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- RainStorm – Capítulo 08
Posted by : Zark
20 de mai. de 2016
Não
importa se você é um nobre ou um plebeu nenhuma vida vale mais que
a outra.
“Era
uma vez…” Sempre achei essa frase um jeito estranho de começar
uma história, mas sempre gostei também. Pensei em começar contando
a minha história dessa mesma forma usando, mas resolvi mudar um
pouco.
Azoth,
02 de maio de 2000.
Lá
estava meu pai e minha mãe no hospital, os dois estavam felizes, sua
quinta criança tinha acabado de nascer. Era uma menina que minha mãe
segurava em seus braços enquanto meu pai pedia para segurar também,
essa menina era eu.
Azoth,
22 de julho de 2006.
Nessa
época eu tinha seis anos, minhas irmãs e meus irmão mais velhos
eram muito ocupados, alguns nem tanto, mas passavam pouco tempo
comigo, a caçula da família. Muito do meu tempo eu passava sozinha
lendo livros e mangás, gostava muito dos contos de fadas,
principalmente os que tinham Pokémon que infelizmente minha família
não deixava eu ter nenhum, diziam que eu era muito nova para isso e
aparentemente ainda sou. Nunca tinha tocado em nenhum pokémon, o
mais perto que eu tinha visto até o momento era os que passavam pela
janela do meu quarto, mas nesse dia eu toquei e vi um pokémon de
perto pela primeira vez. Meu pai resolveu me levar para uma floresta
perto de minha casa, lá existiam diversas espécies de pokémons,
tive receio de tocá-los, mas meu pai me incentivou e o primeiro
pokémon que toquei foi um Pikachu, depois que percebi que era seguro
passei aquele dia todo brincando com os pokémons. Naquele dia meu
pai sorria, ele me amava muito e sempre que podia passava tempo
comigo.
Azoth,
11 de setembro de 2006.
Esse
dia mudou minha vida, mas não para melhor como contos de fadas. Eu
estava sozinha como de costume, meu pai que sempre brincava comigo,
estava doente de cama. Quando minha mãe deixava, eu ia passar o
tempo do lado da cama dele enquanto conversávamos. Nesse dia, eu
tinha lido sobre um pokémon incrível que pode evoluir para diversas
evoluções diferentes, ele é chamado Eevee. Pedi ao meu pai para
me mostrar um assim que
ele melhorar, ele disse que já estava ficando melhor e prometeu me
levar para um safári onde eu poderia encontrar o Eevee. Eu estava
feliz, muito feliz, meu pai estava melhorando e eu encontraria um
Eevee. Só que o que eu não sabia era que tudo aquilo era uma
mentira. Foi nesse
dia que meu
pai morreu.
Chorei incontáveis
litros, não entendia o porquê, meu pai disse que estava ficando
melhor, mas agora eu entendo que aquelas era apenas palavras para me
deixar feliz.
Azoth,
02 de maio de 2011.
Esse
dia, eu fiz 11 anos, já entendia melhor a minha realidade, quando
era menor não fazia noção da importância que o nome da minha
família carregava. Nessa data, eu já entendia, mas não me
importava, me perguntava e ainda me pergunto “Por que um sobrenome
deve definir o valor da vida de alguém?”. Eu nunca gostei de ser
tratada especial, apenas por causa do meu nome, as pessoas sempre
fingiam ser melhores ou gostarem de mim para alcançar algum objetivo
em relação minha família, detestava isso. Outra coisa que odiava
era quando alguém dizia que eu era superior aos outros por causa da
família em que eu tinha nascido, para mim nada disso faz sentido.
Azoth,
17 de junho de 2016.
Neste
dia eu encontrei um treinador incrível e muito poderoso, sozinho ele
derrotou mais de 10 homens. Ele usava um boné vermelho com branco e
viaja com outra treinadora. Cada um dos dois treinadores tinham um
Pikachu, um pokémon que tenho um carinho especial por ter sido o
primeiro que toquei. Esses treinadores me disse que se eu sentisse
vontade devia partir em uma jornada, mesmo que não fosse uma jornada
atrás de batalhas. Eles disseram que o mundo era incrível e que os
pokémons mais ainda, disseram que parti em uma jornada era muito bom
principalmente acompanhado de amigos. O treinador de boné vermelho
me contou sua jornada até ali e como foram suas épicas batalhas
enfrentando os lideres de ginásio. Depois disso os dois partiram e
eu resolvi sair em uma jornada para conhecer o mundo e os pokémons.
Rota
14, 6 de outubro de 2016.
Tinha
ouvido em Lumiose sobre um nobre que usava de uma lenda para assustar
e “brincar” com pessoas numa mansão na Rota 14. Não podia
deixar ele fazer isso, não era certo.
Lá
estava eu na Rota 14 procurando a mansão que tinha ouvido falar, mas
naquele dia vi algo que chamou minha atenção. Três treinadores,
uma menina e dois meninos, usando apenas cinco pokémons conseguiram
derrotar hordas de pokémons selvagens, foi algo incrível. Segui
eles para ver o que faria e acabei chegando na mansão que procurava.
Os três estavam procurando um lugar para passar a noite e resolveram
entrar na mansão, resolvi segui-los, não podia deixar eles se
tornarem outras vítimas daquele nobre desonrado. Esperei eles
dormirem e entrei dentro da mansão, fiquei em um lugar onde poderia
vê-los, mas que fosse difícil para eles me verem.
Rota
14, 7 de outubro de 2016.
Passei
a noite escondida na mansão, mas ao acordar os três tinham sumido,
resolvi ver se eles tinham saído da mansão, mas como eu temia, a
porta estava trancada. Tive então que procurá-los dentro daquela
mansão enorme que parecia mais um labirinto, ouvi algum gritos
diversas vezes, mas toda vez que corria para ver o que era, eles já
tinham sumido. Passei uma boa parte do meu tempo procurando por eles
naquela mansão terrivelmente escura. Foi quando eu encontrei uma
sala de monitoramento e descobrir que havia câmeras espalhadas por
toda mansão, em um dos monitores vi o que estava acontecendo em um
cômodo da mansão. A menina estava sendo torturada pelo nobre que se
achava superior, quando vi a cena fiquei com raiva daquele homem e
pena da garota. Corri desesperadamente para quele saguão onde todos
estavam, eu tinha que chegar lá antes que algo de pior acontecesse.
Raji
descia sua
espada rapidamente
que
estava
preste a corta o pescoço de Katy. Quando
Shiro, Kuro e Katy já tinha perdido suas esperanças, um vulto
passou acertando o rosto de Raji que foi
jogado para longe da menina.
Katy
não sabia o que estava acontecendo, apenas que estava viva. Quando
olhou para cima, viu uma outra garota, tinha sido ela que havia
acertado Raji. A garota era linda, talvez a mais bonita que Katy já
tinha visto, devia
ter a mesma idade que a sua.
Tinha
um corpo com curvas invejáveis e delicadas. Seus olhos eram dourados
que nem a cor do ouro mais valioso, mas o que mais chamava atenção
eram seus fios de cabelos que eram bem longos onde começavam roxos
do couro cabeludo e ao descer até as pontas ficavam amarelados dando
um ar especial a menina. Ela vestia um vestido curto completamente
branco, mas sobre ele havia uma espécie de segunda camada preta,
tipo um casaco, mas mais pomposo. A garota
tinha um ar de gentileza e beleza, sua aura emanava compaixão e
bondade.
Depois
de algum tempo de caminhada eles finalmente chegaram em Lumiose. A
cidade era enorme, maior que qualquer lugar que Katy já estivera. O
que mais chamava a sua atenção era a Torre Prisma, que ficava
localizada exatamente no centro da cidade.
Todos
na sala ficaram encarando a beldade, exceto Raji que estava caído no
chão sem querer aceitar a realidade. Com dor e raiva Raji se
levantou devagar e encarou a garota.
– Eu
não sei quem você é, mas me deixou com muita raiva. – gritou
ele.
– Sim
e dai? – disse a garota.
– Você
não sabe quem eu sou? Eu sou Raji Rouge, um ser superior a todos
vocês, suas vidas não se comparam nada a minha. Se não quer morrer
se curve agora e lamba o meu pé! – sentenciou Raji.
– Raji
Rouge? Quem é esse mesmo? Desculpe acho que nunca ouvi falar. – A
garota deu língua para ele.
– Sua
piveta desgraçada, de onde é que estão os modos dos jovens
atualmente. Vou matar você e depois vou matar ela! – ameaçou Raji
apontando para Katy.
– Sabe
é errado ameaçar os outros, além disso não posso morrer agora,
ainda tem uma coisa que preciso fazer. Sabe o que é?
– Não
estou com paciência para fincar brincando com você. – Raji pegou
a espada que havia derrubado no chão e partiu para cima da garota.
Ela
desviou dos ataques de Raji facilmente e o acertou com um chute na
cara.
– Pew!
Resposta errada! A resposta certa é uma lição, eu preciso te dar
uma lição. – alertou a garota.
Raji
estava caído de novo, havia tempo que tinha se machucado tanto,
estava com mais raiva que antes. Sem nem pensar ele ordenou que seus
homens matassem a garota de cabelo roxo e dourado.
– Acho
que você não devia fazer isso. – sugeriu a garota.
– Eu
faço o que quero, minha vida vale muito mais que a sua ou de
qualquer uma nessa sala! – gritou Raji.
A
garota respirou profundamente e começou a falar, seu tom de voz
tinha mudado estava mais sério:
– Não
importa se você é um nobre ou um plebeu nenhuma vida vale mais que
a outra.
Raji
riu e argumentou:
– Me
poupe! É muito fácil para uma plebeia ficar essas besteiras.
A
garota sorriu:
– Você
ainda não entendeu, não foi? – A garota pegou algo dentro do
sobretudo que usava e revelou um brasão amarelo com uma coroa cinza
de cinco pontas no meio.
Os
homens que estavam preparados para atacá-la pararam ao ver o brasão.
A garota então concluir a sua frase:
– Eu
sou Evelyne Pourpre Jaune, a terceira princesa da família real de
Kalos!
Todos
ficaram chocados com a revelação, mas quem mais parecia afetado com
aquilo foi Raji.
– Impossível.
Raji
correu em direção a Evelyne e se ajoelhou:
– Me
desculpe, vossa alteza! Se soubesse que era você nunca teria te
ameaçado.
– Eu
não quero que se desculpe para mim e sim para ela e todos que vocês
fez mal. – disse Evelyne apontando para Katy.
Raji
engoliu seco, por que ele, logo ele teria que se desculpar para uma
plebeia.
Evelyne
se aproximou de Katy e levantou sua mão oferecendo ajuda, Katy
aceitou, mas não tinha muitas forças para ficar em pé sozinha, por
isso ficou se apoiando em Evelyne.
– Por
que está me ajudando? Achei que os nobres não ligassem para a
plebe.– indagou Katy.
– Eu
já disse, eu não ligo para isso. Além do mais, eu vi a sua batalha
na Rota 14 e achei você incrível! – Evelyne disse ao soltar o
mais belo dos sorrisos. Aquele sorriso foi reconfortante para Katy
que respondeu com outro sorriso meio torto por causa dos machucados
de sua boca.
Raji
se virou para as duas e se ajoelhou na frente de Katy:
– Me
desculpe! Eu realmente sou um idiota! Me desculpe!
– Você
acha que isso é suficiente para se desculpar? – indagou Evelyne.
– Eu
aceito as desculpas. – disse Katy.
Todos
ficaram surpresos, como alguém poderia desculpar outra pessoa tão
facilmente depois de tudo que ela fez.
– Isso
é sério? – indagou Raji. – Se eu estivesse no seu lugar não
perdoaria ninguém.
–
Ai
está nossa diferença, eu não me importo quem você seja ou o que
fez, mesmo tendo feito tudo isso, eu acredito que todos tem segundas
chances.
Este
é um de seus problemas, você disse que não perdoaria ninguém se
estivesse no meu lugar, então você acaba de confirma que não se
perdoará também, dessa forma se nem mesmo você
se
perdoará,
então quem irá?
– esclareceu Katy.
Raji parecia atento, aquelas palavras o
deixavam um inquieto.
– Não estou te perdoando porque
gosto de você, na verdade é o contrário, mas se você não pode se
perdoar, eu farei isso para você. – continuou Katy.
Aquelas palavras surpreenderam a todos,
Katy, não esteva perdoando Raji, porque achava as ações dele
perdoáveis, ela estava o perdoando, pois apenas ela poderia fazer
isso para ele.
– Mas para eu te perdoar tem uma
condição. – comentou Katy.
Raji continuava atento as palavras da
menina furisode.
Katy
se soltou de Evelyne por um tempo e chegou perto de Raji, usando o
pouco da força que ainda tinha.
– Seja
uma pessoa melhor. – Ela sorriu, mas para surpresa de todos socou
Raji com todas as forças. – Isso foi por todos que você fez mal.
Katy
não aguentava mais ficar em pé e desmaiou, por sorte, Evelyne
conseguiu a segurar a tempo de cair no chão.
Rota
14, 8 de outubro de 2016.
– Ela
ainda está dormindo. – disse Shiro ao sair do quarto onde Katy
descansava.
– Isso
é preocupante, já faz um dia que ela não acorda. – comentou
Kuro.
Elaine
ouviu a conversa e resolveu se intrometer:
– Não
se preocupem, o médico disso que ela se cura muito rápido, mas
dormiria por alguns dias, então não fiquem preocupados.
Os
dois irmãos concordaram com a cabeça.
– E
Oliver, como ele está? – indagou Kuro.
– Ele
está bem, já se recuperou da maioria dos ferimentos. – respondeu
Elaine.
– Isso
é bom de ouvir. – falou Shiro.
Os
três ficaram em silêncio, pareciam querer falar de algo, mas
ninguém tomava a iniciativa. Depois de um tempo fitando uns aos
outros, Kuro resolveu falar:
– E
sobre a princesa?
– Para
dizer a verdade, não confio nela, afinal o histórico das famílias
nobres não é nada bom, mas, de qualquer forma, tenho gratidão por
ela ter salvado Katy. – revelou Shiro.
– Acho
que sinto o mesmo. – concordou Kuro.
– Vocês
dois estão muitos preocupados, Evelyne só nos ajudou desde que
chegou. Acho que estão pensando demais. – disse Elaine. – Ou
será que se apaixonaram por ela e estão com medo de serem
rejeitados, por isso estão sendo tão cautelosos.
– Nada
disso. – gritaram os dois corados ao mesmo tempo.
– Ou
será que estão apaixonados pela Katherine, querem saber se podem
confiar em Evelyne para ter certeza que a menina furisode vai
acordar.
– Cala
a boca! – gritaram os dois corados ao mesmo tempo de novo.
Elaine
deu boas gargalhadas dos dois.
– Não
precisam ficar preocupados, eu conversei bastante com Evelyne e pode
perceber que ela é uma boa garota. O jeito agora é esperar Katy
acorda, enquanto isso por que não aproveitam para conversas mais com
Evelyne.
Os
dois irmão se olharam e deram de ombros. Sabiam que Elaine devia
estar certa, mas ainda tinham suas dúvidas, principalmente por causa
dos terríveis eventos que haviam acontecido em seus passados.
Rota
14, 9 de outubro de 2016.
Sons
de pingos de chuvas, que acertavam o solo do lado de fora, podiam ser
ouvidos. Ele batiam no chão e se dividiam em várias partes menores,
outros pingos acertavam a janela do quarto. O som estava baixo, mas
ficava cada vez mais alto, gotas e mais gota acertavam o solo, foi
quando uma luz entrou pelos seus olhos. Ela tinha acordado.
– Onde
estou? – indagou Katy para si mesma.
Ela
percebeu que estava cheia de ataduras em torno de seu corpo, olhou a
janela e viu a chuva escorrendo. Katy então resolveu levantar,
estava se sentindo bem, não dormia assim desde que tinha saído de
casa. Ela se aproximou da janela e ao alcançá-la resolveu abrir. A
água da chuva começou a pingar em seu rosto, Katy gostava dessa
sensação. Ela gostava da chuva.
– Você
acordou. – disse uma voz que vinha do outro lado do quarto.
Katy
se virou para ver e era Evelyne que acabara de entrar.
– Que
bom, que bom. – disse Evelyne emocionada.
…
Katy
estava sentada na cama que acordara, Evelyne ficava ao seu lado
sentada em uma cadeira.
– Muito
obrigada por me salvar, Evelyne. – agradeceu Katy.
– Não
precisa disso e pode me chamar de Eve.
– Eve,
o que aconteceu desde que desmaiei? – indagou Katy.
– Sabia
que perguntaria isso. Depois que você desmaiou, todos ficaram
preocupados, mas por sorte, um dos subordinados de Raji é um médico,
quando descobrimos isso, pedi a ele para cuidar de você. Ele cuidou
de seus ferimentos, de Oliver e de Raji. Como seus ferimentos eram
graves, o médico disse que precisava descansar e dormiria alguns
dias, por isso resolvemos ficar na mansão que não é tão
assustadora depois que ligamos as luzes. Raji ordenou que seus homens
ligassem os interruptores e desbloqueio os quartos com janelas.
Depois disso, ele foi embora de cara fechada, mas, pelo menos, no fim
ele ajudou. Falando nisso, belo soco. – elogiou Eve.
As
duas riram.
– Depois
que eles foram embora já se passaram dois dias, eu, Elaine, Oliver,
Kuro e Shiro, ficamos aqui. Fiquei preocupada como comeríamos nesses
dias, mas Raji revelou o depósito que estava cheio de comida, mas
ainda precisávamos alguém para cozinhar. Felizmente, Elaine é uma
ótima cozinheira, Kuro disse que sabia cozinhar também, mas Shiro
pediu que deixasse que Elaine cozinhasse. Queria saber se a comida do
Kuro é boa, será que ele sabe fazer doces? Chocolate, faz tempo que
não como chocolate … Torta, faz tempo que não como uma …
Brigadeiro, como eu gosto de brigadeiro … – Eve se perdia em seus
pensamentos.
– Quem
diria que você era um entusiasta por doces. – disse Katy sorrindo.
– Doces
são deliciosos, uma maravilha criada pela humanidade … – Eve
começou a contar tudo que sabia sobre o assunto.
Katy
mesmo não ligando para a história de como foi feito o primeiro
doce, ouviu todas as palavras de Eve atentamente, sabia que isso a
deixaria alegre. Depois de bastante tempo, Eve finalmente parou de
falar.
– E
foi assim que o brigadeiro salvou a vida de sete pessoas. –
concluiu Eve.
– Interessante,
eu acho.
– Tem
uma coisa que quero te devolver. – Eve levantou a mão e entregou a
Premier Ball para Katy.
Os
olhos da garota furisode brilhavam e ao apertar o botão do centro,
seu Goomy pulou da pokébola e foi abraçado pela sua treinadora, que
estava muito feliz em rever seu pokémon.
Eve
olhou para o relógio que estava pendurado na parede e se lembrou de
algo.
– É
mesmo, o café da manhã, temos que ir, se não, chegaremos
atrasadas. – berrava Eve. – Katy, coloque logo suas roupas, elas
foram lavadas e estão no armário.
Eve
saiu do quarto para dar privacidade a Katy, que se arrumou
rapidamente. Quando a garota furisode saiu do quarto, Eve disse:
– Vamos!
Temos que dar a boa noticia a todos!
As
duas saíram correndo em direção a sala onde estava a mesa do café
da manhã, assim como todos os outros.
– Chegamos!
– anunciou Eve.
Todos
olharam para Eve, mas tiveram uma boa surpresa ao verem Katy acordada
e com saúde novamente.
– Katy.
– disseram todos felizes.
Elaine
correu e deu um abraço na menina. Shiro fez o mesmo depois.
– Sua
menina burra, devia ter ficado calada. – disse Shiro abraçando a
garota enquanto se controlava para não demostrar tanta felicidade.
– Desculpe,
Shiro. Não queria deixar vocês tristes. – desculpou-se Katy.
Shiro
a soltou e contestou:
– Não
tem o que desculpar, afinal se não tivesse feito nada, quem sabe o
que teria acontecido depois. Você foi uma heroína!
– Eu
prometi que não choraria. – disse Kuro limpando as lágrimas
olhando para Katy.
– Para
de chorar, seu idiota, e vá cumprimentar logo ela. – reclamou
Shiro.
– Pare
de me chamar de idiota, seu idiota. – retrucou Kuro.
– Você
não sabe, que apenas idiotas chama os outros de idiotas? Seu idiota!
– caçoou Shiro.
Os
dois continuaram brigando por um tempo.
– Para
de ficar reclamando e vai logo cumprimentar ela, seu idiota. –
ordenou Shiro.
– Era
isso mesmo que ia fazer, seu idiota. – disse Kuro.
Kuro
abraçou Katy fortemente e disse:
– Que
bom que você voltou.
O
próximo a abraçar Katy foi Oliver que agradeceu Katy, por tudo que
ela fez por ele e Elaine e pediu desculpa por ela ter tido que passar
por tudo.
…
Todos
comeram bastante e se aprontaram para uma nova jornada, ainda era
cedo, mas queriam partir o quanto antes. O tempo parecia cooperarar e
parou de chover, revelando um grande e lindo sol. Kuro resolveu
esconder sua espada, não queria ser confundido com um serial killer
de novo. Já arrumados saíram da mansão.
– Gente,
já vamos! Foi bom ter conhecido vocês, mas nossa lua de mel esperou
mais do que devia. – comentou Elaine.
– Para
onde vocês estão indo? – indagou Katy.
– Estamos
indo para Laverre. – respondeu Oliver.
– Se
passarem pelo ginásio de lá, mandem um oi para vovó e minhas irmãs
furisodes. – pediu Katy.
– Com
certeza iremos, tchau Katy. Tchau a todos vocês! – despediu
Elaine.
– Até
a próxima. – despediu Oliver.
O
casal foi embora, restavam apenas aqueles quatro adolescentes.
– Vocês
vão para aonde? – indagou Katy.
– Nos
dois estamos inda para Lumiose. – respondeu Kuro.
– Eu
também! Quero desafiar o ginásio de lá. – disse Katy
entusiasmada.
Evelyne
observou a cena e teve uma ideia.
– Já
sei! Por que não viajamos juntos? Temos o mesmo lugar como objetivo,
além disso estou muita curiosa para ver a batalha de Katy.
– Para
falar a verdade, eu também estou curioso. – admitiu Shiro.
– Então,
o que acham disso. Vamos todos juntos para Lumiose e assistimos a
batalha de Katy. Assim que assistirmos, decidimos o que fazer depois.
– sugeriu Eve.
– Eu
topo, aposto que será uma batalha incrível. – disse Kuro.
– Eu
também estou dentro. – concordou Shiro.
– É
claro que eu topo, afinal viajar com os amigos é muito mais
divertido que viajar sozinha. – comentou Katy.
– Amigos.
– pensou Eve.
– Então
esta decidido, vamos! – gritou Eve entusiasmada.
Cidade
de Lumiose, 9 de outubro de 2016.
– Nossa
que lugar alto! – admirou Katy.
– Quer
subir? A vista é incrível – indagou Eve.
– Não!
– A resposta foi imediata. – Sabe, eu não me dou muito bem com
altura.
– Se
você quer desafiar o líder de ginásio, vai ter que subir, porque o
ginásio fica localizado no andar mais alto da torre. – revelou
Eve.
– Quanto
azar! – gritou Katy.
Todos
riram.
– Falando
sério, Katy, acho que você deve deixar o ginásio para amanhã.
Você precisa relaxar um pouco, além disso você não pode vir a
Lumiose com pressa e nem conhecer a cidade direito. – sugeriu Eve.
Katy
concordou com a cabeça.
– Então
vamos fazer um Tour patrocinado pela princesa mais bonita de Kalos! –
disse Evelyne entusiasmada.
– Antes
de irmos
tem algo que quero perguntar. – disse
Katy. – O que significa aqueles monumentos?
Ela
perguntou enquanto apontava para cinco basiliscos grandes, mas que
não se comparavam ao tamanho da torre prisma. Cada basilisco tinha
uma cor, azul, vermelho, verde, amarelo e magenta, uma cor próxima
ao roxo claro.
– Esses
monumentos são homenagens as famílias nobres de Kalos. O vermelho é
o da família Rogue, o azul da família Bleu, o verde da família
Vert e o amarelo da família real, Jaune. – respondeu Shiro.
– E
quanto ao magenta? –
indagou novamente.
– Isso,
eu não sei.
– Mas
eu sei. O magenta é um monumento de uma família real de Kalos que
foi dissolvida a seculos. Não há mais nenhum descente vivo, então
não sabemos muito sobre essa família, mas, de qualquer jeito, ela
foi homenageada. – explicou Eve. – Muito bem, chega de
explicações e vamos a boutique mais próxima.
– Espera
… Boutiques? –
disseram os dois irmãos
confusos.
…
– Eve,
por que eu tenho que vesti isso? – indagou Katy.
– Todos
sabem que essas roupas deixam os garotos exitados. – respondeu Eve.
– Exitados?
Não vou vestir isso.
– Vai
sim. Agora, vem aqui! – ordenou Eve.
– Não
me toque ai! – reclamou Katy.
– Mas
é tão macio.
– Pare!
Com isso sua pervertida! Está parecendo minha irmã, Kali.
Os
dois irmãos ouviam a conversa das duas garotas do lado de fora do
provador, eles estavam sem graça e coravam um pouco.
– Senhoras
e senhores, eu lhes apresento, Katherine Fée e Evelyne Pourpre
Jaune! – exclamou Eve ao abrir a cortina que separava os garotos
das duas.
Ao
ver as duas meninas, os garotos coraram, elas estavam vestindo um
uniforme colegial, com uma camisa branca, saia cinza com detalhes
pretos e uma longa gravata vermelha que chamava bastante atenção.
– Está
vendo, eu te disse que deixaria os garotos felizes. – disse Eve.
Os
dois estavam paralisados, não conseguiam tirar os olhos das duas.
Katy estava muito envergonhada e não gostava como os irmãos ficavam
olhando para ela.
– Já
chega! – gritou ela ao fechar a cortina.
– Vamos
provar outra coisa! – pediu Eve.
– Não!
– negou Katy.
– Por
favor!
As
duas continuaram discutindo se deviam ou não provar mais roupas,
enquanto isso do lado de fora os garotos conversavam baixo:
– Você
viu? – indagou Shiro.
– Sim,
pensei que isso fosse realidade apenas nos animes e mangás, mas …
– respondeu Kuro.
– … Uniformes
colegiais são os melhores! – comemoram os dois ao mesmo tempo.
Depois
de um bom tempo dentro da boutique, os quatro resolveram sair sem
comprar nada.
– Você
tem certeza que foi uma boa ideia não ter comprado nada? Os
vendedores pareciam chateados com isso. Afinal vocês provaram várias
roupas, mas não compraram nenhuma. – comentou Kuro.
– Não
tem problema, eles vão esquecer nossos rostos. Mas não vai dizer
que não gostou? – disse Eve ao aproximar seu rosto do de Kuro.
– Não,
eu gostei, mas … eu … eu … eu esqueci o fogão ligado. –
berrou Kuro nervoso.
– Você
é idiota? – indagou Shiro.
– Cale-se!
– exclamou Kuro.
Eles
continuaram andando por Lumiose quando Katy viu algo em uma vitrine
de uma loja e começou a encarar com olhos brilhantes, parecendo uma
criança que queria um brinquedo.
– Katy,
o que foi? – indagou Eve.
Katy
não respondeu apenas apontou para vitrine. Aos outros três olharem
viram uma mochila com o formato de um pokémon marrom, pequeno com
dentes bem grandes, parecendo um castor, era uma mochila do Bidoof.
–
Que
lindo! – exclamou Katy.
– Isso
é sério? – indagou Shiro.
– Claro
que sim, Bidoof é um dos pokémons mais fofos que existem no mundo.
Um dos meus sonhos é capturar um. Eu quero muito essa mochila, mas
infelizmente e muito cara.
Shiro
e os outros olharam o preço, custava absurdamente caro. Nesse
momento todos, exceto Katy pensaram “Como essa porcaria pode ser
tão cara?”.
…
Os
quatro resolveram ir almoçar, já fazia tempo que tinha comido o
delicioso café da manhã de Elaine. Evelyne escolheu onde almoçaram,
que de acordo com ela era um restartante muito delicioso. Ao
chegarem, os presos eram muito caros.
– Não
tem como pagarmos isso. – disse Shiro.
– Não
se preocupem, é tudo por minha conta. – falou Eve.
Os
olhos de Katy, Shiro e Kuro brilharam.
– Obrigado(a)
– agradeceram os três ao mesmo tempo.
A
comida estava deliciosa, devia ser um dos melhores pratos que Katy já
havia comido, todos comeram até não poder mais. Comeram as
entradas, os pratos principais e as sobremesas, que Eve pediu
diversas e comia feito louca.
– Você
realmente adora doces. – comentou Katy.
Todos
continuavam a conversar, mas Shiro percebeu algo, alguém o estava
chamando do lado de fora. Quando olhou pela janela para ver que era,
viu Scar, o homem conhecido como rei de Lumiose. Shiro se levantou da
mesa e disse que iria no banheiro, saiu do restaurante sem ser notado
e foi de encontro a Scar.
– O
que foi? Por que me chamou aqui? – indagou Shiro.
– Meu
caro, Shiro, não vai me compartimentar? – perguntou Scar.
– Para
dessas mesmices, me diga logo o que quer? – ordenou Shiro.
– Quem
diria que eu encontraria vocês dois novamente com duas lindas
garotas aos seus lados.
– Elas
não tem nada tratar com você.
– Você
pode está certo, mas não acha que é meio perigoso, a terceira
princesa ficar andando por ai sem proteção.
– Como
você sabe sobre Eve?
– Se
esqueceu, eu sei de tudo que acontece na minha cidade. Acho que já
enrolei demais. Eu apenas quero te dar um conselho, tome cuidado! Se
descobrirem que uma das princesas está em Lumiose sem nenhuma
segurança, as gangues coloridas vão ir atrás dela. Recomendo que
saiam daqui o mais rápido possível e não precisa se preocupar
comigo, não tenho interesse pela princesa, pelo menos não no
momento. Me diga, você confia na princesa?
– Tinha
minha duvidas no começo, mas agora, eu acredito nela. Simplesmente
não consigo enxergar que ela pudesse ser alguém que quisesse nos
prejudicar. – respondeu Shiro sinceramente.
– Isso
é um grande passo! Achei que nunca confiaria em algum nobre
novamente, afinal o que eles fizeram a Alice é imperdoável, não
acha?
Shiro
cerrou os punhos. Scar ao ver a reação do garoto, soltou um sádico
sorriso e começou andar para longe de Shiro.
– Tem
mais uma coisa. Já recebeu seu convite para o casamento de Alice
Bleu? – indagou Scar.
– Como
você sabe disso, seu desgraçado.
– Eu
já disse, eu sou o rei. Outro conselho, não demore muito para
contar para seu irmão, se ele descobrir isso de outra pessoa pode
ser bem ruim para o seu relacionamento com ele. – disse Scar
enquanto estava indo embora.
– Como?
– indagou Shiro, sem entender. Uma coisa era Scar saber do
casamento, mas como saberia que ele não havia contado isso ao seu
irmão. Shiro não entendia, mas sabe apenas uma coisa, Scar com
certeza era assustador.
…
Depois
do almoço, Eve continuou com o tour por Lumiose. Foi então que Kuro
viu um outdoor e parou para olhar.
– O
que foi Kuro? – indagou Shiro.
– É
o Maid Café mais famoso de Lumiose. – Apontou para o outdoor.
Todos
olharam, havia uma linda e jovem mulher de cabelos longos amarados em
duas chiquinhas encaracoladas. Seus olhos possuíam a coloração
rosa, assim como seu cabelo que sobre ele havia duas orelhas de
gatinho. Vestia uma roupa de empregada preta e branca com detalhes em
vermelho e segurava uma bandeja prata. No resto do outdoor estava
escrito em destaque “Venha conhecer Rumiho, a Maid Perfeita!”
–
O
que é um Maid Café? – indagou Katy.
– Você
não sabe o que é um Maid Café? – disse Kuro surpreso.
– Um
Maid Café é o lugar onde todos homens e algumas mulheres sonham e
ir algum dia, é um restaurante onde somos atendidos pelas Maid,
lindas mulheres usando roupas de empregadas, que ao atenderem seu
cliente o chama de mestre e são muito bem-educadas. Além disso,
todos Maid Cafés são conhecidos por terem atrações especias, como
Shows dentre outras coisas. E uma das Maid mais conhecidas é Rumiho
… – disse Eve.
– A
Maid Perfeita! – exclamou Eve e Kuro ao mesmo tempo.
Eve
e Kuro conseguiram convencerem Katy e Shiro a irem no Maid Café.
Todos foram, mas como era muito caro a entrada, Eve pagou novamente
para todo mundo. Os quatro foram recebidos por duas maids que levaram
a mesa.
– Mal
posso acreditar que estou num Maid Café, é como se um desejo fosse
realizado. – falou Kuro.
– Não
é? Mal posso esperar para ver a apresentação de Rumiho, a Maid
Perfeita. – concordou Eve.
Uma
maid os ouviu conversando e se aproximou dos quatro.
– Com
licença. – disse ela.
Era
baixinha, pequena, mas muito bonita, tinha longos e lindos cabelos
loiros, olhos verdes e estava vestindo uma roupa de empregada marrom
com partes brancas, sobre sua cabeça estava duas orelhas de
cachorrinho.
–
Sinto
muito, mas Rumiho não vai poder fazer a apresentação. – disse a
maid.
– Mas
como assim? Eu queria ver ela. – disse Kuro desapontado.
– Me
desculpe! Mas Rumiho está viajando no momento. – explicou a maid.
Kuro
e Eve pareciam decepcionados.
– Mas
não se preocupem, eu apresentarei hoje. Tenho certeza que vão
gostar! – anunciou a maid.
– Senhora
e senhores, está na hora do nosso Show principal de hoje. Azuki
Azusa, a maid mais fofa de todas! – disse uma voz pelo microfone.
– Esta
é minha deixa. – disse a maid que falava com os quatro.
Azuki
subiu no palco, pegou o microfone e começou a cantar uma música
chamada Circus Monster. Sua voz era muito bela, a audiência foi a
loucura. Rumiho poderia não estar ali, mas Azuki era incrível mesmo
assim.
…
– A
apresentação foi ótima! – comentou Shiro.
– Sim,
Azuki estava linda. – concordou Kuro.
– Parece
que temos mais um apaixonado. – sugeriu Eve.
– Ei!
Eles
riam juntos, podia ser estranho, os quatro tinham se conhecido a
pouco tempo, mas já agiam como se fossem grandes amigos.
– Tinha
me esquecido. Tenho que entregar uma carta para a pesquisadora
Pokémon de Lumiose. Assim vou poder pegar minha PokéDex. –
lembrou Katy.
– PokéDex?
Eu sempre quis ter uma, mas minha família nunca deixou, alguns deles
achavam que Pokémons eram perda de tempo, por isso nunca tive nenhum
Pokémon, apesar de adorar essas criaturas. – informou Eve.
Katy
olhou para Eve com pena, sabia como era a sensação de não poder
ter um Pokémon por causa de sua família.
– Não
me olhe assim, não precisa ficar com pena. Vamos logo, pegar a sua
PokéDex. – sugeriu Eve.
Katy
concordou com a cabeça.
– Vocês
três podem ir na frente tem uma coisa que preciso fazer. – Eve
correu para longe.
– Espere!
– gritou Shiro tentando acompanhá-la, mas já era tarde, Eve
corria muito rápido.
– Deixe,
ela vai ficar bem. – disse Kuro.
– Talvez.
– pensou Shiro ao lembrar-se do aviso de Scar.
Sem
ter o que fazer, os três resolveram ir para o laboratório da
pesquisadora de Lumiose. Enquanto isso, Eve corria para algum lugar
que queria ir, mas ao passar por uma rua, viu um Eevee Shiny, que
diferente dos normais tinham pelagem branca. Era lindo e majestoso.
Evelyne
parou para admirar o pequeno pokémon, mas ao se aproximar o Eevee
fugiu. Nesse momento ela não poderia saber, mas aquele fatídico
encontro seria o ponto inicial de um dos acontecimentos mais
terríveis e trágicos de Lumiose. Logo, a cidade mudaria e as luzes
…
…
Apagariam.