2016.

    Como de costume Raji e Airi estavam tomando café da manhã na Casa dos Sucos. Raji já havia terminado de comer e estava esperando Airi enquanto lia uma revista. Airi terminou de comer sua última bolacha e beber o resto do suco, logo depois ela viu na capa da revista, que Raji estava lendo, uma construção de cristais rosas com anéis dourados.
    Que lindo! – Airi admirou a construção.
    Raji percebeu que ela falava da capa e começou a falar:
    Esse aqui é o Sundial da cidade de Anistar, também conhecido como relógio de sol.
    Relógio de sol? Incrível, então quer dizer que ele marca as horas? – indagou Airi.
    Apesar dele servir para isso também, mas muitos acreditam que essa não seja sua função principal ainda não descoberta. Essa é uma construção muito misteriosa, alguns dizem que ela veio do espaço, mas não há como saber. – respondeu Raji.
    Espaço? Eu quero ir para o espaço, onii-chan! Me leva, me leva!
    Quem você pensa que é para me dar ordens, afinal eu sou Raji… – Raji foi interrompido por Airi.
    Rogue, eu sei, eu sei. Você sempre fala isso onii-chan, mas eu quero muito ir pro espaço.
    Mesmo se eu quisesse seria complicado, então eu não vou poder te levar pro espaço.
    Airi fez uma cara triste e deprimida.
    Não fique assim Airi! Já sei, porque não visitamos a cidade de Anistar algum dia, lá tem um observatório bem grande onde você vai poder ver o espaço e as estrelas. – Raji tentou consolá-la.
    A feição de Airi ficou mais feliz.
    Então vamos para uma viajem! – falou ela.
    O homem alto chamado Hideki que sempre os atendia ouvia a conversa e disse:
    Gosto de ver isso! Vocês são bem próximos!
    Próximos, não me junte com uma plebeia. – reclamou Raji.
    Mas parece que você não é fiel aos seus sentimentos. – disse Hideki.
    Quem você pensa que é para falar assim comigo! Plebe! – exclamou Raji.
    Certo, certo. – disse Hideki tentando acalmar Raji. – Eu pude perceber que vocês sempre vem aqui juntos, fiquei curioso e queria saber qual era o relacionamento de vocês.

    Relacionamento? Não me diga que eles está achando que eu sou um pedófilo ou algo do tipo!

    Eu sou o pai dela hahaha. – disse Raji desesperado assim como sua risada.
    Pai? Quantos anos vocês têm?
    Eu tenho 20 anos! – gritou Raji como se estivesse sendo interrogado.
    Eu tenho 8. – respondeu Airi.
    Então você tinha apenas 12 anos quando teve ela.

    Fu…

    Eu estava apenas brincando não somos pai e filha! – explicou Raji quase perdendo o juízo.
    Bem, não precisa ficar preocupado. Não me importo qual a sua relação com ela contando que ela esteja feliz. Apenas não posso permitir casos ilegais.
    Nos não temos esse tipo de relação!
    Hideki riu da reação de Raji.
    Apesar de não serem pai e filha, posso ver que tem um sentimento paterno pela garota. Aproveite bem, pois quando ela crescer e ir embora, você vai sentir falta. Não tive filhos, mas cuidei de um moleque por um bom tempo, só que ele cresceu bastante e partiu numa jornada, nunca pensei que fosse sentir tanta saudade dele.

    Airi indo embora? Por que eu estou pensando nisso, não me importo com uma simples plebeia! Afinal eu sou Raji Rogue! … Airi …

    Depois de tomarem seu café da manhã na Casa dos sucos, Raji e Airi estavam passeando pela cidade como costumavam fazer. Foi então que Raji viu alguém que não queria ter visto, era um homem negro bem alto com cabelos pretos longos e olhos vermelhos. Ele estava usando uma caça social e um blazer preto com detalhas vermelhos, além da gravata e luvas da mesma cor. Raji rezou para Arceus para que aquele sujeito o não vise, mas suas preces não foram atendidas.
    Veja se não é Raji! Tem muito tempo que eu não te vejo. – o homem negro comprimento Raji.
    Olá Gaius. – disse Raji tentando desviar o olhar.
    É assim que vai tratar um membro da sua família. Esqueceu que ambos somos Rogues.
    Sim, mas ambos fizemos pactos de sangue com a família Rogue, então não temos nenhuma relação sanguínea.
    Você deveria pelo menos olhar para mim. Acha que eu gosto de olhar para seu rosto também?
    Desculpe por ser bonito demais para esses seus olhos aguentarem. – insultou Raji.
    Você não devia me tratar assim! Podemos ambos não fazermos partes de verdade da família Rogue, mas Aurion com certeza preferi mim a você. – contestou Gaius.
    Isso porque você é um pau-mandado dele.
    Não ouse falar assim! Você sabe muito bem que se tivesse mais respeito por Aurion teria mais privilégios.
    Muito obrigado, mas não. Estou bem como estou. Então adeus. – Raji tentou caminhar para longe, mas foi segurado pelo seu pulso por Gaius.
    Quem é essa garotinha que está andando com você? – indagou Gaius.
    Isso não é da sua conta!
    Talvez não da minha conta e sim da Ordem dos Cavaleiros de Cyasill.
    Ao ouvir o nome daquela ordem, o coração de Raji congelou e suas mãos começaram a tremer.
    Você também faz parte da ordem então deveria saber que as necessidades dela sempre vem primeiro. E de acordo com minhas informações uma garota muito parecida com esta que lhe segui pode ser útil para os experimentos. – alertou Gaius.
    Não minha venha com essas besteiras! Esta garota não tem nada a ver com a que você está procurando deve ser apenas coincidência. – disse Raji desesperado tentando fugir daquela situação. – Você está desperdiçando o meu tempo! Vou embora.
    Raji agarrou a mão de Airi, que assistiu a conversa toda sem entender nada, e caminhou para longe de Gaius. Quando já não podia ver o outro nobre começou a correr de volta para seu apartamento. Ao chegar lá, pegou uma mala a abriu e começou a colocar roupas e suprimentos dentro dela. Airi estava confusa e resolveu perguntar:
    Para que a mala? Por que tanta presa?
    Você queria viajar, não era? Agora vamos viajar e ir para Anistar! – respondeu Raji.
    Serio? Estou muito feliz! Obrigada, onii-chan!
    Antes eu preciso fazer uma coisa. – Raji liberou seu Haunter da pokébola. – Haunter fique aqui e proteja a Airi, eu preciso fazer uma coisa antes de partir. Depois eu te explico a situação.
    Haunter concordou, Raji caminhou até Airi se agachou para ficar de cara a cara com ela e disse:
    Eu prometo que quando voltar, vamos viajar muito e que você vai adorar.


    Lá estava ele sentado em sua cadeira como de costume em seu “covil” pelo menos era assim como a maioria o chamava. Foi então que Raji entrou nesse escritório e se deparou com Scar.
    Você é aquele conhecido como o Rei de Lumiose? Todos dizem que você sabe tudo que ocorre na cidade. Eu preciso de informações. – pediu Raji.
    Raji Rogue veio pedir ajuda a um simples plebeu! Batam palmas! Então me diga, como está indo com a Airi? – indagou Scar.
    O que? Mas como você sabe sobre ela?
    Você mesmo que disse, eu sei de tudo que ocorre na minha cidade.
    Não me enrolhe mais e me diga, Gaius está mesmo atrás da Airi? O que a Ordem quer? Como eu posso sair da cidade sem que ele perceba?
    Calma ai! Toda informação precisa de um pagamento. – argumentou Scar.
    Dinheiro não é problema, eu posso pagar. – ofereceu Raji.
    Eu não quero dinheiro! Há coisas mais valiosas que isto, mas como eu sou um cara legal te darei uma informação de graça. Se Gaius realmente está atrás da Airi, você não acha que não deveria ter deixado a menina sozinha?
    Você não está dizendo que …
    Bem, se você correr talvez consiga salvar a menina, mas se demorar vai ser tarde demais. – comentou Scar.
    Raji não pensou duas vezes e saiu correndo como nunca para seu apartamento. Tinha que chegar lá antes que Airi fosse levada.

    Airi! Não ouse me deixar!

    Ao chegar no seu apartamento tudo estava destruído, o sofá rasgado, vidros quebrados, Haunter estava nocauteado ao lado da geladeira que estava caída no chão. Raji chegou perto de seu Pokémon e o fez engolir uma berry que estava guardada na geladeira caída.
    Haunter, você está bem?
    O pokémon fantasma começou a despertar, mas ele fez uma expressão triste para seu treinador como se tivesse pedindo desculpas.
    Raji fechou seu rosto, estava sentindo uma tristeza profunda.
    Você está brincando não é? Airi está escondida em algum lugar da casa para me dar um susto, não é? – indagou Raji, mas o Haunter apenas permaneceu de cabeça baixa. – Por favor me responda.
    Nada pode ser ouvido.
    Se não vai me ajudar eu procuro ela sozinho pela casa! – Raji deu um passo para atrás e pisou na revista que estava lendo nessa manhã, a mesma que tinha uma capa do Sundial de Alistar.
    Ele então se agachou e pegou a revista do chão e fitou ela, seus olhos começaram a encher de lágrimas.

    Por que estou me sentindo assim? Nunca senti uma dor tão angustiante quando esta antes. Ela era um apenas simples plebeia pobre e imunda que … que … eu … eu não posso deixar ser tirada de mim assim!

    Vamos atrás dela, Haunter!


    Ele estava mais uma vez encarando Scar a procura de novas informações.
    Sabia que viria aqui de novo. – comentou Scar.
    Eu te pago o que quiser, mas me diga para aonde Gaius levou a Airi! – implorou Raji
    Sem tempo para apresentações? Que chatice. Falando a verdade não quero que você me pague nada, digamos apenas que você ficará me devendo um favor, aceita a proposta?
    Já disse que sim. Não me importo que seja um favor ou dois, apenas me diga para onde Airi foi levada! – ordenou Raji.
    Você realmente se apegou à garotinha. Bem, aqui está o endereço. – Scar entregou uma folha de papel para Raji. – Foi um prazer fazer negócios com você, sei que nos veremos em breve! Até mais!


    Era um prédio enorme, assim como a maioria de Lumiose, Raji estava em sua frente. Sentia hesitação em entrar, mas não podia ficar com esses pensamentos, ele tinha que salvar Airi. Respirou profundamente e deu um passo para frente entrando pela porta automática que se abrira sozinha.
    Aquele andar de baixo servia como lobby para os visitantes, ao entrar Raji se deparou com Gaius que o fitava.
    Sabia que viria atrás de mim. – disse Gaius.
    Então você sabe muito bem o que eu quero. – informou Raji.
    A garota, mas infelizmente eu não te dar ela.
    Eu já disse que ela não tem nada a ver com a Ordem!
    Você não poderia estar mais errado, Raji. Ela é compatível com os experimentos e você sabe que isto é algo muito raro, não poderíamos deixar esta chance escapar. Na verdade até atrasamos um pouco os experimentos que planejávamos na garota, era para termos trazido ela para cá a duas semanas, mas aparentemente quando dois de meus homens tentavam levar ela, você os atrapalhou e levou a menina com você. Devo dizer que fiquei surpreso, nunca imaginei que um pedaço de bosta que nem você se importaria com outra pessoa, ainda mais uma estranha e imunda plebeia.
    Me devolva a Airi, seu desgraçado! – Raji correu em direção a Gaius para socá-lo, mas antes que pudesse perceber foi acertado na barriga por uma bola de fogo, algo que queimou sua pele e o fez cair no chão de tanta dor.
    Hahahahah, gostou disto? Este foi o Flame Burst do meu Lampent. Desista! Não a nada que você possa fazer. Afinal você é apenas um nobre no nome, todos da família, inclusive aqueles que fizeram um pacto de sangue, sabem que você não passa de um plebeu imundo que achou ter se tornado poderoso por receber este nome, mas você é apenas uma escória da sociedade. Você não tem o direito de usar o nome Rogue.

    Airi…

    Raji como a boca cheia de sangue em meio a sua dor conseguiu se levantar e gritou:
    Cale essa sua boca de merda! Você não sabe nada sobre mim! Eu posso ser a escória da sociedade, mas você não é diferente! Fica se escondendo atrás deste nome que você nem possui apenas tomou emprestado!
    E por acaso, você não faz o mesmo! Você adora ficar dizendo o seu nome para os outros e se vangloria por tudo que faz, usando como desculpa o nome Rogue para fazer o que bem entende!

    Não… Não … Não …

    A única diferença entre nos dois, é que eu mereço esse nome diferente de você! – exclamou Gaius.

    Ele está certo. Eu apenas fiquei usando o nome Rogue como desculpa para as atrocidades que eu fazia. Mas eu nunca tive orgulho de verdade por esse nome, eu apenas o gostava de usar para me sentir superior aos outros.

    Raji desistiu de argumentar e apenas ficou calado com um olhar de perdedor.
    Vejo que entendeu qual é o seu lugar. Não precisa ficar preocupado comigo te importunando mais, sairei hoje da cidade e levarei a menina comigo, tenho certeza que ela será uma ótima cobaia para os experimentos. Tenho que ir logo, tem um helicóptero me esperando lá no terraço. – Gaius caminhou até um elevador entrou e apertou o botão para o andar mais alto, por fim a porta se fechou.

    Eu não posso fazer nada… Afinal por que eu estou me sentindo assim? Tristeza? Não, eu não posso me sentir triste por uma simples plebeia. Airi não significava nada para mim, era apenas um brinquedo que foi usado para eu passar meu tempo. Não me importo com o que acontecerá com ela. Ela nunca foi alguém importante para mim, ela era apenas uma plebeia descartável. Não há nada que eu posso fazer, não posso me opor a Ordem dos cavaleiros de Cyasill mas isto não é problema. Afinal eu nunca fui uma boa pessoa, apenas me escondi atrás do meu nome falso. É melhor eu voltar para casa e desistir disto tudo… “Seja uma pessoa melhor”

    Raji levantou e correu em direção a escada. Ele começou a subir os degraus em uma velocidade absurda.

    Por que eu estou subindo? Eu não tinha desistido, mas meu corpo se move sozinho, não consigo para de subir as escadas. Eu não me importo com Airi, então por que continuo subindo as escadas e indo atrás dela? “Seja uma pessoa melhor” Pare de mentir para si mesmo, eu … eu me importo que Airi e não posso desistir dela! “Seja uma pessoa melhor” Katherine se responsabilize por isso! Você não está me transformando em uma pessoa melhor e sim num idiota que não sabe o seu lugar. Mas quer saber a verdade, eu não me importo em me tornar um idiota que nem você, afinal foi essa sua idiotice que me salvou e agora eu tenho que proteger algo!

    Raji já havia subido mais de vintes andares, normalmente sentiria fadiga já no sétimo andar, mas seu ritmo não diminuía e em apenas alguns segundos alcançaria o terraço. Lá estava ela, a porta que levaria para o terraço, Raji correu até ela e a abriu revelando o enorme terraço. Onde estava Gaius segurando Airi e se preparando para levá-la para o helicóptero. Airi viu Raji e exclamou de felicidade:
    Onii-chan!
    Airi, eu vim te salvar! – gritou Raji do fundo do coração.
    Gaius viu Raji e sentiu raiva.
    Era para você ter desistido e ido embora! Achei que você já tinha entendido sua posição!
    Desculpe-me, mas eu me tornei em um idiota que não sabe o seu lugar. E este idiota aqui, vai te dar uma surra e tirar a Airi de você! – ameaçou Raji.
    Você não está entendendo nada. Se você for contra Ordem, ela não vai parar até te encontrar e acabar com você. – alertou Gaius.
    Então deixe a Ordem tentar! Para falar a verdade nunca me importei com este negócio de Cavaleiro de Cyasill mesmo.
    Você não merece usar o nome da família Rogue, seu maldito de merda! Lampent use Flame Burst!
    O pokémon lâmpada soltou uma rajada de fogo para cima de Raji.
    Se lembre que você não é o único a ter um pokémon, Haunter use Shadow Punch! – Raji arremessou sua pokébola.
    Haunter socou a rajada de foco e conseguiu desfazer o ataque.
    Você acha que só por ter um pokémon vai conseguir me derrotar? Não me faça rir! Lampent use Shadow Ball!
    Lampent lançou uma bola negra de energia em cima de Haunter, que tentou desviar, mas não foi rápido suficiente. Recebendo o golpe em cheio e voando para longe.
    Haunter!
    Você e seu Pokémon são dois pedaços de bostas que não entendem nada!
    Você que não entende nada, nos dois temos o mesmo objetivo e ele é a nossa amiga Airi!
    Cale-se! Lampent use Shadow Ball em cima deste imundo! – ordenou Gaius apontando para Raji.
    Lampent lançou sua bola negra em cima de Raji, mas Haunter se jogou na frente para receber o ataque.
    Vejo que seu pokémon pelo menos é leal ao seu mestre! Mais isto não adianta, Lampent use Shadow Ball.
    Haunter use Shadow Punch!
    Os dois ataques se colidiram, a vantagem estava claramente com o Lampent que estava preste a derrotar o Haunter, mas então o Haunter começou a brilhar e seu corpo começou a se transformando virando um Gengar, assim conseguindo mais força e empurrando a Shadow Ball de volta para o Lampent.
    Haunter, você evoluiu! – Raji estava admirando seu pokémon que tanto amava.
    Gengar olhou para se treinador e assentiu com a cabeça.
    O que? Mas isto é impossível! Um Haunter deveria poder evoluir apenas quando trocasse de treinador! – exclamou Gaius.
    Impossível ou não, está é a realidade! Gengar, vamos acabar com ele!
    Lampent destrua ele com Shadow Ball!
    Lampent lanço sua bola negra de energia mais uma vez, Gengar rapidamente contra atacou lançando um raio feito de circunferências negras e roxas, era o Dark Pulse. O raio acertou a bola negra e junto com ela voltou para cima de Lampent o nocauteando.
    Não acredito. Eu perdi para este ser imundo! – trovejou Gaius furioso. Ele correu em direção a Raji para acertar um soco, Raji conseguiu desviar contra atacando com um chute na parte íntimas de Gaius que não aguentou e caiu.
    Fique ai e não levante! – ordenou Raji.
    Você está se achando apenas porque me derrotou, mas não se esqueça que você desafiou Cyasill! Com certeza, quando descobrirem perderá seu nome nobre e será caçado para sempre! A menina nunca estará segura junta de você! – ameaçou Gaius.
    Raji sabia que as palavras de Gaius eram verdades, mas ele não queria acreditar. Foi então que passos puderam ser ouvidos e mais alguém chegou ao terraço, era um homem de altura media que possuía cabelos vermelhos e olhos verdes.
    Gaius, se eu fosse você não ficaria tanto confiante. – disse o nome.
    Príncipe Adol! Está vendo o que este desgraçado do Raji fez, ele está desafiando a Ordem, temos que punir ele! – berrou Gaius.
    Adol chegou próximo a Gaius e o chutou no rosto, o fazendo cuspir sangue.
    Você não tem o direito de fazer o que quiser! Nem sabemos se a menina que ele está protegendo tem a capacidade ser uma cobaia. O único que está agindo errado aqui é você. – disse Adol.
    Mas príncipe Adol, ele está desafiando a Ordem, não podemos deixar isto assim … – Gaius foi interrompido por outro chute de Adol.
    Ele não está desafiando ninguém apenas protegendo aqueles que ele ama. Então pare de usar a Ordem como desculpar e se ponha no seu lugar! – ordenou Adol. – Se continuar desta forma quem perderá o título de nobreza será você!
    Faltou coragem em Gaius para continuar a falar por isto ele se calou. Adol caminhou até Raji e se reverenciou em sua frente.
    Raji, minhas desculpas pelo que este imbecil fez!
    Não precisa disto, eu só tenho que agradecer por ter me defendido.
    Fiz apenas o que devia fazer, agora vá falar com quem você estava procurando.
    Raji olhou para Airi e correu até ela a abraçando, este tinha sido o abraço mais sincero que Raji tinha dado na vida dele.
    Airi, me desculpe por ter te deixado sozinha e ter sido uma pessoa má com você as vezes.
    Você, não é uma pessoa má onii-chan! Você é uma ótima pessoa que sempre cuida da Airi, não importa quantas vezes ela faça bagunça. – disse a menina.
    Obrigado Airi, nunca mais vou te deixar sozinha.
    Onii-chan, eu te amo!
    Lagrimas escorreram pelos olhos de Raji, ele não sabia se merecia ouvir aquelas palavras, mas ele estava muito feliz em ouvi-las.
    Airi, eu também te amo! Eu te prometo que cuidarei de você e te criarei para se tornar uma mulher muito bonita, forte e gentil que nem aquela garota que mudou minha vida com as suas palavras. – Raji chorava enquanto falava em meio ao seu abraço com Airi.

    Talvez eu nunca merecesse sentir isto, mas agora finalmente eu tinha alguém para proteger e tudo graças a você …
    Obrigado Katherine




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