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- RainStorm – Capítulo 07
Posted by : Zark
10 de mai. de 2016
Ter
coragem não é não ter medo e sim força para enfrentá-los.
Rota 14, 7 de outubro de
2016.
Kuro tinha despistado os
homens sem face, mas continuava com medo. Estava neurótico, qualquer
barulho que ouvia já ficava alertar, sacou sua espada e atacava o ar
toda vez que sentia algo se aproximar.
– Seus demônios sem rostos,
saiam de onde estão se escondendo e venham me enfrentar como homens
– delirava Kuro balançando sua espada no ar.
Estava louco, não conseguia
distinguir o que era real e o que não era. Ouviu passos se
aproximando dele.
– Então é ai que estão se
escondendo. – Kuro sorriu como se estivesse esperando aquele
momento.
Ele correu com sua espada
levantada para cima que em apenas um movimento desceria acertando o
que estivesse embaixo. Quando chegou mais perto dos sons dos passos
viu uma silhueta de um homem e continuou a seguir.
– Agora, vocês não tem
escapatória. – Kuro segurou sua espada com as duas mão e cortou o
ar tentando acerta aquela silhueta.
A silhueta desviou do ataque,
contra-atacando com um chute em sua barriga. Kuro cuspiu, largou sua
espada e caiu de joelhos. Ele olhou para a silhueta e gritou:
– Está esperando o que?
Roube meu rosto, seu monstro infernal!
– Monstro infernal? Acho que
está exagerando um pouco. Além disso, por que iria querer roubar
seu rosto se eu tenho um muito melhor? – disse uma voz familiar.
Kuro olhou para a silhueta
novamente e percebeu quem ele atacara era seu irmão.
– Shiro! – disse ele feliz
em não estar mais sozinho.
– Como você estar
irmãozinho? – indagou Shiro.
– Poderia estar melhor se
você não tivesse chutado minha barriga.
– Eu só fiz isso, porque
você quase cortou minha cabeça. – explicou Shiro. – Afinal, por
que você me atacou?
– Achei que você era um
desses homens sem faces! Eles exitem, Shiro! Eu encontrei um, mas
consegui escapar. – informou Kuro.
– O que você encontrou não
era um homem sem face.
– Eu tenho certeza do que
vi.
– Kuro, não estou falando
que você alucinou, estou dizendo que o que você viu pode não ser o
que parecia.
– Não estou entendendo.
– Você vai entender. Tenho
que te mostrar uma coisa.
…
Mais
uma vez, eu estava sozinha. Estava com medo, a bateria do meu celular
já estava acabando, se acabasse não poderia usar mais a lanterna.
Continuava a procurar uma possível saída ou alguém, mas como
Oliver e Elaine disseram, essa mansão é um labirinto. O que faria
agora? Eu estava sozinha. Foi então que eu me lembrei que não
estava sozinha, ainda estava com o meu parceiro, Goomy.
Katherine rapidamente pegou
sua Premier Ball e apertou o botão do meio, assim a fazendo abrir e
liberando o Goomy. O Pokémon ao sair da pokébola percebeu o
desespero na face de treinadora, pulou para a cabeça da mesma e
começou a lamber o seu rosto tentando fazê-la sorrir.
– Goomy pare, esta fazendo
cócegas! – pedia ela entre gargalhadas.
Ele fez como ordenado e sorriu
para sua treinadora.
– Goomy obrigada, estava
precisando disso. – agradeceu Katy.
A garota resolveu contar toda
a situação para seu pokémon, que resolveu ficar em cima da cabeça
de sua treinadora.
– Você realmente adora esse
lugar, não é? – perguntou Katy retoricamente.
Katy se sentia melhor por não
estar mais sozinha, sentia que junto do Goomy ela podia fazer
qualquer coisa. Ela resolveu continuar procurando, mas novamente
ouviu um sussurro vindo detrás.
– De novo não. –
Katherine resolveu virar para atrás.
Quando virou viu dois grandes
olhos brancos e uma boca que sorria maleficamente, tudo estava
envolto a uma aura roxa meio fantasmagórica.
–
É o fantasma daquela vez! –
gritou ela.
Começou a correr, mas logo
foi interrompida por Goomy.
– O que foi? Temos que
correr!
Goomy tentava dizer alguma
coisa, pulou da cabeça de Katy e pousou no chão indo na direção
do fantasma.
– O que você está fazendo?
Goomy volte aqui – Correu em direção do Goomy.
Quando chegou perto do Goomy
pode entender o que ele queria dizer.
– Não é um fantasma é um
Haunter!
Uma mão do pokémon fantasma
começou a ficar mais escura e energizada, com sua mão já entorno
de raios roxos, Haunter atacou os dois com um soco, era o Shadow
Punch. Goomy pulou em direção de sua treinadora a
empurrando para atrás e por pouco desviando do golpe, mas quando
pensaram que estavam seguros o soco surgiu do nada e acertou Goomy
que foi arremessado de volta para Katy.
– Goomy, você está bem?
O pokémon afirmou com a
cabeça, Katy sorriu para ele e se levantou encarando o Haunter.
–
Não entendo o que está
acontecendo, mas se é uma batalha que você quer é uma batalha que
você terá! – gritou Katy determinada.
A batalha entre Goomy e
Haunter havia começado.
– Goomy use Bubble
seguido de Iron Tail.
Goomy cuspiu bolhas de sua
boca e pulou em direção ao Haunter que conseguiu desviar do ataque,
mas foi surpreendido pelo Iron Tail que o acertou em
cheio. Antes mesmo que Goomy pudesse comemorar, Haunter o contra
atacou usando Shadow Punch novamente.
– Goomy use Bubble
no chão para desviar do ataque. – ordenou Katy.
Goomy cuspiu uma quantidade
absurda de bolhas no chão o jogando para o alto e desviando do
ataque ou era isso que ele tinha pensado. Um soco foi projetado em
cima do Goomy o acertando de cima para baixo.
– Goomy. – gritou Katy
preocupada e sem entender o que havia ocorrido.
Goomy se levantou, mas Haunter
não tinha paciência e já o ataca novamente usando Shadow
Punch.
– Goomy dessa vez use o Iron
Tail no chão e se empurre para atrás.
Uma calda foi projetada no
corpo de Goomy, ela começou a brilhar. Goomy acertou o chão com ela
e se balançando se jogou para atrás com o movimento, mais uma vez
parecia que ele havia desviado do ataque, mas repentinamente um punho
o acerto em suas costas o derrubando. Goomy se levanta mais uma vez.
“O que está acontecendo?”
“Por que Goomy não está conseguindo desviar?” essas eram
algumas das perguntas que atravessavam a mente de Katherine.
– Sinto alguma coisa
familiar nessa situação, mas não consigo me lembrar. – pensou
Katy.
Haunter mais uma vez se
preparava para usar o Shadow Punch.
– Vamos Katherine se lembre!
Se lembre! – pensava Katy.
O punho de Haunter estava mais
uma vez envolto a uma aura escura e roxa. Ele partiu para o ataque e
quando estava preste a acertar o Goomy, Katy se lembrou do que
precisava.
– Goomy não tente desviar,
ao invés disso ataque o Haunter com seu Iron Tail.
A calda temporária de Goomy
brilhou mais uma vez e quando Haunter quase o acertava com seu soco,
Goomy girou seu corpo acertando o seu ataque no Haunter, assim
colidindo com o Shadow Punch que não foi forte
suficiente para aguentar o Iron Tail do Goomy, que
acertou o Haunter em cheio o arremessando para longe.
– Isso! – comemorou Katy.
– Foi sorte eu ter me lembrado que existem ataques que não podem
ser desviados e aparentemente Shadow Punch é um deles.
Se eu não posso desviar é melhor atacar, não é Goomy?
O pokémon dragão concordou
com a cabeça.
– Agora estamos na vantagem,
Goomy use o Iron Tail outra vez!
Novamente Goomy se preparava
para usar o Iron Tail, com a sua calda já pronta pulou
em cima do Haunter pretendendo o acerta de cima para baixo, mas para
sua surpresa Haunter usou um outro ataque, uma bola de energia
amarela foi criada entre suas mãos. Antes que Goomy pudesse acerta
seu golpe, Haunter arremessou a bola em direção dele. Goomy não
recebeu nenhum dano, mas parou o ataque.
– Goomy, por que você
parou? – indagou Katy. Que ao olhar melhor seu pokémon percebeu o
que tinha acontecido. – Confuse Ray, um golpe do tipo
fantasma que deixa seu adversário confuso. Droga!
Haunter mais uma vez usa o
Shadow Punch.
– Goomy, me escute e use o
Iron Tail.
Goomy estava mais perdido que
cego em tiroteio, não sabia o que fazer, via apenas círculos
girando em sua frente. Sem que percebesse Haunter o acerta novamente.
– Goomy! – gritou Katy
preocupada. – Preste atenção e use o Iron Tail.
O dragãozinho continuava
confuso e em vez de fazer como ordenado atacou Haunter com Tackle,
um ataque do tipo normal que não afeta pokémons do tipo fantasma
como Haunter. Assim ele o atravessa, o Pokémon fantasma não perdeu
a oportunidade e usou o Shadow Punch que mais uma vez
que vai em direção ao Goomy, mas antes que o acertasse, o pokémon
dragão some. Haunter fica confuso e olha para Katherine que segurava
a Premier Ball.
– Se o Goomy esta confuso
não adianta ficar ordenando ele atacar, mas se eu o retorna para sua
pokébola e jogá-la de novo a confusão vai desaparecer, estou certa
Haunter? – Katy jogou apertou o botão da Premier Ball liberando
seu Goomy mais uma vez que ao sair da pokébola não estava mais
confuso. – Goomy use Iron Tail!
Haunter tentou desviar do
ataque, mas não conseguiu sofrendo uma quantidade alta de dano.
– Muito bem Goomy, já está
na hora de detonar esse Haunter!
O pokémon fantasma estava com
raiva, juntou suas mãos deixando um pequeno espaço entre elas,
começou a criar uma esfera de energia amarela nesse espaço, usaria
o Confuse Ray outra vez.
– Goomy use Tackle!
O Haunter se surpreende e é
acertado pelo movimento que o atravessa sem causar nenhum dano, mas
por causa da surpresa Haunter fica parado por um momento.
– Agora é a nossa chance,
Goomy acerte ele com seu Iron Tail.
Haunter continuava parado,
quando se lembrou de movimentar já era tarde demais e o Iron
Tail acertou-o em cheio, o nocauteando. Katy fitou o pokémon
desmaiado no chão.
– Dessa vez, eu não vou
perder a oportunidade. – Ela pegou uma pokébola comum em sua
mochila.
Katy jogou a pokébola em
Haunter que ao acertá-lo ricocheteou acertando a cabeça da garota.
– Ai! – gritou de dor. –
O que aconteceu? Não era para isso acontecer.
Ela insistiu e jogou a
pokébola que ricocheteou novamente, repetiu esse processo inúmeras
vezes, mas o Haunter simplesmente não entrava na pokébola.
– Que droga é essa! –
gritava Katy de frustração.
Sem que ela percebesse o
Haunter acorda e quando ela ver o ocorrido, ele já estava fugindo.
– Não! Haunter volte aqui!
Meus esforços não podem ter sido em vão! Que droga! – Dessa vez
ela não gritava de frustração e sim de raiva.
A bateria do celular dela
acabou e ela ficou sem a lanterna.
– Isso só pode ser
brincadeira!
Katy ouviu passos se
aproximando.
– Por favor que não sejam
os homens sem face! Por favor que não sejam os homens sem face!
Os passos ficavam mais altos,
uma luz podia se ver de longe que se aproxima, que quando estava
perto suficiente para ela ver quem era, viu que não eram as
assombrações que esperava, eram Kuro e Shiro. Katy correu em
direção ao dois os abraçando ao mesmo tempo, os dois meninos
coraram.
– Não me deixem mais
sozinha dessa forma! – reclamou Katy.
– Desculpe, não devia ter
corrido na frente. – disse Kuro.
– Digo o mesmo, estava
preocupado demais com esse irmãozinho medroso. – disse Shiro.
– Não tem problema, o
importante agora é que estamos juntos mais uma vez. – Katy sorriu.
– Isso é verdade, mas
estávamos preocupados com você. Ouvimos gritos e resolvemos
segui-los. Aconteceu alguma coisa? – indagou Shiro.
A garota soltou os dois e
disse:
– Nada que precisem se
preocupar.
– Agora que estamos todos
reunidos tenho que mostrar algo a vocês. – falou Shiro.
Os três estavam juntos outra
vez, Katy e Kuro resolveram seguir Shiro para ver o que ele tinha que
mostrar. Depois de andarem um tempo, alcançaram uma porta que emitia
luz de dentro. Shiro abriu a porta e revelou aquela sala de
monitoramento aos dois que se surpreenderam.
– O que está acontecendo? –
indagou Kuro.
– Essas telas que estão
vendo são imagens em tempo real de câmeras espalhadas por toda a
mansão. – Respondeu Shiro.
– O que isso que dizer? –
indagou Katy.
– Que não existem nem
fantasmas ou homem sem faces. Simplesmente, alguém esta brincando
conosco. – informou Shiro.
– Você está dizendo que
tudo que aconteceu conosco desde chegarmos aqui foi alguma pegadinha
de alguém – repetiu Kuro.
– Isso mesmo! Pensem, a
porta se trancou enquanto dormíamos, alguém poderia ter feito isso.
Os homens sem face devem ser pessoas usando fantasias, além disso
eles sempre apareciam quando chegávamos próximos da saída, por
isso ficamos dando voltas e voltas sem que percebemos. Mas isso não
é uma simples pegadinha, quem está fazendo isso esta querendo ver a
gente sofrer. – explicou Shiro.
– Como você sabe que
estávamos próximos da saída? – indagou Katy.
Shiro apontou para um canto da
sala aonde havia um mapa completo da mansão.
– Diferente de meu irmão,
eu tenho um ótimo senso de direção e pude reconhecer os lugares
que passamos pelo mapa, toda vez que chegávamos perto da saída algo
estranho acontecia e tínhamos que dar a volta.
– Isso quer dizer que com o
mapa podemos sair daqui. – afirmava Kuro.
– Não é bem assim, podemos
saber onde é a saída, mas não sabemos o que o maluco que nos
prendeu aqui vai fazer quando chegarmos perto, além disso não
sabemos se a saída está aberta. – discordou Shiro.
– Então, o que faremos
agora? – indagou Katy.
– Talvez a melhor coisa a se
fazer seja esperar pelo sacana voltar para essa sala e pegarmos ele
de surpresa. – sugeriu Shiro. – Outra coisa que podemos fazer
também, é tentar localizá-lo nas câmeras e ir atrás dele usando
o elemento surpresa.
– Shiro, você pode está
certo, mas e se a mansão realmente for mal assombrada. – disse
Kuro.
– Se isso for verdade, irei
te oferecer como oferenda para os homens sem face liberaram Katy e a
mim.
– Que cruel!
Os dois começaram a discutir
novamente, Katy observava os monitores para ver se encontrava alguma
coisa foi então que ela viu o casal que encontrara antes sendo
levados por vários homens sem face.
– Kuro, Shiro, aqui. –
Apontou para o monitor que mostrava o casal.
– Estão sendo levados para
serem sacrificados. Talvez se fugirmos agora, conseguiremos sair. –
sugeriu Kuro.
– Olhe direito, eles estão
usando máscaras. – contou Shiro.
Os homens sem face pararam de
caminhar e arrodearam o casal, assim tirando suas máscaras e
revelando serem pessoas normais.
– Que alívio. – disse
Kuro.
– Temos outro problema, não
era apenas uma pessoa envolvida nisso. Olhe para isso, são dezenas,
não tem como seguir o meu plano. – comentou Shiro. – Talvez seja
melhor seguir o seu plano e aproveitar a oportunidade para fugir. Se
bem que sentirei pena do casal.
– Eles vão ficar bem, eu
acho. Vamos sair logo dessa mansão assustadora. – falou Kuro.
– Não! – discordou Katy.
– Katy, eu sei que é cruel
deixar os dois com um bando de malucos, mas talvez seja nossa única
chance. – esclareceu Shiro.
– Não vou abandonar os
dois! Eu conheci eles, estão presos aqui sem comida há dias, não
posso mais deixar esses desgraçados ficaram acabando com eles. E
mesmo se eu não tivesse os conhecidos, o certo seria ajudá-los. –
desabafou Katy.
Shiro fitou os olhos de
Katherine que passavam pura determinação.
– Você está certa, não
podemos deixar essas pessoas para trás. – concordou Shiro.
– Não há o que fazer,
então qual o plano? – indagou Kuro.
– Pessoal … – Katy
estava feliz, não estava mais sozinha tinha Goomy e os dois irmãos
te apoiando.
– Que tal fazermos o mesmo
de quando você foi pego pela gangue vermelha. – sugeriu Shiro.
– Está falando do homem com
poderes sobrenaturais? – indagou Kuro.
– Estou falando do homem com
poderes sobrenaturais. – afirmou Shiro.
Katy estava sem entender nada,
apenas que os dois tinham um plano.
Os
dois me contaram o plano, achei simplesmente genial, tinha certeza
que ele funcionaria. Iriamos conseguir salvar Oliver, Elaine e sair
daquele aquela mansão de uma vez por todas, estávamos prontos para
o que viesse, ao menos era o que pensávamos. Algo ainda destruiria
nossos planos e esperanças, apenas não sabíamos disso ainda.
Os três marcaram o local, que
viram no monitor, no mapa e seguiram para onde o casal e os “homens
sem face” estavam. Katy tinha retornado seu Goomy para a pokébola,
Kuro e Shiro mantinha seus pokémons nas pokébolas também. Seguiam
o mapa, quem guiava o local era Shiro, que desenvolveu um ótimo
senso de direção por causa do péssimo senso de direção do seu
irmão. Tentavam se aproximar sem fazerem barulho, quando estavam
próximos ao local marcado, viram uma porta enorme aberta que levava
aonde queriam ir, se aproximaram e olharam na surdina. Era um cômodo
enorme, provavelmente o maior daquela mansão, diferente dos outros
locais as luzes estavam acessas por isso podiam enxergar aquele
saguão muito bem. O chão era de madeira onde havia um longo tapete
vermelho que o cobria quase todo, as paredes eram azuis e no teto
podia se ver ilustres enormes que iluminavam o local. Aquele cômodo
não tinha moveis, era apenas um saguão enorme e vazio.
O casal estava rodeado pelos
“homens sem face” que eram muitos, dezenas, além disso todos
carregavam espadas longas. Katy e os outros conseguiam enxergar um
pouco o que acontecia através das brechas que ficavam entre um homem
e outro. O que acontecia ali não era nada bonito de se ver, muito
pelo contrário, era uma cena feia, ao ver ela Katherine sentia
angustia e raiva. Oliver estava sendo segurado por dois homens que já
não usavam mais as fantasias, cada um o segurava pelo braço o
impedindo de se mover ou cair no chão, ele estava machucado com um
olho roxo e sangue saindo pela sua boca. Elaine estava sendo segurada
por dois homens que a impendiam de tentar ajudar seu marido. Ao ver a
cena Katy cerrava os punhos, queria sair dali para bater naqueles
homens, mas sabia que não adiantaria nada.
Havia
homem de cabelos e olhos castanhos, magro e meio baixo que estava
vestindo uma roupa extravagante, uma camisa social branco com
detalhes marrons assim uma gravata e colete marrons que ficavam por
cima da camisa. Sua calça era meio acinzentada usava um cinto marrom
e dourado para prendê-la, ele usava botas cinzas com detalhes em
dourado. Esse homem passava uma sensação de superioridade e parecia
está comandando os outros.
– Oliver, certo? Posso te
chamar de Oli? – indagou o homem extravagante.
Oliver não respondeu nada.
– Não vai me responder,
acho que você ainda não aprendeu boas maneiras. – O homem socou
Oliver no rosto acertando-o da esquerda para direita fazendo cuspir
um pouco de sangue.
Oliver quase caiu no chão,
mas os dois homens o seguraram.
– Vamos, Oli. Não precisa
ficar fazendo esse jogo de ficar me ignorando, me responda quando eu
perguntar. Sabe quanto tempo fiquei arquitetando esse plano para
pegar idiotas que nem vocês? Isso tem valer a pena, você tem que me
diverti, afinal eu sou o grande Raji Rouge! – exclamou o homem
orgulhoso enquanto apontava seu ombro direito onde existia um brasão
vermelho.
O brasão possuía um formato
de um escudo com três pontas, possui três bordas a primeira e
terceira eram douradas, a segunda preta e seu interior vermelho, onde
podia-se ver a imagem de um capacete prateado com um crista vermelha
no topo.
Katy
estava nervosa, se controlava para não explodir e estragar o plano.
– Quando vamos começar o
plano? – indagou ela aos dois irmãos que não responderam.
Quando ela olhou para os dois,
eles estavam paralisados, tinham se assutado com algo.
– O que aconteceu? –
indagou ela.
– Você não escutou? Ele
disse que faz parte da família Rouge. – conferiu Kuro.
– Sim e daí? – disse
Katy.
– E daí? Você nunca ouviu
falar da família Rouge? Uma das famílias nobres mais poderosas de
Kalos. – exclamou Shiro.
– Acho que devo ter dormido
nessa aula, história nunca foi meu forte. – confessou Katy. – De
qualquer forma, o que isso quer dizer?
– Basicamente existem três
grandes famílias nobres em Kalos, a família Bleu, a família Vert e
a família Rouge. Cada uma é representada por um brasão, aquele que
o homem possui em seu braço é o da família Rouge. Essas três
famílias nobres possuem um poder enorme em Kalos, elas podem fazer
praticamente o que quiserem, se alguém se opõem a eles, essa pessoa
pode ser preso pelo resto da vida ou até mesmo executado. Em questão
de poder, eles perdem apenas para família real, a família Jaune. –
informou Shiro.
– Não importa se ele faz
parte da família Rouge, ainda temos que pará-lo. – disse Katy.
– Na verdade, eu acho melhor
esquecermos isso e darmos o fora daqui. Agora, que sabemos com quem
estamos lidando não podemos fazer nada. – sugeriu Kuro.
– O que? Não podemos deixar
os dois com esse maluco! – exclamou Katy.
– Sinto muito, Katy. Mas eu
acho que Kuro está certo nessa situação. Não podemos enfrentar
uma família nobre, se fizermos alguma coisa desnecessário, quem
sabe o que essa tal de Raji vai fazer conosco. – explicou Shiro.
– Eu não me importo com
isso. Temos que ajudá-los! – gritou Katy.
O som ecou pela sala revelando
a localização deles.
– Droga, temos que sair
daqui. – alertou Kuro.
– Vocês não vão a nenhum
lugar. – disse Raji que era seguido de vários homens.
Os homens pegaram o trio pelos
braços e levaram para o círculo onde estava o casal. Katy pode ver
Oliver e Elaine mais de perto, além dos ferimentos físicos, os dois
pareciam bastante abalados psicologicamente. As pokébolas de Katy,
Shiro e Kuro foram retiradas de seus treinadores, além disso a
espada do último também foi confiscada
– Parece que temos
convidados. – anunciou Raji. – Bem na hora que iriamos começar a
festa.
Raji andou em direção de
Elaine e indagou:
– Você ama seu marido?
– Mais que tudo nesse mundo.
– exclamou ela.
– E se eu dissesse que a
vida dele está em suas mãos. – disse Raji.
– Como assim? – perguntou
Elaine.
– Bem simples, você faz o
que eu mando e ele fica vivo. – Raji levantou fez um sinal com os
dedos para um dos homens que segurava Oliver.
O homem sacou a espada e
colocou no pescoço de Oliver, se alguém movesse a espada um pouco
para cima, o pescoço dele seria cortado.
– Então temos um acordo? –
indagou Raji a Elaine.
– Sim. – respondeu Elaine
ao olhar seu marido que era obrigado a assistir a cena.
– Que esplêndido! Vamos
começar a brincadeira! Primeira ordem, tire sua roupa.
Os olhos de Elaine se
arregalaram, ela estava assutada e não conseguia se mexer.
– Está esperando o que?
Plebeia. – Raji deu um tapa no rosto de Elaine com tanta força que
ela cuspiu sangue.
Elaine estava meio atordoada,
não queria obedecer Raji, mas só assim salvaria seu marido. Começou
tirando o vestido de seus braços, com os braços nus ela começou a
puxar o vestido branco até tirá-lo completamente. Agora, ela estava
seminua, apenas com suas brancas roupas íntimas, possuía um corpo
cheio de curvas que atraiam qualquer homem.
– Que corpão! Mesmo sendo
apenas uma plebeia. – exclamava Raji. – Vamos continue, você
ainda não esta completamente despida ou quer que seu marido morra.
Elaine começou a desbotoar
seu sutiã, mas quando ela já tiraria foi parada por um grito:
– Pare!
Era Katy que não aguentava
mais ver aquela tortura. Raji fitou Katy e se aproximou dela.
– Está com algum problema?
– indagou Raji.
– É claro que eu estou! Por
que você fica fazendo essa tortura toda? – questionou Katy.
– Tortura? Não, você
entendeu muito errado. Isto é apenas uma brincadeira. Quer se
juntar? – indagou Raji ao olhar o corpo de Katy de cima para baixo.
– Tire suas roupas.
– Você não manda em mim,
idiota! – gritou Katy.
Raji arregalou os olhos,
sentiu raiva, como alguém podia chamar ele de idiota. Ele cerrou o
punho direito e a socou na barriga, fazendo ela perder ar por alguns
segundos. Shiro e Kuro gritaram o nome da menina.
– Ninguém, chama o grande
Raji Rouge de idiota!
Katy tentava recobrar o
folego, conseguiu, mas ainda estava ofegante.
– Por que você faz isso? –
indagou a garota a Raji.
– Isso?
– Estou perguntando, por que
você assusta, maltrata e machucas pessoas que você nem conhece? –
explicou Katy.
– Por que? Porque eu posso.
Afinal eu sou um nobre da família Rogue, um ser superior a todos
vocês, seus plebeus miseráveis. Vocês devem nutrir todos meus
desejos, mesmo que morram para isso, pois nem um milhão de suas
míseras vidas equivalem a minha. Eu posso fazer o que eu quiser,
posso matar quantos plebeus eu quiser. Mas qual a graça de
simplesmente matá-los, eu prefiro muito torturas e velos sofrendo e
pedindo por misericórdia. Vocês devem suas vidas a mim, mesmo que
elas não valham nada. E sabe o melhor, vocês não podem fazer nada
contra isso, afinal são apenas lixo que devem me obece... – Raji
sentiu uma dor que nunca sentira antes, algo o acertava no queixo o
empurrando para cima com bastante força.
Era Katy que o socava com um
gancho de direita acertando-o de debaixo para acima, Raji caiu no
chão batendo a cabeça, sentia muita dor, tanta dor que não
conseguia se levantar. Todos naquela sala ficaram surpresos com o ato
da menina, afinal todos sabiam quanto era o tamanho da loucura que
ela acabara de cometer.
– Cale sua boca nobre
imunda! Não me importo com essas bobagens de nobres e plebeus! Não
te devo nada, além de uma surra por ter machucado meus amigos! Você
se acha melhor, mas a verdade é que você é o pior tipo de lixo que
existe! – explodiu Katy.
O clima estava tenso, todos
pareciam congelados, ninguém se movia. Raji continuava deitado no
chão abalado psicologicamente, ninguém deveria te bater, era a
primeira vez que levava uma surra desde muito tempo, ele não gostava
disso. Shiro resolveu aproveitar o momento de surpresa e chutou a
cara do homem que carregava seus pertences. O homem foi derrubado,
Shiro rapidamente pegou suas pokébolas, as de seu irmão, a Premier
Ball de Katy e a espada de Kuro.
– Agora não tem volta! –
Shiro lançava a espada de Kuro para o próprio.
Kuro pegou a espada com a mão
direita e ainda com a bainha acertou um golpe num dos homens que o
arrodeavam, fazendo-o desmaiar.
– Está vendo, que minha
espada pode ser útil, as vezes? – ironizou Kuro.
– Não fique se
vangloriando. Katy pega! – gritou Shiro enquanto arremessavam a
Premier Ball para Katy.
A garota furisode pegou a
pokébola no ar apertando o botão no meio que liberava Goomy.
– Goomy use Iron Tail
no máximo desses homens que conseguir!
Uma cauda foi projetada em
Goomy, que pulava de um lado para o outro acertando o corpo de
diversos dos homens. Shiro correu em direção ao seu irmão e
entregou suas pokébolas.
– Ajude Oliver e Elaine,
quando pegarmos os dois, avisamos a Katy e saímos daqui. – disse
Shiro.
Kuro concordou com a cabeça,
partiu em direção ao casal e liberavam seus pokémons, Sneasel e
Carnivine. Os homens que obedeciam Raji, começaram a contra-atacar
usando suas espadas, um correu em direção a Shiro, tentou cortá-lo,
mas ele desviou do ataque liberando seus pokémons, Meowstic e
Croagunk que atacaram o homem, o derrubando no chão.
Kuro chegou perto do casal,
Oliver continuava sendo segurado por dois homens e Elaine estava
sendo perseguida por outro homem. Kuro mandou Sneasel e Carnivine
atacar os dois homens usando Vine Whip e Feint
Atack. Kuro com sua espada acertou a cabeça do homem que
perseguia Elaine o derrubando, seus pokémons já haviam salvado
Oliver também. Kuro virou para Shiro e gritou:
– Estamos prontos!
Shiro lutava contra os homens
que usavam espadas de mãos nus, desviando facilmente dos ataques e
os acertando com soco e chutes, Shiro era muito ágil. Meowstic e
Croagunk davam suporte ao seu treinador e a Goomy e Katy que lutava
usando técnicas de Aikido. Shiro ouviu o sinal de seu irmão e
avisou a Katherine que já deviam ir embora.
Os cinco e seus pokémons
caminhavam para a única saída que existia naquele saguão, mas
foram surpreendidos quando sentiram um olhar assustador atrás deles,
não conseguiam mais sair pela porta era como se algo os predessem
naquela sala. Quando viraram para ver o que estava acontecendo viram
um Haunter que atraia os seus olhares, seus olhos brilhavam, era
aquele olhar que impedia dos cinco fugirem, aquele era o Mean
Look, um ataque que atraia os olhares e impediam o oponente
fugir da batalha.
– Acharam que poderiam fugir
de mim? – disse Raji que já lenvantara e se aproximava dos
fugitivos seguidos de seus homens.
Katy logo lembrou do Haunter,
era o mesmo que enfrentara antes.
– O reconheceu? Devo admitir
que fiquei surpreso quando o derrotou, afinal ele é meu pokémon.
– Era por isso que o Haunter
não queria entrar na pokébola. – pensou Katy.
– A brincadeira estava
divertida, mas infelizmente você estragou tudo. – falou Raji
apontando para Katy. – Homens peguem eles e os separem.
Mais de trinta homens foram em
direção dos cinco que não resistiram, eles já admitiam o fato que
não havia mais como escapara dali. Seus pokémons foram retornados
as pokébolas.
– Parece que estão
aprendendo. – incentivou Raji. – Mas eu tenho um assunto a tratar
com você.
Raji apontava para Katherine
que está sendo levada para ele por dois homens.
– Qual seu nome? –
perguntou Raji fitando os olhos de Katy.
A garota não respondera. Raji
estava nervoso, não tolerava ser ignorado. Ele acertou um soco tão
forte no rosto da menina que quase quebrou os seus dentes.
– Eu perguntei qual o seu
nome?
– Katherine – respondeu
ela temendo levar outra pancada.
– Que nome belo, para uma
garota bela. Infelizmente, essa garota não sabe qual é seu lugar e
merece levar algumas punições! – Raji chutou a barriga da menina
a fazendo cuspir sangue.
– Katy! – gritaram Shiro e
Kuro ao mesmo tempo.
Raji fez uma ordem com sua
mão, os homens que seguravam Shiro e Kuro taparam suas bocas para
não falarem mais nada.
– Katherine, você já ouviu
falar de um movimento chamado Night Shade? – indagou
Raji.
Ela negou com a cabeça,
estava sentindo dor demais para falar.
– Night Shade
é um golpe que o Haunter pode usar, ele faz o alvo ver uma miragem
completamente assustadora e dolorosa, causando danos altos no alvo.
Sabe outro fato interessante sobre esse movimento? É que ele é
excelente para torturar. – sorriu Raji.
Raios vermelhos e negros
começaram a sair dos olhos de Haunter indo em direção a Katy que
ao receber o movimento soltou um alto grito de dor.
–
Musicas para meus ouvidos. –
Comentou Raji enquanto a garota gritava e se contorcia de dor.
Eu
tinha ganhado a Liga de Kalos e estava retornando para Laverre, já
havia anos que eu tinha saído de casa para ir em uma jornada. Mas ao
chegar lá, me arrependi profundamente, todos as minhas irmãs
furisodes tinham sido mutiladas, estavam mortas, Kali, Blossom,
Linnea, Valerie e até mesmo a vovó Genkai. Estava desesperada,
tinha perdido minha família, tinha perdido tudo, não sobrava mais
nada.
Katy
continuava gritando e se contorcendo, lágrimas escorriam pelos seus
olhos, Kuro e Shiro não sabiam o que ela estava vendo, mas sabiam
que ela estava sofrendo demais e aquilo não era justo.
– Muito
bem, Haunter já pode parar. – ordenou Raji.
Haunter
fez como ordenado e parou de acertar seu golpe em Katy, que caiu
bruscamente no chão, lágrimas escorriam pelos seus olhos e faziam
uma possa no solo. Raji se aproximou da menina, a agarrou pelos
cabeços e levantou sua cabeça.
– Está
chorando? Mas estamos apenas começando. – Raji socou o rosto da
menina a fazendo cuspir sangue novamente.
Ele
levantou o corpo dela e arremessou para dois homens que a seguraram
um em cada braço para não deixá-la cair no chão. Raji começou a
espancar a garota, era uma sequência de socos e chutes em diversas
partes do corpo da pobre menina, as pancadas doíam e a cada golpe
que recebia Katy gritava. Kuro e Shiro passavam mal olhando para
aquilo, sabiam que nobres eram terríveis, mas Raji era um monstro.
Depois
de receber tantas pancadas não tinha mais força para gritar, seu
corro cabeludo doía de tanto ser puxado, escorriam sangue de seu
nariz e boca que se juntavam as lagrimas de dor assim caindo no chão.
– Estou
ficando entediado, acho que vou acabar logo com isso. – Raji pegou
Katy pelos cabelos e a jogou no chão. Pisava na cabeça da garota e
a forçava contra o solo.
Raji
então sacou uma espada que guardava em sua cintura e disse:
– Katherine,
obrigado por me diverti.
Ele
levantou a espada preparando para cortar o pescoço da menina.
Estava
triste, minha vida acabaria ali. Não tinha realizado meus sonhos,
nem comprido as promessas que prometi. Estava feliz também, minha
vida passava pelos meus olhos, apesar de não ter sido exatamente
como queria, foi uma vida boa, mesmo sendo morta eu havia seguido
meus ideais e lutado até o fim. Talvez eu estive estivesse chorando
ou talvez não houvesse mais lágrimas restando para chorar. Estava
ali deitada naquele chão frio tendo minha cabeça pisoteada,
enquanto uma espada se aproxima de meu pescoço, estava esperando
minha morte.
A espada
estava preste a corta o pescoço de Katy, ela descia rapidamente, mas
para Katy parecia uma eternidade. Ela se desculpava através do
pensamento com todos que se machucariam com a sua morte, sobrava
apenas mais uma pessoa:
– Desculpe-me
Red …
… Não
vou poder cumprir a nossa promessa.