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- Pokémon ThunderStorm – Capítulo 02
Posted by : Zark
17 de jun. de 2016
21
anos atrás…
Cidade
de Viridian (Kanto),
2 de novembro de
1995.
O
tempo estava fechado, uma escuridão total, a única coisa que podia
se ver era o brilho dos trovões, onde por um segundo, tudo se
iluminava. Num quarto de alguma casa, estava sentado um homem, numa
poltrona de couro preta. Ele segurava um Persian em suas mãos o
acariciando. O homem era alto, possuía cabelos castanhos escuros, e
olhos tão escuros que chegavam a passar a ideia de uma profunda
solidão e vazio. Ele estava usando um terno azul-escuro, e possuía
um rosário prata, com uma cruz dorada e bem chamativa. Ele olhou ao
redor do quarto, possuía paredes cinzas, o chão erá feito de
madeira de carvalho. No quarto também havia uma lareira, que estava
apagada. Em cima da lareira encontrava-se um quadro do mesmo homem
sentado na cadeira, após olhar ao seu redor o homem soltou um
suspiro.
Segundos
depois o homem escutou passos de alguém vindo em sua direção. Os
passos pararam de ser ouvidos e algo bateu na porta:
– Senhor
Kotomine! Fazemos o que o senhor pediu, posso abrir a porta? –
indagou a voz por trás da porta.
– Sim.
– As palavras foram vazias e, ao mesmo tempo, fortes, o tom de voz
foi baixo, mas foi falado com firmeza.
Um
homem abriu a porta, ele possuía cabelos negros, mas no meio de seus
fios ele possuía uma mecha cinza, seus olhos eram negros também,
assim como sua barba. Ele usava óculos e um terno branco.
– Sebastian,
fizeram tudo o que eu mandei? – questionou Kotomine.
– Sim,
as enterramos aonde o senhor pediu.
– Muito
bem.
O
clima ficou quieto, ninguém dizia nada até o momento em que uma
trovoada ocorreu. Kotomine virou seu rosto para Sebastian fazendo uma
pergunta:
– Que
dia é hoje?
– 02
de novembro, senhor.
–
Então
hoje é o
dia
dos mortos.
– Kotomine parou por um segundo olhou para cima e soltou um
suspiro.
- Como estão os preparativos?
–
Já
estamos terminando,
de noite
tudo estará
pronto.
–
Perfeito.
Já está na hora de devolver o favor que o mundo me deu. –
ele
olhou
para o Persian e soltou
outro suspiro. –
Sebastian,
você sabe por que uso facas?
– Não,
porque?
– Armas
são muito rápidas. – respondeu Kotomine ao olhar para Sebastian e
soltar um sorriso que assustaria qualquer um.
Um
trovão é ouvido e tudo se silencia.
21
anos depois…
Cidade
de Sunyshore (Sinnoh), 7 de Junho de 2016.
O
jovem loiro
estava na delegacia mais uma vez, seu trabalho acabara em poucos
instantes, estava se arrumando para voltar para casa. Normalmente, o
vestiário estaria cheio nessa hora, mas como Volkner estava lá,
ninguém tinha a coragem para permanecer no mesmo cômodo daquele ser
considerado odiado por muitos. Há algum
tempo atrás esse fato até incomodava Volkner, mas hoje não mais,
ele se sentia mais confortável em estar sozinho do que rodeado
daqueles que os xingam pelas costas.
Havia
acabado de se arrumar e estava preste a sair do vestiário, mas para
sua supressa um grupo de três jovens entrou
e barrou a porta. Volkner não disse nada, apenas encarrou os três.
– Você
deve ser aquele conhecido como Justiceiro Dourado. Não parece ser
grande coisa para mim, deve ter tido alguma sorte e ganhou esse
título legal. – disse
um dos jovens.
Ao
ouvir aquelas palavras Volkner soltou uma gargalhada.
– Do
que está rindo, seu velhote de bosta! Nos viemos aqui para pegar o
seu título de Justiceiro Dourado!
Volkner
não aguentou e soltou outra gargalhada, algo que deixou aqueles três
jovens mais furiosos com ele.
– Você
só pode estar querendo levar uma surra! – exclamou um dos jovens
ao puxar Volkner pela gola da camisa. – Está gostando de tirar
sarro da gente?
– Não
é nada disso, eu apenas achei engraçado o fato de vocês quererem
pegar esse apelido horrível. Acreditem em mim seu eu pudesse eu
passaria para vocês. – respondeu Volkner.
– E
por que você não pode?
– Vocês
trabalham aqui a pouco tempo, não é? Devem ter escutado de forma
errada
em relação a expressão “Justiceiro Dourado”. Isso não é um
título que para se orgulha e para querer possuir. Acredito que em
algum tempo alguém vai explicar para vocês o verdadeiro significado
por trás desse apelido. De
qualquer forma não adiantaria eu passar esse apelido, aposto que
continuariam me chamando assim e chamando vocês de … Qual eram
mesmo os seus nomes?
Quer
saber não importa, nunca mais vou falar com vocês mesmo, afinal são
apenas figurantes inúteis.
– Está
zoando com nossas caras?
– trovejou
um dos jovens. – Se você não quer nos dar o título
de Justiceiro Dourado, vamos pegar a força!
O
jovem que segurava Volkner pela camisa preparou para socá-lo com seu
braço livre, mas Volkner foi rápido e segurou o punho do rapaz que
se assustou com os reflexos do loiro.
– Vocês
não deviam ter feito isso, agora vou ter que ensinar uma lição
para esses jovens incompetentes. – prometeu Volkner ao sorrir.
O
loiro entortou a mão do jovem que o segurava e chutou sua bariga, o
fazendo cair no chão. Os outros dois tentaram o acertar com socos,
mas Volkner desviou com facilidade e se agarrou ao braço de um dos
dois, girando seu corpo e arremessando em cima do outro jovem,
Volkner continuou e chutou as costas do jovem arremessado para pegar
mais impulso e provocar um impacto maior, aos dois jovens colidiram
bateram suas cabeças e caíram no chão com muita dor e
sem ter forças para levantar.
– Acho
que a lição acabou por hoje! – exclamou Volkner ao se preparar
para sair do vestiário, mas então um dois jovens segurou a sua
perna.
– Ainda
não, se eu ganhar de você em uma batalha Pokémon, você me dará
esse título. – disse o jovem ao liberar um Electabuzz de uma
pokébola.
– Vocês
são mesmos persistentes. – Volkner jogou sua pokébola e dela foi
liberada o Luxray. – Pode começar.
– Electabuzz
use Thunder Punch.
– O punho do pokémon brilhou e raios de energia elétrica
começaram a rodear sua mão. Electabuzz, então preparou para
acertar seu soco em Luxray.
– Luxray
use Crunch.
– Os dentes do Luxray cresceram e começaram a brilhar.
Electabuzz
tentou acertar seu golpe no Luxray, mas sua mão que o socaria foi
mordida pelo pokémon quadrupede. Electabuzz soltou um gemido de dor,
tentava
tirar sua mão da boca do Luxray, mas o seu oponente não fraquejava
e apenas deixava a mordida mais forte.
– Electabuzz
usar o Thunder Punch
nele com sua outra mão!
– Luxray
não solte a mão do Electabuzz e use Flash para parar o ataque dele
e em seguida use Crunch
em sua outra mão.
Electabuzz
preparava para socar o Luxray que foi mais rápido e soltou um raio
luminoso que acertaram seus olhos o atordoando um pouco, antes que
pudesse ter sua noção de volta, Luxray já mordera seu outro punho
causando mais dor em Electabuzz.
– Vamos
finalizar Hyper Beam!
– ordenou Volkner.
Luxray
soltou a mão do Electabuzz deu um saltou e liberou uma energia
explosiva de sua boca no rosto do Electabuzz, o impacto foi tão
forte que ele foi arremessado até a outro
ponto
do vestiário
se colidindo com os armários dali.
O
jovem
que ordenava o Electabuzz estava boquiaberto, não entendia porque
mas passara a sentir medo daquele que todos chamavam de Justiceiro
Dourado. Volkner percebeu a reação assustada do jovem e se agachou
o fitando nos olhos, por fim enquanto o encarava contou:
– O
“Justiceiro Dourado” não é aquele que é aclamado pelo publico
ou aquele que recebe méritos, ele é aquele que é um
monstro
temido e odiado por todos, é aquele que não possui amigos, apenas
inimigos. Então lhe pergunto pela última vez,
você
realmente quer ser quele conhecido como Justiceiro Dourado?
O
olhar
de Volkner assustava aquele jovem, ele tentara responder, mas nenhuma
palavra saiu de sua boca. Volkner assentiu com a cabeça e resolveu
caminhar para fora do
vestiário
enquanto dizia:
– Está
era a resposta que eu imaginava.
Cidade
de Saffron (Kanto),
7 de Junho de 2016.
Grumman
estava em seu escritório havia papéis jogados para todos os lados,
tudo estava uma bagunça. Ele estava sentado na sua cadeira
cochilando, quando a porta do seu escritório abriu e uma jovem
mulher de cabelos negros e olhos de cor marrom entrou, ela vestia uma
camisa preta e sua calça também era preta.
– Grumman,
eu trouxe os arquivos que o senhor pediu – anunciou a mulher ao
entrar no escritório.
Ninguém
respondeu, ela viu Grumman sentado na sua cadeira dormindo e gritou
com ele:
– Acorda
seu preguiçoso maldito!
Grumman
acordou assustado:
– Ai
meu Arceus!!! O que foi?
– Eu
trouxe os arquivos que o senhor pediu. – respondeu a mulher.
– É
só você Maiya, não me assuste desse jeito. - disse Grumman
aliviado.
– Da
próxima vez não durma no trabalho! – reclamou Maiya.
– Mas
eu sou velho e preciso descansar, então dormi faz parte do meu
trabalho de vida.
– Você
me dá uns nervos.
– Deixe
isso para lá Maiya. Trouxe o que pedi?
– Sim,
mas eu tenho uma pergunta.
Maiya
entregou as pastas com os papéis que ela tinha trazido e voltou a
falar.
– Quando
eu fui procurar os arquivos de Volkner, eu não o encontrei, e
resolvi a perguntar a uns agentes, mas todos pareciam estar com medo
ficavam dizendo para não procurar nada sobre ele. Depois de um tempo
eu finalmente encontrei os arquivos dele, mas eles estavam todos
riscados, veja. – Ela então entregou uma última pasta.
A
pasta tinha uma foto de Volkner. Além disso na pasta estava escrito:
Nome:
Volkner Misaka
Nascimento:
25/12/84
Cidade
Natal: Sunyshore
Cidade
Atual: Sunyshore
Mas
a pasta estava riscada alguém tinha feito uma linha no nome de
Volkner e escrito “Justiceiro Dourado” no lugar, além disso
tinham feito um grande X na cabeça de Volkner e tinha escrito a
palavra “Assassino” e a frase “Não Cheguem Perto” com setas
apontando para foto de Volkner.
– Hhahahhahaaa.
– riu Grumman – Não acredito que fizeram isso, parece que as
pessoas têm mesmo medo de Volkner.
– Por
que está rindo? – indagou Maiya.
– Não
é nada, apenas achei engraçado o pavor que essas pessoas têm de
Volkner.
– É
exatamente isso que eu quero saber. Por que tantas pessoas que
trabalham aqui tem medo de Volkner?
– Maiya,
você começou trabalhar aqui as uns dois meses, por isso você o não
conhece. Deixa eu explicar o motivo dessa infâmia que Volkner
possui. A mais ou menos nove anos atrás, Hoenn estava numa fase
complicada e nos da Polícia Internacional tivemos que mandar várias
equipes para resolver esse problema, Volkner estava entre uma dessas
equipes, era a sua primeira missão na PI (Polícia Internacional).
Só que Volkner não teve nenhuma sorte de principiante para
ajudá-lo. Então algo aconteceu. - explicou Grumman com um clima bem
mais sério do que o normal. Ele fez um pausa para respirar
profundamente.
– Então
o que aconteceu?
– Mortes.
Foi isso que aconteceu. Volkner estava em um grupo de cinco pessoas,
mas ele foi o único sobrevivente. O problema em Hoenn foi resolvido
e Volkner foi mandado para casa, mas a notícia começou a se
espalhar, afinal o grupo em que Volkner estava, era formado por
apenas agentes renomados e todos morrerem, exceto o novato, isso foi
algo que acabou transformando essa notícia em um rumor que Volkner
teria traído e matado todos eles. Desde então ninguém mais quis
fazer parte de uma equipe com ele e todos passaram a temê-lo. Depois
de Hoenn, Volkner se fechou para os outros e começou a trabalhar
sozinho foi então que depois de um tempo trabalhando sozinho, que
ele ganhou o apelido, que tantos temem, o Justiceiro Dourado.
Maiya
estava perplexa não esperava que o motivo fosse algo desse nível,
mas o que a incomodava mesmo era a injustiça que cometiam com
Volkner.
– Mas
isso esta errado! Ele passou, por uma coisa horrível dessas e as
pessoas o excluem e criam rumores para abalá-lo mais! Isso é uma
injustiça! – gritou Maiya indignada.
– A
vida é injusta, apenas aceite. Volkner já aceitou esse fato há
muito tempo e continua vivendo com o fardo que foi criado em cima de
suas costas.
Maiya
se sentia revoltada, mas não sabia o que dizer. O único som que
saiu de sua boca foi um ruido de desgosto e incompreensão.
– Não
se preocupe Maiya. Volkner é forte e tem pessoas que cuidam dele
muito bem. – informou Grumman tentando acalmá-la.
– O
problema é que ele já deve ter recebido a notícia sobre Hiroshi e
deve estar passando por momentos difíceis. – pensou Grumman.
Cidade
de Sunyshore (Sinnoh), 7 de Junho de 2016.
Volkner
havia saído da delegacia, após tomar uma bronca de seu chefe por
ter brigado no vestiário. Ele já estava em casa e almoçava com sua
família. Todos estavam na mesa, Volkner, Irisviel, as filhas dos
dois e Aloutte, a empregada da família Misaka.
– Não
quero comer os legumes! – reclamou Illya.
– Mas
você precisa que comer para poder ficar forte. – insistiu
Irisviel.
– Mas
legumes têm gosto ruim.
– Vamos
Illya você tem que comer, sua irmã também está comendo. – disse
Volkner.
– Não
me meta nessa briga. – contestou Elesa.
– Eu
não vou comer! – exclamou Illya de cara emburrada.
– Vocês
duas as vezes me dão uns nervos. Vamos Illya coma logo os legumes,
eles são bem gostosos. – pediu Volkner.
Illya
nada respondeu apenas virou o rosto com negação.
– Por
favor pelo seu pai.
– Ta
eu como mas só se você comer também. – exigiu Illya.
A
expressão de Volkner mudou, ele parecia estar desesperado. Ao ver a
reação do loiro, Irisviel e Elesa começaram a rir.
– Do
que vocês estão rindo? – indagou Volkner irritado.
– Vamos
papai coma os legumes para Illya comer também. – comentou Elesa.
– Você
não disse que os legumes eram bem gostosos, por que está hesitando?
– questionou Irisviel.
– Malditas
traidores, vocês sabem que eu não suporto legumes. – pensou
Volkner.
– Então
Volks, vai comer para poder ajudar a nossa filha?
– Desculpe,
mas não, eu não vou comer.
– Que
decepção, queria ver o papai comendo legumes. – contou Elesa.
– Se
o papai não vai comer, eu também não vou. – concluiu Illya.
– Vamos
filha, não seja que nem o seu pai e coma os legumes. – disse
Irisviel.
Illya
virou o rosto novamente fazendo uma expressão de negação.
– Que
pena, Aloutte fez esses legumes com tanto carinho e você vai
jogá-los fora. Aposto que ela vai ficar triste, não é verdade Al?
– indagou Irisviel.
Aloutte
estava comendo enquanto eles discutiam, mas ao ouvir o seu nome logo
respondeu:
– O
que? Quer dizer, sim vou ficar um pouco triste.
Illya
se sentiu comovida e disse.
– Se
Al vai ficar triste se eu não comer, eu comerei.
Illya
enfiou o garfo em alguns legumes que estavam em seu prato e o levou
para boca, assim mordendo e engolindo os legumes.
– Muito
bem Illya, você comeu os legumes! – comemorou Irisviel.
– Parabéns
mana!
– Ta
vendo filha nem doeu. – comentou Volkner.
Apos
terminar de engolir, Illya olhou para o seu pai e disse:
– Papai
você não vai comer os deliciosos legumes que Al fez para você?
Volkner
não esperava por essa, havia acabado de ser pego de surpresa. Ele
tentou começar a responder, mas gaguejou e parou, respirou
profundamente e respondeu:
– Não
filha sabe é que eu estou passando mal e é melhor eu não co… –
Volkner foi interrompido por Irisviel que colocou um garfo cheio de
legumes em sua boba.
Depois
de engolir tudo Volkner gritou com Irisviel:
– Por
que você fez isso?
– Você
é o pai dela então deve ser um bom exemplo, não acha? –
perguntou Irisviel.
– Isso
é verdade, mas pergunte da próxima vez que for botar um garfo na
minha boca.
– Ta
certo Volks, mas agora coma o resto dos legumes.
– OK,
eu vou comer.
O
almoço continuava e todas naquela mesa faziam parte de uma família
feliz. Foi então que o telefone da casa tocou.
– Que
estranho dificilmente alguém nos liga essa hora. - comentou Volkner.
– Quer
que eu atenda o telefone? - indagou Aloutte.
– Não
precisa eu vou atender. - respondeu Volkner.
Ele
não sabia o porque, mas estava com um mal pressentimento. Volkner
levantou da mesa e foi atender o telefone, mas antes de pegá-lo
hesitou, ele não entendia o porque dessa sensação, mas resolveu
atender mesmo assim.
– Alô?
– É
da casa da família Misaka?
– perguntou
uma voz pelo telefone.
– Sim,
o que foi?
Quem
estava na outra linha era um agente da funerária, ele resolveu
contar para Volkner o motivo que havia ligado. Ao terminar de ouvir
as palavras do homem da outra linha, o coração de Volkner apertou,
ele estava doendo muito, a dor era tanta que Volkner não aguentou e
soltou o telefone que acertou o chão quebrando. Ao ouvir o som,
Irisviel caminhou até Volkner e indagou:
– Amor,
o que foi?
As
mãos de Volkner tremiam, não conseguia pensar direito, apenas
sentia uma dor, mas não física e sim sentimental. Volkner então
caiu de joelhos, Irisviel preocupada o segurou e com os olho cheio de
lágrimas o loiro retornou seu olhar para esposa e disse:
– Hiroshi
foi assassinado.
Lagrimas
começaram escorrer pelos olhos de Volkner, Irisviel chegou perto
dele e o abraçou.
– Eu
não queria mais ter que sentir essa dor. – desabafou Volkner. –
Está doendo muito.
Irisviel
estava querendo chorar também, mas ela precisava ser o pilar de
Volkner nesse momento. Ela precisava aguentar aquilo pelo seu marido.
Irisviel não disse nada, sabia que não teria palavras que
conseguissem retirar a dor do seu marido, ela apenas o abraçava
fortemente e calorosamente.
Cidade
de Saffron, 7 de Junho de 2016.
Maiya
e Grumman continuavam no escritório conversando.
– Tirando
Volkner, eu dei uma olhada nos arquivos dos outros agentes e
realmente não posso concordar com suas decisões. Como é que você
quer chamar para uma missão importante, uma apresentadora de Maid
Café, um professor Pokémon que já foi preso por assédio a
menores, um NEET viciado em jogos e um arqueólogo com sérios
problemas mentais relacionados a pedras. – reclamou
Maiya.
– Eu
escolhi a todos por suas habilidades e qualidades, pode confiar em
mim que sei o que estou fazendo. – disse Grumman.
– Ainda
não concordo com suas escolhas.
– Isso
não importa, eu que mando aqui! E você não pode fazer nada para
mudar isso! Lixo!
– Vocês
está parecendo uma criança. – disse Maiya com raiva.
– Me
respeite, além de ter idade para ser seu pai ou até mesmo avô, eu
sou seu chefe e você tem que me obedecer, Maiya lixo! Lixo!
– Vou
embora, não quero ficar discutindo com um velho com mentalidade de
criança que nem você!
Maiya
caminhava para a porta, mas parou no meio do caminho e se virou para
Grumman.
– Antes
de
eu ir, poderia
me explicar o motivo de tudo isso, chamar pessoas de outras regiões
para trabalhar em apenas um caso. Me diga o que está acontecendo? –
pediu Maiya.
– Para
falar a verdade, eu estou com um mal pressentimento em relação a
esses homicídios. Olhando superficialmente poderia parecer algum
caso de serial killer que poderia ser resolvido pela polícia de
Kanto, mas eu sinto que uma
organização criminosa pode estar voltando.
– Organização
Criminosa?
– Estou
falando daquela organização que começou a Guerra dos Foguetes a 21
anos atrás, estou falando da tão temida Equipe Rocket.
21
anos atrás…
Cidade
de Saffron (Kanto),
2 de novembro de
1995.
– Boas
noites cidadãos de Kanto, aqui quem fala é Kurumi, sua repórter
favorita da PPC. Hoje nossa equipe está aqui em Saffron para cobrir
a festa anual do Dia dos mortos. Para quem não sabe esse é o dia
que as pessoas mais ricas e poderosas de Kanto se encontram, em
Saffron, usando máscaras e tem um grande festa. Boates, bares,
casinos, há de tudo aqui nesse dia onde celebramos e rezamos para os
mortos…
Kotomine
desligou a televisão e se levantou, ele estava dentro de um pequeno
jato de luxo, no quarto em que estava, havia duas cadeiras de couro
preto, uma mesa branca e uma televisão. Havia duas portas por onde
ele poderia sair, a de trás aonde era o banheiro e a da frente aonde
era a cabine do piloto. Ele andou para a porta da frente, a abriu e
entrou. Lá ele viu o piloto, que estava usando uma roupa preta com
um R vermelho no meio, a sala possuía diversos botões coloridos e
uma cadeira vazia. Kotomine sentou na cadeira vazia e perguntou:
– Já
estamos chegando?
– Sim,
já vai dar para pousar daqui a pouco.
– Perfeito,
quero que tudo ocorra bem.
O
jato começou a descer, passou pelas nuvens e logo o piloto e
Kotomine puderam ver a Cidade de Saffron toda iluminada com prédios
altos e milhares de pessoas com máscaras nas ruas.
– Senhor
Kotomine, prepare-se já pousaremos – avisou o jovem piloto.
– Certo
– respondeu Kotomine colocando uma máscara branca com partes
pretas no seu rosto.
…
A
rua estava lotada cheia de pessoas e carros. Haviam prédios altos
por todos os redores, mas um se destacava era o Casino Emiya, era
muito alto com grandes luzes de diversas cores, que iluminavam a rua
inteira.
Dentro
dele havia muitas pessoas, todas estavam usando máscaras. Havia
diversos jogos de azar para todo lado, pessoas estavam jogando poker,
garçons servindo bebidas, era uma grande festa.
Havia
uma mesa com uma roleta na ponta onde as pessoas estavam apostando
seus dinheiros. A roleta era um jogo de apostas onde se jogava uma
pequena bola enquanto uma roleta, que era dividida em diversos
pedaços com core diferentes, girava. O jogo era simples as pessoas
tinham que aposta que cor a bola pararia. Kotomine estava sentando
perto dessa mesa observando o jogo e percebeu que havia um jovem
homem que ficava se vangloriando por apostar muito e ganhar. Kotomine
se levantou e foi falar com o sujeito:
– Esta
a fim de uma aposta? – indagou Kotomine com uma voz assustadora.
– Claro
que sim, mas saiba que eu não tenho medo de perder e vou apostar
alto. Então vai mesmo querer fazer uma aposta? – falou o homem com
um falso orgulho.
– Sim,
mas como você disse que não tem medo de apostar alto posso escolher
a aposta?
– Pode,
eu não tenho medo de perder, mas se você for escolher, escolha um
alto valor.
– Não
se preocupe, eu escolherei, mas se lembre que você não vai poder
desistir depois de ouvir o que apostaremos e você não pode apostar
na mesma cor do que eu. – explicou Kotomine calmamente.
O
homem concordou com a cabeça e concluiu:
– Não
volto atrás de minhas palavras, a aposta já está valendo e se
perder pagarei.
Kotomine
apenas sorriu, chegou ao lado da roleta, a segurou a roleta e girou.
– Então
nos apostaremos nossas vidas! – exclamou Kotomine com um olhar
psicótico ao soltar a bola na roleta.
Todos
ao redor se assustaram principalmente o homem em que estava apostando
com Kotomine.
– O
que? Está maluco, eu não vou apostar minha vida num jogo! –
berrou o homem morrendo de medo.
Kotomine
nem prestou atenção no homem e ouvia a bola da roleta gira e disse:
– Eu
aposto no vermelho, então você aposta no preto.
– Você
está me ouvindo, já disse, essa aposta não vale! Não estou
apostando nada!
– Não.
A aposta está valendo, você não pode voltar atrás, você mesmo
disse.
– Você
só pode ser um louco!
– A
loucura nada mais é do que a verdadeira face de cada um. É
exatamente por isso que usamos máscaras, não é? Para disfarçar a
loucura e insanidade que não queremos aceitar. Só que diferente dos
loucos que vocês conhecem, eu não aceitei a loucura, a loucura que
me aceitou. – Kotomine sorria friamente, a roletava estava parando
de girar. – Vamos, chegue perto a roleta já vai parar.
O
homem tentou ir embora, mas Kotomine segurou o seu braço e o puxou
para perto da roleta. Ela estava fraca e a pequena bolinha finalmente
caiu e parou.
– Vermelho,
parece que eu ganhei. – comemorou Kotomine ao sorrir friamente.
O
rapaz se desesperou começou a gritar e tentou correr, mas tropeçou,
caiu e sua mascará saiu do seu rosto. Estava com uma expressão de
terror e ao mesmo tempo arrependimento. Kotomine o seguiu e o olhou
para o chão, então tirou uma faca do seu bolso e começou a chegar
perto do homem.
– Saia
daqui! – berrou o homem arrependido e se arrastando para longe de
Kotomine.
As
pessoas ao redor estavam horrorizadas e com medo. Kotomine começou a
rir, segurou o pé do homem e sentou por cima do rapaz segurando a
faca em seu pescoço.
– Alguém
me ajude! - Exclamava por ajuda o rapaz enquanto chorava, mas
ninguém o ajudava pois estavam com medo.
Então
o homem fechou os olhos e esperou morrer. Kotomine escondeu a faca no
bolso, levantou o rapaz e limpou as lágrimas do rosto dele e disse:
– Não
se preocupe não vou te matar por causa de uma aposta boba.
Os
olhos do rapaz se abriram e ele esqueceu o medo que sentira a pouco
tempo e ficou aliviado sabendo que poderia seguir sua vida. Ele
começou a chorar de felicidade e lembrou de seus sonhos, queria
voltar para Johto onde estava sua família que se separou para ir
trabalhar, queria abraçar sua mulher e sua filha. Ele sentiu algo
que nunca tinha sentido antes, ele sentiu que tinha renascido e que a
partir daquele momento seria outra pessoa, então ele sorriu.
– Eu
vou te matar, apenas porque eu quero, afinal como você mesmo disse,
eu sou louco. – falou Kotomine friamente sem demonstrar nenhuma
expressão no seu rosto, ao pegar a faca do bolso e enfiá-la no
coração do homem.
Kotomine
então puxou a faca para o lado esquerdo até sair de dentro do
homem. Assim que a faca saiu, o corpo, onde já não havia mais vida,
começou a jorrar sangue para diversos lados formando uma poça de
sangue. As pessoas ao lado que assistiam horrorizadas, começaram a
gritar e sair correndo, tudo estava um caos. Os seguranças foram
atrás do Kotomine quando houve um black out e várias pessoas
usando roupas negras com um R em vermelho no meio, entraram no casino
e trancaram todas as saídas. As luzes voltaram e as pessoas com o R
seguravam armas e começaram a atirar nas pessoas. O caos ficava cada
vez maior, as pessoas ainda tentavam sair, mas as pessoas com R
impediam. Os seguranças eram poucos para tanto caos, eles tentavam
parar as pessoas com o R, mas eram mortos rapidamente.
Em
meio ao caos Kotomine tirou sua máscara e limpou o sangue do homem
que matara de seu rosto. Começou a caminhar para o elevador que
estava bloqueado por um homem com o R na roupa. Kotomine chegou perto
e perguntou para o homem:
– Bom
trabalho, mate todas as pessoas aqui, eu vou subir, as coisas já
estão prontas lá em cima?
– Sim,
já está tudo pronto.
– Quanto
tempo até as bombas chegarem?
– 30
minutos, senhor.
– É
tempo suficiente. – Kotomine fez uma pausa e continuo – Matem
todo mundo e saiam daqui no máximo em 15 minutos.
– Sim
senhor.
Kotomine
entrou no elevador e apertou o botão do último andar. A porta e
fechou e o elevador começou a subir. Ao fechar da porta Kotomine
fechou os olhos e começou a escutar os gritos das pessoas, ele
apreciava aquele momento como se estivesse em uma opera, os gritos e
desespero das pessoas eram música para seus ouvidos. Quanto mais o
elevador subia, mais os gritos ficavam baixos até que em certo
momento ele só pode ouvir a sua própria respiração e o barulho do
elevador. Quando eleador parou, Kotomine saiu dele, ele estava em um
corredor chique com grandes lustres e com um enorme tapete vermelho
que percorria todo o corredor.
Kotomine
olhou para o lado esquerdo e viu uma porta cinza com uma placa de
vidro nela simbolizando que eram as escadas de emergência, ele andou
até ela e a abriu, entrou e começou a subir as escadas a caminho do
terraço. Depois de algum tempo não havia mais escadas para ele
subir, havia apenas uma porta de metal, ele então tentou abri-la,
mas ela estava trancada. Então ele pegou um pequeno objeto de metal,
que parecia metade de uma bola com uma pequena tela e um botão nele,
de seu bolso, ele apertou o botão e na tela apareceu um contador que
aparecia 10 segundos, Kotomine colocou o objeto na fechadura da porta
e apertou o botão outra vez. O contador começou a diminuir e
Kotomine se afastou, depois de passar-se os 10 segundos, o pequeno
objeto explodiu fazendo um grande barulho e arrebentando a porta. Ao
ver a explosão Kotomine sorriu e foi andando para o terraço, quase
não se via estrelas, mas havia muitas luzes artificias.
Um
helicóptero possou no prédio onde Kotomine estava e uma pessoa com
a mesma roupa com um R no meio saiu dele e entregou um rádio para
Kotomine e disse:
– Já
está tudo pronto, o senhor já pode começar a transmissão.
Kotomine
assentiu com a cabeça e respirou profundamente. Ele ligou o rádio,
segurou o microfone e começou a falar:
– Povo
de Kanto, eu sou Kirei Kotomine, e estou aqui no terraço do Casino
Emiya para lhes darem um aviso!
A
voz de Kotomine podia ser ouvida em toda Saffron, as pessoas pararam
de festejavam e olharam para Kotomine. Kurumi, a repórter de
televisão, estava na rua perto do prédio e começou a ouvir a
transmissão. Ela então resolveu filmar o que ocorria:
– Boas
noites cidadãos de Kanto, aqui quem fala é Kurumi, sua repórter
favorita da PPC. Estamos de volta, hoje para mostrar para vocês algo
que está acontecendo aqui em Saffron. Parece que um sujeito chamado
Kirei Kotomine subiu até o terraço do Casino Emiya e está fazendo
um pronunciamento! Ed filma ele lá em cima!
O
cameraman virou sua câmera para o alto e começou a filmar Kotomine.
– A
festa hoje está boa! Não esta? – indagou Kotomine com um sorriso
no rosto. – Achou tão engraçado que nessa querida data, o dia dos
mortos, as pessoas vivas que festejam, afinal hoje é o dia dos
mortos e não os dos vivos! Isso só pode ser uma loucura, não
acham? Mas não se preocupem se querem tanto festejar eu possou
ajudar… - Ele parou por uma estante suspirou e completou –
Matando todos vocês!
As
pessoas na cidade não entenderam o que ele quis dizer, acharam que
era apenas uma brincadeira, e começaram a questionar podia se ouvir
pessoas da cidade inteira gritando. Ao ouvir tanto barulho Kotomine
perdeu a paciência e gritou:
– Silêncio!
A
sua voz ecou por toda Saffron, as pessoas pararam de gritar e ficaram
apavorados pelo tom de sua voz. Ao ver a cena Kotomine começou a
gargalhar:
– Vocês
são mesmos engraçados, acham que estão seguros e podem fazer
qualquer coisa, mas é engraçado como apenas um grito foi o
suficiente para assustá-los! Bem, se acham que é apenas uma
brincadeira olhem para o Casino Emiya!
As
portas do casino se abriam lentamente, ao conforme abria as pessoas
sentiam mais medo. Quando a porta já abrira o suficiente para poder
ver o que tinha dentro, as pessoas entraram e choque e começaram a
correr causando o maior caos:
– Não
pode ser! – exclamou Kurumi ao ver o que tinha dentro do prédio,
ela estava perdendo o juízo – O que é isso! Não pode ser
verdade, não pode!
A
porta finalmente tinha aberto completamente, e lá dentro tinha
apenas corpos mortos cheios de sangue. Dentro do Casino não havia
nenhuma pessoa viva.
– Não
adianta correr, porque logo todos vocês morreram! Daqui 10 minutos
serão jogadas bombas por toda Saffron! Eu vou mostrar para Kanto, o
que ela fez comigo! Sintam a dor que eu sentir! Porque a partir de
agora, eu Kirei Kotomine, fundador da Equipe Rocket, anuncio que nós
da Equipe Rocket proclamamos guerra contra o Governo de Kanto! –
gritou Kotomine satisfeito com o que via.
A
cidade inteira entrou em pânico as pessoas corriam, gritavam, elas
já não sabiam mais o que fazer. Kotomine via o desespero das
pessoas, se sentia satisfeito e fez um último pronunciamento:
– Era
isso que eu queria ver, esse caos é música para meus ouvidos, esse
pânico! Esse sentimento que tudo acabou e não há mais esperanças!
Tudo o que restou foi as suas próprias insanidades! Por isso,
abracem sua loucura!
Por
fim Kotomine desligou o rádio e se direcionou para o homem que havia
lhe entregue o rádio.
– Vamos
embora, logo esse lugar estará cheio de policiais. Isso se as bombas
não explodirem primeiro.
– Sim,
senhor!
Os
dois entraram no helicóptero, e depois de todo preparado ele alçou
voo:
– Invadiram
o prédio da Energitrom e fizeram o que eu pedi? – indagou
Kotomine.
– Sim,
fizemos tudo como nos foi mandado. – respondeu o homem.
– Perfeito,
tudo está de acordo com o planejado. – Um sorriso assustador pode
ser visto no rosto de Kotomine.
21
anos depois…
Cidade
Rustboro (Hoenn), 8 de Junho de 2016.
O
corpo de Hiroshi estava no caixão já fechado dentro da cova. Ele
estava sendo enterrado, os coveiros jogavam terra em cima de seu
caixão. Todos naquele cemitério estavam vestindo preto e com
olhares tristes, Volkner estava lá, estava triste por ter perdido
seu amigo, mas o que mais o deixava triste era ver o filho de
Hiroshi, Cheren, chorando enquanto via o pai ser enterrado. Ele
ficava berrando “Mamãe, por que esses homens estão enterrando o
papai? Assim como ele vai voltar para casa? Mamãe” e chorava e
chorava, era algo muito triste. Volkner via o momento, que passava
devagar, eram segundos, mas parecia décadas, suas mãos estavam se
apertando com bastante força, ele sabia que tinha que fazer algo.
Depois de enterrado, o filho de Hiroshi finalmente tinha parado de
chorar e todos já saiam do cemitério, mas Volkner, ao lado de
Irisviel, parou a esposa de Hiroshi para falar com ela:
– Aiko,
sinto muito pelo que aconteceu.
– Volkner,
obrigada, mas não é sua culpa. Como vocês estão? Como vai as
filhas de vocês – perguntou Aiko
– Elas
vão bem. Você e Cheren vão continuar vivendo aqui em Hoenn? Se
precisar de qualquer ajuda, pode me avisar que arranjamos um espaço
para vocês em Sinnoh. – ofereceu Irisviel.
– Muito
obrigada Irisviel, mas não precisa. Realmente vamos ter que nos
mudar, mas meu irmão que mora em Unova conseguiu uma ajuda, assim
vamos morar em Nuvema.
– Entendo,
mas se precisar de qualquer coisa é só avisar. – disse Irisviel.
Aiko
concordou com a cabeça.
– Aiko,
temos que ir senão vamos nos atrasar para o voo. – contou Volkner.
– Volkner,
antes de ir, queria lhe entregar algo. No testamento de Hiro, ele
pediu para te entregar isso. – Aiko tirou um livro de sua bolsa e
entregou para Volkner.
Volkner
segurou o livro com suas mãos e viu o nome na capa “Estudando os
Pokémon: Tudo que precisa saber para ser um bom treinador.
(Rascunho)”.
– Aiko,
esse é … – Volkner foi interrompido por Aiko.
– Sim,
o livro que Hiro estava escrevendo, ele queria abrir uma escola para
os alunos estudarem os Pokémon. Esse é um dos rascunhos dele, ele
queria que ficasse com você.
– Muito
obrigado, Aiko. Vou guardar com muito carinho.
– Eu
sei que vai.
…
Irisviel
e Volkner estavam retornando para Sinnoh de avião. Eles estavam
sentados um do lado do outro, Irisviel tirava um cochilo e Volkner
admirava a sua esposa, sempre achou ela linda, mas dormindo ficava
mais bonita ainda. Como Volkner não conseguia dormir e ainda faltava
um bom tempo de viajem, ele resolveu olhar o livro de Hiroshi que
tinha recebido de Aiko. Ao abri-lo, tinha um bilhete na primeira
página.
“Olá
Volkner, como vai? Espero que esteja bem. Se você está lendo isso,
bem, é porque eu já devo ter batido as botas. Será que eu consegui
me tornar professor? Se a resposta for não, é um pouco triste, mas
não se preocupe com isso, eu vivi uma vida boa. Me casei com Aiko e
tive o Cheren, forma ótimos momentos.
Sei
que deve estar sendo um momento difícil, assim como foi em Hoenn.
Mas eu lhe peço para não ficar muito triste, sei que é um pedido
egoísta, mas eu não gostaria que Irisviel te visse daquela forma de
novo, isso poderia machucá-la.
Sinto
que não devo ter sido o amigo que você queria, mas você foi um
amigo muito importante para mim. Não sou muito bom com despedidas,
então apenas quero dizer para que você continuar sendo essa pessoa
incrível que eu conheci um dia. Desejo que você possa conquistar
tudo o que quer e viver uma vida feliz com sua esposa e filhas.
Sei
que normalmente mando beijos e abraços apenas para mulheres, mas
acho que essa vez eu posso deixar passar.
Volkner,
um grande abraço!
As
vezes tudo pode parecem estar envolto a uma escuridão, mas são
aquelas pequenas luzes que nos dão esperança para continuar, por
isso mesmo que o mundo se vire contra você, siga em frente e não
olhe para trás. Sei que pode ser difícil, mas se toda vez que for
se lembrar de mim te machucar, por favor, me esqueça e continue
andando para frente.
Seu
grande amigo Hiroshi Shiro.”
Lagrimas
caíram no bilhete de Hiroshi, foi nesse momento que Volkner,
percebeu que estava chorando.
– Olha
o que você fez, agora estou chorando. E que pedido mais absurdo é
esse, é claro que eu não vou esquecer de você, Hiroshi seu idiota.
Naquele
momento Volkner não poderia saber, mas sua vida mudaria
completamente nos próximos dias. Uma tempesteada estava chegando e
no centro dela estaria …
… O
Justiceiro Dourado