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- RainStorm – Capítulo 10
Posted by : Zark
30 de jun. de 2016
Nas
grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o
desejo de vencer.
Cidade
de Lumiose, 10 de outubro de 2016.
Katherine
e os outros haviam acabado de sair do ginásio da torre prisma.
Clemont ao não conseguir ouvir mais a voz de nenhum dos quatro que
saíram, olhou para seu pai e perguntou:
– Não
acha que pegou pesado demais?
– Sim.
– respondeu Meyer.
– Então
por que fez isso?
– Porque
eu vi potencial naquela garota e acredito nela. Se eu estiver certo,
tenho certeza que ela superará isso.
– As
vezes você é muito rigoroso nos seus ensinamentos, falo isso por
experiência. – comentou Clemont.
Cidade
de Lumiose, 11 de outubro de 2016.
A
torre prisma se iluminou e soltou um raio de luz para o céu, que
estava nublado e chuvoso, algo que simbolizava o fim de um dia e o
começo de outro. Dentro da torre prisma, Clemont e seu pai estavam
dormindo, foi então que o telefone tocou. Meyer, como tinha um sono
pesado, continuo dormindo, Clemont por outro lado, acordou e foi ver
quem poderia ser nessa hora da noite. Ao atender o telefone, a
recepcionista da torre prisma avisou que três jovens queriam falar
com ele e Meyer. Ao ouvir o nome dos três Clemont os reconheceu e
disse que desceria logo para falar com eles, então ele desligou o
telefone e foi acordar seu pai. Clemont, sabia que gritar o nome de
seu pai não adiantaria, por isso a primeira coisa que fez para
tentar acordá-lo foi o chutar para fora da cama. Meyer caiu e
acordou assustado.
– O
que aconteceu? É dia de promoção no supermercado?
Clemont
explicou a situação para seu pai e depois de se arrumarem,
resolveram descer. Ao chegar no térreo. Os dois avistaram Evelyne,
Kuro e Shiro todos molhados.
– O
que foi que aconteceu para nos chamarem essa hora da noite? –
indagou Meyer.
– É
a Katy! Ela saiu faz algum tempo e ainda não voltou! Tentamos ligar
para ela, mas ela não levou o celular! – respondeu Eve.
– Isso
não é bom. – comentou Meyer.
– Claro
que não é! Essa hora da noite a cidade pode ficar muito perigosa,
principalmente em um ambiente sem luz. – explicou Kuro.
– Eu
sei, mas não acham que seriá melhor ter chamado a polícia? –
questionou Meyer.
– Pensamos
nisso, mas o problema é que a polícia não entra em nenhum lugar
sem luz. Se Katy estiver por lar, eles não ajudariam. – disse
Shiro.
– Tenho
alguns amigos na polícia, vou ver o que posso fazer. – disse
Meyer.
Os
três jovens preocupados se alegraram ao ouvir aquelas palavras.
– Mas,
vocês ficam aqui. – acrescentou Meyer.
– Nos
queremos ajudar a procurar a Katy também! – contou Kuro.
– Os
ambientes sem luzes são muito perigosos na noite, não posso deixar
vocês três passeando por lá. – argumentou Meyer. – Não se
preocupem, trarei Katherine de volta.
Os
três se deram por vencidos. Meyer fez um gesto e chamou Clemont:
– Cuide
bem deles, afinal, hoje eles serão nossos hóspedes.
Clemont
concordou com a cabeça e Meyer resolveu sair da torre prisma indo em
rumo a delegacia.
– Jovem
Katherine, se algo de ruim acontecer com você, não tem como eu não
me culpar. Por favor, esteja bem! – pensou Meyer.
…
Ela
não sabia mais onde estava, tudo estava escuro. Conseguia ver apenas
as suas lágrimas que eram cobertas pela chuva. Continuava ajoelhada
no chão sem saber o que fazer, a mente de Katy estava confusa e
perdida em pensamentos.
Passos
começaram a ser percebidos pela garota, alguém estava se
aproximando. Quando conseguiu enxergar a pessoa de onde ouvia as
pessoas, percebeu que não era apenas uma pessoa e sim uma grande
quantidade de homens. A maioria deles estavam sujos e com roupas
rasgadas, mas todos tinham algo em comum, usavam lenços ou alguma
coisa vermelha e chamativa. Eles começaram arrodear que Katy que
ficou assustada. Ela podia ouvir os alguns sussurros daqueles homens:
– Ela
é realmente muito bonita.
– Idiota,
esperava o que? Ela não é apenas uma cidadã comum.
– Eu
sei que o chefe pediu para entregarmos ela ilesa, mas será que ele
não se importará se brincarmos um pouquinho com ela. Só de
imaginar o que farei com ela, estou ficando excitado.
– Você
tem razão, faz tempo que não encontramos uma garota de uma classe
tão alta para fazer coisas assim.
Ao
ouvir aqueles múrmuros Katy começou a fica desesperada, tinha que
arranjar um jeito de sair daquela situação. Um dos homens, deu um
passo para frente, fitando Katy e disse:
– Se
você ficar quieta e cooperar vai doer menos.
Não
sabia se conseguiria sair dali, mas Katy não podia deixar de agir.
Em um rápido movimento, ela agarrou o ombro do homem mais próximo,
que tentou reagir, mas ao aplicar força aos seus movimentos, Katy
usou a força do homem contra ele mesmo, aplicando um golpe de Aikido
o derrubando. Os outros homens, não esperaram e atacaram Katy, um
deles correu em direção a ela, tentando agarrá-la, mas Katy desviu
a mão do homem e agarrou seu ombro, o girando e o arremessando em
outros três que caíram juntos. Apesar de ter conseguido derrotar
alguns, aqueles homens não acabavam e Katy estava ficando cada vez
mais cansada, os golpes de Aikido estavam funcionando, mas eram
muitos homens para ela dar conta. Em um movimento em falso, um dos
homens conseguiu acertar um soco na nuca de Katy, que não aguentou e
caiu no chão.
– Agora
te pegamos, sua desgraçada. – comemorou um dos homens.
A
garota furisode tentou se levantar, mas ainda estava desorientada
pelo golpe que recebera. Mas quanto tudo parecia estar perdido, ela
ouviu uma voz feminina. Era uma canção, não havia letras apenas a
melódia que ficava cada vez mais alta. Nesse momento, os homens
pararam de prestar atenção a Katherine e olharam em direção ao
local aonde aquela voz vinha. Aos poucos a dona da voz foi se
revelando e chegando mais perto, ela era uma jovem e linda mulher de
longos cabelos e olhos azuis, ela estava vestindo roupas mais
extravagantes, um vestido branco e azul, ela usava uma minúscula
cartola azul com um laço roxo em sua cabeça. A jovem mulher estava
carregando um guarda-chuva aberto e se protegia dos pingos com ele.
Ela continuava cantando a melódia, sua voz era de alguma forma
relaxante, os homens ao vê-la pareciam interessados.
–
Que
sorte a nossa! Vamos ter duas gostosas para passar a noite. –
comentou um dos homens.
A
expressão da mulher de cabelos azuis não mudou, continuo calma e
serena. Ao chegar perto suficiente, ela parou de cantar, fechou seu
guarda-chuva e finalmente falou:
– Que
pena, vou ter que me molhar um pouco com essa chuva.
Em
um movimento extremamente rápido a mulher acertou cinco homens com
seu guarda-chuva, os derrubando. Os outros ao verem aquilo se
surpreenderam, mas resolveram atacá-la mesmo assim. Os movimentos
dela eram bem fluidos, ela se desviava facilmente dos ataques e
acertava diversos golpes utilizando seu guarda-chuva. Em pouco tempo
todos os homens já estavam no chão e a mulher não havia recebido
nenhum golpe, então ela abriu seu guarda-chuva e caminhou em direção
a Katy. Ao chegar ao seu lado, a mulher estendeu a mão para Katy e
disse:
– Me
siga que eu te ajudarei.
Katherine
segurou a mão daquela mulher e com sua ajuda levantou, as duas
caminharam para um lugar longe dali, onde a mulher finalmente se
apresentou:
– Eu
me chamo Juvia Valentine, qual seu nome?
– Katherine
Fée. – Ela hesitou por um momento, mas resolveu responder a
pergunta.
– Você
deve tomar mais cuidado, Lumiose pode se tornar muito perigosa de
noite, ainda mais nos locais sem luz e cheio de gangues.
– Gangues?
– indagou Katy.
– Você
não é daqui, não é? Aqui em Lumiose, existem três grandes
gangues, cada uma representada por uma cor, a Azul, a Vermelha e a
Verde. As gangues controlam boa parte dessa cidade, muitas pessoas
sem condições são obrigadas a se juntar em alguma gangue para
poder sobreviver, claro que existem exceções, que conseguem se
virar sozinhos, eles são chamados de No-ones, existem alguns bem
famosos, mas eu acho que você não quer ficar ouvindo isso. –
explicou Juvia.
– Aqueles
homens eram da gangue Vermelha? – questionou Katy ao se lembrar dos
lenços vermelhos.
– Bem
perceptiva. Você está certa! As gangues normalmente não querem sem
envolver em briga, mas a gangue Vermelha desde de algum tempo, parece
que está ficando mais nervosa e agressiva.
– E
você? De qual gangue faz parte, se bem que pelas suas roupas eu
chutaria Azul.
– Hahahaha,
você está certa, eu faço parte da gangue Azul. Mas as minhas
roupas não tem nada a ver com a gangue, eu apenas gosto de me vestir
de azul. Não se preocupe também, não vou te fazer nada de mal. –
respondeu Juvia. – Alguma outra pergunta?
– Como
você fez aquilo com o guarda-chuva? Derrotou todos os homens
sozinha. Eu nunca tinha visto alguém utilizar técnicas de Aikido
tão bem com um guarda-chuva.
Juvia
soltou outra gargalhada.
– Você
me surpreendeu, dessa vez! Não achei que perceberia que eu estava
usando técnicas de Aikido.
– É
que eu sei um pouco de Aikido. – explicou Katy.
– Interessante.
Eu realmente estava usando técnicas de Aikido com bastão, no caso,
meu guarda-chuva, mas eu também aplique movimentos de outras artes
márcias.
– Queria
ser forte que nem você. – disse Katy deprimida.
Juvia
percebeu pelo rosto da garota que algo estava errado.
– Aconteceu
alguma coisa? – indagou Juvia.
A
garota furisode respirou profundamente e contou para Juvia, sua
situação, sobre o desejo dela e de como ela perdeu no ginásio. Ao
ouvir tudo Juvia teve uma ideia.
– Katherine,
tem algo que eu quero te mostrar.
…
Kuro,
Shiro, Eve e Clemont continuavam na torre prisma esperando que Meyer
retornasse com Katy, mas nada acontecia. Eles estavam sentados ao
redor de uma mesa, estava fazendo um profundo silêncio. Clemont
parecia desconfortável com aquela situação e resolveu oferecer:
– Querem
alguma coisa para beber ou comer? Não se preocupem, pois logo, meu
pai vai voltar com Katherine, o jeito agora é continuar esperando.
– Isso
está errado! – gritou Shiro.
Todos
tomaram um susto, Shiro abaixou o rosto, se levantou e disse:
– Eu
preciso tomar um ar.
Ele
caminhou para fora da torre, Kuro resolveu acompanhá-lo.
– Shiro,
todos nos estamos preocupados, agora só podemos esperar e rezar para
que o melhor aconteça. – disse Kuro.
Shiro
cerrou os punhos e socou a parede.
– Estou
cansado de esperar! – exclamou Shiro. – Desde que nos encontramos
com Katy, só causamos problemas, quando estávamos na Rota 14 e
aquele incidente com Raji aconteceu, eu me senti um inútil! Ver Katy
sendo torturada daquela forma e sem poder fazer nada, se não fosse
Eve, provavelmente Katy já estaria morta no momento! E não é
apenas a Katy, se eu tivesse sido mais forte Alice ainda poderia
estar conosco, eu não pude fazer nada e ela acabou sendo tirada de
nos! Eu quero trazer a Alice de volta também, mas não sei se serei
forte o suficiente! Eu não quero mais me sentir inútil de novo, eu
não posso continuar esperando que milagres aconteçam novamente! Eu
quero ser mais forte!
– E
você acha que eu também não me sinto assim! Alice ter sido levada
não foi apenas sua culpa! Eu também estava lá, se lembra! Eu
também não pude fazer nada. Eu também quero ser mais forte! Mas há
momentos que ser forte também não é suficiente, por isso, se
culpar pelo que está acontecendo com a Katy não vai adiantar. Se
você sair e se machucar, não machucará apenas você, mas a todos
nos, incluindo Katy. O máximo que podemos fazer por ela no momento é
esperar e quando ela voltar, recebê-la com um grande sorriso. –
disse Kuro.
– Eu
sei! E é por isso que doí. – desabafou Shiro. – Kuro, aonde
deixou sua espada?
– No
hotel, por quê?
– Eu
acabei de ser repreendido por você, acho que tem algo de errado
comigo. Por isso preciso ir me matar.
– Pare
de fazer essas brincadeiras macabras! – reclamou Kuro.
– Está
certo, está certo. Vamos voltar para dentro. – Shiro se sentia um
pouco melhor agora.
…
Aquele
beco estava frio e sujo, havia apenas uma porta no seu fim e acima
dela havia um letreiro escrito “Darkness Arena”. Katherine seguia
Juvia que a levava para aquele lugar, não estava entendo o porquê,
mas Juvia insistia que Katy a seguisse. Ao chegar em frente a porta,
Juvia apertou uma campainha ao seu lado, uma voz ecou de dentro da
porta:
– Qual
a senha?
– Gogoat
sem chifres. – respondeu Juvia.
A
voz nada mais disse, apenas pode se ouvir o som de uma fechadura
sendo aberta. Ao a porta abrir, uma escadaria enorme de ferro podia
ser vista, Juvia começou a descer e pediu para Katy a segui-la. A
garota furisode estava receosa com o pedido, mas naquela hora, o
lugar mais seguro seria ao lado de Juvia. As duas desceram a escada,
era um lugar escuro, com algumas lâmpadas pequenas que iluminavam os
degraus. Ao descerem completamente, deviam estar metros abaixo da
superfície, outra porta estava no fim do caminho, Juvia caminhou até
ela e a abriu:
– Katherine,
essa é a Darkness Arena.
Era
um lugar enorme e escuro, havia diversas pessoas ali, tanto pessoas
mais bem-arrumadas como pessoas com roupas sujas e ragadas. Haviam
diversas arenas marcadas e elas eram bem iluminadas, estavam rodeadas
por pessoas, que assistiam as batalhas pokémon que ocorriam dentro
das arenas. Era um lugar bem barulhento, a multidão gritava ao
assistir as batalhas, alguns comemoram outros xingavam e reclamavam.
Katy se assustou com tudo aquilo e indagou:
– Que
lugar é esse? Não estou entendendo.
– Como
já te disse, aqui é a Darkness Arena, um lugar que fica localizado
no subterrâneo de Lumiose, onde diversas batalhas pokémon ilegais
acontecem. Muitas pessoas vem aqui apostar várias coisas através de
batalhas, há aqueles que não batalham, mas apostam em um vencedor
também. O terrível desse lugar é que as batalhas não possuem
regras, então o vencedor pode ser decidido de muitas formas, seja
nocauteando ou matando seu oponente, ou ganhar por desistência. Como
as batalhas incluem apostas de drogas e diversas coisas ilícitas,
são consideradas ilegais, mas a polícia, mesmo sabendo do local,
nunca vem aqui. Perceba que temos pessoas que todas as classes sócias
aqui dentro, é um fato, que apesar de ser um lugar cruel e ilegal,
há um grande circulação de dinheiro aqui na Darkness Arena. Por
esse e outros motivos ninguém faz nada em relação a esse lugar. –
explicou Juvia.
– Isso
é terrível! – reclamou Katy.
– Pode
ser, mas é a verdade. E você não pode fazer nada para mudá-la.
O
comentário de Juvia acertou o coração de Katy, ela sabia que
aquelas palavras eram verdade, mas não poderia ficar sem fazer nada.
– Juvia,
por que me trouxe aqui? – indagou Katy.
– Logo,
você entenderá. Apenas me siga e fique bem próxima de mim. –
Juvia voltou a caminhar, Katy fez como pedido e a acompanhou.
Em
uma das arenas, arrodeada por diversas pessoas que estavam gritando,
Juvia parou e apontou para a batalha que acontecia. Ao Katy olhar viu
um Piplup e um Weepinbell batalhando. O Weepinbell era normal, apesar
da aparência pouco cansada, mas o que chamou a atenção de
Katherine foi o Piplup, que estava bastante machucado e ferido, com
algumas cicatrizes em seu corpo. Weepinbell recebia ordens de um
treinador, mas o Piplup estava batalhando sozinho.
– Eu
não estou entendendo. O que você quer me mostrar? – indagou Katy.
– Apenas
assista a batalha. – respondeu Juvia.
Katherine
ainda não entendia o motivo de Juvia ter levado ela para um lugar
onde tantas coisas ruins aconteciam, mas como já estava lá resolveu
assistir a batalha.
– Weepinbell
use Vine Whip! – ordenou o treinador do pokémon.
O
cipó da cabeça do Weepinbell se prolongou e tentou acertar o Piplup
que defendeu com os braços o golpe, assim o recebendo, mas reduzindo
seu dano.
– Continue
usando Vine Whip!
O
cipó do Weepinbell tentava acertar o Piplup que desviava de seus
movimentos. O cipó veio pelo lado esquerdo do Piplup que conseguiu
pular e desviar, mas o cipó voltava tentando o acertar por baixo,
mas o punho do Piplup brilhou e acertou o cipó o mandando para baixo
novamente, ele havia usado o Pound. Piplup pousou do
seu pulo, mas não teve tempo de descansar, o cipó atacava
novamente, dessa vez em um ataque frontal, a mão de Piplup brilhou
novamente e ele acertou o cipó desviando o ataque, então Piplup
começou a correr para cima do Weepinbell, que mexeu sua cabeça que
tentar acertar seu cipó no pokémon pinguim, que desviou, mas o cipó
tentava o acertar novamente, Piplup usava seu Pound
para acertar os ataque do cipó e se aproximar do Weepinbell. Ao
chegar ao seu lado, Piplup assoprou uma ventania azul e gelada em
cima do Weepinbell o nocauteando. A multidão que assistia ia a
loucura, comemoram a vitória e reclamando a derrota de suas apostas.
Juvia percebeu que Katy estava surpresa com o resultado da batalha e
resolveu falar:
– Aquele
foi o Icy Wind, um movimento do tipo gelo, que
normalmente não é aprendido por um Piplup.
Katherine
parecia intrigada no que via e resolveu perguntar:
– Onde
está o treinador do Piplup?
Juvia
desviou o olhar e respirou profundamente. Depois de alguns segundos
de silêncio, voltou a fitar Katy e começou a falar:
– Acho
que devo começar do início…
“… O
Piplup já possuiu um treinador, os dois tinham o mesmo sonho de
ficarem fortes e ganharem a liga. Os dois eram como carne e unha,
pelo menos, era isso que o Piplup pensava. Depois de ter sua primeira
derrota numa batalha de ginásio, o treinador do Piplup ficou com
raiva e culpou o seu pobre pokémon, o forçando a treinar mais e
passar dos limites. Quando suas próximas batalhas de ginásios
aconteceram e os dois perderam novamente, o treinador já estava
sentindo ódio de seu pokémon, achava ele fraco demais e o forçava
cada vez mais treinar, mesmo com o Piplup não aguentando. O seu
treinador achava que aquilo era uma desobediência e ofensa que o seu
pokémon fazia ao seu mestre, por isso começou a bater no Piplup,
tentando o forçar a ficar mais forte, mas, mesmo assim, Piplup não
conseguia vencer as batalhas de ginásio.
Um
dia o seu treinador descobriu que através de um certo treinamento,
Piplup poderia aprender Ice Beam e assim ficar mais
forte para finalmente vencer os ginásios. Depois de muito esforço e
dias sufocantes, Piplup conseguiu aprender o Icy Wind
invés do Ice Beam, que é um golpe mais
forte e potente que o Icy Wind. Essa tinha sido a
última gota para o treinador do Piplup, para ele aquele pokémon não
prestava e fazia apenas coisas erradas, ter aprendido um golpe de
gelo mais fraco que o Ice Beam era um insulto para ele.
Nesse dia o Piplup foi esmurrado como nunca pelo seu treinador.
Algum
tempo depois, o treinador do Piplup não ligava mais para o pokémon
pinguim e quando uma oportunidade surgiu, ele vendeu Piplup para um
novo dono. A pessoa em que mais Piplup confiava havia traído sua
confiança.
O
seu novo e atual dono, começou a forçar Piplup a batalhar sozinho
aqui na Darkness Arena, fazendo diversas apostas. No começo Piplup
se recusava a lutar e sempre perdia as batalhas, levando uma surra do
oponente. Depois da partida, o novo dono do Piplup batia nele e não
dava comida sempre que ele perdia. Piplup queria chorar, mas sabia
que se chorra-se apanharia mais.
Com
o tempo Piplup percebeu que a única saída que tinha para sobrevier
era batalhando e vencendo as batalhas ilegais da Darkness Arena.
Diferente das partidas anteriores Piplup começou a batalhar de
verdade, mas seus oponentes eram desleais e muito mais poderosos que
ele, assim ele sempre perdia suas batalhas, mas, mesmo assim, ele não
desistiu, sabia que tinha que ficar mais forte para poder vencer e
sobreviver. Dias foram se passando e Piplup foi ficando mais forte,
até que teve sua primeira vitória, com isso finalmente recebeu
algum alimento e foi tratado melhor. Mas ele ainda estava fraco e
mesmo com algumas vitórias ainda perdia. De qualquer forma, não
importando quantas vezes ele perdia, Piplup não desistia.
Piplup
tem o desejo de ficar mais forte e espera que algum dia possa sair
daqui e finalmente seguir o seu sonho de vencer a liga.”
– Isso
não está certo! Como alguém pode ser tão cruel dessa forma! –
reclamava Katy revoltada.
– O
mundo é muito mais cruel do que você imagina. A vida na maioria dos
casos é um lugar cheio de injustiças e obstáculos, mas, mesmo
assim, Piplup continua lutando.
Katy
cerrava os punhos de raiva.
– Eu
não aguento mais ver isso. Por que me trouxe aqui? – indagou Katy.
– Se
tivesse um jeito de salvar o Piplup, você o ajudaria? – Juvia
respondeu com outra pergunta.
– É
claro que sim! – respondeu Katy rapidamente e sem hesitação
Juvia
soltou uma gargalhada e voltou a falar:
– Então,
capture o Piplup.
– Capturar?
Como eu faria isso? O Piplup já possui um treinador. – disse Katy.
– Sabe
um fato engraçado. Depois de Piplup ser vendido, o seu novo
treinador nunca o capturou com uma pokébola, pois considerava que
seria dinheiro jogado fora, Piplup vivia dentro de uma gaiola esse
tempo todo. Ou seja, no momento, Piplup não está preso a nenhuma
pokébola.
– Quer
dizer que eu posso capturar ele? Mas eu estou sem nenhuma pokébola.
– alertou Katy.
– Isso
não é problema. – Juvia revelou um pokébola comum que estava
guardando e entregou ela para Katy. – Então, o que me diz, você
capturará o Piplup e irá salvá-lo?
A
multidão voltava a rodear a arena onde Piplup estava, um novo
desafiante chegara, um Beedrill. A batalha havia começado. Beedrill
atacava Piplup com Pin Missile, lançava diversos
ferrões em cima do Piplup que tentava desviar, mas era acetado aos
montes.
– Katherine,
a escolha é sua o que fará? – indagou Juvia.
A
batalha continuava, Piplup estava muito ferido e cansado da batalha
anterior, ele estava em completa desvantagem. O Pin Missile
do Beedrill o acertava constantemente e Piplup ficava cada vez mais
enfraquecido. Não havia mais chance de vitória para ele, Beedrill
preparava seu último golpe, não um Pin Missile, mas
sim um Poison Jab. Seu ferrão começava a ficar roxo,
em apenas alguns momentos, ele acertaria o Piplup.
– Essa
é sua última chance, o que você fará? – indagou Juvia mais uma
vez.
Eu
estava perdia em meus pensamentos, não sabia se o Piplup gostaria de
ser treinado por mim, afinal eu sou fraca, por isso o Goomy se feriu.
Não sabia se eu conseguiria realizar meu sonho, talvez eu estivesse
desistindo. Não adiantaria capturar o Piplup, se eu não poderia o
ajudar a alcançar seu sonho, afinal eu estava desistindo do meu.
Ganhar a liga era apenas um sonho de criança que eu tinha, eu era
fraca demais para isso, se continuasse perderia novamente. Era o meu
fim … Não, eu não posso deixar terminar assim.
– A
resposta não poderia ser mais obvia! – gritou Katy ao arremessar a
pokébola em direção ao Piplup.
Eu
fui idiota e egoísta, não podia reclamar da minha situação.
Afinal Piplup, mesmo tendo muitos mais obstáculos do que eu,
continuou em pé. Eu machuquei o Gommy e deixei meus amigos
preocupados, por isso eu não tenho o direito de me ajoelhar e
reclamar, eu tenho que continuar de pé.
A
pokébola atravessou as pessoas que assistiam a batalha e um momento
antes Beedrill finalizar Piplup, a pokébola o acertou. A resposta
foi rápida e curta, a pokébola nem tremeu, apenas fez o barulho de
captura. Todos se chocaram com o que acontecera, era quase impossível
de acreditar, mas era verdade, Piplup havia sido capturado.
A
multidão que assistia a batalha se virou para o local de onde a
pokébola tinha vindo e fitaram Katy. Aquelas pessoas pareciam com
raiva da garota furisode, estavam preste a atacá-la.
– Hahahahahaha,
eu gostei de ver, Katherine! Vá pegar a pokébola que te dou
cobertura! – disse Juvia ao jogar uma pokébola no ar. Daquela
pokébola, um Salamence foi liberado.
Juvia
subiu nas costas de seu pokémon e disse:
– Salamence,
vamos chutar algumas bundas com Dragon Pulse!
Uma
energia colorida foi liberada da boca do Salamence acertando diversas
pessoas que tentaram atacar Katy. A garota furisode corria em direção
a pokébola, algumas pessoas e pokémons a atacavam, mas Juvia a
protegia com seu Salamence. Outras pessoas Katy aplicava golpes de
Aikido para derrubá-las.
Eu
sou fraca e tenho que aceitar isso. Não percebi que o Goomy havia
passado de seus limites e insiste que ele continuasse batalhando, em
relação a isso, eu não sou diferente do antigo treinador do
Piplup, assim como ele forçou Piplup a passar dos limites, eu forcei
o Goomy. Por isso que eu tenho que ficar mais forte, eu não tenho o
direito de desistir, assim como o Piplup nunca desistiu, eu vou
continuar seguindo o meu sonho. Sim, eu sou fraca, mas é por isso
que eu desejo ficar forte. É por isso que eu darei meu melhor e não
desistirei!
Katy
finalmente alcançou a pokébola, ela se agachou e a pegou no chão.
Juvia viu e alertou:
– Katherine,
já está na hora de irmos embora. Pode mandar um beijo para esse
lugar se quiser.
– Juvia,
agora eu entendo o porquê você me trouxe aqui. Você sabia que ao
ver o Piplup, eu perceberia que ainda tenho que continuar lutando. –
contou Katy.
– O
que você está dizendo? Eu só queria te mostrar uma batalha legal.
– ironizou Juvia.
O
Salamence se aproximou de Katherine, Juvia que estava montada nele,
estendeu a mão para Katy e disse:
– Vamos
sair desse pesadelo?
– Sim!
– Katy segurou a mão de Juvia e subiu nas costas do Salamence, que
voou para fora da Darkness Arena e saindo daquele lugar subterrâneo.
Katy estava novamente na superfície, ela percebeu que não chovia
mais.
Salamence
continuou voando e voava cada vez mais alto, tinha passado da altura
dos prédios mais altos de Lumiose. Katy abraçou Juvia para se
segurar e gritou de medo:
– Socorro!
Eu tenho medo de altura!
– Hahahahaha,
não precisa ficar preocupada, o Salamence não vai deixar a gente
cair. – encorajou Juvia.
– Está
certo, mas por que não pousamos logo?
– Temos
que te tirar da parte sem luz de Lumiose, sobrevoar os prédios é o
melhor jeito de fazer isso. Além do mais, eu queria te mostrar como
a cidade pode ficar bonita a noite se olhada por cima.
Katy
que estava com os olhos fechados, se sentiu um pouco curiosa e abriu
seus olhos para ver o que Juvia falava. A garota furisode se admirou
com o que viu, a cidade de Lumiose era muito bonita a noite, as suas
luzes que iluminavam diversas partes da cidade eram lindas.
– Mesmo
existindo lugares sem luz, é por isso que chamam Lumiose de a cidade
das luzes. – contou Juvia. – Já estamos chegando num local
seguro, vamos pousar. É melhor se segurar.
– O
que! Me segurar? – gritou Katy desesperada.
– É
só fechar os olhos e me abraçar bem forte. – sugeriu Juvia.
– Está
certo.
Salamence
cruzou o céu e pousou em um beco do lado de um lugar com luz e pouco
movimentado. Juvia e Katy saíram de cima de Salamence, que foi
retornado.
– É
só você seguir para ali, que estará segura em um ambiente
movimentado e com luz. – Juvia apontou para algum lugar.
– Juvia,
muito obrigada por tudo.
– Não
precisa me agradecer, afinal você me ajudou também, salvando o
Piplup. Tenho que ir, mas sei que nos encontraremos novamente. –
disse Juvia ao desaparecer nas sombras.
(Ouça
essa música https://www.youtube.com/watch?v=bbss_iQEX9I a partir
daqui, eu sei que é estranho, mas vai por mim)
Katy
pegou a pokébola que guardava o Piplup e liberou ele. Ao sair da
pokébola, Piplup parecia confuso. Olhava para um lado e para o outro
e via apenas Katy.
– Piplup,
eu me chamo Katherine Fée e te achei incrível. Assisti a sua
batalha e ouvi sobre seu passado. Eu não podia deixar você lutando
sozinho e sofrendo daquela forma. Por isso eu resolvi te salvar e te
tirar daquele lugar horrível. Eu sou fraca e imatura, mas assim como
você, eu também quero ficar mais forte e vencer a liga, por isso se
você quiser vamos ficar mais fortes e realizar nossos sonhos juntos.
– Katy estendeu a mão para Piplup.
O
pokémon pinguim parecia emocionado, ninguém nunca tinha te elogiado
ou perguntado a ele como ele se sentia. Ninguém tinha se importado
com ele. Piplup desejava sair daquele lugar onde era obrigado a lutar
quando não queria e agora ele estava livre. Ele, parecia querer
chorar, mas não chorou. Então estendeu seu braço e apertou a mão
de Katy que retribuiu com um sorriso.
– Piplup,
agora você não precisa mais se segurar. – disse Katy.
Os
olhos de Piplup começaram a se encher de lágrimas. Depois de muito
tempo sem chorar, um pingo escorreu pelo seu rosto e então o diluvio
veio, ele começou a chorar como nunca tinha feito antes. Chorava e
chorava, lágrimas escoriam pelo seu rosto. Katy se aproximou do
pequeno pokémon e o abraçou.
– Agora,
está tudo bem. Você não está mais sozinho.
Aquele
Piplup que sofreu tanto e batalhou tanto finalmente tinha encontrado
alguém para poder confiar. Aquelas lágrimas, que escoriam pelos
seus olhos, estavam guardadas no fundo de seu coração a muito
tempo. Ele não tinha mais que esconder seus sentimentos, agora ele
podia chorar. Ele finalmente tinha encontrado um lugar para se chamar
de lar. E junto ao seu lado, nos ficaríamos mais fortes e
superaríamos qualquer obstáculo. Piplup tinha encontrado um lar e
eu tinha encontrado um novo companheiro e amigo.
…
Na
Torre Prisma todos lá dentro estavam eufóricos, esperando que Meyer
encontrasse Katy. Por fim Meyer entrou pela porta principal da torre
e proclamou:
– Eu
procurei por Katherine por todos os lugares até pedi para alguns
amigos policias a procurassem, mas não a encontramos.
Todos
pareciam ter ficados mais tristes e preocupados.
– Ao
invés disso, ela que me encontrou enquanto eu voltava para Torre
Prisma. – Katy então entrou pela porta.
Os
olhares de preocupação e de tristeza se transformaram em profunda
alegria, Eve ao ver Katy se jogou em cima dela a derrubando.
– Eu
fiquei tão preocupada! – berrou Eve, enquanto abraçava Katy no
chão.
– Desculpe-me
Eve, eu não queria ter te preocupado. – disse Katy abraçando Eve
que corou.
Eve
levantou e ajudou Katy a fazer o mesmo.
– Peço
desculpas a todos, não queria ter causado tudo isso.
– Não
precisa se desculpar, estamos felizes que você está bem. – disse
Evelyne ao sorrir.
Kuro
e Shiro se aproximaram de Eve e os três disseram ao mesmo tempo com
um grande sorriso no rosto:
– Bem-vinda
de volta, Katy!
Eu
sou mesmo idiota, cheguei a cogitar que estava sozinha e ninguém
poderia me ajudar, mas eu nunca estivesse sozinha, mesmo antes de
conhecer Eve, Kuro e Shiro, eu não estava sozinha. E agora, mesmo
causando tantos problemas, os três me recebem de braços abertos.
– Pessoal,
obrigada! – agradeceu Katy enquanto lágrimas de felicidade
escorriam pelos seus olhos. Ela então se arremessou em cima dos três
e os abraçou. – Vocês são os melhores!
…
Já
tinha amanhecido, os quatro amigos estavam no Centro Pokémon
esperando para Goomy e Piplup serem curados. Katy dormia sentada
apoiando o corpo numa mesa, sua cabeça a deita sobre ela como se
fosse um travesseiro apesar de ser feita de madeira. Os outros três
sentavam ao seu lado, mas estavam acordados.
– Ela
estava bem cansada mesmo. – comentou Shiro ao fitar Katy.
– Sim,
deve ter tido uma noite bem agitada. Foi uma surpresa e tanto ela ter
aparecido com um Piplup. – concordou Kuro.
– O
que mais surpreendeu foi como o Piplup estava machucado. Não sei
onde e como Katy o encontrou, mas ainda bem que ela o achou. –
disse Eve.
Katy
estava dormindo profundamente, estava sonhando que ela estava num
campo florido cheio de Bidoof. Foi então que sentiu algo grudento e
molhado no seu rosto ao abrir os olhos era Goomy que o lambia.
Imediatamente Katy agarrou seu Pokémon e o abraçou fortemente.
– Goomy,
me desculpe por ter sido tão fraca! Eu prometo que vamos ficar mais
forte juntos!
Goomy
concordou lambendo o rosto de Katy, a fazendo rir de cócegas. Depois
disto Katy percebeu que Piplup estava em cima da mesa com uma
expressão de inveja, ela então o agarrou e abraçou também.
– Não
se preocupe Piplup, você também merece um abraço. – Katy depois
de ter abraçado os dois pokémons, gentilmente os pegou e colocou em
cima da mesa. – Goomy esse é o Piplup e Piplup esse é o Goomy, a
partir de agora vocês serão companheiros na nossa jornada para a
Liga de Kalos.
Goomy
e Piplup se cumprimentaram como amigos, mas rivalidade estavam em
seus olhos, eles eram companheiros no campo de batalha, mas rivais
para chamar a atenção de sua treinadora.
Eve
que assistia tudo, junto de Shiro e Kuro, chegou ao lado de Katy e a
entregou um saco listrado com uma fita o amarrando.
– Katy,
eu disse que se vencesse o ginásio te daria um presente. Eu já
havia comprado ele antes, quando você foi pegar sua Pokédex e eu
disse que tinha que fazer alguma coisa era comprar esse presente.
– Mas,
por quê? Eu não ganhei a batalha. – indagou Katy.
– Isto
não importa. Afinal é comum para amigos se darem presentes. –
respondeu Eve sorrindo. – Vamos abra logo!
Katy
fez como ordenado, pegou a fita que amarava o saco e puxou até
abrir. Ao olhar dentro do saco e puxar seu presente, os olhos de Katy
brilharam que nem o sol, um sorriso foi formado em sua boca sem que
ela nem percebesse.
– É
a mochila do Bidoof! Muito obrigada Eve! Olha como ele é fofo! –
exclamava Katy entusiasmada com o presente.
Apesar
de não concordar com a palavra “fofo” os três amigos da garota
furisode ficaram felizes em ver Katy tão radiante e sorridente.
…
Scar
estava em seu escritório onde recebia as pessoas para atendê-las,
aquilo lugar era conhecido como o seu covil. Scar estava sentado em
sua cadeira quando alguém entrou e exclamou:
– Scar,
seu maldito! Você quebrou a nossa promessa!
Scar
reconheceu a voz e respondeu:
– Está
falando da nossa promessa sobre eu não contar a ninguém sobre a
princesa Evelyne está em Lumiose? Se é isso, pode se acalmar, pois
eu não contei a ninguém.
– Então
me explique como foi que a gangue vermelha descobriu que a princesa
estava na cidade.
– Talvez
a gangue vermelha tenha um informante que sabia a identidade da
princesa. Eu não tive nada a ver com isso. Soube que a gangue
vermelha até planejavam sequestrar Evelyne, mas a confundiram com a
garota furisode que andava com a princesa. – disse Scar calmamente.
Ele fez uma pausa e voltou a falar. – Me diga, qual o seu interesse
nessa garota furisode, Katherine … Fée, não é mesmo? Por que a
fez salvar o Piplup?
– Além
de eu não suportar mais ver aquele Piplup sofrendo, Katherine me
lembra uma pessoa muito importante para mim. – respondeu a voz.
Scar
começa a falar entre risos:
– Que
interessante, não sabia que você tinha esse lado tão sentimental!
– Você
não sabe nada sobre mim.
– Pode
até ser verdade, mas eu sei muito mais sobre você do que você sabe
sobre mim. Não é mesmo Líder da Gangue Azul, Juvia Valentine …
Fée.
…
Todos
os quatro amigos tinham seguido para a Torre Prisma a pedido de Katy
depois de terem saído do Centro Pokémon, ela disse que precisava
falar algo com Meyer ao chegarem lá e se encontrarem com Clemont e
Meyer, Katherine se curvou em frente de Meyer e pediu:
– Por
favor me treine!
Aquele
pedido pegou Meyer de surpresa que ao ver a situação riu.
– Não
precisa se curvar para mim, jovem Katherine. Eu até gostaria de te
treinar, mas infelizmente não tenho tempo para isso, fico ocupado
demais trabalhando na minha loja de ferramentas e no ginásio também,
além disso tenho que treinar o Clemont para um dia me suceder.
– Por
favor! – pediu Katy novamente ainda curvada.
– Não
adianta ficar implorando, já disse que não posso, mas … eu tive
uma ideia. – disse Meyer. – Tem uma treinadora que vive em
Aquacorde, ela é muito forte e aposto que se ela ver potencial em
você ela te treinará.
– Pai,
você não está falando da Vaquíria das Chamas? – indagou
Clemont.
– É
dela mesmo filho! Aposto que Katherine ficaria bem forte treinado com
ela. – respondeu Meyer.
– Mas
você não acha que pode ser uma má ideia, afinal depois da batalha
de vocês dois, o ginásio ficou quase todo destruído.
– Isso
só prova que ela é bem forte. Nunca imaginaria que alguém
destruiria todos os pilares elétricos para não ser surpreendido em
batalha, a Valquíria das Chamas é mesmo especial. Além disso ela
deve ser uma ótima professora, afinal ela que ensinou aquele outro
treinador que me derrotou também.
Katy
ficava cada vez mais eufórica ao ouvir os comentários de Meyer e
Clemont.
– Então,
jovem Katherine o que me diz, acha que tem o suficiente para ser
aceita como aprendiz da Valquíria das Chamas? – indagou Meyer.
– Sozinha
não, mas …
Katy
fitou seus três amigos e perguntou:
– Gente,
vocês me acompanhariam até Aquacorde?
– Que
pergunta mais idiota, já não tínhamos decido que viajaríamos
todos juntos. – respondeu Shiro.
Kuro
e Evelyne concordaram mexendo a cabeça. A garota furisode então se
virou para Meyer e completou sua frase:
– Mas
com meus pokémons e amigos … Com certeza sim! – exclamou Katy.
– É
assim que eu gosto de ver! – disse Meyer. – Agora, vamos todos lá
para cima que eu fiz um almoço divino!
– Almoço
divino! – repetiu Eve com água na boca.
Nos
almoçamos todos juntos, foi muito divertido! Decidimos que
partiríamos para Aquacorde no dia seguinte. Eu estava muito feliz,
minha jornada tinha começado a apenas uma semana, mas tantas coisas
já tinham acontecido, conheci muitas pessoas incríveis e fiz vários
amigos, além disso agora eu tenho meus dois queridos pokémon. Tive
que passar por algumas dificuldades, mas com ajuda de todos consegui
superá-las. Sabia que ainda muitas coisas sejam elas boas ou ruins
viriam acontecer, afinal minha jornada …
…
Estava
apenas começando.