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- RainStorm – Capítulo 17
Posted by : Zark
12 de out. de 2016
Você
diz palavras corajosas, mas continua sendo uma criança e é por isto
perderá.
Cidade
de Aquacorde, 22 de outubro de 2016.
Ludger
estava em sua mansão, ela era grande, mas não se comparava ao
tamanho da mansão da família Akari. Ele estava sentado em uma
cadeira, como se estivesse esperando por algo, foi então que um
homem gordo, barbudo, de cabelos e olhos castanhos, anunciou:
– Serena
Akari está no portão procurando pelo senhor.
– Finalmente
ela veio. – sorriu Ludger. – Gaston, leve a nossa convidada para
sala de reuniões encontrarei ela lá.
Gaston
assentiu e dirigiu até o portão.
Depois
de algum tempo, Serena foi levada para a sala de reuniões onde
Ludger a esperava. Serena não estava sozinha, Evelyne a acompanhava,
mas ela usava um grande chapéu branco de forma que escondesse seu
cabelo bicolor.
– Senhorita
Akari! O que faz aqui? – Ludger se fez de bobo. – Por acaso
repensou em minha proposta sobre vender a mansão?
– Sim,
eu estou aqui, exatamente para dizer que vou aceitar a proposta e
venderei a mansão…– respondeu Serena.
– Que
esplêndido!
– … Mas
para isto de fato acontecer eu quero saber o que você tem a me
oferecer. Afinal, aquela mansão é bem mais valiosa do que você
imagina. – completou Serena de forma calma e ao mesmo tempo
ameaçadora.
– Pois
bem, vamos começar nossos negócios. – sorriu Ludger sadicamente.
Cidade
de Aquacorde, 21 de outubro de 2016.
Dentro
da mansão de Serena, todos discutiam sobre o que fazer para
conseguir salvar Jean, Mirai e os Lapras.
– Eu
me encontrarei com Ludger e direi que venderei a mansão para ele,
claro que é uma mentira, mas acho que posso enrolá-lo tempo
suficiente para vocês encontrarem Chasseur, derrotá-lo e salvaram
as crianças. – contou Serena.
– Mas
como encontraremos Chasseur? – indagou Kuro.
– Isto
é simples, William já fez parte da Polícia Internacional e por
precaução ele guarda alguns equipamentos dele aqui, tenho certeza
que ele pode rastrear o número de Chasseur e vamos descobrir aonde
ele está, não é mesmo? – indagou Serena ao seu mordomo.
– Claro,
pode demorar um pouco, mas até amanhã já terei encontrado o sinal.
– respondeu William.
– Estou
entendendo tudo, mas eu tenho uma dúvida. – avisou Shiro. –
Fazer tudo isto, vale mesmo a pena? Não estou dizendo que os Lapras
não são importantes, mas arriscar a vida da Mirai e do Jean, apenas
por uma dúvida se Chasseur cumprirá o trato, me incomoda um pouco.
– Eu
te compreendo, mas vender a mansão seria a mesma coisa que matar os
Lapras. – disse Serena.
– Não
necessariamente, como disse antes, poderíamos mudar a localização
deles, a adaptação seria um problema, mas tenho quase certeza que
encontraríamos um bom lugar para eles morarem. – contestou Shiro.
– Poderíamos
tentar, mas eu não acho que Chasseur seja um homem de palavra. –
comentou William. – Há rumores muito ruins sobre ele, tenho
antigos colegas da Polícia Internacional que me alertaram a tomar
bastante cuidado se um dia me encontrasse com ele.
– Você
está certo, mas tenho medo do que possa acontecer. – revelou
Shiro.
– Não
se preocupe tudo vai dar certo. – falou Serena. – E se por algum
motivo as coisas darem erradas, eu venderei de verdade a mansão,
assim poderei garantir a segurança das crianças. Com isto,
seguiremos o seu plano e procuraremos um local para os Lapras
viverem. Mas espero que esta seja a nossa última opção.
Shiro
assentiu.
– Então
está tudo certo. Enquanto vocês vão atrás de Chasseur para salvar
as crianças, eu seguirei até Ludger e fingirei vender a mansão, se
as coisas derem erradas não hesitarei e vou vender a mansão. –
resumiu Serena.
– Serena,
posso ir com você também? Acho melhor que você não fique sozinha?
– indagou Eve.
– Pode
vir, mas é melhor esconder o seu cabelo. Como Ludger é um nobre,
tenho quase certeza que ele te reconheceria se visse a cor de seus
fios.
– Certo!
– Com
tudo planejado é melhor tentarmos dormir, pois amanhã será um
longo dia. – sugeriu Serena e os outros concordaram.
…
Aquela
noite estava difícil para todo mundo, ninguém conseguia dormir
direito. Katy estava deitada em sua cara, com os braços e as pernas
esticadas, foi então que ouviu um barulho em sua janela e como tinha
suspeitado, era a Zubat.
– Você
vei hoje também, por acaso está tentando chupar meu sangue? –
indagou ela.
A
Zubat pareceu desesperada e negava muitas vezes, Katy riu da reação
da morceguinha e disse:
– Eu
estava brincando, sua boba.
Katy
então se lembrou de Mirai e ficou com uma triste expressão. A Zubat
percebeu e tentou animá-la, dançando no ar.
– Ficou
preocupado comigo? Me desculpe, é que eu estou um pouco perdidas nos
meus pensamentos. Tenho dois amigos que estão em perigo e preciso
salvá-los, mas ao mesmo tempo sinto medo que tudo possa se
desmoronar. – A voz de Katy parecia estar rouca e com um tom
melancólico. Ela apertava sua mão com força. – Se eu ao menos
não tivesse me encontrado com aquele desgraçado do Chasseur.
Katy
bateu a mãe com força na parede, a Zubat pareceu assustada.
– Me
desculpe, acho que me descontrolei um pouco.
A
Zubat negou, não estava assustada por causa da Katy e sim por outro
motivo.
– O
que foi então?
A
Zubat voava de um lado para o outro tento explicar e não conseguiu.
– Desculpe,
Zubat, não estou entendendo. Mas falar com você foi bom, acho que
conseguirei dormir melhor agora, te vejo amanhã.
A
Zubat queria contar algo a Katy, mas não conseguiu e resolveu voar
para longe.
…
Assim
como os outros Serena estava em seu quarto tentando dormir, mas não
conseguia, ela virava de um lado para o outro na cama, mas nada
adiantava. Ela não conseguia relaxar sua mente e só pensava nas
crianças, além de memórias que vinham a sua cabeça, atrapalhando
o seu sono.
10
anos atrás.
Cidade
de Aquacorde, 11 de novembro de 2006.
Serena
estava deitada no sofá, balançava suas pernas para cima e para
baixo, como se estivesse ansiosa por algo. Ela tinha apenas 7 anos e
vestia um vestido branco com detalhes em vermelho. As suas pernas
aumentavam o ritmo em que balançavam, ela estava perdendo a
paciência e finalmente, depois de algum tempo, ela esgotou e só
berros saíram de sua boca:
– Cadê
o meu irmão! Ela está demorando! Prometeu que chegaria logo!
– Calma,
senhorita Serena. O senhor Albert vai chegar logo e vai trazer novas
crianças. – tentou acalmá-la Calem ao ouvir os berros da Serena
de outro cômodo.
– Eu
sei disso, mas ele continua demorando. Queria conhecer logo, estes
bebês que ele vai trazer, afinal meu irmão prometeu que sempre que
encontrasse crianças com problemas traria para mansão.
– Mas
comigo foi diferente, não foi o senhor Albert que me encontrou, mas
foi você, senhorita Serena – sorriu Calem.
– Isto
foi apenas coincidência. E Calem, não precisa me chamar de
senhorita, assim fico envergonhada. – Serena corou.
Ao
ver Serena toda vermelhinha o coração de Calem palpitou fortemente
e ele caiu no chão.
– Calem!
Você está bem?
– Estou
no paraíso.
Logo
depois disto, William entrou no cômodo.
– Serena,
seu irmão chegou. – anunciou ele.
Foi
então que um garoto entrou pela porta, ele era loiro e tinha olhos
vermelhos como sangue.
– Olá
minha querida e amada irmã! – exclamou ele.
– Albert!
– Serena pulou para abraçar o seu irmão. – Eu estava com
saudades.
– Eu
também, minha fofa, mas infelizmente não poderei ficar muito tempo.
– Serena pareceu decepcionada. – Minha linda Serena, não fique
assim, é que seu irmão já está com 16 anos e tem muito trabalho a
fazer, mas não acho que sentirá tanto a minha falta. Como
prometido, trouxe 3 novos bebês órfãos de Lumiose, tenho certeza
que você vai cuidar bem deles, como cuidou do Calem.
Serena
pareceu ficar mais feliz e ansiosa.
– Cadê
eles? Eu posso ver? – indagou ela.
– Claro,
fofa! Vou pegar eles e já voltou. – respondeu Albert.
Ele
saiu por um momento e voltou carregando uma cesta com três bebês
dentro.
– Estes
três vão ter sorte para terem uma fofa que nem você para cuidar. A
menina da esquerda se chama Keiko, o menino do meio se chama Jean, já
a menina da direita ainda não tem nome, pensei que você gostaria de
dar um nome para ela.
– Claro!
Deixa em pensar. – Serena colocou as mãos na cabeça e forçou a
pensar, depois de algum tempo, ela teve uma ideia. – Já sei, que
tal, Mirai?
– É
um nome lindo. Tenho certeza que ela vai gostar do nome, não é
mesmo? – Albert brincou com Mirai deixando ela pegar sua mão. –
Deixarei você brincar com elas por um tempo, mas tome cuidado.
– Certo,
irmão Albert, você sabe que eu te amo! – sorriu Serena.
– E
você, Serena, é a pessoa que eu mais amo no mundo todo. –
retribuiu o sorriso Albert.
Como
prometido Albert deixou Serena e Calem sozinhos com os três bebês e
resolveu falar com William.
– Tome
conta da minha irmã e dessas crianças.
– Claro,
senhor Albert. Apesar de eu achar que trazer mais três crianças
para aqui pode transformar as coisas numa bagunça. – contou
William.
– Talvez.
– Albert riu. – Mas você sabe como a Serena tem um grande
coração e quer ajudar a todos, então eu não pude recusar o pedido
dela de trazer estas crianças órfãs para aqui.
– Isto
é verdade, o coração desta pequena é muito maior do que se pode
imaginar. – sorriu William.
10
anos depois.
Cidade
de Aquacorde, 22 de outubro de 2016.
Depois
de uma noite de muitas insônias, o dia decisivo tinha chegado.
William havia conseguido encontram a localização de Chasseur, ele
estava em Aquacorde, mas num lugar meio longe do centro. Todos se
prepararam e se dividiram, Serena e Evelyne foram rumo a mansão de
Ludger, já Katherine e os três meninos foram até o local onde
Chasseur estava, para assim salvarem as crianças.
Depois
de alguns minutos de caminhada, avistaram onde Chasseur estaria, era
uma cabana de pedra, relativamente grande, afastada da cidade, quase
nas florestas das redondezas. Ao chegarem próximo, resolveram parar,
para descobrirem um jeito de entrar sem que fossem notados, mas então
o inesperado aconteceu. Um vulto frio passou por eles e quando se
deram conta, uma garota de cabelos lilás, olhos roxos, e que usava
um capuz que possuía orelhas de coelhinho.
– Yuki!
– exclamou Katy surpresa.
Todos
olharam atentamente para a garota, mas por algum motivo, Katy e
Shiro, a acharam diferente. Ela não estava com aquele rosto sem
expressão de sempre, na verdade ela mostrava um sorriso que ia de
uma ponta a até a outra do rosto.
– Hello!
Sentiram minha falta? Não, não devem ter sentido, esta é a
primeira vez que nos encontramos. Será que devo me apresentar de
novo? Bem, por precaução irei. Eu me chamo Yuki, se escreve com Y,
U, K e I. – Ela falava de forma rápida sem fazer nenhuma pausa,
suas falas pareciam estar cheias de emoções, principalmente de
ansiedade e felicidade, além disto enquanto falava o grande sorriso
nunca saia em seu rosto. O sorriso era belo, mas, ao mesmo tempo,
passava uma sensação de perigo e medo.
– Tem
algo de errado. – comentou Shiro e Katy assentiu.
– Esta
é a Yuki que atacou vocês? Ela não se parece nem um pouco como
vocês falaram. – disse Kuro.
– Tirando
a aparência, ela se parece o oposto. – opinou Calem.
– Vocês
devem estar confusos, mas não se preocupem com isto! Eu Yuki na
verdade eu possuo duas personalidades, infelizmente não controlo
quando a mudança ocorre. Mesmo não vivendo tudo, eu e minha outra
personalidade compartilhamos memórias, então me lembro muito bem de
vocês! – Ela continuava com o tom de voz feliz, mas, ao mesmo
tempo, assustador, assim como seu sorriso. Muitos diriam que a outra
personalidade parecia um robô sem emoções, mas esta parecia um
robô programado para apenas sorrir e não demonstrar nenhuma outra
emoção além desta.
– Isto
é bem irônico, existem duas Yukis. Uma que nunca sorri e outra que
sempre sorri. Não consigo pensar em qual dessas Yukis é a mais
assustadora.– comentou Shiro.
– Eu
sou assustadora? Se eu for não tem problema, mas a minha outra
personalidade não gostaria de ouvir isto. – Com a mesma felicidade
e sorriso de sempre as palavras saíram de sua boca.
– O
que você quer? Sinceramente, eu não entendo você. – disse Shiro.
– Se
entendesse não teria graça! – Em meio ao sorriso, Yuki disparou
na direção de Shiro.
Com
sua mão aberta como se fosse uma lâmina preparada para matar, ela
tentou acertar o pescoço de Shiro que por pouco conseguiu segurar a
mão de Yuki e defender-se. Com Shiro segurando sua mão, Yuki
aproximou sua boca do ouvido de Shiro e sussurrou:
– Belo
reflexos, para defender este golpe você já deve ter o visto, não é
mesmo. Afinal um assassino reconhece o outro. – Estas palavras
tiraram a concentração de Shiro e Yuki conseguiu acertar uma
joelhada em sua barriga, mais especificamente a região do estômago.
O impacto fez com que Shiro ajoelhasse no chão por causa da dor.
Antes
que qualquer outro pudesse ter alguma reação, Yuki correu até Kuro
e acertou uma joelhada em seu queixo que o desequilibrou e o fez cair
no chão. Calem correu para cima da Yuki tentando acertá-la, mas ela
desviu com um pulo, chutando a sua nuca e o derrubando.
Ao
ver tudo aquilo o medo que Katy sentia por Yuki só se intensificava,
em poucos segundo ela havia conseguido deixar os três garotos caídos
no chão, e o que mais assustava a garota furisode, era que enquanto
Yuki fazia tudo aquilo, o sorriso em seu rosto nunca saia. A garota
sorridente aproximou de Katherine de forma devagar, como se a
estivesse torturando usando o lento tempo. A garota furisode só
conseguiu se lembrar do frio que sentiu em seu peito quando batalhou
contra a Yuki. Katy tremia, e não se mexia, foi então que Yuki
finalmente a alcançará e então agarrou Katy pelos cabelos, a
causando dor.
– O
que foi? Está com medo. – Katy não conseguia responder. – Será
que se eu congelar seu coração mais uma vez, você perderá está
emoção?
As
palavras de Yuki acertavam Katy como finas agulhas geladas, a Yuki
não parecia estar com muita paciência e chutou o adomem da garota
furisode, que caiu no chão e derrubou algo.
– Vamos!
Quero uma reação de você! Assim está ficando chato. – contou
Yuki.
Katy
se apoiava com suas duas mãos no chão, foi então que viu o que
havia derrubado o chaveiro de Bidoof, que Mirai a tinha dado. Foi
neste momento que Katy lembrou que estava ali para proteger algo
importante e que não poderia fraquejar novamente. Yuki preparava
para dar outro chute em Katy dessa vez na cabeça, mas a garota
furisode percebeu e desviou do chute, pegou o chaveiro no chão e
levantou-se.
– Yuki,
eu não vou mentir. Eu sinto muito medo de você, mas eu não posso
continuar dessa forma, principalmente num momento como este. Então,
mesmo tremendo e na desvantagem, não vou me render e lutarei contra
você.
– Parece
que não me iludir em minha impressão sobre você. – Yuki sorria,
só que desta vez o sorriso pareceu maior. – Acho que já vou indo.
– Mas
assim do nada? – indagou Katy.
– Quer
que eu fique? – indagou Yuki.
– Acho
melhor não.
– Tome
cuidado com aquele desgraçado e seus “Caçadores”. Te vejo
depois! – despediu-se Yuki ao desaparecer nas sombras.
Os
três garotos se recuperaram do choque que tinham recebidos e se
levantaram.
– O
que foi isto? – Kuro mexia no queixo dolorido.
– Aquela
garota é insana. E eu que achava que Serena batia forte. – Calem
passava a mão na nuca.
– Eu
realmente não entendo ela. – repetiu Shiro com a mão na barriga.
– O
que aconteceu já passou, agora temos que nos focar em salvar Mirai e
Jean. – disse Katy.
Eles
assentiram. Olhando de longe pensaram em um jeito de entrarem
escondidos pela janela da Cabana, mas ao se aproximarem da mesma, uma
bola de energia verde e um raio roxo voaram na direção deles que
por pouco desviaram.
– Finalmente
eles chegaram, Stutzen. – disse uma voz.
– Agora,
só temos que mantê-los aqui, Weatherby. – disse outra voz.
Katy
e os outros três procuravam os donos das vozes, quando dois homens
saíram detrás de uma das árvores próximas da cabana. Os dois
homens estavam acompanhados de um pokémon cada, Weatherby que era um
homem baixo e jovem, possui longos cabelos ruivos e olhos negros, ele
era acompanhado por um Breloom. Stutzen era demasiado alto, tinha um
corte curto e era loiro, já seus olhos azuis, um Hypno o seguia.
– Vamos
mostrar para o chefe que samos fortes e valemos a pena. – comentou
Stutzen.
– Sim,
vamos acabar com estes moleques. – concordou Weatherby.
Todos
sacaram um pokébola, Shiro liberou sua Meowstic, Kuro liberou seu
Sneasel e Calem seu Frogadier, mas quando Katy lançaria sua
pokébola, Calem a parou e disse:
– Chasseur
já deve saber que estamos aqui, é melhor sermos os mais rápidos
possível. Nos três vamos derrotar eles, você segue em frente,
depois te alcançamos.
Katy
concordou.
– Vocês
acham que vai ser assim tão fácil passar por nos? Nada disso,
Breloom use Energy Ball!
– Hypno
use Psyshock!
O
Breloom lançou uma grande bola de energia verde de sua mão e o
Hypno soltou um raio roxo.
– Frogadier
use Water Pulse!
– Meowstic
use Psyshock!
– Sneasel
use Icy Wind!
Frogadier
lançou uma bola de água concentrada em direção da bola de energia
verde. Meowstic lançou seu raio roxo na direção do outro e Sneasel
assoprou uma forte ventania gelada para a mesma direção. Todos os
ataques se colidiram e causaram uma grande explosão, espalhando
fumaça para todo canto.
– Agora
é sua chance! Corra para a cabana! – disse Calem a Katy que fez
como pedido.
Weatherby
e Stutzen tentaram enxergar Katy, mas a fumaça atrapalhou e a garota
furisode atravessou os dois e entrou na cabana. Quando a fumaça
havia se dissipado, os dois homens encaravam os três garotos.
– A
garota passou. – disse Weatherby.
– Não
se preocupe com isto, o chefe diz que se ela passasse não teria
problema. O que temos fazer é só impedir que eles passem. –
contou Stutzen.
– Kuro,
Shiro, vocês ficam com o loiro gigante e com seu Hypno, eu
enfrentarei este baixinho ruivo e derrotarei seu Breloom. – ordenou
Calem e os outros dois assentiram.
Dentro
da cabana Katy corria procurando por Mirai e Jean, havia revistado a
maioria dos cômodos, foi então que chegou no último e ao abrir a
porta viu Chasseur sentado numa cadeira encarando um relógio e
repetindo:
– Tique-taque,
tique-taque, tique-taque…
Katy
entrou no cômodo e ao perceber a garota, Chasseur se virou para ela
e disse:
– Eu
estava te esperando, por que demorou tanto?
…
– Então,
Serena Akari, me diga, o que a fez mudar de ideia sobre vender a
mansão? – indagou Ludger tentando deixá-la nervosa, mas Serena
aparentou continuar calma.
– Digamos
que duas crianças foram o motivo. – respondeu Serena. – Estou
disposta a vender a mansão, mas antes quero saber quais são suas
propostas.
– Eu
adoraria te dizer, mas não acho que você realmente está
interessada em vender a mansão. – disse Ludger.
– Claro
que estou, se não estivesse, por qual motivo eu viria aqui?
– Não
sei, talvez… Para me enrolar e conseguir tempo. – Aquelas
palavras alertaram a Serena que o que aconteceria a seguir não seria
nada bom.
– Do
que você está falando? Está imaginando coisa?
– Não
adianta se fazer de inocente, eu sei que você está aqui apenas para
conseguir tempo, enquanto seus amigos salvam as duas crianças.
Serena
engoliu seco.
– Você
está certo, não pretendia vender a mansão, mas se soltar as
crianças, prometo vender a mansão por qualquer preço. – falou
Serena.
– É
uma proposta tentadora, mas eu sei sobre a sua ideia de tirar os
Lapras de lá. Se você não vai vender a mansão como ela está,
talvez eu não precise mais das crianças, Chasseur pode eliminá-las
facilmente. – sorriu Ludger sadicamente.
Serena
estava perdida em pensamentos, o que faria a partir de agora, tinha
que salvar as crianças, mas não poderia vender os Lapras. Em meio a
desespero e dúvidas, ela finalmente disse:
– Eu
prometo que deixarei os Lapras onde estão, então por favor, devolva
a Mirai e o Jean.
– Serena,
você não pode fazer isto, se ele pegar os Lapras será o mesmo que
matá-los! – contestou Evelyne.
– E
você acha que eu não sei! Mas não há mais nada que possa fazer.
Sei que estou sendo egoísta, mas eu não quero perder os meus irmãos
mais novos. – respondeu Serena, enquanto ela dizia isto, apenas
pensava em desculpar-se dos Lapras que ela estava sacrificando.
– Serena.
– Eve parecia preocupada com Serena, mas ela não a contestou,
afinal não sabia se ela estava certa ou errada, mas Serena era a que
mais tinha o direito de fazer esta escolha.
Enquanto
assistia tudo, Ludger começou a rir e disse:
– Eu
não me interesso pelos Lapras! Não quero mais comprar a sua mansão
imunda! – Serena e Eve se surpreenderam com a revelação. –
Tenho certeza que será bem mais interessante se eu capturar vocês
duas, não é mesmo? Serena Akari e Evelyne Pourpre Jaune, a terceira
princesa de Kalos.
– Como
você sabe disto? – A valquíria das chamas ficava cada vez mais
preocupada.
– Não
se preocupem com isto, no momento vocês não sairão daqui mesmo.
– Parece
que você descobriu a minha identidade, então, você deve me
obedecer, afinal faço parte da família real e você é um simples
nobre. – contou Eve.
– Você
acha que eu me importo com isto? Eu não recebo ordens de ninguém,
além do Duque da família Bleu.
– Eve,
temos que ir embora. – Ela apenas concordou.
– Não
pensem que vai ser tão fácil, Gaston! – Um homem gordo e de barba
se colocou na frente da porta, impedindo que elas saíssem. – Este
é Gaston Bleu, um antigo plebeu que se tornou um nobre através do
pacto de sangue, por isso ele deve me obedecer, apesar de possuir
certa autoridade.
– Você
não passaram por aqui, meninas. – alertou Gaston.
– Isto
é apenas o que você acha. Braixen use Heat Wave! –
Serena arremessou um pokébola e dela saiu uma Braixen já com seu
galho na mão e soltando uma grande onde de calor que quase explodiu
a sala, assim derrubando Gaston e a parta juntos. – Vamos!
As
duas garotas correram para fora do cômodo em direção a saída da
mansão.
– Homens,
peguem aquelas garotas, não me importo se machucarem elas! –
berrou Ludger.
As
duas chegaram a portão e saíram, mas do lado de fora, havia uma
dezena de homens com Mightyena e um outro homem com um Barbaracle,
eles cercaram as duas.
– Vocês
não tem escapatória. – ameaçou o dono do Barbaracle.
– Isto
é o que veremos. – disse Serena.
…
Katy
e Chasseu estavam em um quarto vazio, havia apenas uma cadeira e um
relógio de parede. Depois de olhar todo o local rapidamente, Katy
viu Mirai e Jean amarados, amordaçados e jogados no chão. Os dois
estavam com machucados e um de seus braços estava muito roxo, os
dois pareciam tristes e acabados, seus olhos estavam muitos
vermelhos, provavelmente de tanto chorar.
– Mirai,
Jean! – gritou Katy ao revê-los.
As
duas crianças viram a garota furisode e ficaram esperançosos, mas
então Chasseur ficou na frente delas, ficando entre Katy e as
crianças.
– Se
eu fosse você, desistiria. – Chasseur lançou duas pokébolas no
ar e dois pokémons insetos saíram, um Pinsir e um Heracross. – É
impossível você passar por mim.
– Então
eu farei o impossível se tornar possível! – Katy liberou seus
dois únicos pokémons, o Piplup e o Goomy, mas ao sair da Premier
Ball, o dragãozinho pareceu aterrorizado e rasteou até atrás de
Katy. – Goomy, o que foi?
Ao
ver aquela cena, Chasseur soltou uma alta gargalhada e começou a rir
incontrolavelmente.
– A
vida é cheia de coincidências incríveis! Este encontro só pode
ter sido premeditado para eu finalmente poder me vingar daquela
desgraçada cega! Eu não pensei que este trabalho poderia gerar
tantas surpresas, mas quando te vi perceber que o momento de me
vingar finalmente tinha chegado, e que jeito melhor de me vingar do
que fazendo alguém que ela ama sofrer! E além disso tudo, você
está com o meu querido Goomy, isto torna tudo muito melhor, eu
queria te destruir apenas para deixar aquela cega acabada, mas agora
que eu vi que está com o meu Goomy, isto se tornou algo mais
pessoal! A vida é mesmo esplêndida!
– O
seu Goomy? Do que você está falando? – O Goomy tremia e não saia
de perto da Katy.
– Eu
não sou obrigado a te explicar, mas será bem mais divertido ver sua
cara ao descobrir a verdade por trás do Goomy. Você já deve ter
percebido que este não é um Goomy qualquer, ele é especial, pois
possui um movimento muito raro para sua espécie, o Iron Tail.
Isto o torna extremamente raro e valioso, mas conseguir ele não foi
fácil. Eu tive que capturar diversos pokémons de espécie
diferentes para fazer com que se eles se acasalassem para gerar bons
filhotes. Isto foi bem complicado, pois nem todos os filhotes nasciam
como eu queria e por isso, tive que descartar diversos Goomys
fracassados. Depois de muitas falhas e erros, a mãe do Goomy
finalmente deu a luz e assim este Goomy nasceu já sabendo usar o
Iron Tail. Fiquei muito feliz com o resultado e me
empolguei, resolvi colocar a mãe do Goomy para acasalar com diversos
outros pokémons praticamente toda noite, ela não parecia gostar,
mas não tinha escolha. Infelizmente depois do Goomy, ela não gerou
nenhum bom filhote e por causa disso, resolvi eliminá-la. Não me
arrependo disso, mas depois do ocorrido, o Goomy ficou bem nervoso e
agressivo, mas não era algo que tinha problema, apenas tinha que
aguardar mais um pouco e o venderia por um grande valor em Laverre.
Mas então eu fiz uma grande besteira, deixei um idiota cuidando do
Goomy e quando chegamos em Laverre, ele fugiu e provavelmente
encontrou você. Contei ao meu cliente sobre a fuga do Goomy, ele
ficou com muita raiva e não me pagou nada, isto foi uma desgraça
para mim, tinha perdido muito dinheiro criando este Goomy para não
receber nada em troca. Tentei oferecer minha ajuda ao cliente para
achar o Goomy, mas ele recusou, disse que não confiava em mim e foi
atrás do Goomy sozinho com uma gangue improvisada que ele criou,
felizmente este desgraçado foi preso, ouvi dizer que eles deram um
grande azar ao encontrarem Clare, o Cavaleiro Carmesim da Elite dos
Quatro.
– Então
é por isto que tem tanta raiva de mim? Por eu ter encontrado e ter
dado amor ao Goomy que você nunca se importou e via apenas como
mercadoria! – Katy apertava as mãos com força de tanta raiva. –
Por causa de um simples motivo idiota que nem este, você resolveu
colocar a vida de duas crianças em perigo, você é um desgraçado!
– Eu
teria que fazer algo para chamar a atenção de qualquer forma, mas
ao encontrar você e ver seu apego com as crianças, só consegui
pensar nisto. E eu não fiz isto por causa do Goomy que você me
roubou, falando a verdade descobrir isto agora. O verdadeiro motivo
para eu querer te fazer sofrer tanto é por causa da Valerie, aquela
desgraçada!
– Não
fale assim da irmã Valerie! Você não tem o direito! – berrou
Katy.
– É
claro que eu tenho o direito! Valerie me tirou tudo, meu dinheiro,
meus subordinados, meus pokémons. Antes de encontrar ela, eu vivia
de forma parecida como agora, bem tranquilamente, mas então aquela
desgraçada apareceu e estragou tudo, fui preso e me mandaram para um
inferno, felizmente antes de ser levado para prisão, consegui cegar
aquela menina, ainda me lembro bem do doce som dos seus gritos de dor
e angustia naquele dia. – Ao ouvir aquilo, Katy apenas sentia mais
raiva daquele homem, apertava suas mãos com tanta força que suas
unhas cortaram sua pele. – Depois de alguns anos sair da prisão e
formei “Os Caçadores”. Apesar de eu ter deixado Valerie cega,
sinto que ela tirou muito mais de mim do que tirei dela, afinal ela
conseguiu se tornar uma líder de ginásio como queria. Por isto
sempre pensei em mim vingar dela e quando te vi, percebi que era o
destino. Como você deve ser preciosa para a Valerie, se eu fazer
você sofrer e depois te destruir por completo, tenho certeza que ela
vai se sentir acabada.
– Valerie
tirou mais de você do que você dela? Você não sabe de nada pelo
que a Valerie passou! Ela sofreu muito por ter perdido a visão,
muitas vezes ela achou que tudo estava acabado e que deveria desistir
de seu sonho, mas ela não desistiu e por isto se tornou uma líder
de ginásio. Você não o direito nenhum de falar assim da Valerie!
Eu vou derrotar você, salvar as crianças e farei você retirar o
disse sobre a Valerie.
– Sinto
muito, mas eu nunca volta atrás da minha palavra. Além disto, o
único jeito de você me derrotar, é me matando. – alertou
Chasseur.
– Te
matar? – Katy pareceu assustada. – Eu não posso fazer isto.
– Você
diz palavras corajosas, mas continua sendo uma criança e é por isto
que você vai perderá. Heracross use Pin Missile!
O
pokémon besouro atirou diversos ferrões de seu chifre tetando
acertar Katy, que por pouco desviou abraçada do Goomy que continuava
tremendo sem se mexer.
– Goomy,
eu sei que está com medo, por ele ter te ferido e ter matado a sua
mãe, mas precisamos derrotá-lo neste momento. – Goomy concordou,
mas ainda tremia. – Certo, Goomy use Iron Tail no
Heracross e Piplup de assistência com Bubble!
Piplup
lançou diversas bolhas nos dois pokémons insetos que receberam os
danos, mas não pareceram se importar muito enquanto isto Goomy foi
em direção a Heracross, mas ao se aproximar lembrou de Chasseur e
como sua mãe era tratada, por causa disso ele ficou paralisado como
se fosse uma estátua em frente ao Heracross.
– Parece
que traumas são mais difíceis de se lidar do que você pensou!
Heracross use Megahorn!
– Goomy!
O
chifre do Heracross brilhou e então em um rápido movimentou partiu
para o Goomy, mas antes de acertá-lo Piplup empurrou o pokémon
dragão para fora do alcance do ataque e como consequência o pokémon
pinguim recebeu a chifrada com Heracross com tanta força que saiu
voando e acertou a parede, sendo nocauteado.
– Piplup!
– berrou Katy preocupada. Ela foi até seu pokémon, que estava com
um grande ferimento na barriga, por pouco o chifre do Heracross não
havia atravessado. Katherine retornou seu Piplup para pokébola. –
Este Heracross é muito forte, derrotou o Piplup com apenas um
movimento. Tome cuidado Goomy!
As
palavras de Katy pareceram não atingir Goomy que continuava com suas
más lembranças na cabeça.
– Parece
que alguém tem que ser melhor disciplinado! Pinsir use X-Scissor,
Heracross use Pin Misile!
As
mãos do Pinsir brilharam, ele correu em direção ao Goomy, que
continuava estático. Com suas duas mãos Pinsir fez um corte em
formato de X no Goomy que recebeu todos os danos e foi jogado para
cima aonde o Heracross o acertou com seus ferrões, assim o
derrubando no chão com muita força.
– Goomy!
O
dragãozinho estava nocauteado no chão e não podia fazer mais nada.
– Você
perdeu. – sorriu Chasseur.
– Não
pode ser. – Katy estava chocado com tudo que tinha acontecido.
– Agora,
a hora da diversão come… – Antes que Chasseur conseguisse
completar a frase um vulto passou perto de sua cabeça, que
acertaria, se ele não tivesse percebido antes e desviado. Ao olhar
com atenção era a Zubat.
– Zubat,
você veio me ajudar? – A morceguinha assentiu.
Ao
ver a Zubat e a Katy juntas, Chasseur começou a gargalhar sem
controle de novo.
– E
as coincidências nunca acabam! – berrou ele.
– O
que você quer dizer? – A Zubat encarrava Chasseur com uma face de
raiva.
– Parece
que você realmente gosta dos pokémons que eu crio. Esta Zubat foi
criado por mim e por um cientista maluco, mas que tinha umas ótimas
ideias. Ela não é um Pokémon normal, fizemos diversos experimentos
nela e assim conseguimos deixar ela com habilidades físicas
aprimoradas, em especial, a sua velocidade que é muito maior que as
Zubat comum, você já percebeu? – Katy se lembrou da batalha
contra a Zubat e como ela era de como rápida, algo que fazia mais
sentido agora. – Quando ela fugiu, achei que tinha gastado dinheiro
nestes experimentos a toa, mas o destino me ajudou de novo e trouxe
ela de volta para mim.
– Ela
nunca voltaria para você, seu idiota! – berrou Katy.
– Primeiro
o Goomy, agora a Zubat, parece que quem é a ladra aqui é você.
– Cale
a boca! Estou cansada de ouvir suas besteiras! Você é uma pessoa
terrível, não, você é um monstro, maltrata os pokémons, rouba e
vende eles. Você machucou a Valerie e agora que machucar a Mirai e o
Jean. Não posso te perdoar, eu tenho que acabar com você aqui e
agora! Zubat, vamos derrotar eles! – A morceguinha concordou.
– Já
disse, enquanto ser uma criança, nunca vai me derrotar!
…
Do
lado de fora da cabana, Kuro e Shiro enfrentavam o Stutzen e seu
Hypno, enquanto Calem enfrentava Weatherby e seu Breloom.
– Breloom
use Energy Ball!
– Frogadier
use Water Pulse!
O
Breloom lançou uma esfera verde de sua mão e o Frogadier lançou a
água concentrada os dois ataques se colidiram e causaram uma pequena
explosão.
– Breloom
use Mach Punch!
O
punho do Breloom brilhou e seu braço esticou-se como se fosse um
rápido chicote que acertou o Frogadier.
– Frogadier
use Ice Punch!
– Breloom
continue usando o Mach Punch sem parar!
O
punho do Frogadier brilhou em azul, e os dois punhos do Breloom
brilharam em branco. O Frogadier tentou correr na direção para
acertá-lo, mas como os braços do Breloom esticavam os socos dele
apareciam de todas as direções e acertaram o Frogadier
repetidamente como se fosse uma metralhadora.
– Frogadier!
Sai dai!
– Não
adianta, os braços do Breloom são como borrachas, quando ele acerta
um soco, ele rapidamente puxa o braço de volta para si e com a
elasticidade ele retorno para acertar o Frogadier. Está é a
metralhadora de socos do meu Breloom, você não tem chance.
– Droga,
se a senhorita Serena visse isto ficaria desapontada. – pensou
Calem. – Não, agora não é hora de pensar nisto, se concentre.
Frogadier
tentava desviar dos socos, mas eles eram muito rápidos e quando
desviava de um outro vinha logo em seguida e o acertava em cheio.
– Hahahahaha,
se continuar assim, o seu sapo vai se tornar um bolo de carne. –
alertou Weatherby.
– Não
se preocupe, o poder do Frogadier é muito maior do que você pensa.
Frogadier, criei um Water Pulse grande e o arremesse no
chão.
Frogadier
juntou as suas mãos e tentou concentrar na formação da esfera de
aguá, mas os socos que recebia o atrapalhava, mas ele continuou
tentando mesmo assim. Depois de um tempo, finalmente conseguiu fazer
a esfera de energia e a protegeu dos socos com seu corpo, ele
concentrou mais força e então a arremessou para o chão, assim o
destruindo e surpreendendo o Breloom que por um segundo para de
socá-lo e este um segundo foi suficiente para o Frogadier se livrar
da metralhadora de socos e socar o Breloom na bariga com o seu
Ice Punch.
– Breloom!
– berrou Weatherby.
– Frogadier,
não vamos mais nos segurar, vamos usar toda a nossa força. – O
pokémon assentiu. – Use Double Team!
Frogadier
junto as suas mãos e clones começaram a surgir.
– Breloom
tente acertar ele com o Mach Punch e continue com a
metralhadora de socos.
– Agora
use Ice Punch, só tome cuidado par não deixar que o
Breloom te acerte. Enquanto a um soco não te acertar, não terá
como ele vencer. Vamos impressionar a senhorita Serena! Frogadier, é
hora do Show!
Os
punhos dos Frogadier brilharam em azul como se fossem gelo, então
todos correram em direção ao Breloom que tentava acertar o
verdadeiro com seus infinitos socos, mas não conseguia. Frogadier
chegava cada vez mais próximo, foi quando o punho do Breloom veio em
sua direção, mas ele se virou para trás desviando do ataque e
socando o braço do Breloom para cima, algo que o deixou desorientado
e em um rápido movimento, Frogadier acertou o queixo do Breloom o
levantado para cima e com o outro punho acertava o rosto do Breloom
mirando para frente. O pokémon cogumelo vou para longe até acertar
uma árvore, mas conseguiu se levantar.
– Frogadier
continue com o Ice Punch!
– Breloom
use Engery Ball diversas vezes.
Frogadier
mais uma vez corria na direção do Breloom que lançava diversas
bolas de energia em sua direção.
– Frogadier
use um grande Water Pulse!
O
pokémon bolha de sapo, juntou as mãos e as separou rapidamente,
criando uma grande esfera de aguá do seu tamanho e então a
arremessou contra as bolas de energia, que colidiram e espalharam
bastante poeira. Mas então, o punho do Breloom apareceu do nada e
acertou a barriga do Frogadier, o arremessando para o céu, antes que
o pokémon bolha de sapo pudesse recuperar o equilibrou no ar, os
dois braços do Breloom esticados, o agarraram e se enrolaram em seu
corpo como se fossem uma corda.
– Breloom,
bata ele nele de um lado para o outro.
Com
o Frogadier preso em seus braços, Breloom começou a mexer eles e
batia o Frogadier no chão e nas árvores sem que o libertasse.
– Você
não tem como vencer, seu Frogadier está preso e logo será
derrotado!
– Não,
você que será derrotado! Frogadier use Ice Punch e o
fortaleça!
O
pokémon bolha de sapo continuava amarado entre os braços do
Breloom, mas então ele começou a ativar seu Ice Punch
e o fortaleceu, criando uma temperatura muito baixa que aos poucos
foi congelando o braço do Breloom, a ponto do pokémon cogumelo não
aguentar mais e o soltar.
– Impossível!
Ele congelou os braços do Breloom.
– Isso
ainda não é nada! Frogadier criei um Water Pulse
gigante.
Como
ordenado o pokémon bolha de sapo criou uma esfera de água enorme,
devia ter uns cinco metros de diâmetro.
– É
enorme! – Weatherby parecia assutado.
– Agora
soque a esfera com o Ice Punch!
Frogadier
com sua mão congelada socou a esfera gigante que congelou
completamente e voou em direção do Breloom.
– Breloom
use Energy Ball ou qualquer coisa! Pare aquela esfera!
– berrava Weatherby desesperado.
– Você
já perdeu! Agora receba meu movimento exclusivo! Vai, Giant
Ice Pulse!
Antes
que Breloom pudesse fazer qualquer coisa a gigante esfera de gelo o
acertou em cheio, assim como seu treinador e os dois forma
nocauteados.
– Ganhamos!
– Calem e Frogadier bateram as mãos. – Você foi incrível,
agora descanse um pouco.
Ele
retornou seu pokémon e com o caminho, para cabana, aberto seguiu até
a porta.
– Shiro,
Kuro, vou indo na frente! Cuidem desse bosta ai! – pediu Calem.
– Você
não vai fugir, Hypno use Psyshock! – ordenou
Stutzen.
O
Hypno lançou seu raio roxo em direção a Calem, mas então outro
raio roxo apareceu e acertou o raio do Hypno antes, assim salvando
Calem.
– O
gigante! A sua batalha é com a gente! – lembrou Shiro.
– Não
pense que vai fugindo. – alertou Kuro.
Calem
entrou na cabana e os dois irmãos sorriram.
– Vamos
acabar com ele! – concordaram os irmãos.
…
Serena
e Eve encaravam a dezena de homens com seus Mightyena e o outro homem
com o Barbaracle.
– Não
vai ser uma batalha fácil, mas eu e a Braixen damos conta. –
comentou Serena.
– Tem
certeza? Eles são muitos. – indagou Eve.
– Não
se preocupe. Chegou a hora de mostrar o porquê de me chamarem a
Valquíria das Chamas. – sorriu Serena. – Braixen, vamos lá!
A
raposa assentiu. As duas fecharam os olhos e respiram profundamente
como se estivessem meditando, então ainda de olhos fechados, Serena
começou a falar:
– Eu
sou fogo. Tu es o fogo. As chamas queimem em nossos corações. As
batidas palpitam e transformam tudo em cinzas. O meu sangue é
álcool. As minhas veias são carvão. A minha determinação é a
faísca que gera a labareda. A vela acesa se cessa e nossos corações
se tornam um. Eu sou tu. Tu es eu. Nos samos o fogo. Blaze
ativar!
De
repente, uma grande onda forte de calor pode ser sentida, ela vinha
do corpo da Braixen que havia ficado envolto as chamas, era como se
ela estivesse andando em cima do fogo.
– O
que é isso? Barbaracle pare ela com Razor Shell!
A
mão do Barbaracle brilhou em azul e parecia ter virado uma lâmina.
– Braixen,
use Flame Charge! – As chamas que cobriam o corpo da
Braixen se intensificaram e ficaram enormes.
Barbaracle
corria na direção da Braixen para acertar o seu corte, a Braixen
correu na direção do mesmo e colidiu seu pequeno punho nas garras
do Barbaracle, o impacto foi tão forte que arremessou o braço do
Barbaracle para trás, Braixen aproveitou a oportunidade e chutou o
abdômen do Barbaracle o arremessando a mais de 10 metros. Eve e
todos os outros ficaram muito surpresos com o que viram.
– Mas
como? O Barbaracle tinha a vantagem de tipo e além disso a Braixen
possui um ataque físico muito baixo. – comentou um dos homens.
– Serena,
aquilo foi o Blaze, como você ativou ele? – indagou
Eve.
– O
Blaze é uma habilidade do Braixen que é ativada
quando ela está bem fraca e com muita desvantagem e deixa os ataques
de fogo mais forte. Isto ocorre, pois os batimentos da Braixen
alteram a sua frequência quanto está ferida e com problemas, assim
o Blaze ativa naturalmente como se fosse um sistema de
defesa. Mas eu e a Braixen treinamos pra controlar a nossa frequência
cardíaca e assim conseguimos ativar o Blaze quando
quisermos, mas não é apenas isto. Ao controlar a frequência
cárdica, os sistemas do corpo da Braixen ficam mais acelerados e
ativam suas defesas, como consequência não é apenas os ataques de
fogo que ficam mais forte, mas sim todas as suas habilidades
psíquicas e físicas, é por isso que a Braixen conseguiu dar um
Flame Charge tão forte, mesmo que seu ataque físico seja baixo.
– Você
é incrível! – admirou Eve.
– Isto
só por causa da minha Braixen. Esta é a nossa técnica que apenas
eu e a Braixen podemos usar.
– Parem
de ficar olhando, mandem suas Mightyena destruírem aquela raposa! –
disse o dono do Barbaracle que ainda tentava se levantar.
– Vamos
com tudo usando o Flame Charge! – exclamou Serena.
A
Braixen com o corpo pegando fogo, foi em direção as Mightyena que
tentavam a morder, mas a raposa de fogo era muito rápida e desviava
ou chutava e socava as Mightyena para longe que não conseguiam fazer
nem um aranham. As Mightyena recebiam chutes nas barrigas e socos,
Braixen dominava completamente a batalha, então uma Mightyena mordeu
a sua pata, mas a raposa de fogo concentrou um grande energia na pata
e a liberou como uma grande onda de calor que inchou a Mightyena de
dentro para fora, quase a explodindo.
– Não
consigo acreditar! Tem 10 Mightyena pulando em cima dessa raposinha e
mesmo assim não conseguem fazer um arranhão. Barbaracle temos que
derrotá-la. Barbaracle use Scald!
Barbaracle
se concentrou e lançou um forte jato de água quente em direção a
Braixen.
– Braixen
use Light Screen!
Antes
que a água a acertasse, a Braixen pegou seu galho de madeira e criou
uma parede de luz que impediu o ataque.
– Agora
faça um cubo em torno de seu corpo! – ordenou Serena.
A
Braixen criou diversas paredes de luza ao redor de seu corpo, fazendo
um grande cubo que a protegia.
– Isto
não vai adiantar, só vai te proteger dos ataques especiais, não de
ataques físicos! Barbaracle use Razor Shell! Mightyena
ataquem!
Barbaracle
correu em direção da Braixen para acertá-la, assim como as
Mightyena que pulavam em sua direção.
– Eu
não fiz isto para defender a Braixen! Agora, libere tudo!
As
paredes em torno do corpo da pokémon raposa se quebraram e se
dividiram em diversos pequenos quadrados que flutuavam pelo local.
– Braixen
use Flame Charge!
Com
o corpo pegando fogo, a Braixen pulou nos quadrados de luz que havia
feito antes e começou a pular de um para o outro de forma rápida,
assim formando diversas linhas de fogo que acertavam os pokémons
inimigos.
– Ela
está usando o Light Screen para aumentar a velocidade
e intensificar o ataque! – disse um homem surpreso.
O
Barbaracle foi em cima da Braixen, mas ela pulou num dos quadrados de
luz e desviou facilmente acertando uma cabeçada em sua barriga e o
arremessando para onde as Mightyena estavam.
– Eve,
é melhor se agachar. – A princesa fez como sugerido. – Braixen,
exploda tudo com Heat Wave!
A
Braixen da Serena pegou o galho de madeira e lançou uma enorme fonte
de calor quente que ao acertarem os quadrados de luz refletiram e
intensificaram, assim causando uma gigantesca explosão. Depois da
fumaça se dissipar, apenas Serena, Braixen e Eve estavam de pês.
Todos os outros pokémons haviam sido nocauteados e os humanos
queimados e contorciam de dor no chão. Serena piscou para Braixen
que desativou o Blaze.
– Agora
é a nossa chance de ir embora. – comentou Serena.
– Acho
que ainda não. – disse Ludger ao sair da mansão.
– Você
não viu isto? A Serena com certeza vai te derrotar! – alertou Eve.
– Você
só diz isto, porque ainda não viu meu pokémon. – Ludger pegou
uma pokébola, arremessou e dela saiu um Sableye.
– Este
bichinho, não tem chance contra a Braixen da Serena!
– Deixa
eu te mostrar a verdadeira força dele. – Ludger sacou sua espada e
na ponta dela havia uma pedra colorida, Ludger a segurou e exclamou.
– Sableye, mega evolua!
– Mega
evolução? Mas o que? – indagou Serena surpresa.
Sableye
colocou a língua para fora e nela havia uma pedra colorida parecida
com a de Ludger. Raios de energia ligavam a pedra de Ludger ao corpo
do Sableye que começa alterar e então depois de alguns segundos a
transformação estavam completa. Mega Sableye se escondia atrás de
uma gigantesca pedra vermelha que ele segurava.
– Braixen
use Heat Wave! – berrou Serena desesperada.
A
pokémon raposa lançou uma forte onde de calor para o Sableye que
usou a pedra vermelha para se defender, causando uma grande explosão.
Enquanto isto Serena pegou a mão da Eve, retornou a Braixen e
começou a correr.
– Temos
que sair daqui logo! Não tenho como derrotar aquilo! – disse
Serena.
– Mas
você derrotou todos aqueles caras sozinha, vai dar conta de apenas
um. – comentou Eve.
– Infelizmente,
acho que não há como eu derrotar o Mega Sableye no momento. Se a
Braixen não tivesse batalhado antes, talvez teria uma chance, mas
agora ela está muito cansada. Eu também ouvi muitas histórias
sobre defesa quase infinita do Mega Sableye, enfrentar ele será uma
dor de cabeça. A única coisa que podemos fazer agora é fugir.
Evelyne
concordou e as duas correram para longe até não serem mais vista
por Ludger. A fumaça do ataque anterior havia dissipado, e o Mega
Sableye estava completamente intacto, sem nenhum aranhão.
– Parece
que não vou precisar usar você dessa vez. – disse Ludger
desativando a mega evolução e retornado o Sableye para a pokébola.
…
– Meowstic
use Psyshcok!
– Sneasel
use Feint Attack!
Meowstic
lançou um raio roxo que colidiu com o do Hypno e Sneasel foi até as
suas costas e acertou seu movimento em cheio, assim empurrando ele
para o raio roxo da Meowstic e o fazendo receber todos os danos e
assim sendo nocauteado.
– Derrotamos
ele! – comemorou Kuro.
– Ainda
não, você tem que passar por mi… – Stutzen caiu no chão
desmaiado. Era Shiro que havia batido em sua nuca com a espada do
Kuro ainda dentro da bainha.
– Vamos.
– disse ele.
– Quando
foi que você pegou a minha espada? – indagou Kuro.
– Há
alguns minutos, e isto importa?
– Está
vendo a minha espada pode ser útil. E passa ela para cá
– Está
certo. – Shiro devolveu a espada. – Vamos logo!
…
Heracross
pulou para acertar seu chifre na Zubat que conseguiu desviar, mas o
Pinsir que vinha por trás acertou-a com suas garras fazendo um X. A
Zubat não aguentou e caiu, Katy correu para pegá-la em seus braços
e conseguiu, mas a Zubat tinha sido nocauteada. Mesmo sendo especial,
ela não tinha chance contra dois monstros sozinha. Quando Chasseur
viu que Katy não tinha mais nenhum Pokémon ele sorriu.
– Agora
que ninguém mais pode te proteger, a diversão vai começar. –
avisou Chasseur.
Katy
sentia medo e aflição do que poderia ocorrer. Chasseur foi até
Jean e Mirai e retirou as amordaças da boca deles.
– Katy!
Eu estou com medo! – choramingou Mirai.
– Está
doendo! Não quero me machucar mais – berrou Jean.
– Tenham
calma vai ficar tudo bem. Eu prometo!
Chasseur
começou a rir.
– Você
promete? Sabe, Katherine, você não deveria prometer o que não pode
cumprir. – disse Chasseur.
– Não
faça mais nada com elas, você quer a mim. Eu vou com você, mas
solte as duas crianças. – pediu Katy desesperado. – Por favor.
– Só
se você implorar de joelhos! – contou Chasseur.
Katy
ajoelhou-se e fez várias reverências enquanto repetia.
– Por
favor! Por favor! Por favor!
Chasseur
ria vendo Katy daquela forma.
– Você
realmente fez! Está desesperada ou é burra demais. É obvio que não
vou devolver as crianças só porque você implorou.
– Pare
de brincar comigo! Sua vingança não tem nada a ver com as crianças
liberte elas! – implorou Katy.
– Não!
– Chasseur sorriu. Ele foi até Jean e o socou na barriga e o jogou
em cima de Mirai, assim as duas crianças caíram no chão. Chasseur
foi até Mirai e pisou em sua cabeça. Os gritos de dor de Mirai
podiam ser ouvidos e incomodava muito Katy que correu para cima de
Chasseur, mas o Heracross e o Pinsir ficaram na sua frente, proibindo
que ela passasse.
– Por
que você está fazendo isto com a gente? Isto machuca. –
choramigava Mirai.
– Eu
faço porque machuca! E eu gosto de machucar as pessoas. –
respondeu Chasseur a chutar o rosto de Mirai que cispou sangue.
– Mirai!
– gritou Katy. – Chasseur, seu desgraçado! Você vai pagar por
isto!
Chasseur
olhou para Katy com uma cara assustadora, agarrou Mirai e Jean pelos
cabelos, os levantou, se virou para Katy e disse:
– Escolha?
Katy
estava com medo e confusa, assim não respondeu.
– Eu
quero que você qual dos dois eu devo matar. A menina ou o menino? –
indagou Chasseur.
– Do
que você está falando! Ficou louco! Eu não posso fazer uma escolha
assim. – falou Katy.
– Tique-taque!
Escolha logo, não vou perguntar outra vez.
– Eu
estou com medo! Katy, me proteja! – chorava Mirai.
– Eu
não quero morrer. – chorrava Jean.
– Não
se preocupem, eu vou salvar os dois. Logo, vamos voltar para a mansão
e ficará tudo bem. – prometeu Katy enquanto tremia.
– Se
você não vai escolher, eu escolherei. Heracross mate a menina. –
ordenou Chasseur.
Mirai
começou a gritar, estava com medo. O chifre do Heracross havia
começado a brilhar, ele estava preparado para acertar seu golpe.
– Chasseur!
Por favor, pare! A Mirai não tem nada a ver com isso! Por favor! –
berrava Katy com olhos lacrimejando.
– Se
você quisesse que ela vivesse, era só ter escolhido. Agora diga
adeus a sua amiga.
Mirai
tentou correr, mas com o corpo amarado não conseguiu e Heracross já
estava ao seu lado com um olhar de psicopata.
– Mirai!
Aquele
tempo tinha parecido uma eternidade, os olhos de Katy começaram a
escorrer lágrimas enquanto assistia o pequeno corpo da Mirai sendo
perfurado pelo enorme chifre do Heracross. O chifre atravessou o
corpo da Mirai e então ele a jogou no chão com um grande, deixando
um grande buraco em seu abdome. Katy não queria acreditar no que
tinha acontecido, ela queria fechar seus olhos contar até 3 e fingir
que tudo tinha sido um sonho, mas não era.
Katherine
ficou encarando o corpo de Mirai caído no chão, ela chorava e
parecia paralisada como se fosse um fantasma sem alma. Katy não
conseguia dizer nada, apenas olhava para o corpo perfurado da sua
amiga.
Foi
neste momento que Calem, alcançou eles, e assim que viu o corpo de
Mirai no chão, não conteve sua raiva e partiu para cima de
Chasseur.
– Seu
desgraçado! Filho da mãe! – berrou ele.
Calem
tentou socar Chasseur, mas então o Pinsir se colocou na frente de
Calem e o prendeu com suas garras, fazendo cortes nos braços de
Calem e o fazendo gritar de dor.
– Temos
mais uma visita. Se me lembro bem, disse para não deixarem ninguém
além da garota passar, isto que dá trabalhar com idiotas. –
comentou Chasseur. – Agora que temos mais uma pessoa, vamos
continuar com nosso jogo. Katherine, escolha quem vive ou quem morre.
Katy
sentiu como seu coração tivesse sido martelo, ela não conseguia
fazer esta escolha, mas tinha medo do que Chasseur faria se ela não
fizesse, mas o pior era a imagem da Mirai sendo perfurada, aquilo a
sempre aterrorizaria.
– Tique-taque!
Tique-taque!
Katy
tentou falar algo, mas nada saiu de sua voz.
– Se
não vai responder, eu escolho. Deixe me ver… Acho que vou matar os
dois, Pinsir esmague este idiota! Heracross mate aquela criança!
– Não!
Não! – Foi a única coisa que saiu da boca da Katy.
Pinsir
estava preparado para espremer Calem, assim como Heracross preparava
para perfurar seu chifre em Jean, mas então uma ventania fria e um
raio roxo acertaram os dois insetos, assim fazendo Pinsir largar
Calem e Heracross se distanciar de Jean. Quando Katy viu o que tinha
acontecido, Shiro e Kuro entraram no cômodo, junto da Meowstic e
Sneasel, os dois haviam salvo Calem e Jean.
– Aqueles
idiotas do Weatherby e do Stutzen são uns inúteis mesmo. Bem,
Katherine, acho que já vou indo, não sou louco para enfrentar
quatro de vocês ao mesmo tempo. – Chasseur retornou seus pokémons
e desapareceu na sombra.
Kuro
correu para ajudar Calem a se levantar e Shiro ajudou Jean. Katy
continuava imóvel, observando o corpo de Mirai. Shiro deixou Jean
com Kuro e foi até Mirai, ele colocou a dois dedos no pescoço da
pequena garota e sentiu algo.
– Ela
ainda está viva! – exclamou Shiro.
Aquelas
palavras trouxeram Katy de volta a realidade, ainda havia esperança,
Mirai ainda podia ser salva.
– Rápido
Katy! Me ajude, segure o buraco da ferida da Mirai e tape ele para o
sangue não sair. – disse Shiro.
A
garota furisode fez como ordenado e colocou suas mãos nas feridas da
Mirai, estava toda suja de sangue, mas isto não era algo que ela
deveria se preocupar agora.
– Muito
bem, continue pressionando com força e não solte. – falou Shiro e
Katy assentiu.
– Mirai
por favor volte. – pediu Shiro.
Ele
empurrou o busto de Mirai com força tentando trazê-la de volta.
Depois, ele encostou seus lábios no de Mirai fazendo uma respiração
boca a boca.
– Por
favor, Mirai. – pensava Shiro. – Eu não quero perder mais
ninguém.
Ele
repetiu o que tinha feito antes, empurrando o busto da pequena garota
e respirando em sua boca. Este processo se repetiu diversas vezes,
eles estava começando a perder as esperanças quando uma pequena
chama foi acesa e Mirai abriu os olhos.
– Mirai!
– exclamou Shiro e Katy de felicidade com lágrimas no olhos.
– Shiro,
Katy. – disse Mirai e logo depois tossiu sangue.
– Mirai,
não se esforce muito. – pediu Shiro.
– Está
doendo muito. – falou Mirai.
– Não
se preocupe, logo vai passar. – disse Katy.
– Eu
não quero morrer! – chorava Mirai.
– Não
fale besteiras, isto não vai acontecer, vai ficar tudo bem. –
contou Katy.
– Você
ainda tem que ver os Lapras que eu te prometi que verei, Mirai. Então
não fale assim. – lembrou Shiro.
– Katy,
pode cantar a música da grande família Bidoof para mim? – indagou
Mirai.
– Claro!
Bidoof, Bidoof, Bidoof, Bidoof, a grande família Bidoof! O Bidoof
malvado e desobediente, o Bidoof doce e gentil. Todos se juntam e
vira uma família de cem. O bebê Bidoof está sempre sendo envolvido
por felicidade, o velho Bidoof tem olhos apertados. Os Bidoof
amigáveis seguram suas mãos e fazem um grande e redondo circulo.
Eles constroem uma cidade no planeta Bidoof e todo mundo ri juntos. O
Buneary está tentando acenar do céu, a grande lua está envolvendo
tudo, coisas ruins e tristes também.
– Sabe,
eu fiquei muito feliz de conhecer vocês dois, eu gostava de morar
aqui e gostava muito da Serena, mas ela era muito ocupada e as outras
crianças não falavam muito comigo, no máximo a Keiko e o Jean. Mas
quando vocês apareceram, eu fiz amigos de verdade e conheci pessoas
incríveis. – Mirai começou a tossir sangue de novo.
– Mirai!
– gritaram eles preocupados.
– Se
eu morrer, quero que saibam que eu amo vocês dois! – Mirai chorava
enquanto falava.
– Mirai
você vai ficar bem, se esqueceu da nossa promessa que eu derrotaria
a Serena, me tornaria a campeã e te esperaria para me enfrentar?
Você não quer ser a campeã de Kalos?
– Eu
quero, é o meu sonho. É uma pena que vai continuar sendo apenas um
sonho.
– Mirai,
você pode torná-lo este sonho real se continuar tentando, então
faça que nem a Katy e não desista, tá bom? – indagou Shiro.
– Certo.
– respondeu ela.
– Mirai,
vai dar tudo certo e quando William cuidar de você. Vamos ter
incríveis aventuras juntas! Eu quero te mostrar muitos pokémons!
Tem tanta coisa que quero te ensinar. Quero que você assista a minha
batalha de ginásio e quero que assista quando eu batalhar contra a
Serena na liga. Quando tudo isto passar e você ficar melhor, vamos
nos diverti muito! Vamos prometer? – Katy levantou o dedo mindinho.
– Sim,
obrigada Katy. – Mirai apertou o dedo mindinho da Katy com as
poucas forças que ainda restava e sorriu.
– Então
é uma promes… – O dedo de Mirai parou de fazer força e soltou o
de Katy, caindo no chão. – Mirai? Mirai?
A
pequena garota não respondia. Shiro tocou o pescoço de Mirai e
então lágrimas começaram a cair dos olhos dele.
– Mirai?
Mirai? Mirai? Mirai? Mirai? – diversas lágrimas escorriam pelos
olhos de Katy. – Mirai? Mirai? Por favor. Mirai!
Katy
abraçou o corpo da menina e apertou com força.
– Me
desculpe! Se eu não estivesse aqui, nada disso teria acontecido.
Tudo foi culpa minha, me desculpe, Mirai. Me desculpe. Eu… eu… eu
também te amo.
Cidade
de Aquacorde, 23 de outubro de 2016.
Todos
choravam naquele dia, inclusive o céu, a chuva não parava. Vestidos
de pretos, todos assistiam ao enterro dela. Palavras bonitas foram
ditas naquele dia, mas nenhuma delas foi real o suficiente para
enganar tristeza e solidão que estávamos guardando em nossos
corações. Depois do caixão ser fechado e enterrado a maioria foi
embora, mas eu continuei ali por horas e horas. Sentada, olhando para
a sua lapide enquanto segurava o chaveiro que ela tinha me dado, não
conseguia parar de chorar e me culpar. Não sabia mais o que fazer,
nem tinha mais vontade para fazer, queria ficar apenas sozinha. Eu
chorava tanto que não conseguia diferencia minhas lágrimas da água
da chuva. Naquele triste e doloroso dia, a chuva não parou nem que
fosse por um segundo, parecia que continuaria por toda…
… A
eternidade