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- RainStorm – Capítulo 04
Posted by : Zark
10 de abr. de 2016
As
vezes já sabemos as respostas, mas ficamos cegos para enxerga-las.
Só mais uma vez. Eu
prometo que só mais uma vez teremos que desviar um pouco da direção.
Não me olhe com essa cara de novo, posso não te ver, mas sei que
está resmungando. Na última vez cumpri com minha promessa, dessa
vez também cumprirei. Se acalmou? Que bom, pois já estamos voltando
para história.
Cidade de Laverre, 3 de
outubro de 2016.
Os dois irmãos finalmente
chegaram ao seu destino, a Cidade de Laverre. Era uma cidade bem
grande, mas não se comparava ao tamanho de Lumiose, não tinham
nenhum prédio, apenas casas e mansões enormes. A arquitetura da
cidade também era bem diferente de Lumiose, as casas possuíam uma
temática mais oriental e eram mais ligadas a natureza, algo que
Laverre tinha muito. Podiam se ver muitas árvores, mas uma em
principal se destacava, a árvore anciã, que era enorme e estava ali
a mais de mil anos.
– Finalmente chegamos!
Demorou mais do que eu esperava. – Disse Kuro.
– Teríamos chegado antes,
se você não tivesse se separado de mim e se perdido. – Disse
Shiro.
– Eu já disse que foi sem
querer.
– Eu sei, eu sei, esse é o
problema, meu irmãozinho é um idiota.
– Não sou não…. Só um
pouco.
Shiro pareceu não se importa
com o comentário e sugeriu:
– Já que chegamos devemos
procurar informações para saber se alguém viu ela.
– Você está certo. Vamos
nos separar, que será mais fácil de encontrar algo. – Sugeriu
Kuro.
– Está bem, mas não se
perca.
– Não vou me perder!
– Se você diz. Nos
encontramos a noite no Centro Pokémon da cidade?
– Sim!
Os dois se separaram, Shiro
decidiu olhar perto da árvore anciã, não apenas pela busca, mas
porque estava curioso para vê-la de perto.
Cheguei
ao pé da árvore, era enorme. É incrível, como uma árvore pudesse
ser tão majestosa, me senti apenas uma pequena pessoa naquele mundo
gigante. Suas folhas estavam marrons e algumas caiam de vez em
quando.
Não havia muitas pessoas por
perto, apenas algumas, ele resolveu perguntar, mas a maioria eram
turistas, os que não eram, não tinham visto ninguém que combinasse
com a descrição. Resolveu então ir para outro lugar, foi então
que tropeçou num Goomy que estava passando. Shiro tombou no chão,
não tinha visto o Goomy, ficou preocupado com ele, mas ao se
levantar, o Pokémon já tinha sumido.
Resolvi
procurar no centro da cidade, devia ter ido para lá primeiro, mas
aquela árvore tinha uma presença tão forte que tinha que olhar de
perto.
Chegando aonde queria e
continuou procurando informações, mas não conseguiu. Estava
frustrado, se perguntava como ninguém na cidade a tinha visto? Será
que a informação de Scar era falsa? Shiro pensou direito e tinha
certeza que informação era verdadeira, apesar de Scar não ser
nenhum santo, ele não era mentiroso, isso seria ruim para sua fama.
Continuou procurando, foi então que percebeu um local onde tinha
muitas pessoas reunidas. Quando foi ver, viu que era uma pequena
menina que segurava um Espurr nos braços e tinha ficado presa no
telhado de uma casa bem alta, as pessoas estavam preocupadas, não
tinham ideia de como tirar ela dali.
Shiro,
entendendo a situação, pegou e jogou sua pokébola no ar. O Pokémon
que foi formado foi sua Meowstic.
– Meowstic, use Psychic
para tirar a menina e o Espurr do telhado. – Ordenou Shiro.
As orelhas se abriram
revelando duas pontas vermelhas, que pareciam olhos que brilharam
azul assim como seu corpo. A menina também ficou com uma aura azul
brilhando ao redor do seu corpo e foi levada do telhado até o chão.
A preocupação passou e as pessoas se dispersaram.
– Você está bem? –
Indagou Shiro para a menina com o Espurr.
A menina tinha aparecia bem
jovem, devia ter por volta dos 10 anos, era ruiva, em seu cabelo
possui duas fitas vermelhas que amaravam as pontas. Tinhas olhos
azuis claro, vestia um vestido branco, com um casaco vermelho por
cima.
–
Sim, obrigada moço, obrigada
Meowstic. – Agradeceu a menina.
– Posso saber, por que você
subiu lá em cima?
– É porque meu Espurr tinha
ficado preso lá em cima enquanto a gente estava treinando. Resolvi
subir, mas esqueci que tenho medo de altura.
“Que tipo de pessoa idiota,
esquece que tem medo de altura e sobe em um lugar alto, pior só
seria se alguém resolvesse subir na árvore anciã.”
…
– Atchim! – Espirrou
Katherine. – Será que estou ficando resfriada?
…
– Da próxima vez tenha mais
cuidado. – Pediu Shiro.
– Vou tomar. – Prometeu a
menina.
A menina tentou andar, mas sua
perna estava machucada e doendo, Shiro então achou melhor ajudá-la.
Ele pegou alguns remédios que tinha em sua mochila, aplicou no
machucado da menia e colocou um curativo.
– Pronto agora, vai
melhorar. Mas não é bom que fique andando por enquanto.
A menina puxou a camisa de
Shiro e perguntou:
– Você pode me levar para
casa?
– Está bem, suba nas minhas
costas. – Disse Shiro ao virar-se e agachar-se.
A menina escalou suas costas,
e ele levantou, a carregando.
– Me guie até sua casa,
está bom? – Pediu Shiro.
– Sim! – Respondeu ela.
Shiro levava a menina para sua
casa, virava uma esquina, virara outra, andava reto e continuava a
caminhar.
– Me chamo Shiro, posso
saber seu nome?
– Meu nome é Emily.
– Emily, está certo. Seu
Espurr é um menino ou uma menina?
– Meu Espurr é um menino,
treino ele todo dia.
– Treine mesmo, assim ele
pode evoluir para um Meowstic.
– Eu seu que um dia ele vai
evoluir e vai se torna um lindo Meowstic. A sua Meowstic também é
linda, dependendo do gênero do Espurr, o Meowstic é diferente, a
menina possui mais pelo branco e o menino possui mais pelo azul.
– Vejo que estudou, mas não
é apenas isso, a Meowstic fêmea possui maiores habilidades no
ataque e o Meowstic macho na defesa.
– Então dois Meowstic devem
ser uma dupla incrível.
– E são mesmo.
– Maninho Shiro, quando meu
Espurr evolui vamos ter uma batalha em dupla com os Meowstic? –
Perguntou Emily.
– Emily, não sei se posso
prometer isso. – Respondeu Shiro.
– Por favor! Promete! Vai! –
Insistiu Emily
– Emily, não adianta ficar
fazendo promessas se você não pode cumpri-las. – Disse Shiro.
– Só prometa! Promete!
Promete! – Insistia Emily.
– Está bom, eu prometo.
– Ebá!
Finalmente chegaram a casa de
Emily, que na verdade era um Fã Clube dos Pokémon, a logo era bem
grande, tinha uma folha atrás enfeitada com alguns pokémon e por
cima dela havia um letreiro escrito o nome do local.
– Emily, certeza que ai é
sua casa?
– Claro que sim. Está
achando que eu sou boba?
– Não é nada disso, só
não esperava que você vivesse em um fã clube.
– A minha avó que fundou
esse fã clube, ele quer que todos possam se divertir e apreciar seus
pokémon.
– É uma boa razão.
Uma
bagunça! Essa foi a reação que tive quando entrei naquele fã
clube. Eram pessoas para todos os lados, várias estavam fantasiadas
de pokémons, falando alto, brincando com seus pokémon e até mesmo
batalhando no sofá. Tenho que admitir que fiquei um pouco incomodado
com o barulho, mas ao perceberem que trazia Emily e depois dela
contar a história toda fui recebido de bom grado e foram bastante
educados.
– Mano
Shiro, por que não se diverte e conhece o pessoal? – Indagou Emily
– Não obrigado, eu tenho
que ir. – Respondeu Shiro.
– Fica mais um pouco, por
favor! Quero te apresentar minha avó Yumi. – Insistiu Emily.
– Está bem, eu fico mais um
pouco.
– Vou procurar ela, conheça
o pessoal por enquanto.
Shiro
percebeu, que era uma boa ideia, afinal
ele poderia perguntar sobre a garota que procurava ali, talvez alguém
soubesse. “Entrevistou” várias pessoas, mas ninguém sabia nada
sobre quem ele procurava. Emily
voltou com a sua avó, era uma mulher muito velha e bem baixa. Seu
cabelo era completamente grisalho e possuía olhos negros. Não
andava muito bem, por esse fator usava um cajado como bengala e se
apoiava constantemente nele.
– Você deve ser Shiro. Me
chamo Yumi, sou a avó de Emily. Muito Obrigada por salvar minha
neta!
– Não foi grande coisa, não
precisa ficar assim. – Disse Shiro.
– Mas você salvou a vida
dela, isso foi um ato de muita bondade. – Disse Yumi.
– Obrigado,
mas eu acho que você que merece um parabéns, afinal criar um lugar
desses deve ter sido difícil.
– Nem tanto. As pessoas que
gostam de pokémon sempre vem aqui, então até que ficam bem fácil.
É até engraçado, porque a maioria deles me contam tudo, sobre os
seus segredos, sobre o que viram. Dessa forma acabo sabendo de tudo
que acontece na cidade.
Os olhos de Shiro brilharam,
será que aquela senhora poderia saber onde estava a garota.
– Senhora Yumi, eu gostaria
de fazer uma pergunta.
– Pode perguntar qualquer
coisa, que eu responderei. – Disse Yumi.
– Eu
queria saber se por acaso, você viu alguma garota da minha idade,
loira com olhos azuis? –
Indagou Shiro.
– Está procurando uma noiva
ou coisa do tipo?
– Não, não é isso.
– Jovem, eu até que
gostaria de ajudar, mas eu não sei se poderia saber quem você
procura com só essas informações.
– Tem mais uma coisa. –
Revelou Shiro.
– O que seria? – Indagou
Yumi.
– Ela
devia estar vestida com o
brasão e trajes da família
nobre, Bleu.
A revelação pegou Yumi de
surpresa. Então com calma ela resolveu dizer:
– Sim, eu vi essa garota.
– Isso é verdade? Poderia
me dizer aonde ela está? – Indagou Shiro.
– Talvez eu saiba onde ela
possa estar. – Respondeu Yumi.
– Então me diga. – Pediu
Shiro.
– Acho melhor não.
– Não? Por quê? Se quiser
eu faço qualquer coisa, só me diga onde ela está.
– Qualquer coisa?
– Bem, mais ou menos,
contando que não envolva nada ilícito e prejudicial a minha vida.
– Então eu te direi, mas
antes quero que você faça algumas tarefas. – Yumi sorriu.
Estou
morto de cansaço! Yumi me pediu milhares de coisas para fazer.
Limpar a casa foi uma delas, não tinha a noção de como limpar um
lugar onde as pessoas estão sujando constantemente podia ser tão
difícil. Eu limpava um canto da sala, ia limpar outro e quando
voltava estava sujo novamente. Ela também me pediu para ajudar os
integrantes do fã clube que estavam com problemas. Uma pessoa tinha
perdido seu pokémon e tive que procurar na cidade inteira, outra me
pediu para comprar ir na casa dela e pegar algumas poções que ela
tinha esquecido, tive que ajudar uma pessoa ficou presa dentro de um
frigobar não faço a mínima ideia como ela se meteu lá dentro, mas
para tirar foi difícil. Outra pessoa me pediu para cuidar de seus
filhos, pois tinha que pegar os remédios deles em sua casa, nota: o
cara tinha 7 filhos! Um casal me pediu para lavar seus pokémon, eram
oito no total. Um homem rasgou sua fantasia de Pikachu e me pediu
para costurar, foi fácil, mas depois disso mais 13 pessoas pediram o
mesmo favor, 13 pessoas! Depois Yumi ainda me pediu para eu cozinhar
o jantar de todos que estariam presentes naquela noite, eram 42
pessoas! 42 pessoas! Quando eu achei que tudo tinha acabado e a
senhora Yumi iria me dizer o que eu queria, ela pediu mais um favor!
Pelo menos disse que seria o último. Já estava feliz, meu trabalho
estava acabando, mas ela me pediu para encontrar uma folha de outono!
Se fosse só isso seria muito fácil, só era pegar qualquer folha
que caiu da árvore anciã, mas não, tinha que ser mais difícil,
porque eu não tinha passado por coisas demais naquele dia. Yumi
disse que a folha de outono que ela quer é maior que todas as outras
e possui três pontas, e que em cada ponta existe um dos três
pokémon dados aos treinadores novatos de Kalos, Fennekin, Froakie e
Chespin. Perguntei para ela, se não estava de zoeira com minha cara,
mas ela jurou que a folha existe e que se eu encontrasse e levasse
para ela, me diria tudo que quero saber. Então resolvi procurar a
bendita folha, procurei por toda Laverre, revirei quase todas as
folhas debaixo da árvore anciã, mas não conseguir encontrar a
folha de outono que procurava. Já estava muito tarde, então resolvi
desistir e procurar mais no outro dia. Fui para o Centro Pokémon
onde tinha combinado com Kuro.
Ao chegar no Centro Pokémon,
Shiro cruzou com uma garota que estava saindo, mas algo havia chamado
a atenção dele, ela possuía um Goomy em sua cabeça.
– Será que é aquele mesmo
Goomy? Não, deve ser só confidencia – Pensou Shiro.
Ele resolveu entrar, viu seu
irmão que estava sentado num sofá com uma cara tensa. Kuro se
levantou e reclamou com seu irmão:
– Onde você estava? Estava
ficando preocupado.
– Preocupado comigo? Isso me
deixa feliz. – Respondeu Shiro.
– Pare de fazer piadinha
comigo. Tentei te ligar, mas não atendia. – Reclamou Kuro.
– Foi mal, acabou a bateria
do meu celular. Mudando de assunto, como você foi? Encontrou alguma
pista? – Indagou Shiro.
– Não, para falar a verdade
não consegui procurar direito. Uma das primeiras pessoas que
perguntei foi um senhor de idade, que se empolgou e começou a contar
milhares de histórias de treinadores diferentes. Disse para ele que
iria embora, mas ele insistiu, só consegui “fugir” dele em pouco
tempo e vim para o centro. Imagina meu susto ao descobrir que você
ainda não tinha chegado. E você, como foi? Teve mais sorte?
– Como sempre, o seu irmão
tem que fazer tudo. Encontrei uma pessoa que sabe onde Alice está.
– Isso é bom, onde ela
está?
Shiro que falava com orgulho
ficou desmotivado, e sua voz saiu rouca:
– Isso … eu não sei.
– Como assim?
Shiro explicou tudo que tinha
acontecido no dia, falou de Emily, Yumi, as tarefas que teve que
fazer e a folha de outono que procurava.
– Parece que foi um dia
cansativo para você. – Comentou Kuro.
– Nem me fale, estou muito
cansado, já vou dormir.
Os dois alugaram um quarto com
duas camas no centro pokémon e foram dormir.
Cidade de Laverre, 4 de
outubro de 2016.
No
outro dia, eu e meu irmão resolvemos ir para o fã clube, talvez
Yumi, resolvesse nos dar a informação de bom grado, depois que
percebesse que tive que fazer coisas demais no dia anterior. Mas não.
Era melhor eu ter ido sozinho, quando chegamos lá acharam que Kuro
era um assassino de aluguel contratado para matar alguém, isso por
causa do vício dele em espadas. Já disse para ele
guarda aquela espada em um local menos visível, mas não, ele
continua usando ela em sua cintura. O pior nem foi a recepção, mas
ao encontrar Yumi, ela disse que como eramos duas pessoas, os
trabalhos tinha que ser o dobro, só assim seria justo. Novamente foi
outro dia de faxina e trabalho. Dessa vez como Kuro ajudou ficou mais
rápido e fácil, se bem que teve um sujeito que estava com coceira
nos pês e Yumi nos obrigou a fazer uma massagem para ele, juro que
lavei minha mão no mínimo umas 30 vezes depois daquilo, aqueles pês
não podiam ser humanos! Como alguém deixa os próprios pês tão
sujos e nojentos?
Kuro quase desmaiou enquanto dava a massagem. Se bem que desmaiar
seria menos doloroso. Foi outro dia
cansativo, mas conseguimos acabar com todas as tarefas. Quando achei
que Yumi finalmente
nos diria o que queríamos, ela falou que ainda faltava uma coisa.
AQUELA MALDITA FOLHA DE OUTONO! Isso é
errado, ficar brincando com gente desesperada é errado, queria dizer
isso para ela, mas não disse. Procuramos em todas as árvores de
Laverre, eu até mesmo escalei nelas com ajuda da Meowstic para ver
se não era nenhuma folha que não tinha caído, mas nada. Resolvemos
retorna para o fã clube e pedir outra pista, ela disse que daria.
– Ela pode ser encontrada
mesmo quando não é outono. – Yumi deu a dica.
– Como assim, se é uma
folha de outono, como pode ser encontrada sem estar no outono. –
Indagou Shiro.
– Descubram! Eu disse que
daria apenas uma dica. – Disse Yumi.
– Eu estou cheio disso. Você
fica mandando a gente fazer tarefas e encontrar uma folha que nem
existe. – Explodiu Shiro.
– Tenha calma, Shiro. –
Disse Kuro.
– Calma, quer saber o que eu
acho? Que ela não sabe de nada e está mentindo para nos dois. –
Confessou Shiro. – Apenas quis acreditar nela, pois quero muito
encontrar Alice de novo!
– E você acha que eu não
quero? Também acho que essa folha pode ser baboseira, mas pode ser
nossa única chance de encontrá-la novamente. – Disse Kuro.
– Eu preciso de um tempo
sozinho, Kuro.
Shiro saiu pela porta daquele
fã clube e sentou-se num banco que ficava na rua. Precisava refletir
e se acalmar, foi quando Emily chegou ao seu lado.
– Mano Shiro, você está
bem? – Indagou ela.
– Emily, não é nada,
apenas estou com muita coisa na cabeça. – Respondeu ele.
– Se é apenas isso, é
fácil. É só não pensar em nada e deixar a cabeça esfriar.
– Queria que fosse fácil
assim.
– Shiro, você está triste?
– Não.
– Mas eu acho que esta, pode
dizer para mim que eu te ajudo. Afinal, você me ajudou. – Disse
Emily.
– É que, tem uma pessoa que
eu gosto muito, mas nos separamos faz bastante tempo. Agora
finalmente tenho a chance de encontrá-la, mas não sei se
conseguirei. – Revelou Shiro.
– Então não se preocupe,
se você não conseguir, eu consigo para você. – Prometeu Emily
sorrindo.
Aquelas palavras poderiam ser
apenas palavras, mesmo que não significasse nada, elas foram
reconfortantes para Shiro. O inocente sorriso daquela menina, puxou
uma de suas memórias mas felizes, se lembrou daquela época onde os
três sorriam juntos.
– Emily, obrigado.
– Não há de que. Vamos
voltar? – Disse Emily, enquanto estendia sua mão.
Shiro olhou para a menina
sorridente segurou sua mão e ao sorrir, disse:
– Vamos.
Os dois caminharam a rua que
levava ao fã clube, finalmente a mente de Shiro, estava mais
relaxada, foi então que ele finalmente a encontrou. A folha de
outono. Ele correu para dento junto com Emily e chamou seu irmão e
Yumi para mostrar.
– Essa é a folha de outono
que nos mandou procurar. – Disse Shiro apontando para a placa, onde
estava a logo do fã clube, nela tinha uma folha de outono bem grande
com três pontas, cada uma com um pokémon, Chespin, Froakie e
Fennekin, por cima da folha estava escrito o nome Fã Clube dos
Pokémon.
– Parabéns! Você a
encontrou. – Disse Yumi.
– Como não percebemos isso
antes? – Indagou Kuro.
– Isso é obvio. Vocês
estavam tão desesperados que mesmo vendo a resposta toda vez que
viam para cá, não perceberam. – Respondeu Yumi.
– Agora você irá nos dizer
aonde Alice esta? – Indagou Shiro.
– Sim, promessa é promessa.
Mas antes, preciso que me acompanhe. Emily fique tomando conta do
lugar. Kuro tome conta dela.
– O que? Mas eu também
queria saber. – Reclamou Kuro.
– Não se preocupe, seu
irmão vai te dizer tudo quando voltarmos. – Disse Yumi.
Yumi levou Shiro para sua
casa, era bem pequena, tinha uma cozinha que era ligada a sala, havia
um banheiro e um quarto também. Yumi começou a procurar algo.
– Achei que sua casa fosse o
fã clube. – Indagou Shiro
– Passo a maior parte do
tempo no fã clube, várias vezes durmo lá, mas lá não é minha
casa. Se fosse não poderia guardar coisas importantes nela. –
Respondeu Yumi.
– O que você está
procurando?
– A sua resposta.
Yumi finalmente encontrou o
que estava procurando, parecia ser uma carta, mas Shiro não tinha
certeza.
– Shiro, antes de te
entregar isso tenho que revelar o porquê de ter feito vocês
procurarem aquela folha. Eu queria mostrar a vocês, que ao estarmos
obcecados, as vezes ficamos cegos para as coisas que realmente
importam. – Disse Yumi.
– Não estou entendendo o
que quer dizer. – Disse Shiro.
– Estou dizendo que talvez,
seja melhor esquecer essa garota e seguir em frente.
As palavras soaram como um
xingamento para Shiro.
– Esquecer dela! Sinto
muito, mas é impossível fazermos isso.
– Olhe bem, não sei que
tipo de relação vocês dois possuem com aquela garota. Mas ao ver
ela, percebi que seus olhos são vazios, não demonstram nada além
de um grande vazio. Saiba que encontrar ela só trará dor, tristeza
e sofrimento para vocês três.
– Isso pode até ser
verdade, mas uma coisa que você me ensinou, nessa busca pela folha,
é que nunca se deve desistir. Mesmo que encontrar ela, nos traga
coisas ruins, com certeza, trará coisas boas também.
– Só não diga, que não te
avisei.
Yumi entregou a carta para
Shiro. Ao segurar em suas mão Shiro percebeu que era um convite.
– O que isso quer dizer? –
Indagou ele.
– Esse convite é para uma
cerimonia de casamento que ocorrera entre duas famílias nobres. –
Respondeu Yumi.
– Casamento? Não me diga
que?
– Sim, é o casamento de sua
amiga. E se me perguntasse, não acho que ela deve estar satisfeita
com isso.
Shiro sentiu o coração dele
acelerar, as batidas ficavam cada vez mais rápidas. Ele engoliu seco
e perguntou:
– Quando e onde será?
– Falta um pouco mais de um
mês para a cerimonia, a data exata está no convite. Sobre o local,
será no Palácio Parfum.
Shiro sentiu que talvez
devesse ter sido melhor não saber daquilo, mas não poderia deixar
de tentar.
– Obrigado. – Disse Shiro
– Não me agradeça. Isso
não foi nada que mereça ser agradecido. – Disse Yumi.
– Como consegui isso? –
Perguntou Shiro mostrando o convite.
– Tem muita coisa que você
não sabe sobre mim.
Voltamos
para o fã clube, tivemos uma noite bem divertida, todos que ajudamos
eram ótimas pessoas, brinquei e treinei junto com Emily, dizendo
dicas para ela e seu Espurr, por fim nos despedimos de todos,
resolvemos voltar para o Centro Pokémon e partir no outro dia. Eu
contei para Kuro que Alice estaria no Palácio Parfum em pouco mais
de um mês, mas resolvi não contar para ele sobre o casamento, do
jeito que ele é impulsivo, seria um desastre.
Cidade de Laverre, 5 de
outubro de 2016.
Shiro e Kuro estavam prontos
para partir.
– Foi uma visita rápida,
cansativa, mas você tem que admitir que foi divertido. – Disse
Kuro.
– É, até que foi. –
Disse Shiro.
– O que vamos fazer nesse
mês que falta para encontrarmos Alice?
– Não sei, talvez em
Lumiose encontremos coisa para fazermos.
– Lumiose? Verdade, quando
fomos da última vez, não olhamos muita coisa. Agora me lembrei que
lá tem um Maid Café super famoso, onde tem uma mulher conhecida
como Rumiho, a Maid Perfeita, dizem que ela é incrível, por que não
vamos lá? – Indagou Kuro com olhos brilhantes de ansiedade.
– Pode ser, o problema vai
ser o dinheiro, esses locais costumem ser bem caros para entrar. –
Respondeu Shiro.
– Nos conseguiremos arranjar
isso de algum jeito. – Disse Kuro.
– Contando que esse jeito
não envolva apostas. – Disse Shiro.
– Realmente é melhor ficar
longe delas. – Concordou Kuro. – Além disso, depois, nos podemos
ir para Aquacorde, dizem que é uma cidade bem bonita, sempre quis
visitar lá.
– É uma boa ideia.
Assim os dois partiram. O que
eles mal sabiam era que aquele caminho levaria seus destinos a se
cruzarem com o de uma garota que …
….
Mudaria o rumo de suas vidas.