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- RainStorm – Capítulo 05
Posted by : Zark
20 de abr. de 2016
Quanto
azar!
Como
prometido voltamos a história de Katherine, não ocorrerá mais
desvios, por enquanto. Eu sei que eu já devo estar enchendo seu
saco, por isso não atrapalharei mais a história e deixarei ela
andar por se só. Queria dizer mais uma coisa. Finalmente o destino
nos levou para o lugar certo.
Rota 14, 5 de outubro de
2016.
Lá estava ela, aquela menina
de marinha chiquinha que vestia um furisode. A Rota 14 era um grande
pântano escuro, ela ligava Laverre com Lumiose. Ar árvores daquele
local eram diferentes da cidade natal de Katy, possuíam folhas mais
escuras e seus troncos tinham uma aparecia mórbida. Katy caminhava
pelos caminhos onde era visível o céu, as estradas eram sujas e
molhadas, havia momentos que não podia mais se ver chão, apenas
poças de água meio esverdeadas. Katy estava ficando cansada da
caminhada, estava naquela rota desde que saíra de Laverre. Goomy,
que continuava em cima da cabeça de Katy parecia mais confortável
com o lugar do que Katy. Logo a noite cairia, Katy não sabia onde
montar sua barraca, todo lugar estava molhado. Resolveu ver se
encontrava um local onde não se molhasse.
– Goomy, será que existe
algum local aqui que não esteja molhado? – Indagou ela.
O Goomy virou a cabeça para o
lado, como se dissesse que não fazia ideia.
– Esperava que soubesse. –
Comentou ela decepcionada.
Katy bateu as palmas de suas
mãos no próprio rosto, como se quisesse dar segurança a se própria
– Não a tempo para ficar
triste, isso faz parte da aventura, vamos continuar procurando!
Foi então que ela viu uma
criatura azul, com quatro pernas e uma cauda comprida onde em sua
ponta havia um ferrão, andando em sua frente.
– Goomy ali! É um Skorupi!
Vamos capturar ele!
Goomy falou seu próprio nome
como se estive mostrando sua coragem e pulou da cabeça de Katy
parando no chão.
– Muito bem, se me lembro
bem, Skorupi é tipo Venenoso e Inseto, então o golpe que podemos
usar para atingir sua fraqueza é … Nenhum. Mas isso não é
problema, pois eu vou te capturar Skorupi. – Disse Katy apontando
para o Skorupi.
Skorupi ignorou a menina e
continuou andando.
– Não me ignore!
O Skorupi a ignorou novamente.
– Se é assim que você
quer, vou apelar! Goomy acerte esse mal educado com Iron Tail!
Uma cauda gosmenta se criou no
Goomy, ela então começou a brilhar. O Goomy pulou, virou sua cauda
para o chão e acertou o Skorupi em cheio.
– Vai
parar de me ignorar agora?
Skorupi
levantou furiosamente e atacou Goomy com Poison Fang,
ele correu em sua direção e o mordeu com força e não o soltou.
– Goomy use Bubble
para mandar ele para longe!
O Goomy cuspiu várias bolhas
que acertaram o Skorupi o jogando para longe.
– Goomy não deixe ele
descansar, use Iron Tail novamente!
Mais uma vez sua cauda
gosmenta foi formada, assim que começou a brilhar Goomy já partira
em direção de Skorupi. Antes que o pokémon venenoso pudesse fazer
alguma coisa, foi atingindo em cheio.
– Isso!
O Skorupi já parecia estar
bem cansado, então Katy aproveitou o momento para pegar uma pokébola
em sua mochila para capturá-lo.
– Muito bem Skorupi, agora
você será meuuuuuu. – Algo assustou ela.
O Skorupi que estava sozinho
agora a pouco estava cheio de companheiros ao seu redor, eram uns
vinte pokémons.
– Uma horda de Skorupi!
Goomy, vamos sair daqui! – Disse Katy enquanto pegava o Goomy em
seus braços e começava a correr para longe dos Skorupi.
Aqueles Skorupi pareciam estar
com raiva e seguiram Katherine e Goomy.
– Por que vocês estão nos
seguindo? Eu já desistir de capturar algum Skorupi! Me deixem em
paz! – Gritava Katy em desespero.
A perseguição parecia que
nunca terminaria, mas Katy teve uma ideia que era boa, mas também
idiota. Ela escalou a árvore mais alto que vira naquele momento,
sabia que com aquelas patas era impossível aqueles Skorupi subirem.
– Tomem essa! Agora vocês
não podem nos pegar! – Se vangloriou Katherine.
Os Skorupi desistiram e foram
embora.
– Ufa! Agora está tudo bem.
Claro, tirando o fato que estamos presos aqui em cima!
Como
o mundo é irônico! Em um momento você ajuda um Goomy que ficou
preso num árvore e em outro você que fica presa e precisando de
ajuda para descer. Como já estava muito escuro não queria me
ariscar a descer, fiquei com bastante medo, não conseguia nem ver o
chão direito por causa da escuridão, por isso eu resolvi ficar lá
em cima com o Goomy. Iriamos passar a noite ali.
Katy estava inquieta, sempre
dormira em sua cama e não em uma árvore alta num pântano, mas o
que mais te incomodava era estar sozinha. Goomy percebeu a inquietude
de sua treinadora e lambeu no rosto como gesto de carinho.
– Goomy? Te deixei
preocupado? Me desculpe. – Disse a menina.
Goomy lambeu seu rosto
novamente.
– É verdade não estou
sozinha. – Sorriu Katy.
Ela abraçou seu Goomy e foi
se relaxando até que seus olhos cederam e finalmente dormiu.
Foi
assim que eu passei minha primeira noite fora de casa, em cima de uma
árvore num pântano escuro, cheio de Skorupi que queriam me matar.
Até que foi divertido!
Rota 14, 6 de outubro de
2016.
No outro dia, Katy e Goomy
acordaram, a garota tomou um susto ao se lembrar que estava em cima
de uma árvore. Ela podia ficar esperando para ver se alguém
passava, mas não podia continuar dependendo dos outros.
– Está certo, eu vou
conseguir descer dessa árvore! – Disse para si mesma.
Katy procurou algum galho
abaixo de onde estava para apoiar seu pé direito, conseguiu, foi
descendo seu corpo devagorosamente até ficar pendurada com as mãos
no galho que estava, tentou apoiar o pé esquerdo no mesmo galho que
havia apoiado o direito. Mais uma vez conseguiu, e foi descendo seu
corpo fazendo o mesmo movimento repetidas vezas. Quando finalmente
estava alçando o chão, escorregou e caiu. A queda não foi tão
feia, pois ela já estava próxima do chão. Ela se levantou e
reclamou:
– Ai!!!
Goomy dá próxima vez me lembre de não subir numa árvore.
Os dois continuaram caminhando
por aquele pântano, foi quando ela viu outro pokémon. Dessa vez o
pokémon parecia uma cobra, tinha um corpo bem comprido e roxo com
algum detalhes amarelos.
– Um Ekans! Goomy dessa vez
vamos conseguir capturar!
Katy
ordenou o Goomy atacar o Ekans com o Iron Tail,
que o acertou em cheio. O Ekans tentou revidar com Bite.
– Goomy, use Iron Tail
na boca do Ekans.
Quando Ekans morderia Goomy, o
pokémon dragão virou a cauda para boca do Ekans, que mordeu ela,
mas então a cauda ficou metalizada e Goomy empurrou com força
jogando o outro pokémon para longe.
– Agora, vamos conseguir! –
Disse Katy enquanto pegava uma pokébola na sua mochila.
Então finalmente com a
pokébola em mãos ela se preparou para jogar no Ekans, mas …
– Não pode ser! De novo!
Uma horda de Ekans surgiram ao
redor do pokémon caído e encararam Katy e Goomy.
– Senhor Ekans, vamos
considerar a luta um empate? Não precisa mandar seus amigos nos
atacaram, certo? – Sugeriu Katy.
Ekans rosnou o nome dele, e
todos ao seu redor correram atrás de Goomy e Katy. Os dois começaram
a correr dos Ekans.
– Quanto azar! – Gritou
Katy enquanto corria de uma horda de pokémons novamente.
…
Shiro e Kuro estavam
atravessando a Rota 14, os dois já tinham passado por ela, já
sabiam mais ou menos o caminho, Kuro nem tanto, mas Shiro sabia e
guiava ele mesmo e seu irmão para fora daquela região pantanosa.
– Se continuarmos nesse
ritmo vamos chegar em Lumiose bem rápido. – Previu Kuro.
– Sim, contanto que você
não se perca novamente. – Disse Shiro.
– Você sabe que eu não
tenho o melhor senso de direção do mundo, então pare de ficar
reclamando! – Pediu Kuro.
– É você que está
reclamando. – Disse Shiro.
– Pare de ficar me
irritando! – Reclamou Kuro.
– Eu não estou te
irritando, você que está se irritando com meus comentários. –
Disse Shiro.
– É a mesma coisa!
– Não é nada, em uma
situação eu te irrito, em outro você se irrita. É diferente.
– Quer saber, esquece!
– Esquecer o que?
– Você só pode estar
brincando comigo.
Os dois continuaram caminhando
enquanto Kuro ficava irritado com Shiro que parecia se divertir em
deixar seu irmão bravo.
– Falando sério agora, o
que você acha que Alice fará no Palacio Parfum? Sei que isso tem a
ver com os nobres, mas não faço a mínima ideia o que deve ser. O
que você acha? – Indagou Kuro.
– Não sei, descobriremos
isso em um mês. – Respondeu Shiro omitindo o que sabia.
– Eu acho que deve ser uma
reunião das famílias nobres, mas não entendo o motivo. Deve ser
alguma coisa relacionada a nobreza, algo que não entendo.
– Kuro, é melhor não ficar
pensando nisso agora. Vamos tentar aproveitar esse mês livre ao
máximo.
– Você tem razão.
Kuro, então, sem querer
afunda seu pé numa parte do lago pantanoso. Ele com ajuda de Shiro
consegui tirar seu pé, mas percebe que havia pisado em algo no
fundo. A água começa a borbulha e ondas começam a se forma, uma
silhueta vai subindo o lago até que uma criatura azul, que estava
com uma cara enfezada, chega ao topo e revela seu corpo, era um
Quagsire.
–
Ops. – Disse Kuro.
– Peça desculpas! –
Ordenou Shiro.
– Mas eu não o vi, foi sem
querer!
– Isso não importa para
ele! Peça descul …
Shiro foi interrompido pelo
Quagsire que o atacou com Mud Bomb, um golpe que ele
cuspiu várias bolas de lama pesadas que explodem ao acertar algo.
Shiro, por pouco desviou, mas foi separado de Kuro, por causa da
explosão. Já longe de Kuro, Shiro grita para seu irmão:
– Kuro, acho melhor
corrermos!
– Nunca concordei tanto com
você na minha vida.
O Quagsire utilizou o Mud
Bomb novamente nos dois que saíram correndo, como estavam
longe e preocupados demais de serem acertados, correram em direções
diferentes, se separando.
– Quanto azar! – Gritaram
os dois enquanto corriam.
Esse
Kuro, sempre nos metendo em problemas. Quando ele era mais novo não
podia ficar sozinho, sempre se perdia ou arrumava briga com outra
pessoa ou Pokémon. Me lembro de uma vez
que saiu sozinho, ele roubou a folha de um Pancham selvagem e tacou
fogo nela, não sei o motivo. Os dois brigaram, mas no fim
conseguimos encontrar uma outra folha para o Pancham botar na boca e
parar a briga.
…
Katy, junto com Goomy,
continuavam a fugir da horda de Ekans.
– Esses Ekans nunca
desistem! Goomy, tente atrasar ele com Bubble!
O Goomy enquanto corria, se
virou para trás e cuspiu várias bolhas de água em cima dos Ekans.
Mas não surtiu efeito apenas os irritou mais.
– Droga! Goomy, o que
fazemos agora! – Gritava ela enquanto corria.
Continuava a correr, foi
quando um garoto de cabelo castanho claro e olhos azuis correu na sua
frente. Não houve tempo para parar e os dois se esbarraram, caindo
juntos no chão. Quando Katy percebeu o que tinha ocorrido o garoto
estava caído com seu corpo por cima dela e a cabeça apoiada no
ombro dela.
– Você está bem? –
Indagou Katy preocupada.
O garoto levantou a cabeça a
fitando a centímetros do seu rosto. Katy corou ao ver o garoto tão
próximo ao seu rosto.
– Estou bem. E você? Me
parece um pouco vermelha. – Indagou o garoto sabendo o motivo.
– Vermelha? – Ela ficou
mais corada do que já estava. – Não é nada, estou bem!
– Certeza? Acho que ficou
mais vermelha. – Continuo a brincar com Katy.
– Sim, sim. Só saia de cima
de mim. – Katy ficava cada vez mais vermelha e empurrou o garoto.
Ele se levantou, ajudando a
Katy se levantar também. A vermelhidão do rosto de Katy foi
passando. Então Goomy que observou toda a cena, lambeu o rosto de
Katy.
– Goomy, o que foi? –
Indagou Katy.
– Eu acho que ele está
querendo te avisar daquilo. – Disse o garoto ao apontar para a
horda de Ekans.
– É mesmo tinha me
esquecido disso. – Disse Katy calmamente. – Agora, vamos correr!
– Acho que tenho uma ideia
melhor. – Disse o garoto ao pegar uma pokébola da sua mochila.
Os Ekans já estavam muito
próximos, estavam preparados para atacar.
– Meowstic vai! Use
Psychic para afastá-los! – Ordenou o garoto.
A Meowstic saiu da pokébola e
rapidamente abriu suas orelhas, seu corpo ficou envolto a uma aura
azul. Vários Ekans também ficaram com essa aura azul entorno dos
seus corpos e foram arremessados para longe, sofrendo bastante dano.
Os Ekans restantes ficaram com medo e fugiram.
– Uma Meowstic! – Admirou
Katy com olhos brilhantes.
– Ela é incrível, não é?
– Indagou ele.
– Sim! Quero capturar uma!
O garoto riu.
– Então, me diga, o que
você fez a aqueles Ekans? – Indagou ele.
– Por que você acha que eu
fiz algo? – Ela respondeu com outra pergunta.
– Duvido que atacariam sem
motivos.
– Está certo, eu tentei
capturar um Ekans, mas então uma horda deles aparecerem. –
Explicou Katy. – Foi sorte termos nos esbarrados.
– Foi
mesmo. – Ela
hesitou por um momento e voltou a falar. – Obrigada por nos salvar
dos Ekans.
– Não
precisa me agradecer, quem fez o trabalho duro foi a
Meowstic.
Katy chegou perto da Meowstic
a acariciou ela.
– Meowstic obrigada.
Meowstic miou felizmente. Katy
reparou que o garoto parecia preocupado com algo.
– Aconteceu alguma coisa?
Parece estar preocupado. – Indagou Katy.
– É
que me separei de meu irmão e ele não tem um senso de direção
muito bom. Estou preocupado o que pode ter acontecido com ele. Tenho
que encontrá-lo. –
Respondeu Shiro.
– Por que não liga para
ele?
– Nessa rota não existe
sinal de celular.
– Então, eu e o Goomy vamos
te ajudar.
– Não precisa.
– Precisa sim, vocês nos
ajudaram, agora vamos ajudar vocês! – Insistiu ela.
– Obrigado.
Katy sorriu, mesmo que por um
pequeno momento ao ver aquele lindo sorriso, o garoto corou. Ela
estendeu a mão e disse:
– Me chamo Katherine Fée,
mas pode me chamar de Katy.
– Meu nome é Shiro
Bretteur. – Ele apertou a mão dela ao sorrir.
– Certo Shiro, vamos
encontrar seu irmão!
Eu
estava feliz, era a primeira pessoa que conhecia fora de Laverre.
Além disso, Shiro me ajudou e parecia ser bem simpático, estava
ansiosa para conhecer novas pessoas assim como Pokémons. A Meowstic
dele era uma graça. Eu quero uma! A minha jornada podia estar meio
difícil e inusitada, mas estava sendo bem divertida.
…
Kuro correu o máximo que
conseguia e finalmente despistou o Quagsire. Ele estava bastante
ofegante e cansado.
– Consegui! O problema é
que estou sozinho agora. – Disse Kuro par si mesmo. – Aposto que
Shiro deve está reclamando disso.
Kuro olhou para os lados par
ver se conseguia ver alguém, mas nada, apenas árvores e arbustos.
– O que faço agora? Para
que lado devo ir? – Pensou Kuro. – Tenho uma ideia.
Kuro pegou a sua espada que
estava, como de costume, em sua cintura. Ele colocou ela no chão e a
girou para ver que lugar ela apontava. A espada parou, ele a colocou
de volta na cintura e resolveu seguir para onde ela tinha apontado.
Kuro continuo caminhando por um tempo, mas pisou em um pequeno lago
que não tinha visto.
– De novo não. – Reclamou
ele.
Ele conseguiu tirar o pé
sozinho dessa vez, mas então percebeu a água borbulhar novamente.
– Droga!
Um Quagsire saiu do lago com a
cara enfezada. Kuro pensou em correr, mas já estava bastante
cansado, então se lembrou que podia usar um de seus pokémons contra
ele.
– Dessa vez não vou fugir!
Eu fugi do seu amigo da última vez, porque ele me deu um susto e não
pensei direito. Agora, eu vou acabar com sua raça! – Ameaçou Kuro
enquanto pegava uma pokébola de sua mochila.
O Quagsire ficou com mais
raiva por causa dos comentários de Kuro, ele então o atacou com Mud
Bomb. Kuro já esperava por isso e conseguiu desviar.
–
Isso foi seu melhor golpe?
Deixa eu te mostrar como é que se faz. Carnivine use Vine
Whip! – Ordenou Kuro ao jogar sua pokébola.
Carnivine saiu da pokébola
praticamente atacando o Quagsire, de seu pescoço saíram cipos que
pareciam mais chicotes verdes eles foram de encontro ao Quagsire
acertando seu corpo muitas vezes e o arremessando para longe.
Quagsire por causa da desvantagem de tipos, sofreu quatro vezes o
dano do golpe.
– Está vendo, Quagsire? É
assim que se faz! – Disse Kuro.
O Quagsire já estava cheio de
fúria, ele se levantou, encarou Kuro e usou Earthquake.
Quagsire pisou fortemente no chão que começou a tremer e se
quebrar. Kuro tirou a bainha de sua espada e a fincou no chão para
se segurar.
– Carnivine use o Vine
Whip para escalar naquela árvore! – Ordenou Kuro enquanto
apontava para uma árvore.
O Carnivine obedeceu seu
treinador, mas não adiantou o terremoto pegou na árvore a
derrubando junto do Carnivine.
– Carnivine! – Gritou Kuro
preocupado.
O Carnivine tinha sofrido uma
boa quantidade de dano, mas como possuía resistência contra ataques
de tipo terrestre o dano foi reduzido pela metade. Ele virou para seu
treinador e fez um sinal como se estivesse dizendo que estava bem.
– Quagsire se prepare, pois
vamos acabar com isso agora, Carnivine use Vine Whip!
Mais uma vez cipos saíram do
pescoço de Carnivine que acertaram o Quagsire apenas uma vez, mas
com tanta força que o arremessou metros a frente, assim o
nocauteando.
– Isso! Carnivine, você foi
ótimo! – Comemorou Kuro.
Kuro guardou sua espada e
sentou no chão.
– Que cansativo. Pelo menos
não preciso correr mais. – Pensou Kuro.
Foi então que o mesmo
Quagsire que havia pisado na primeira vez apareceu.
– Você continua atrás de
mim? Não se preocupe, não vou fugir dessa vez. Acabei de derrotar
um de seus amiguinhos. – Disse Kuro orgulhoso.
Quagsire sorriu maleficamente
e então muitos outros Quagsire, que estavam escondidos, aparecerem.
Kuro nem pensou duas vezes, se levantou e saiu correndo com seu
Carnivine.
– Quanto azar! – Seu grito
ecoava por aquele pântano.
Como
eu posso ser tão azarado? Sempre me perco ou arranjo briga. Acho que
alguém esta conspirando contra mim, só pode ser a única
explicação. De qualquer forma, acho que devo ter corrido uma cinco
maratonas nesse dia.
…
Katy e Shiro continuavam
procurando Kuro, foi quando pode se ouvir um grito bem alto.
– Essa voz, só pode ser
ele. – Disse Shiro que já havia corrido para ajudar se irmão.
– Ei! Me espere! – Pediu
Katy, mas Shiro não ouviu.
Katy correu atrás de Shiro,
mas o perdeu de vista. Ela não deixou isso abalar e correu na
direção que acho que tinha ouvido o grito. Quando finalmente chegou
ao local viu um garoto de cabelos e olhos negros correndo, junto com
um Carnivine. Eles eram perseguidos por uma quantidade absurda de
Quagsire. Katy se escondeu atrás das árvores e observava a cena.
– Goomy, alguma ideia? –
Indagou ela ao Goomy em sua cabeça.
O pokémon mexeu a cabeça
para um lado e pro outro tentando demonstrar que não.
– Foi o que pensei. –
Disse Katy decepcionada.
Katy pensou bastante no que
fazer, e finalmente ela chegou a uma conclusão.
– Goomy, eu tenho uma ideia.
Talvez ela funcione.
Ela contou sua ideia para
Goomy. Depois disso, já preparada, correu em direção do garoto,
mas sempre correndo entre as árvores para não ser vista. Finalmente
ela o alcançou.
– Você! Venha por aqui! –
Disse Katy.
Apesar de não ver a garota,
Kuro ouviu a doce voz dela e sem pensar, correu em sua direção.
Kuro correu bastante e alcançou Katy, mas ele nem reparou ela e
continuo correndo junto do seu Carnivine que ele segurava nos braços.
Katy se assustou quando viu a horda
– Goomy agora! Use Iron
Tail para derrubar as árvores!
Como de costume uma cauda
metálica se formou no Goomy que girou acertando o movimento na
árvore, mas não foi suficiente para derrubar ela.
– Goomy, mais uma vez!
Outra vez Goomy acerta a
árvore que finalmente desabou. Com a árvore caída, Os Quagsire
foram atrasados.
– Muito bem Goomy. Agora
vamos aproveitar a chance e correr.
Katy correu na direção que
viu Kuro indo. Depois de algum tempo, os Quagsire não podiam mais
ser vistos, além disso já era possível ver Kuro, que continuava
correndo, sem nem olhar para atrás. Ela conseguiu alcançar o
garoto, que não parava de correr, e tocou em suas costas e disse:
– Tenha calma. Os Quagsire
estão longes.
Kuro finalmente parou de
correr e se virou para ver quem falava com ele. Ele foi surpreendido,
não imaginava que a dona daquela voz pudesse ser tão:
– Linda. – Saiu da boca
dele sem querer.
Os dois coraram e desviaram o
olhar.
– Obrigada … eu acho. –
Agradeceu Katy pelo elogio.
– Foi você que me salvou,
não foi? Sou eu que deveria agradecer. – Disse Kuro.
– Tudo bem, não é nada
demais.
– Obrigado de qualquer
forma.
Katy hesitou por um momento,
mas resolveu perguntar:
– Você é o irmão de
Shiro?
– Aquele maldito sortudo, eu
aqui me lascando para sobreviver e ele encontra essa linda garota. –
Pensou Kuro.
– Sim, me chamo Kuro. –
Respondeu ele.
– Katherine é meu nome, mas
pode de chamar de Katy.
– Você mencionou meu irmão,
o que aconteceu?
– Eu tive uns problemas e
estava fugindo de uma horda de Ekans, foi então que me esbarrei com
Shiro… – Katy parou de falar e corou ao lembrar do rosto de Shiro
próximo ao seu.
– Então, o que aconteceu
depois?
Katy mexeu a cabeça para
tentar relaxar e falou:
– Ele me salvou, então eu
percebi que ele estava preocupado com algo, e ele me disse que o
motivo era você. Então juntos decidimos procurá-lo, mas ouvimos um
grito e ele correu na frente e nos separamos.
– E agora temos que procurar
ele. Que ironia. – Disse Kuro.
Katy não tinha percebido
antes, mas Kuro possuía uma espada na cintura. Ao ver a espada se
assustou recuou.
– Por que você tem uma
espada em sua cintura? – Indagou Katy receosa.
Kuro sacou a espada, por causa
disso Katy recuou ainda mais.
– Não se preocupe, é
apenas um hobby meu. Além disso ela pode ser útil algumas vezes. –
Disse Kuro sorrindo.
Katy continuava receosa.
– Está certo, mas pode
abaixar ela, por favor.
Ele fez como ordenado.
Percebeu que a Katy ainda estava meio nervosa e tentou acalmá-la:
– Não precisa ficar assim
na defensiva, não vou enfiar espada em você…. – Kuro parou por
um momento, tinha percebido que aquela frase podia ser interpretada
de forma errada. – O que eu quero dizer é que não vou te
machucar.
Aparentemente Katy não
percebeu o duplo sentido da primeira frase, ficou mais calma.
– Certo, mas ainda temos que
encontrar Shiro. – Disse ela.
Kuro concordou com a cabeça.
Mas felizmente poucos segundos depois de resolverem procurar Shiro,
sua voz pode ser ouvida alguns metros atrás de Katy e Kuro.
– Kuro, Katy! – Gritava
Shiro.
Os dois se viraram e viram
Shiro correndo em sua direção.
– Foi até mais fácil do
que pensei. – Disse Kuro.
Shiro chegava mais perto dos
dois, que resolveram ir de encontro a ele, mas quando alcançaram
Shiro, ele passou direto gritando:
– Corram! Corram!
Quando conseguiram perceber,
havia uma horda de Ekans e Quagsire correndo atrás Shiro.
– Oh droga. – Reclamou
Kuro correndo.
Katy desesperada, correu
também. Kuro ficou sem entender e perguntou aos berros para Shiro:
– O que aconteceu?
– Pergunte a eles, quando os
vi saíram correndo atrás de mim. – Respondeu Shiro.
– Provavelmente são aqueles
Quagsire que estavam te seguindo antes, Kuro. E os Ekans devem ser
aqueles de que você me salvou, Shiro. – Deduziu Katy.
– Espere, da última vez que
eu vi Kuro, apenas um Quagsire perseguia a gente. – Disse Shiro.
– Coisas aconteceram, coisas
aconteceram. – Respondeu Kuro.
Os três corriam sem freio,
mas quando pareciam despistar os pokémon, uma horda de Skorupi
apareceu na frente deles e os atacaram com Venoshock,
onde eles cuspiram líquidos roxos em cima dos três. Conseguiram
desviar por pouco e mudaram a direção em que corriam.
– De quem foi a culpa dessa
vez? – Indagou Shiro.
– Acho que foi minha. –
Respondeu Katy.
– Está vendo mano, não é
apenas comigo. – Disse Kuro.
– Vocês dois só podem
estar querendo me ferrar! – Gritou Shiro.
Eles continuaram correndo, mas
de um lado estavam os Skorupi, de outro os Ekans e de outro os
Quagsire. Tentaram derrubar algumas árvores com seus pokémon para
despeitar, mas não funcionou e sem que percebessem chegaram ao
caminho sem saída, onde um pequeno planalto os impediam de
continuar.
– E agora o que faremos? –
Indagou Kuro.
Os pokémons raivosos chegavam
cada vez mais perto deles.
– Vamos te entregar como uma
oferta de paz. O que você acha? – Disse Shiro.
– Claro que não!
As hordas de pokémons já
estavam se preparando para atacar.
– Acho que o único jeito de
sair daqui é batalhando. – Sugeriu Katy.
– Você está certa, talvez
consigamos abrir alguma saída derrotando alguns dos pokémons. –
Disse Shiro.
– Então, estão esperando o
que? – Indagou Kuro, mas pelo seu tom de voz parecia mais que ele
estivesse ordenando-os. – Ataquem logo esses malditos!
Kuro pegou uma pokébola em
sua mochila, Shiro pegou duas e Katy que segurava Goomy o soltou. Da
pokébola de Kuro saiu um Sneasel, das duas de Shiro uma Meowstic e
um Croagunk. Os olhos de Katy brilharam ao ver o Sneasel e Croagunk.
–
Um Croagunk e um Sneasel!
– Katy, eu sei que está se
divertindo, mas eu acho que não é hora para isso. – Disse Shiro.
– Você tem razão! Goomy
está preparado?
Goomy mexeu a cabeça como se
falasse que sim.
– Então use o Iron
Tail! – Ordenou Katy.
– Meowstic use
Psyshock! Croagunk use Feint Attack!
– Ordenou Shiro.
– Sneasel use Icy
Wind! Carnivine use Vine
Whip! – Ordenou Kuro.
Goomy acertava Ekans e Skorupi
com sua cauda, Meowstic acertava todos que podia ver com seu raio
psíquico, Croagunk socava todos com sua mão que tentassem o atacar,
Sneasel assoprava uma ventania gelada e Carnivine se focava nos
Quagsire onde ele acertava seus cipos. A batalha durou bastante
tento, repetiam várias vezes os comandos, mas estava funcionando, os
pokémons raivosos estavam recuando. E finalmente quando um caminho
foi aberto entre aqueles Skorupi, Ekans e Quagsire, eles resolveram
fugir. Correram sem direção nem rumo, mas tentavam ficar próximos
para não se perderem um dos outros.
Corremos
por horas, talvez não tudo isso, mas essa foi a impressão que tive.
Foi bem difícil e cansativo, mas conseguimos escapar. Apesar da
fadiga, estava feliz tinha acabado de ver vários pokémons que nunca
tinha visto e pude conhecer Shiro e Kuro. Depois de escaparmos
estávamos perdidos e já estava anoitecendo, foi quando vimos uma
assustadora mansão.
A mansão era enorme, havia um
murro ao redor e um portão bem grande de metal aberto, que
atravessando ele chegava ao caminho que levava a entrada da mansão.
Entre a mansão e o portão havia um cemitério sujo e cheio de
musgos nas lapides.
–
E agora o que fazemos? –
Indagou Katy.
– Acho melhor entrarmos. –
Disse Shiro.
– Entrar? Ficou louco Shiro!
– Reclamou Kuro que estava morrendo de medo de entrar.
– Então fazemos o que?
Dormimos aqui fora esperando para aqueles pokémons nos acharam? –
Disse Shiro.
– Tem que haver outra opção.
– Disse Kuro.
– Acho que Shiro está
certo, se ficarmos aqui fora poderemos ser atacados, além disso está
muito escuro para sair andando nesse pântano. – Disse Katy.
– Katy, é sério isso? Quer
realmente entrar ai dentro? – Indagou Kuro.
– Claro que não, também
estou com medo, mas realmente acho que não temos opções. – Disse
Katy sinceramente.
– Acho que esta decidido,
vamos passar a noite nessa mansão assustadora. – Disse Shiro.
– Quanto azar. – Reclamou
Kuro.
Os três caminharam para
dentro daquela mansão enquanto uma sombra misteriosa os observava.
Quando os três finalmente entraram, mal sabiam o que os esperavam,
medo, dor, sofrimento e …
…
Desespero.